Estas são apenas uma linhas destinadas aos aspirantes a Matemáticos e Gestores de Empresas, que estranhamente desataram a achar-se no direito de “fazer opinião” incontestada em vários círculos de debate do Clube, a começar por este blog.

A parte da Matemática até acho bem, ajuda a evidenciar factos (mas não confundir com causalidade); então aqui está a percentagem de pontos obtidos (face aos possíveis) por época:

Campeonato Nacional 2010-2011 (30 jogos):
1ºFCP 93,3%; 2ºSLB 70,0% 3ºSCP 53,3%

CN 2011-2012 (30):
1FCP 83,3% 2SLB 76,7% 4SCP 65,6%

CN 2012-2013 (30):
1FCP 86,7% 2SLB 85,6% 7SCP 46,7%

(BdC)

CN 2013-2014 (30):
1SLB 82,2% 2SCP 74,4% 3FCP 67,8%

CN 2014-2015 (34):
1SLB 83,3% 2FCP 80,4% 3SCP 74,5%

(JJ)

CN 2015-2016 (34):
1SLB 86,2% 2 SCP 84,3% 3FCP 71,6%

CN 2016-2017 (34):
1SLB 80,4% 2FCP 74,5% 3SCP 68,6%

CN 2017-2018 (34, 19ª jornada):
1FCP 88,9% 2SCP 82,4% 3SLB 80,7%

Isso a mim mostra-me algo muito simples: o Sporting está de volta! Tal como o Presi queria, tal como todos os que votámos nele desejávamos (ou timidamente sonhávamos…). E por “estar de volta” quer-se dizer competir de igual para igual na conquista dos títulos em disputa. Só! Não “implica” títulos, isso não existe, mesmo noutras realidades bem mais abastadas que a nossa! Implica trabalho sério, e que até dará seguramente os seus frutos, mais cedo ou mais tarde.

O que é que, por outro lado, uma série de neo-Throlls nos anda a querer vender nos últimos meses? Que ter o Sporting de volta não chega.
-Que ainda “devíamos” estar melhor.
-Que ainda “devíamos” jogar melhor.
-Que ainda “devíamos” ter mais Formação a jogar na equipa principal.
-Que “devíamos” investir menos no exterior.
-Que “devíamos” investir melhor no exterior.
-Que ainda “devíamos” ter um treinador melhor, e mais barato.
-E, por fim, que “temos” que ser campeões (ou ganhar x taças) sob pena de todos os pressupostos que nos levam a dizer que o Sporting está no bom caminho caírem por terra, fracassados….

Isso é a charada que nos vendem (e a parte em que a Matemática acaba, passando a dar lugar às “Ciências Alternativas”), post após post, por estas caixas de comentário fora. E nem vamos incluir naturais desabafos de fim-de-jogo, porque não é preciso: a charada é pensada e incessantemente repetida, mesmo a frio. No fundo, é a falácia do “por esta altura, já devíamos ser campeões”. Como se tivessem sacado de uma fórmula a um druida qualquer de um dos nossos pinhais desgraçadamente queimados, e que o resultado incontestável teria sido esse: TEMOS que ser campeões. Este ano! Pelas contas dos seus delirantes intelectos.

Eu sou um sportinguista e um Homem simples, e só consigo constatar coisas também simples: o Sporting está MELHOR, muito melhor, tal como prometido. Desportivamente melhor no Futebol e nas outras Modalidades, mas também estruturalmente e financeiramente, em termos de Clube. E tem estado melhor ano após ano, há pelo menos 6 anos. Não era costume, isso. E pergunto: mas porque raio de razão anda agora esta gente toda a duvidar que essa realidade vai mudar? Que não vamos continuar a melhorar? Porque raio de razão não estamos a rejubilar com o renascimento do nosso Clube? Que raio de razões nos podem levar, nesta altura, a duvidar que não iremos acabar por ser mesmo campeões nacionais? A seu tempo (e isso não é Matemática)!? Com esta mesmíssima gente com a qual temos estado a crescer vertiginosamente?

E a razão que vejo é só uma: pedantice, vaidade e memória curta. No mínimo uma delas, sendo que a memória curta ressalva numa dose de ingratidão que também não fica bem a ninguém.

Somos do Sporting Clube de Portugal, o grandioso. Mas estivemos na fossa, quase a desaparecer, há meia dúzia de anos atrás. E antes disso estivemos a maior parte do tempo entre o mal, o sofrível e o assim-assim (desde meados da década de oitenta, para ser mais exacto), com a excepção do curto interregno 2000-2002. Fora isso ganhámos pouco, quase nada. E só uma memória muito curta o pode ignorar, já em 2018. Ou outra das coisas que mencionei acima… Daí a vaidade sem fundamento na exigência de resultados, a ridícula pedantice na “atenção ao detalhe”, face à grandeza que seria reconhecer o milagre que está a acontecer. E a ingratidão, e/ou a tal memória curta…

Enfim, neo-Throlls, continuem a focar-se nas CI do JJ, nos posts do BdC. Já nem sequer quis abordar o “pormaior” da realidade trágica desta anedota de pseudo-verdade desportiva lusa, instituições, comunicação social e até envolvência política. Mas oh se eu poderia falar disso tudo em mais 500 linhas! Mas nem vou por aí, não é interessante para a essência do que quero deixar aqui bem claro, e que consite no que se passa “em casa”.

A essência é, pois, focar o ruído que nos distrai da agradável realidade, e dizer que BdC tem agora a palavra (e isso será ainda mais verdade se amanhã o resultado não for bom), para de uma vez por todas pôr termo a estes ataques kamikazes internos contra a nossa equipa técnica e atletas, cujo condão acaba por ser fazer brotar a insatisfação das bancadas, com a intranquilidade decorrente, e o distrair do essencial com estes ruidosos “acessórios”. Há uma maneira fácil dele fazer isso. Vou aguardar.

Quanto aos neo-Throlls, podem continuar a insinuar que as vozes como a minha são “situacionistas”, vozes de “rebanho”. Aliás, nem podia concordar mais com eles, é tal e qual isso, talvez por conseguir reconhecer a nossa situação actual, e ao mesmo tempo lembrar-me de outras “situações” antes desta. Talvez por ter visto este filme (“o treinador é que não presta”; “isto é equipa para ser campeã de caras”), vezes sem conta, e sempre com o mesmo final (e isso volta a ser Matemática…). E Throlls há muitos, e muitos mais houve, neste mesmíssimo blog. Acabam todos por bazar. A única particularidade é que estes só o farão quando o Sporting for campeão.

Em nome do essencial escrevo isto, e contra o acessório. Em nome do Sporting.

ESTE POST É DA AUTORIA DE… Placebo
*às quartas, a cozinha da Tasca abre-se a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]