Como deixara perceber na última crónica, irei hoje fazer uma abordagem àquilo que foi a primeira volta da Liga Allianz, no que ao colectivo diz respeito, excluindo uma outra excepção às individualidades.
Infelizmente, e como demonstra a transcrição do parágrafo abaixo, encontrado no Portal do Futebol Feminino, não há informação que possibilite uma análise mais aprofundada do nosso campeonato: “O nosso lamento vai para a impossibilidade de termos a informação das 12 equipas que competem na Liga Allianz. Não foi por falta de insistência e de pedidos. Provavelmente não encontraríamos nenhuma informação diferente das que obtivemos, mas fica a dúvida.”
Mas, a este, eu junto aquele que decorre do pouco cuidado com que a Sporting TV acompanha a nossa equipa, particularmente nos jogos fora. Ainda no domingo, dividi as minhas atenções entre a transmissão do jogo de futsal frente ao Fundão e o olhar ansioso para o tablet, no intuito de ir colhendo as informações que provinham do FF Sporting Apoio, relativamente ao nosso compromisso com o A-Dos-Francos. Concluída que foi a primeira parte, sem que o marcador funcionasse, pela segunda vez na vida (a primeira fôra no jogo com o Futebol Benfica) desejei ardentemente que o nosso Clube tivesse uma Rádio!
É frustante seguir-se assim um jogo de uma modalidade que tanto me diz, em que o factor predominante foi o dos nossos adeptos colocarem a pergunta: “Ainda não houve golos?”. O nosso primeiro tento veio acalmar a ansiedade que o teimoso 0-0 fazia crescer e, após a notícia do segundo surgiu, finalmente, a tranquilidade. Entretanto e porque os 3 primeiros golos aconteceram entre os 47 e os 55 minutos (e não nos “10/12 minutos” que referi na crónica passada) tivemos uma total ausência de informação (em rodapé, não pretendo mais) por parte da nossa televisão, face ao desenrolar do marcador. Não é virgem, sublinhe-se, como bem sabemos. Eram, salvo erro, 16:56 quando terminou o Futsal. Ainda esperei mais uns instantes e, sobre o jogo das nossas Leoas, nada. Urgia enviar o texto para o Cherba…
Porque saio pouco de casa, recebi com imenso júbilo a chegada da Sporting TV. É uma das mais valias que Bruno de Carvalho trouxe ao Clube mas, este e outros aspectos, deviam ser revistos por quem de direito. Penso, por exemplo, nos sócios e adeptos que não têm acesso à internet e que, como eu e outros tasqueiros, manifestam interesse por esta modalidade e outras. Bem, mesmo com as condicionantes apontadas, passo ao tema que me propus para hoje.
Estamos no primeiro lugar com 33 pontos, 5 de vantagem sobre o Braga, 8 face ao Estoril. Quando a prova começou, muito poucos Sportinguistas imaginariam este conforto pontual, sabendo que na terceira jornada teríamos o jogo fora com as bracarenses. Fomos lá vencer por 2-1 e essa vantagem preciosa foi alargada na sexta jornada, quando o nosso principal adversário foi empatar a Vila Verde a um golo. Mas nada está decidido, ainda há dois jogos fora, no mínimo, com algum grau de dificuldade, com Vilaverdense e Estoril, para além daquele, a 4 de Fevereiro, em que recebemos o Braga.
Este pode pender para qualquer dos lados, como o equilíbrio havido nos 5 jogos já efectuados com esta formação, poderá deixar perceber. Ao contrário da opinião de alguns, sustento que o Braga não estará assim tão mais fraco que na época passada. No jogo da primeira volta, não esquecer que um ressalto feliz, ao findar a primeira parte, proporcionou à Diana Silva a abertura do marcador. Também não esqueço, pelo oposto, que o golo do Braga é precedido de uma bola ajeitada com o braço (esquerdo, creio) de uma sua jogadora, e que dá origem ao canto do qual nasce o golo de cabeça da Janaína. Não me apercebi, em nenhum lado, de qualquer referência a este facto, nomeadamente pelo locutor da cmtv… E o tento da nossa vitória (um grande remate da Ana Capeta) surgiu já perto do final
de mais um jogo muito equilibrado. Para além de um grupo com algumas jogadoras interessantes, o Braga tem, a meu ver, 4 atletas acima da média para o nosso futebol: A Dolores Silva, a Andreia Norton, a Melissa e a Vanessa Marques, a melhor goleadora (12 golos) até ao momento.
O Estoril, exceptuando o desnível do 0-4 da primeira jornada, em Braga e o imprevisto empate cedido na deslocação ao Cadima a 3 golos (derrotas, a título comparativo, das raparigas de Cantanhede, em casa, com o Sporting por 0-6 e
Braga por 0-8, tem-se mostrado uma equipa competitiva, como o atestam a derrota em Alcochete por 0-2, com muito boa réplica dada à nossa equipa e um confortável triunfo no Bessa, por 3-0, onde o Sporting venceu por 4-0 e o Braga
por um magro 1-0, mas com muitas oportunidades desperdiçadas pelas minhotas.
Quarto lugar para o Boavista (18 pontos) que, curiosamente, tem valido bem mais fora do que em casa (apenas 1 vitória e na primeira jornada face ao U. Ferreirense contra 5 fora) com um resultado sensacional obtido na oitava jornada, na deslocação a Vila Verde, onde venceu por 5-2! Particularmente surpreendente, em sentido contrário, a derrota em casa, frente ao Clube Albergaria, por 1-3. As derrotas com Estoril, Sporting e Braga, mesmo no seu reduto, são normais.
O Vilaverdense (igualmente com 18 pontos) que no início da prova, incluindo a derrota tangencial na segunda jornada, por 2-3, frente ao Sporting, e em Alcochete, foi a equipa sensação da Liga, parece ter entrado em queda livre, pois desde o surpreendente empate imposto ao Braga, em casa, na sexta jornada, como já referido, apenas
venceu um jogo e em casa, frente ao Cadima, por 2-1, averbando 2 empates (um deles a zero no terreno do último classificado, o Quintajense) e duas derrotas: com o Boavista, nos inesperados 2-5 e no Estoril, por 1-4.
Seguem-se, por esta ordem, na tabela classificativa, U. Ferreirense, Valadares Gaia (ambos com 15 pontos) Clube Albergaria (bastante abaixo da prestação da época passada, com 12) Futebol Benfica (queda abrupta da titulada equipa vizinha dos marginais de carnide, face à época passada, onde foi terceiro, a somar apenas 11) A-Dos-Francos (da ex-Leoa, campeã nacional e valorosa central, Catarina Lopes) com 5 pontos e os dois primodivisionários, Cadima (também com 5) e Quintajense, com apenas 4 pontos no bornal (apesar de tudo bem melhor que o CAC Pontinha que em 2016/17, que não pontuou nas 26 jornadas!).
O Valadares Gaia, quarto classificado na época transacta, ocupa a sétima posição, mas parece em franca melhoria, como ficou demonstrado nos jogos com o Sporting (0-2) e na última jornada, num jogo muito disputado, em que foram
vencer ao Bessa por 1-0.
O melhor ataque é pertença do Braga com 57 golos, contra 51 do Sporting, já a melhor defesa é a Leonina, com 3 golos, contra 6 das minhotas. O Quintajense detém os recordes pela negativa. Apenas 3 golos marcados contra
47 sofridos. Nas melhores marcadoras, foi pena a Diana Silva ter perdido o comando na última ronda da primeira volta. Espero que dê a volta já na próxima jornada, no dia 7 de Janeiro, frente ao Clube Albergaria, pois está apenas a um golo da Vanessa Marques.
A segunda volta vai proporcionar-nos 7 jogos em casa. Quantos serão em directo na nossa TV?…
Um santo Natal para todos. E, particularmente, para as mães e pais tasqueiros mais novos, sem esquecer os avós tasqueiros e os pais dos mais jovens referidos. Que possam usufruir do encanto do “quadro pintado” pelo prezado Escondidinho na sua última crónica. Muitas saudades tenho dos que também vivi… [nota da Tasca: estes votos de Natal chegam com ligeiro atraso por culpa da overdose de açúcar sofrida por quem gere esta cena]
* às segundas, o jmfs1947 assume a cozinha e oferece-nos um mais do que justo petisco temperado ao ritmo do nosso futebol feminino
26 Dezembro, 2017 at 10:14
Leoas VALENTES!
🙂
SL
PS: Vietto ?!?!?
26 Dezembro, 2017 at 12:06
Será o 9,5 que falta desde o Teo?
26 Dezembro, 2017 at 10:21
Feliz Natal caro Jmfs. Um abraco e boas crónicas
26 Dezembro, 2017 at 10:29
Com a entrada do Sporting no futebol feminino, passei do “achar graça ver” para o “gostar de ver”. As nossas leoas são empolgantes e espero que possam revalidar o titulo e a taça. Boas festas.
P.S. Também vi um rodapé na tv a falar de Vietto do A. Madrid, mas não encontro nada concreto.
26 Dezembro, 2017 at 10:29
De facto o futebol feminino carece de mais atenção mediática, porque está aqui muito do futuro dos grandes clubes em termos de crescimento.
Feliz Natal para si, caro JMFS.
SL
26 Dezembro, 2017 at 10:31
Esta rúbrica é porreira porque basicamente está aqui tudo.
Vou só pegar num tema que penso que não seria muito difícil de conseguir:
“A segunda volta vai proporcionar-nos 7 jogos em casa. Quantos serão em directo na nossa TV?…”
Para os entendidos, será muito complicado um canal de youtube para fazer algumas vezes de SportingTV 2? Isto é possível do ponto de vista legal, etc? Coloco sempre esta questão sendo um canal oficial, obviamente.
Há jogos onde acredito que é dispendioso fazer um direto, mas temos tantas modalidades que isto seria uma mais valia.
26 Dezembro, 2017 at 10:51
Também tinha dado essa ideia… não percebo o motivo de não usar-se mais as plataformas existentes.
Este ano praticamente não deram um jogo das leoas, o que é realmente injusto para quem ganhou tudo o que havia para ganhar em todos os escalões.
26 Dezembro, 2017 at 11:50
A TVI não comprou os direitos?
26 Dezembro, 2017 at 11:22
Uma excelente primeira volta que apenas vem confirmar o enorme crescimento da equipa leonina.
Manter a concentração em todos os jogos sem facilitar é o grande desafio para que dobradinha seja novamente uma forte hipótese para as nossas cores.
Boas Festas para todos!
P.s. A borla, como bom jornal avençado, lá veio hoje dar uma lavagem de imagem ao Fernando Gomes, para fazer esquecer mails, vouchers, padres, queridos, assassínios, droga e outros episódios do pau mandado do Orelhas.
Homem do ano…
26 Dezembro, 2017 at 11:45
Uma primeira volta muitíssimo competente, como já nos vêm habituando!
Que nesse fim de semana de 4/02 (curiosamente com jogo dos rapazes na Amoreira, como o ano passado) se deixem as contas feitas!
Um Bom Natal para todos, em especial ao amigo jmfs1947 que nos delicia e informa com estes petiscos.
26 Dezembro, 2017 at 11:49
Vencendo o Braga em casa a coisa fica +- alinhavada.
Precisa-se mais competitividade.
26 Dezembro, 2017 at 12:17
Nas leoas o campeonato está (praticamente) decidido.
OFF:
Já não entendo nada: na semana passada falava se de Marcelo e Rúben Ribeiro, dia 23 garantiam q vinha o Gaitán, dia 24 todos queriam o Slimani, ontem era o Pity Martinez q só faltava acertar o salário, hoje é o Vietto q vem por empréstimo do Atlético (2M + 10M opção de compra)…
Mas afinal como é? Eu não me importava q viessem todos, mas acho q ainda não encontramos nenhum poço de petróleo por baixo do estádio.
26 Dezembro, 2017 at 12:38
Relaxa… o mercado ainda não abriu… no final vamos ter uma equipa completa de 23 novos jogadores 😛
26 Dezembro, 2017 at 12:48
Porra! Não digas isso nem a brincar 😀
26 Dezembro, 2017 at 12:56
Obrigado pela partilha…
Desejo-lhe a continuação de Boas Festas…!!
E é claro…
Quero as nossas Leoas Campeãs…
E também vencedoras da Taça…para voltarmos ao Jamor…!!
Vai ser uma época em GRANDE….!
Abr eSL
26 Dezembro, 2017 at 13:11
O Sporting tem feito o seu percurso imaculado, como é sua obrigação.
Não temos um 11 melhor que o ano passado mas temos um plantel mais equilibrado, com mais soluções. Portanto, no mínimo, estamos ao nível da qualidade demonstrada o ano passado – e eu até acho que estamos ligeiramente mais fortes.
O Braga não. Tem um 11 pior e um plantel pior, mantendo-se forte, obviamente. Este ano, nos 2 jogos que tivémos com elas fomos superiores nos 2, ganhando os 2 – Supertaça e jogo em Braga para o campeonato.
O ano passado, nos 3 jogos, só em Braga fomos realmente superiores, tendo empatado 0-0 mas falhando várias boas oportunidades. Em Alvalade ganhámos mas num jogo super equilibrado, com um penalti idiota no fim. No Jamor estivemos por baixo em muitas partes do jogo,especialmente na 1ª parte, onde as bracarences poderiam ter resolvido a partida. Depois a Ana Borges, a Diana e a Capeta resolveram a coisa com o seu talento, numa equipa que chegou a este jogo e nítido défice físico e fez da tripas coração para chegar à vitória – que acabou por ser merecida mais pela entrega e vontade do que pela superioridade no jogo.
Ganhando ao Braga, no inicio de Fevereiro, o campeonato está garantido. Espero que o Nuno Cristóvão consiga motivar as raparigas para nunca tirarem o pé para ver se conseguem um campeonato só com vitórias – o trabalho motivacional que tem feito tem sido muito bom pois as jogadoras jogam sempre como se estivesse 0-0.
O que me preocupa, mais, não é se vamos ser campeões este ano mas sim o planeamento da próxima época para termos possibilidades de passar a fase de grupos e entrar na fase a eliminar. Quero muito ver a equipa subir mais esse patamar e estar a bater-se com equipas que normalmente já tratam as competições europeias por “tu”. Claro que há equipas, como o Lyon ou o Wolfsburg, que serão um pesadelo se as apanharmos mas muitas outras haverá onde temos hipótese de discutir o resultado, especialmente se vierem as 2 jogadoras que penso serem fundamentais para subir o nível da equipa – uma central e uma 6 altas e com poder físico.
Penso que a Venegas será para sair e, por mim, a Baldwin seguia o mesmo caminho pois não lhe vejo nada de especial que outras jogadoras por cá não tenham – para quem aqui a apelidou de ser uma espécie de Messi, caramba, ou regrediu brutalmente ou alguém nem conhece o Messi!
Penso que é urgente que a FPF faça alguma coisa para tornar o campeonato mais competitivo. Não sei se isso passará pela entrada de outros clubes mais conhecidos – Benfica, Porto, Guimarães, uma equipa do Algarve, etc – ou por ajudar os clubes já existentes a terem melhores equipas – talvez pagando 1 ou 2 jogadoras aos clubes. Mas que alguma coisa precisa ser feita, isso é mais que evidente.
26 Dezembro, 2017 at 14:24
Esta defesa torna o nosso 11 mais forte do que no ano passado.
26 Dezembro, 2017 at 20:57
Sim, concordo que torna um bocadinho, muito por causa da Carole! Mas o meio campo é mais fraco sem a Patrícia Gouveia e com a Baldwin.
Daí fica ela por ela. Muito similar.
Mas a equipa está mais consistente porque muitas delas jogam juntas há mais de 1 ano. Isto dá a ideia que a equipa é melhor mas é só mais consistente. Na 1º volta o ano passado a coisa piava mais fino e faltava essa consistência. Daí terem perdido os tais pontos num empate que as obrigou a ganhar ao Braga em casa!
É a minha opinião!
26 Dezembro, 2017 at 14:40
Não faz qualquer sentido essa ideia de a Federação pagar jogadoras às equipas pequenas.
O desequilíbrio q existe deve se ao facto de o Sporting e o Braga terem as melhores jogadoras portuguesas todas e as outras equipas ficam com os restos, mas se formos a pensar no errado disso teríamos q mudar o futebol masculino também.
26 Dezembro, 2017 at 20:52
Não disse que pagava jogadoras às equipas pequenas. Disse que poderia pagar jogadoras, obviamente a todas as equipas.
Também não disse que era isto que se tinha de fazer. Era uma ideia pois alguma coisa tem de ser feita. Quem sabe trazer para cá técnicos que estejam mais habituados ao futebol feminino.
Não sei ao certo o que poderá ser feito, o que poderá ser melhor. Mas sei que isto assim não tem piada e daqui a 3 ou 4 anos a manter-se este panorama o pessoal deixa de ter o interesse que a modalidade merece.
No fundo é um bocado como no futebol masculino. Vamos quase a meio da época e o Campeonato em Espanha está resolvido, em Inglaterra resolvido está, tal como na Alemanha e em França. Das 5 ligas mais fortes, resta a Itália onde está disputado.
Alguma coisa tem de se fazer para alterar isto…
Cá o único interesse é ver se os 3 grandes perdem pontos – e com quem!
Acho lamentável que se caminhe cada vez mais para que se saiba à partida quais os 2, 3 ou 4 clubes que podem aspirar a ganhar o respectivo campeonato, quando não se sabe já!
26 Dezembro, 2017 at 21:10
O país é pobre, em recursos, e pobre de espírito.
É preciso divulgar a modalidade, nas escolas, e não só. Trazer público e praticantes. Trabalhar no produto.
Sou contra a subsidiodependência.
Se a Liga não tem sustentabilidade enquanto modalidade profissional… que se assuma o amadorismo e se proíbam contratos profissionais, por exemplo. Mais vale isso que viver na mentira.
27 Dezembro, 2017 at 10:37
O país é pobre mas a FPF é podre de rica. Dos muitos M€ que mama todos os anos à conta da selecção – por causa dos clubes!!!!!!!! – não lhes custava nada “desviar” UM desses muitos M€ para ajudar os clubes que apostam no futebol feminino.
Não tem nada a ver com “subsidiodependência” mas sim uma aposta, um investimento na modalidade. Que traria retorno mais tarde, ou que ajudaria a que o retorno se fizesse mais rapidamente. Tudo o que dizes continuaria a ser necessário fazer para que a modalidade crescesse.
Havendo boas equipas e uma competição disputada, de forma limpa, a modalidade crescerá e levará publico aos estádios. Penso que nunca será como o futebol masculino mas pode ultrapassar outras modalidades com alguma facilidade se o patamar que se atingir for interessante. Para isso a FPF tem de ajudar e os clubes têm de fazer o seu trabalho, não só nas equipas principais como na formação.
A ser verdade que o Vergonhoso para o ano vai entrar na modalidade, mesmo que seja numa 2ª divisão, vai atrair mais publico, mais visibilidade e isso é bom para todos. É pena é o resto que lhes está sempre associado…
26 Dezembro, 2017 at 13:23
Para já, agradeço a vossa participação e, obviamente, os votos natalícios e comentários encorajadores.
No final do post farei a minha apreciação sobre algumas das intervenções feitas.
A do Miguel merece análise particular.
26 Dezembro, 2017 at 14:30
Obrigado por mais uma excelente crónica jmfs1947, tenho visto muito poucos jogos das meninas este ano, por isso as suas crónicas são fundamentais para saber a actualidade do futebol feminino.
26 Dezembro, 2017 at 18:03
Desculpem direccionar-vos para outro lado…
mas não sei fazer melhor…
de qualquer modo achei uma entrevista interessante…
https://www.ojogo.pt/multimedia/videos/interior/a-jogadora-torna-se-jornalista-e-entrevista-o-treinador-do-sporting-9009750.html?utm_source=Push&utm_medium=Web
(Cherba uma Tasca Solidária…para comprar umas “calças novas” para a Rita…)
Spooooorting…!!
SL
26 Dezembro, 2017 at 18:25
Caro Max, muito lhe agradeço ter aqui colocado esta entrevista.
E, para além de outros aspectos que abordou, o que mais me chamou a atenção, foi o Prof. Nuno Cristovão, referir que “não tinha bem a noção do mediatismo que o futebol feminino… do Sporting tinha”.
O jornal do norte (e do fcp) já tinha dado relevo ao regresso à actividade da nossa capitã Patrícia Gouveia, agora esta entrevista.
Não é preciso dizer mais nada, pois não, caro Max?…
Mais uma vez, obrigado.
SL
26 Dezembro, 2017 at 18:47
Obrigado amigo pela possibilidade de termos um espaço onde possamos falar das nossas Leoas…!
“Já estou apaixonado”…pelas nossas Campeãs…!
Abr e SL
27 Dezembro, 2017 at 10:29
Vou reservar para a próxima crónica, até porque não teremos competições em mais um fim-de-semana, a minha opinião sobre alguns dos temas aqui colocados por alguns companheiros de Tasca.
E que são as questões estruturais que rodeiam o futebol feminino, obviamente susceptíveis de debate interessante mas, pelo menos da minha parte, com uma visão assente em dados pouco precisos.
Fica apenas, por ser um mero exercício de resposta, com o subjectivismo que lhe está associado, o meu ponto de vista em relação à análise técnica feita pelo Miguel.
Não disponho de dados que me permitam concordar ou não com a opinião que tem sobre a Baldwin e a Venegas. Tivemos 4 jogos em casa dos 11 realizados. Tivemos a transmissão do jogo com o Braga. A qualidade das reportagens dos jogos do Bessa e de Valadares, não nos permitiram concluir praticamente nada sobre a forma da nossa equipa e de algumas jogadoras.
Só vi a Carolina em acção uma vez. Com o Quintajense. Não deslumbrou mas marcou 4 golos… Não sei o que se passa com a jogadora mas, até pelas declarações do nosso treinador em que a Rita foi a entrevistadora, e em que diz que não é fácil deixar de fora algumas jogadoras, a que eu juntarei a ausência forçada da Solange, não parece fácil saber porque se ficou por um jogo apenas. Quanto à Baldwin, não tenho, pelo que vi, uma opinião devidamente formada, mas parece-me uma jogadora interessante. Nem sequer a vou avaliar em função da Patrícia Gouveia, até porque foi a Sara Granja (uma Leoa na verdadeira acepção do termo e que tive pena de ver sair) que foi a dona do lugar na maior parte do campeonato da época passada.
A defesa, como referiu o Val Verde, está mais coesa. A Carole é uma “patroa” e entrou também a Matilde Fidalgo. Gostei muito da Catarina Lopes o ano passado, mas terá saído devido à sua situação académica. Pelo pouco que vi da Mariana, acho que não se ganhou na troca… mas lá está, não temos a informação que nos dê uma visão justa dos factos.
Porque é que a Joana Marchão “encostou” ultimamente?
Acho que é tempo de sabermos mais sobre a nossa equipa de futebol feminino… Como sócio e adepto ferrenho desta equipa, parece-me legítimo pedir esse esforço.
Do que diz, discordo frontalmente da nossa superioridade nos dois últimos jogos com o Braga. Na final da Supertaça só conseguimos o empate aos 91 minutos e no jogo em que vencemos para o campeonato deste ano, a Ana Capeta obteve o golo da vitória aos 85…
Tem havido, em todos os jogos com a equipa bracarense, períodos alternados de domínio, o que prova o equilíbrio existente.
O Braga continua a ser uma equipa concretizadora. Como o Hadji disse há pouco tempo, “o Braga não está morto”.
E estou, para já, bem mais interessado em assegurar a revalidação do título, do que pensar na participação europeia…
Obrigado a todos os tasqueiros que emitiram a sua opinião.
27 Dezembro, 2017 at 11:12
🙂
Quem viu os 5 jogos com o Braga percebeu que este ano estivemos muito mais à vontade. O facto dos golos só chegarem no fim…. acontece! Ganhámos ao Setúbal com 1 golo no fim, de penalti, e eles nem 1 remate à baliza fizeram. Quer isto dizer que o jogo foi equilibrado? Não!
Como eu disse, houve ligeira supremacia nossa no jogo do campeonato em Braga – onde perdemos as melhores oportunidades de golo – mas foi um jogo que o Braga também podia ter ganho pois também teve oportunidades.
No jogo da 2ª volta, em Alvalade, o equilíbrio foi imenso. Poucas oportunidades flagrantes e valeu o tal penalti na ultima jogada – uma estupidez da jogadora do Braga que acabou por lhes custar o titulo.
Na final o Braga esteve mais tempo dominante. Podia inclusive ter resolvido o jogo na 1ª parte se tem conseguido meter o 2º golo. Depois veio o querer nas nossas jogadoras, a qualidade da Ana Borges e da Diana, e o efeito Capeta. E foi segurar a vantagem até ao apito final, estoicamente. Ganhámos mas com extrema dificuldade.
Este ano a coisa não foi assim.
A nossa supremacia na Supertaça foi evidente. Pelas razões que apontei – pior 11 do Braga e 11 mais consistente da nossa parte – e porque foi notória a diferença de andamento das 2 equipas – nós vínhamos dos 3 jogos intensos da WCL e elas faziam o 1º jogo oficial da época. Apesar de estarmos a perder até ao fim dominamos praticamente o jogo todo. O Braga terá tido 2 ou 3 oportunidades e nós umas 7, 8 ou 9… Sim, podíamos ter perdido mas isso não invalida que fomos nitidamente a melhor equipa em campo – e é disso que falo! Ora, em nenhum dos 3 jogos anteriores houve esta nitidez de uma equipa se sobrepor à outra.
Finalmente, no jogo em Braga para o Campeonato, também fomos superiores e conquistámos a vitória com todo o merecimento – no campo do adversário!
Isto não quer dizer que o Braga não continue a ser forte. É! Não é tão forte como o ano passado. E nós continuamos fortes como o ano passado e mais consistentes. E estes 3 factores – Braga não tão forte, Sporting igualmente forte, Sporting mais consistente – tem marcado a diferença neste campeonato.
Mas isto é comparando o Sporting ao Braga. Comparando o Sporting do ano passado com o Sporting deste ano – com todas as entradas e saídas – vejo um onze muito similar e um plantel melhor. E vejo um 11 muito similar porquê? Não vejo que a Matilde Fidalgo seja melhor que a Rita. São muito similares. A Carole melhorou o eixo central da defesa mas a Mariana parece-me mais fraca que qualquer uma das centrais do ano passado. A Baldwin perde amplamente para a Patrícia Gouveia e nem a acho nitidamente melhor que a Sara Granja. É melhorzinha mas muito similar. As 3 do ataque este ano, até a Solange se lesionar, eram as 3 do ano passado – Ana Leite e Venegas eram suplentes e a Venegas atrás da Capeta inclusivamente.
Daqui é fácil perceber porque eu defendo que a equipa melhorará muito com uma boa central, alta e possante – para fazer dupla com a Carole – e com uma 6, alta e possante, para dar peso ao meio campo e até libertar a Patrícia Gouveia para a posição natural dela e alternar com as duas Pinto. E estas duas jogadoras, altas e possantes, teriam de vir de fora, para mim substituindo as 2 estrangeiras que temos actualmente. No resto não mexia. Isto, estou convicto, faria-nos subir um patamar importante, não só para cá mas especialmente para a nossa ascensão na Europa – é bom relembrar que o projecto tem por objectivo estarmos entre as 8 melhores equipas europeias.