O crescimento do Sporting como clube depende, sabemo-lo, directamente da sua prestação no futebol. Não exclusivamente, mas quase. Um bom ano para o nosso emblema é um ano em que se somem conquistas importantes neste desporto em particular. É verdade que nas últimas épocas isso não aconteceu e o clube continua a aumentar receitas, número de modalidades, infraestruturas, atletas e sócios. Tal deve-se à subida de rendimento médio da equipa de futebol e a uma chegada estável ao estatuto de candidato, o que mantém durante longos períodos da época a massa associativa bastante aderente e a fazer despontar mais leões por arrasto. Mas o que tornou esta recuperação possível, foi antes de mais nada, uma boa gestão e voltaremos a esta concepção mais tarde no texto.
Apesar de não termos qualquer titulo de campeão nas últimas épocas, o Sporting aproximou-se muito dos seus rivais e é essa evolução que nos tem espelhado o clube que imaginamos ser. Mas, como em tudo na vida, é extremamente difícil crescer, alimentando-nos apenas de aspirações. Esta necessidade é há muito uma urgência, um enorme foco de ansiedade que gera impaciência. E a impaciência gera inevitavelmente más decisões. Dependemos então de vitórias para estabilizar tanto como de estabilizar para obter as vitórias e a esta pescadinha de rabo na boca que devemos dedicar muita atenção nos próximos tempos, especialmente se voltarmos a vislumbrar nesta temporada mais um ano sem conquistas.
A cada desaire da equipa de futebol, questiona-se tudo e todos, exige-se a saída de meio mundo para entrar outro. Esta reação é normal, faz parte deste desporto há muitas décadas e ninguém está ou deve considerar-se acima ou inatingível pela mesma. A frustração do adepto é um factor a ter sempre em conta, tanto como o seu apoio ou lealdade. Pode não ser um adepto “modelo” quem, levado pela ira, pede a cabeça de um treinador depois de uma derrota pontual ou desacredita a meio do caminho no sucesso final, mas…ainda assim, é um adepto e a sua reação, por mais desmotivada que seja, é de extrema facilidade em explicar ou entender.
Todos temos formas diferentes de encarar os desaires, todos exibimos fervores diferentes, todos temos os nossos períodos de azia, descrença, raiva ou depressão. O que não pode, de forma alguma acontecer é o cenário dos que foram mandatados pelos sócios para gerir o clube se deixarem afectar por estes estados de alma. Claro que são, antes de mais nada, também eles adeptos e sofrem com as amarguras que todos nós sofremos, mas cabe-lhes uma perspectiva diferente e sobretudo metas menos circunstanciais. Enquanto os adeptos podem ter a tentação de eleger um suicídio colectivo como a resposta a uma derrota, os dirigentes têm de ver muito para além do mero resultado desportivo e pesar todos os prós e contras em qualquer decisão. Dito de outra forma, os dirigentes do Sporting têm de olhar a dois tipos de evolução: a imediata e a de longo prazo.
Se o Sporting não conquistar qualquer troféu esta época, deve pelo menos criar as condições para ficar melhor posicionado para fazê-lo na próxima e isso muitas vezes passa por aproveitar tudo o que está a ser bem feito na época que decorre no presente. A gestão deve ser puramente racional e nunca emocional. Também eu gostava de despedir JJ semana sim, semana não. Também eu gostava de mandar 10 jogadores para a B e contratar outros 10 de valia muito mais evidente. Também eu gostava de depois de uma derrota ou um empate como em Setúbal, entrar pelo balneário dentro, pegar nas chaves dos carros de luxo dos nossos jogadores e só as devolver quando estivéssemos 10 pontos à frente na classificação. Mas, a verdade é que nenhuma destas medidas é realista e contribuiria para resultados positivos no crescimento quer do clube, quer da equipa de futebol. A isto não se chama gerir. É reagir, sem cuidar dos dias futuros.
Épocas decisivas, na verdade são todas. Mas para um clube que já comemorou o seu centenário há mais de 10 anos, o futuro deve-nos algum respeito e sobretudo mais calma. Cenários como a continuidade de JJ, a venda ou compra de jogadores, a guerra com este ou outro emblema, a forma como a arbitragem se está a adaptar às leaks, tudo isto são dados de um algoritmo bastante complexo, onde uma acção precipitada pode deitar anos de crescimento pela janela ou hipotecar a nossa afirmação competitiva demasiado dependente da prestação financeira da nossa SAD. Sejamos todos um pouco mais honestos nas nossas avaliações, esta direcção tem feito um trabalho de muito mérito na estabilização da capacidade económica do clube, nas escolhas dos treinadores e na maior parte dos investimentos em atletas. Tem sobretudo aprendido com os erros, nomeadamente ao nível do scouting e a equipa tem melhorado continuamente, subindo patamares de época para época. Se continuado, este trabalho e este rumo darão frutos. Chama-se a isto acreditar no trajecto, no projecto, nas regras que têm sido melhoradas, mas obedecidas.
Há falhas, claro, e muitas. A forma como dialogamos com os outros emblemas deverá ser bastante mais cínica, muito mais fiel ao interesse máximo do clube e não em choque permanente com a fraqueza de carácter dos restantes dirigentes. A diplomacia é uma arte e só os mais calculistas tiram partido das vantagens da mesma. Deveremos também adaptar-nos a uma forma nova de comunicar, mais atenta ao que os adeptos são e retorno do que investimos. Vender um cachecol não é receber uma dezena de euros em troca de um bocado de tecido impresso, é fazer um adepto feliz, é ativar um laço de identificação e pertença. A visão comercial deve ser congregadora.
Temos de jogar com mais players na comunicação, a desempenharem papéis diferentes nos media. Precisamos de polícias maus, bons, bonzinhos, durões badass, mas todos com algum sentido de elegância (não precisamos de sebo tóxico como Guerras e Janelas).
Devemos, isto é muito importante, valorizar mais e com muito melhor marketing o nosso melhor produto – os jogos em Alvalade têm de ser um happening de excelência, algo que os adeptos têm de sentir que é muito mais do que apenas presenciar mais um jogo, muito mais do que trazer mais 3 pontos no final. O horário das nossas partidas tem de ser um cavalo de batalha para a nossa direção, por mais que as tvs tenham a faca e o queijo nas mãos. Nada disto é fácil e apesar de serem falhas a corrigir, nunca direi que são de fácil implementação. Nenhuma dificuldade o é por acaso.
No final, acredito no Sporting. Acredito em “nós”. No que fazemos agora e no que vamos construir no futuro. Acredito na evolução e crescimento do clube, na maturidade da gestão dos nossos dirigentes e na capacidade dos adeptos, que passando as azias (que devem ser respeitadas), encontrarão sempre o caminho de volta a Alvalade ou qualquer outro estádio para apoiar a nossa equipa. A União de Aço depende de Raças que Nunca se Vergarão.
Acredito num trajecto e num projecto.
*às quartas, o Leão de Plástico passa-se da marmita e vira do avesso a cozinha da Tasca
24 Janeiro, 2018 at 14:24
Estes textos do LdP são do melhor que existe na Tasca.
24 Janeiro, 2018 at 23:20
Sem dúvida.
24 Janeiro, 2018 at 14:29
Excelente texto. E aproveito para dizer que espero uma grande vitória logo. Em nome de TODOS os aportinguistas. Não por ser uma competição muito importante mas pelo élan que nos pode dar para outras conquistas mais decisivas.
24 Janeiro, 2018 at 14:31
Obrigado LdP! Tudo dito!
Hoje a tasca está um regalo! Pelo menos para mim! Que seja o prenuncio de um grande dia!!
24 Janeiro, 2018 at 15:46
Tiraste-me as palavras da boca.
Esperemos pelo Bloco de Notas.
SL,
24 Janeiro, 2018 at 14:34
depois do post do cherba cheio de Sportinguismo mais um post bastante lucido.
gostei lpd e partilho da mesma visão.
24 Janeiro, 2018 at 14:35
Li muito atentamente e… nada a opôr. Tudo de louvar, num texto que apela à moderação. Sou por isso, mas…
“Há falhas, claro, e muitas. A forma como dialogamos com os outros emblemas deverá ser bastante mais cínica, muito mais fiel ao interesse máximo do clube e não em choque permanente com a fraqueza de carácter dos restantes dirigentes. A diplomacia é uma arte e só os mais calculistas tiram partido das vantagens da mesma. Deveremos também adaptar-nos a uma forma nova de comunicar, mais atenta ao que os adeptos são e retorno do que investimos. Vender um cachecol não é receber uma dezena de euros em troca de um bocado de tecido impresso, é fazer um adepto feliz, é ativar um laço de identificação e pertença. A visão comercial deve ser congregadora.”
A grande pecha do Sporting de Bruno de Carvalho.
“Estes textos do LdP são do melhor que existe na Tasca.”
Dito pelo Vasco e assinado por mim.
SL
24 Janeiro, 2018 at 14:35
Bem haja por este belo texto.SL.
24 Janeiro, 2018 at 14:38
Uma “marmita” de qualidade. 🙂
SL.
24 Janeiro, 2018 at 14:47
Mais um belo texto do LdP
24 Janeiro, 2018 at 14:52
É preciso não confundir decisões pensadas com reacções a quente.
Aplicando este texto ao momento presente, se por um lado não se deve deitar tudo a baixo porque empatámos com o Setúbal, por outro lado não se deve insistir no erro só a bem da estabilidade. O estado de coisas é sempre fluido e temos que saber ver a conjuntura.
Pior que o merchandising ou a experiência no estádio é esta insistência num acentuar de clivagens entre o Sportinguista bom e o Sportinguista mau.
Para pegar no exemplo da tasca, deve custar ao Tov ver o presidente no FB a insultar adeptos, a insistir na conversa dos Sportingados quando andou anos a apelar à união entre todos. O alvo até pode ser bem específico mas passa carta branca a alguns idiotas para andarem por aí a insultar tudo e todos na tentativa de uma purga. Quando os resultados são maus a culpa é de quem critica. Quando são bons é: inchem Sportingados.
Será que ninguém percebe que independentemente de opiniões, quando a bola rola sofremos todos de igual maneira?
É este pluralismo que sempre nos caracterizou mas nunca nos desuniu que temos que estimar a todo o custo.
SL
24 Janeiro, 2018 at 15:04
E outro na gaveta, ali do bico da área.
Ontem e hoje, dois belos golos
24 Janeiro, 2018 at 15:20
Sem dúvida.
24 Janeiro, 2018 at 15:32
Barbosa, também gosto do que escreves! Sempre com muito bom senso.
Parabéns!
24 Janeiro, 2018 at 15:59
GOOOOOOOOOOLLLLOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!
24 Janeiro, 2018 at 16:05
Espera aí que ainda falta o VAR.
24 Janeiro, 2018 at 16:07
Vai ser marcado, as linhas de fora de jogo não são da btv.
24 Janeiro, 2018 at 14:54
Está visto que é preciso semanalmente um cartaz deste para pacificar as hostes, de preferência logo a seguir a um resultado menos bom.
24 Janeiro, 2018 at 14:57
Aproveite-se o banho de Sportinguismo, que logo mais tarde nunca se sabe… o que se irá escrever neste espaço por alguns residentes do café e do bagaço.
24 Janeiro, 2018 at 15:05
Sempre a mesma bitola. Mais um excelente texto, racional e positivo, como já é habitual.
É um gosto enorme ler o que tão bem escreves. Grande Javardeiro!
Zimbora Sporting
24 Janeiro, 2018 at 15:08
Não tenho comentários ao texto. Quero o LdP na presidência do Sporting… quando o Bruno se reformar.
24 Janeiro, 2018 at 15:11
Se me permitem, como aditamento ao belo post do LdP, a grande falha desta direção e em particular de BdC tem sido a estratégia da comunicação. Votei 2 vezes em BdC e se fosse hoje novamente a votos, voltaria a votar. Tem feito um trabalho hercúleo, assim como o Carlos Vieira e restantes membros diretivos.
Nós como sócios e adeptos temos porém o direito de criticar construtivamente o trabalho daqueles que elegemos, sempre com a finalidade desse trabalho ser melhorado em prol do nosso SCP. E é de facto a maior critica que faço ao seu trabalho. Não vejo nenhum beneficio do Presidente duma instituição como o SCP estar a responder aos Rodolfos Reis desta vida. O resultado final será sempre o mesmo: o desgaste da sua imagem e quando quiser dar um valente murro na mesa na altura certa, já ninguém o toma tão a sério. É a história do menino Pedro e do lobo.
Se a estratégia for responder aos Rodolfos Reis, aos Salvadores, aos Ruis Santos desta vida, pois respondam-se, mas nunca o Presidente do SCP!
Já agora, sabia bem o Presidente defender tão bem quem tantas alegrias nos tem dado como a estrutura do futsal, como tem defendido JJ. Coerência acima de tudo.
24 Janeiro, 2018 at 15:12
100% de acordo!
Tudo o que escreveste poderia ter sido escrito por mim!
24 Janeiro, 2018 at 15:15
Ninguém o consegue convencer disto??
24 Janeiro, 2018 at 15:27
Na mouche
24 Janeiro, 2018 at 15:33
+1
24 Janeiro, 2018 at 15:35
Concordo plenamente, mas há pessoas que não conseguem perceber isso.
Espera pelo policia sinaleiro e verás!
24 Janeiro, 2018 at 16:00
+1906
24 Janeiro, 2018 at 16:07
Para mim este é o 2o maior problema do presidente
24 Janeiro, 2018 at 15:11
Hoje era “bonito” ganharmos com golos do Mathieu e do Fábio Coentrão 🙂
24 Janeiro, 2018 at 15:51
Já estás a querer “ferir a verdade desportiva”…
SL,
24 Janeiro, 2018 at 16:41
Hoje era lindo era ganhar sem o Fábio e o Mathieu e no fim dizer: e agora Chico?
24 Janeiro, 2018 at 15:20
☺
24 Janeiro, 2018 at 15:30
“Acredito num trajecto e num projecto.”
Normalmente gosto bastante dos textos do Leão de Plástico – que se for mesmo de plástico tem de ser de um plástico de altíssima qualidade! Em muitos deles revejo muito da minha maneira de olhar os assuntos do clube.
Eu falo aqui em “projecto” desde a primeira hora que aqui comento. E, para mim, continua a ser esse o grande problema de fundo do futebol do Sporting pois um projecto é uma coisa que requer um planeamento a vários anos – dois, três, quatro, pelo menos! Um trajecto, pode ser uma coisa incluída num projecto, ou uma coisa decidida ano a ano.
Nós temos, por exemplo, 2 trajectos distintos na era BdC: o trajecto dos 2 primeiros anos que, do meu ponto de vista, dava toda a ideia que havia um projecto e um trajecto bem definido, de crescimento sustentado ano após ano; e o trajecto dos 3 anos seguintes, que tem como base o velhinho “este ano é que é”, nada tendo de planeamento a dois ou três anos, por exemplo!
Ok, muitos dos tasqueiros virão defender que é urgente que o clube seja campeão e que isso é realmente o mais prioritário. Eu também acho isso! É muito necessário que o Sporting seja campeão, não só para acabar com este jejum que já tem muitos anos, e com o sofrimento que todos nós, sócios e adeptos do clube, temos tido, como para pôr um ponto, final ou com virgula, neste domínio das nádegas sujas!
Hoje, a caminho dos 3 anos sobre esse ponto de viragem, com gastos de 110M€ em 39 jogadores, quem pode aqui garantir que se temos seguido esse trajecto não teríamos já ganho mais qualquer coisa e talvez até o titulo de campeão?
Ninguém!
É uma coisa que nunca saberemos, na minha opinião, infelizmente!
O que sabemos é que temos investido como nunca o clube investiu, temos uma massa adepta presente no apoio, como há muitos anos já não víamos, contratámos o que muitos aqui dizem ser o melhor treinador possível e um dos melhores treinadores do mundo, e ganhámos exactamente o quê? Uma Supertaça no primeiro jogo deste trajecto! Daí para cá, por isto ou por aquilo – leia-se por razões internas ou externas – a verdade é que nada ganhámos. Inclusive, no ano passado, 2ª época desse trajecto à vista, em Dezembro estávamos fora da Europa e afastados da luta pelo campeonato e em Janeiro estávamos afastados das 2 restantes competições – as 2 Taças! – fazendo ao 4º ano de mandato do BdC a pior época de todas até agora.
Ninguém nos garante que esta aposta no “este ano é que é” nos vai fazer chegar ao desejado titulo. Esta aposta é seguida desde os anos 80 com o sucesso que todos conhecemos – 2 títulos! No unico periodo onde esse trajecto à vista, e sobre o joelho, foi posto de lado, nos 4 anos do Paulo Bento, conseguimos 4 apuramentos directos para a CL, um campeonato gamado pelos fruteiros, 2 Taças de Portugal e 2 Supertaças ganhas aos fruteiros. Com muita gente da formação!
Não sendo perfeito, longe disso, isto, ao menos devia-nos fazer reflectir um pouco sobre o caminho que o clube deve seguir.
Hoje, graças ao bom trabalho, ainda que não isento de erros, das direcções do BdC, temos um clube completamente diferente, muito mais pujante, muito mais forte, finalmente capaz de garantir condições para lutar de igual para igual com os rivais dentro das 4 linhas.
Tenho pena que se tenha posto de lado a ideia inicial do BdC, de ir crescendo passo a passo.
Já aqui disse que não acho o JJ o treinador certo para aquilo que é há muito tempo a identidade deste clube. Mas também não acho que não se pudesse fazer com ele esse projecto, desde que isso lhe fosse imposto e ele aceitasse fazer esse trabalho de crescimento sustentado. Aquilo que o BdC sempre disse, nos 2 primeiros anos, foi que o treinador treina e a Direcção dá ao treinador o que entender ser necessário para o clube. Foi assim com o Jardim. Foi assim com o Marco. Deixou de ser assim com o JJ e com isso inverteu-se a pirâmide. Hoje é o treinador que, queiram ou não, está no poder do futebol do clube.
O treinador pede e tem. Depois diz que não quer e a Direcção tem de se desfazer, o melhor possível, daquilo que um ano antes o treinador achava o máximo. Penso que qualquer pessoa percebe o erro e o problema que isto é – vá, talvez alguns adeptos do JJFC não cheguem lá!
Devido aos gritantes e evidentes erros das 2 primeiras épocas deste trajecto, e à saída de jogadores como o João Mário, o Adrien e o Slimani, só este ano temos um plantel que nos dá todas as garantias para servir de base para se formar uma grande equipa, num projecto sustentado.
Espero que, ganhe-se ou não o campeonato, isso possa ser feito porque eu acredito que estaremos sempre mais perto de ganhar de forma sustentada tendo por base um projecto pensado a 3 ou 4 anos do que fazer a usual aposta no “este ano é que é” e cá vem mais uma camioneta de jogadores – o já normal meio plantel novo!
Como disse noutro lado, estou confiante que o BdC já percebeu muita coisa que alguns aqui têm falado e que estará atento e tudo fará para corrigir isso. Ele, como nós todos, quer o futebol do Sporting campeão. E fará o necessário para que isso aconteça!
É sempre importante perceber o contexto em que as coisas acontecem e o resultado do que se faz!
Investir 50M€ em jogadores, seja num ano ou em 2, é sempre investir 50M€ em jogadores. O que faz diferença neste acto é se o investimento é feito em bons jogadores ou em maus jogadores.
Se investirmos em bons jogadores, a coisa corre bem. Acabará por haver algum sucesso desportivo e até talvez um retorno desse investimento. Se investirmos em maus jogadores, o mais certo é nem ter sucesso desportivo, nem haver retorno desse investimento. Portanto, a questão nunca se coloca se se gastaram 20M€, 30M€, 40M€ ou 50M€ mas se o dinheiro que se gastou foi bem gastou ou mal gasto. Já aqui disse várias vezes que prefiro que se contratem 2 ou 3 bons jogadores, que aportem mais qualquer coisa que está em falta, em vez de 10 ou 12 jogadores que afinal são iguais aos que já cá temos. E, custe muito ou não a admitir, tirando este ano, nos outros 4 anos as contratações deixaram muito a desejar!
24 Janeiro, 2018 at 15:56
“…em vez de 10 ou 12 jogadores que afinal são iguais aos que já cá temos.”
Assim que me lembre…Meli, Petrovic, Palhinha, Battaglia…agora Misic e Wendell. São 6 jogadores para 2 posições, sendo que uma delas está ocupada por WIlliam. E tirando Gelson, não temos mais nenhum extremo desequilibrador…o que tínhamos mais proximo foi despachado agora em Janeiro.
Dá para entender isto?
24 Janeiro, 2018 at 20:46
Battaglia é um jogador que aporta ao plantel algo que o plantel não tinha muito, especialmente depois da saída do Adrien – que já se previa! Traz poder fisico e intensidade que, como se viu nos jogos da CL, foi bastante útil. Tem, penso eu, é sido um pouco mal gerido!
O Wendel é um puto talentoso, com muito potencial. Não tens ninguém na formação com as características dele. Foi uma oportunidade de negócio que, no meu ver, foi bem aproveitada. Se não viesse agora, já não teríamos hipótese de o ter cá porque no verão já não teríamos capacidade para lutar por ele.
Misic não conhecia. Não faço ideia se foi uma boa contratação ou não.
Petrovic foi uma aposta completamente ao lado. Isso já a maioria achava e confirmou-se! Tens muitos contratados neste contexto: Magrão, Heldon, Cissé, André Geraldes, Aquilani, Barcos, Douglas, Elias, Markovic, Castaignos, André e Matheus Oliveira. Depois de 3 ou 4 meses, conhecendo o Alan, também o incluía nesta lista. 🙂
Está muito dinheiro nesta lista, em passes, comissões, prémios de assinatura e ordenados. Em vez destes 12 tinham trazido 2 ou 3 bons…
24 Janeiro, 2018 at 15:59
Pensamento lúcido no teu texto. Parabéns.
24 Janeiro, 2018 at 15:31
Boa tarde tasqueiros, como Sportinguista que sou, sofro muito com o nosso clube e esse meu amor leva-me por vezes a dar por mim a pensar, nos momentos difíceis, que me deveria abstrair de algo que não vai mudar a minha vida nem para melhor nem para pior…. Mas depois apercebo-me que isso é praticamente impossível porque o Sporting é parte integrante da minha vida e tal como alguém que eu quero bem, nunca me consigo distanciar dos bons e maus momentos do nosso clube!
24 Janeiro, 2018 at 15:36
Outra aqui. No máximo desligo-me do mundo virtual umas horas mas passo essas horas a pensar no Sporting. Não há maneira mesmo
24 Janeiro, 2018 at 15:49
E é por isso mesmo que o SPORTING É O NOSSO GRANDE AMOOOOOOR!
24 Janeiro, 2018 at 16:01
Estou é farto de ler e poucos resultados sobre isso. Peço ao hackers que fodam o facebook de vez e posts com menos letras …foda-se
24 Janeiro, 2018 at 16:03
Concordo com tudo excepto esta parte: “A cada desaire da equipa de futebol, questiona-se tudo e todos, exige-se a saída de meio mundo para entrar outro”
É precisamente o oposto, o que eu quero é estabilidade, e não a constante entrada e saída de jogadores todas as épocas como tem sido habitual com o Jesus (em média são 15)
E não é por acaso que a melhor época do Sporting com o Jesus foi quando ele pegou numa equipa que vinha sendo construída 2 anos antes e muito entrosada, com a entrada de 2 ou 3 jogadores de relativo baixo custo.
Espero que este ano resulte, mas não vamos passar disto enquanto o treinador não perceber que não é com restarts de plantel que lá vamos
24 Janeiro, 2018 at 16:06
Excelente post. Junto os comentários do Barbosa e do Vasco e fica tudo dito.
SPOOOOOOOOOOORTTTTTTTTTTIIIIIIIIIIIIIIIIIIIINNNNNNNNGGGGGGGGGGG!!! Seria lindo dar uma coça à tripeirada mas hoje, contento-me com uma vitória pela margem mínima e sem nota artística.
24 Janeiro, 2018 at 16:08
Off Vi no twitter que entre a Rua Augusta e o Elevador de Sta Justa vai nascer a nova Loja Verde, se for verdade é muito boa noticia
24 Janeiro, 2018 at 16:13
Isso seria uma excelente notícia! E continuo a achar que no Colombo, era muito bem pensado.
24 Janeiro, 2018 at 19:25
tinhas um problema: recrutar colaboradores com tomates para tomar conta do estaminé
24 Janeiro, 2018 at 16:24
Parece que sim…muito bom a nível de comunicação da marca!
24 Janeiro, 2018 at 16:53
Já nasceu uma no Cascais Shopping também
24 Janeiro, 2018 at 17:02
Mas é fixa ou é daquelas itinerantes como já houve no cc vasco da gama?
24 Janeiro, 2018 at 18:06
É das intinerantes
24 Janeiro, 2018 at 16:11
Excelente texto!
24 Janeiro, 2018 at 16:31
És um tipo sábio…. lês as opiniões da esquerda à direita, pensas sobre elas, refletes e depois explana de uma maneira muito eloquente … e todos entendemos.
Mais uma vez muito obrigado LDP
Outros há ( onde me incluo )…que depois de lhes passar a azia…também tornam o seu discurso mais equilibrado e ponderado. Fantástico!
Parece que hoje estamos todos de acordo… UAU…é uma sensação muito agradável!!!
VAMOS!!! ATÉ OS COMEMOS!!!
24 Janeiro, 2018 at 16:55
Vouchers, emails, jogos para perder, tráfico de influência e corrupção…
vão cair todos juntos à conta de um!
24 Janeiro, 2018 at 17:12
Assim até dá gosto vir à Tasca para “discutir” aquilo que tanto gostamos, venham mais dias destes.
Quanto ao post, parece ser a opinião de quase todos de que o ponto fraco desta direcção e a comunicação, também partilho dessa mesma opinião. Bruno de Carvalho tem-se perdido em alguns comentários que penso que só o descredibilizam, não que não tenha razão em 90% dos casos, mas porque se está a desgastar com cães de guarda que são pagos exactamente para o tirar do sério, têm conseguido.
Precisamos de mais gente na frente de batalha, maior agressividade na procura de reunir as tropas, angariar sócios, vender produtos do clube, etc, etc.
SL
24 Janeiro, 2018 at 17:35
Por esta altura o Alan já apanhou o avião… boa sorte
24 Janeiro, 2018 at 17:50
Boa sorte… para o Sá.
24 Janeiro, 2018 at 17:59
De malas e bagagens.
Que seja feliz … para nos vir a fazer felizes.
Se conseguirmos recuperar 50%, já não era tudo prejuízo.
24 Janeiro, 2018 at 18:14
Piada do dia
24 Janeiro, 2018 at 18:24
Foi sem querer
24 Janeiro, 2018 at 17:53
Ida para casa… começa a moinha a moer… até estava tão tranquilo.
24 Janeiro, 2018 at 17:54
Parece que este já não volta a vestir o manto sagrado.
https://www.instagram.com/p/BeVy_LtHBwg/?hl=pt&taken-by=alanruiz11
24 Janeiro, 2018 at 17:56
Gloria a Dios
24 Janeiro, 2018 at 18:02
Bruno Cesar a desejar boa viagem….
24 Janeiro, 2018 at 18:03
Eu estimo que ele se foda!!!
24 Janeiro, 2018 at 18:14
+1
24 Janeiro, 2018 at 18:26
Eu estimo que ele seja muito feliz … até ao dia que deixar de ser nosso activo.
Depois é lá com ele e com os seus.
24 Janeiro, 2018 at 18:07
Hoje dava nos jeito aquele golinho que marcou no dragão
24 Janeiro, 2018 at 18:18
Manda antes vir o “golo” do João Mario 🙂
24 Janeiro, 2018 at 18:26
“Alan Ruiz regressa ao Colón por empréstimo do Sporting válido por uma época – o clube argentino suporta a folha salarial –, havendo um acordo entre as partes para a transferência em definitivo a troco de €7 milhões por 70 por cento do passe.”
A ser verdade isto, nada mau… Vamos ver quando sair os dados em Fevereiro.
24 Janeiro, 2018 at 20:47
Não acredito que o Colon dê os 7M€ pelo Alan…