Fiz este exercício, para muitos certamente absurdo, para incentivar a discussão do futebol português profissional e o seu futuro. Gostaria que olhassem para estas propostas como ideias e não conceitos herméticos.
Entendo que, cada vez mais, a competitividade do nosso campeonato está comprometida, sendo o fosso entre os 3 grandes, Uefeiros e equipas que lutam pela manutenção, assustadoramente maior.
E o culpado disto tudo e como em muitas coisas da vida, é o dinheiro ou a falta dele.
Os 3 grandes, têm receitas e orçamentos bastante conhecidos de todos e que, melhor ou pior geridos, distanciam-se abissalmente de todos os outros participantes.
E é aqui que considero que a Liga deve ter um papel determinante, no potenciamento do campeonato, dos participantes e no espetáculo em si.
A liga tem de aumentar a notoriedade do nosso campeonato em Portugal e no Estrangeiro, para o efeito, elenco uma série de medidas que entendo como essenciais:
· Regra dos 2/3.
o Todos os clubes da Primeira Liga, têm a obrigação de ter 2/3 de ocupação dos estádios, em 2/3 dos jogos.
§ O não cumprimento desta regra implica a perda de pontos no fim do campeonato;
o Os clubes que entendam que não têm capacidade de ocupar 2/3 do estádio, deverão anunciá-lo e reduzir a capacidade do estádio de forma garantir que atingem a regra obrigatória, bem como, ocupar a bancada filmada durante as transmissões televisivas, em pelo menos 2/3.
§ O não cumprimento desta regra implica a perda de pontos.
o Os clubes têm de procurar ativamente e dinamizar junto das suas comunidades, cidade e vilas, soluções para ocupar os seus estádios, através da redução de preços, gratuitidade, convites, etc.
o Esta medida, visa essencialmente, a criação de uma perceção de uma dinâmica de sucesso, de uma liga competitiva e melhorar as condições contratuais junto dos patrocinadores.
· Direitos televisivos negociados centralmente e distribuídos através de um Market Pool, à semelhança da Liga Inglesa.
o os 3 Grandes garantiram cerca de 150M€ ano em direitos de TV, divididos por 18 equipas, dariam 8M€ por clube.
§ A Liga deveria procurar revogar esses contractos, no limite, retirando o acesso aos 3 grandes, às competições que organiza.
§ Clubes que invistam o rendimento dos direitos TV em melhorias de estádios e infraestruturas receberiam uma majoração no ano seguinte
§ Clubes que invistam na contratação de jogadores, através dos rendimentos de direitos TV, sofrem uma diminuição no ano seguinte.
§ Criação de Fundo para o patrocínio de equipas que sobem de escalão.
· Criação e produção de um Magazine Televisivo semanal, com duração de 1 hora de carácter positivo, imparcial e dinâmico, onde mostra o jogador da semana, resumos, entrevistas, golos, equipas, lances, balneários, as cidades dos clubes e adeptos. Magazine para ser difundido em Portugal, PALOP e canais dedicados às comunidades emigrantes (à semelhança da Liga Inglesa)
· Sorteio de Árbitros
· Adoção da Tecnologia da linha de golo
· VAR
o Fiscal de Linha deve permitir jogar em situações limite de fora de jogo, o VAR validará ou não a jogada.
o A consulta das imagens de jogo não deve ser obrigatória, os Árbitros na Cidade do Futebol, deverão ter a competência e autoridade para indicar uma análise ou decisão ao árbitro principal.
· Equipas B fora da II Liga, criação de dois campeonatos nacionais de reservas, um da Primeira e outro da Segunda Liga.
o Jogos com sorteios e sequências iguais aos campeonatos principais.
o Fim de empréstimos de Jogadores entre equipas da mesma Liga.
§ Limite de 60 Jogadores Seniores por clube, com rotação livre entre campeonato de reservas e campeonato principal, respeitando as regras de descanso de 72 horas.
· Taça da Liga – Vencedor deverá ter acesso a prova da UEFA, Europa League
ESTE POST É DA AUTORIA DE… Tomáš Skuhravý
*às quartas, a cozinha da Tasca abre-se a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]
28 Fevereiro, 2018 at 11:46
Não mudaria o modelo atual das equipas B’s. Parece-me muito bem assim, estão inseridas num campeonato competitivo, as que cnseguem claro. as outras é tentarem lá chegar. as selecções mais jovens sairam a ganhar (e muito!) com este modelo e os nossos jovens também. SL
28 Fevereiro, 2018 at 11:55
Todos os clubes da Primeira Liga, têm a obrigação de ter 2/3 de ocupação dos estádios, em 2/3 dos jogos.
Todos os adeptos do clube adversário que se encontrem nas bancadas de sócios são expulsos do estádio sem direito a devolução do dinheiro do bilhete. Os clubes comprometem-se a expulsar esses espectadores dos seus quadros de sócios.
O não cumprimento da expulsão do estádio implica a perda de pontos para o clube adversário.
O não cumprimento da expulsão do quadro de sócios implica a simples desclassificação do clube.
28 Fevereiro, 2018 at 12:12
Imagina por haver um Sportinguista estupido que se recuse a sair da bancada de sócios de um Moreirense, o clube de milhoes de adeptos perde pontos! Por amor de deus!
28 Fevereiro, 2018 at 12:30
Isso não faz sentido nenhum!
28 Fevereiro, 2018 at 12:11
Exceto o fim dos emprestimos de jogadores a clubes da mesma liga sou totalmente contra. Limitar a 1 por equipa concordo.
Um Joao Mario, um Chico Geraldes, um Adrien, um Semedo atingem ou atingiram excelentes patamares devido aos emprestimos a bons clubes da 1ª. Não é no campeonato de reservas, na B ou num de sub 23 que o atingem.
Quanto ao VAR, parece-me claro que devia haver uma carreira SÓ de video Arbitro. Nao tem logica, numa semana apitas, noutra estas de castigo, noutra és VAr.
De resto 1000% de acordo
28 Fevereiro, 2018 at 12:13
Muito interessante. Mas eu já aqui tenho dito várias vezes…
Dar mais dinheiro a estes clubes pequenos é dar mais dinheiro ao sistema. É dar mais dinheiro ao Jorge Mendes.
Se o futebol português quiser ir a algum lado, antes de apostar no marketing tem de apostar essencialmente em:
– Futebol mais limpo e mais transparente,
– Qualidade de jogo ao nível da entrega e intensidade;
– Menos futebol manhoso e chato;
– Proximidade dos clubes com as localidades;
– Promover e ter regras que promovam essencialmente clubes com mais adeptos e não os com melhores ligações a empresários.
– Aproximar o futebol dos adeptos, quer pelos horários, quer pelas iniciativas nos estádios dos pequenos, quer pelo fim das transmissões de todos os jogos (metendo a maioria a horas boas);
O maior problema do futebol português é que o futebol português está feito para os interesses do futebol português e empresários. Não está feito para os adeptos.
Depois disto, depois de termos estádios com gente que seja veja e um futebol vendável, então sim…podemos pensar em como promover o espectáculo. Assim como está pode haver 1 ou 2 semanas em que enganam as pessoas mas rapidamente perdem os poucos que até podem atrair. Ninguém paga para ver um futebol manhoso nem para ver um clube que é “deles” e não “nosso”…
28 Fevereiro, 2018 at 12:25
o problema são, creio, os dirigentes. É um facto que a maioria dos clubes são geridos pelos reis dos esquemas locais, ligados a negócios diversos e na sua maioria obscuros, desde a construção civil, às mais diversas actividades. Creio que toda a gente conhece esquemas de contratar jogadores que trabalham nas obras em part-time e a quem se oferece habitação nos imóveis construídos, auferindo um salário que varia entre o rsi, ao salário médio nacional. Não será tão ssim na primeira liga, mas (quase) todos os clubes passaram por estes esquemas e os seus dirigentes revêm-se nestas práticas, portanto o nível de transparência exigido pela liga e fpf teria de ser muitíssimo maior, com regras claras e (à emelhança dos bancos, por exemplo) certificação da honorabilidade para exercer o cargo de dirigente desportivo (uma espécie de licença que poderia ser revogada em caso de más práticas). De resto creio uma melhor distribuição das receitas geraria mais competitividade e seria benéfica para o futebol.
28 Fevereiro, 2018 at 13:19
concordo com isto!!! devia haver requisitos minimos para ser dirigente de futebol e exlusividade total ao clube !
28 Fevereiro, 2018 at 12:28
E discordo de meter 2/3 do estádio ou só filmar onde aparece gente…
Qualquer dia fazemos como em alguns campeonatos na Asia. Paga-se ás pessoas para serem figurantes para parecer que há muitos adeptos…Não resulta. Não é real. Só piora a situação…se maquilham as bancadas como sabemos que não maquilham o resultado ao mais conveniente?! Ou o jogo mesmo?! Não resulta.
Assim como acabar com equipas B e passar para um campeonato de Reservas. Não devem mexer no que está bem. As equipas B têm dado muitos jogadores de qualidade à primeira liga. Jogadores que se não fosse assim teriam muito mais dificuldade de se afirmar no futebol sénior. E não é com campeonatos sub23 (é só adiar a integração) ou com campeonatos de reservas (que ainda é pior) que se mitiga essa dificuldade.
28 Fevereiro, 2018 at 15:20
E é um contra-senso claro da proposta do Skhuravi: tem não sei quantos pontos a querer beneficiar os ditos pequenos para diminuir o fosso dos grandes, mas depois parece que os quer obrigar a gastar o que não têm para ter equipas de reservas. Não reparou que só uns 6 ou 7 clubes têm equipas B? Como quer pôr as 18 com plantéis de 50 jogadores quando a maior parte para ter 25 precisam de meia dúzia de emprestados?
O maior problema (embora não o único) está na ausência de competitividade na 1ª Liga, porque esta tem um número excessivo de Clubes: 10 clubes a 4 voltas (dá 36 jogos, só + 2 q o quadro actual) como acontecia na Escócia, permite uma maior aproximação dos clubes de média dimensão (Braga, Guimarães, Marítimo, Boavista) aos 3 grandes, porque efectua 6 (em vez de 3) receitas com os grandes e deixam de efectuar jogos em que os custos são maiores que as receitas de bilheteira; as receitas de direitos televisivos (centralizada e distribuída proporcionalmente seguindo o exemplo inglês) iriam ser maiores e mais bem distribuídas. A curto, médio prazo teríamos 5 ou 6 equipas muito mais competitivas entre si (em vez das actuais 2/3). O Campeonato tornar-se-ia mais vendável para o exterior e, logo, isso tornar-se-ia outro factor de acréscimo dos direitos televisivo.
Esta é a parte do quadro competitivo e das receitas directamente associadas.
Depois há a questão da credibilidade do negócio. É imprescindível uma resolução judicial CREDÍVEL E JUSTA para as questões de tráfico de influências e d e corrupção activa e passiva; é imprescindível dar ainda mais passos no sentido da Verdade Desportiva (concordo com alguns apontados pelo Skhuravi no seu texto), mas acho necessário mais nomeadamente no que concerne à transparência, equidade e justiça nas nomeações, avaliações e classificações de árbitros e VAR (que devem pertencer a quadros autónomos, tal como os 4º árbitros deveriam integra o quadro dos VAR – recurso a ex-árbitros em ambos os casos); é ainda imprescindível que a chamada pacificação do futebol comece onde os incêndios são ateados (fim dos programas de painel pós jogo com os formatos actuais; adopção do formato sugerido pelo Skhuravi e que acontece em países como a Inglaterra – e já aconteceu em Portugal; aliás dever-se-ia até incentivar que esses programas não tratassem só de futebol, mas também dessem espaço aos outros desportos; alguns têm enorme potencial de crescimento, como aconteceu com o Futsal e está a acontecer com o Futebol Feminino um pouco por todo o Mundo, só para dar 2 exemplos).
Enfim, Há muito por onde mudar. O problema é que faltam as vontades. O exemplo está nas sucessivas negações de proposta apresentadas por BdC há 5 anos para cá e que depois acabam por ser aadoptadas por inevitáveis (e.g. VAR, divulgação dos relatórios doa árbitros) e, por contraponto na constituição de grupos de seguidismo servil e contranatura (G15-3+1q vale por todos).
28 Fevereiro, 2018 at 16:04
E porque não 60 minutos de jogo útil com duas partes de 30 minutos? Esta medida, parece ser, uma das que daria mais verdade ao futebol.
SL
28 Fevereiro, 2018 at 12:24
Pensei q íamos falar de uma Super Liga Europeia…
Em Portugal é impossível implantar estas regras.
Como é q querem encher os estádios de clubes q não têm adeptos?
Só se andassem a distribuir bilhetes pelos sem abrigo.
O Moreirense não pode receber tanto dinheiro como um dos grandes pq isso seria um desperdício para as operadoras q estariam a dar milhões a um clube cujo lucro para estas seria quase nulo, uma vez q em termos de audiência os seus jogos só seriam visto quando jogava com um grande.
É IMPOSSÍVEL NISTO E NEM FAZ SENTIDO!
28 Fevereiro, 2018 at 12:25
Parabéns. Fixe era teres marcado golos destes no teu tempo!
Concordo com tudo. Mas para isso tem de existir uma conjugação entre vontade de reestruturar o futebol português aliada a uma predisposição de quem tem o poder para perdê-lo, porque no fundo é disto que estamos a falar, de retirar factores críticos de sucesso controláveis das mãos de quem os controla.
E quando o pensamento é “somos campeões europeus em futebol e futsal e isso é fruto do trabalho que se faz em PT”…é carta branca para deixar tudo como está. Porque está fofinho para quem domina as instâncias.
28 Fevereiro, 2018 at 12:27
O texto parece ter sido escrito por Thomas More.
28 Fevereiro, 2018 at 13:42
Não há nada de utópico na minha perspectiva.
Vejo uma alavanca para os clubes e campeonato.
A Junta de Freguesia de Cascais e Estoril, tem levado cerca de 500 pessoas por jogo, excepto com grandes, de escolas, centros de dia, etc.
28 Fevereiro, 2018 at 12:37
Principal problema do futebol português é a mentalidade dos portugueses! Na realidade só existem 3 clubes em Portugal, e depois há umas agremiações para os dirigentes justificarem à mulher não poderem lavar a loiça do jantar porque têm uma reunião!
E para vermos que é assim basta ver a quantidade de vezes que continuamos a ouvir: “Joãozinho, qual é o teu clube?”
J – Sou do Pinhalnovense! (orgulhoso)
“Sim, mas tirando isso, és do Sporting, Benfica ou Porto?”
Mais asqueroso ainda, e situação que já me tirou do sério algumas vezes por causa dos meus filhos – “Sim, mas tirando isso és do g… lorioso (recuso-me a escrever alarvidades)!”
E pronto, vamos andando assim, em modo salazarista, obrigando boa parte da miudagem a ser do clube dos 14 ou mais Milhões e isto nunca mais sai da cepa torta!
PS: honra seja feita ao Vitória de Guimarães que tem tentado construir um caminho diferente.
28 Fevereiro, 2018 at 12:47
Off
http://madespesapublica.blogspot.pt/2018/02/aveiro-mais-um-toxico-casamento-entre-o.html
28 Fevereiro, 2018 at 13:10
Bom dia,
Algumas ideias são boas, mas muitas delas apelam a uma alteração de mentalidade que penso não estarmos preparados para isso.
As alterações mais importantes, na minha opinião, são as seguintes:
1) redução do campeonato nacional para 10 clubes, a 4 voltas, descendo dois clubes por ano;
2) definição de jogador formado no clube: deverá estar ligado ao clube, no período etário compreendido entre os 10-21 anos de idade, pelo menos 7 anos;
3) obrigatoriedade de jogar (11 inicial) com, pelo menos, 4 jogadores formados no clube ;
4) plantéis limitados a 30 jogadores e, no máximo, 45 com contracto.
5)concordo com o conceito de market pool justa distribuição de direitos televisivos;
6) obrigatório ceder declaração de rendimentos e de património, para consulta pública, dos árbitros da primeira liga;
7) UEFA: jogos com 70 minutos, cronometrados.
8) proibição de empréstimos a clubes da primeira e segunda liga.
9) VAR deverá ser visível para todos durante a transmissão televisiva ;
10) Áudio do árbitro deverá estar disponível de forma pública durante e após o encontro.
11) tanto árbitro como VAR deverão estar ligados ao som do estádio e explicar as decisões que tomam aquando da utilização do VAR.
12) Relatórios dos observadores deverão ser disponibilizados no prazo de 2h após terminus do jogo.
13) receitas das apostas desportivas deverão ser, em parte, entregues à liga de clubes e redistribuidas bottom to top aos clubes.
14) os contractos de compra e venda dos jogadores entre clubes da liga deverão ser públicos e disponíveis para consulta.
15) árbitros deverão ser obrigados a flash interview e conferência de imprensa.
Tenho mais alguma ideias, mas estou a escrever no telemóvel.
Cordiais saudações leoninas da Figueira da Foz
28 Fevereiro, 2018 at 13:33
Essa dos jogadores formados no clube serem forçados a entrar.. O que fazem clubes como o Tondela ou Aves, cuja formação está arredada dos grandes palcos? Jogam com 4 jogadores piores que os concorrentes directos enquanto fazem tudo para não descer? Não podemos pensar só nos três grandes e pouco mais, existem muitos clubes em Portugal sem condições financeiras de manter escalões jovens e que se limitam a ter futebol profissional.
28 Fevereiro, 2018 at 13:42
Maria, uma proposta não pode ser vista de forma avulsa, se o conceito de jogador formado no clube é mais restrito, bem como o número de jogadores sob contracto, automaticamente jogadores que estarão sob controle dos grandes deixarão de estar.
Daí ser uma proposta muito fácil de cumprir. Desde que a escada regulamentar seja esta.
Quanto à questão de serem melhores ou piores, desculpa mas é impossível concordar, tanto entulho que aí anda para fazer favores a empresários, cujo lugar poderia ser facilmente ocupado por um jovem com mais qualidade.
28 Fevereiro, 2018 at 14:09
Mas repara, nem todos os clubes têm uma formação capaz de dar resposta às exigências da Primeira Liga. Muito menos conseguem formar 4 jogadores de qualidades em cada geração. Se me disseres todos os clubes têm de se apresentar com jogadores formados em portugal o caso muda de figura, mas formados no clube é muito muito complicado.
28 Fevereiro, 2018 at 13:44
Campeonato com 10 equipas e 4 voltas…matava o futebol tuga de vez.
A repetição dos mesmos jogos tornam algo especial em banal… Além disso torna os jogos mais amarrados e mais chatos.
Por essa lógica o ideal era campeonato a 5 com 6 voltas..
28 Fevereiro, 2018 at 14:13
O perfeito seria 3 voltas (baseadas na classificação do ano anterior ou por sorteio puro) uma vez que a questão do confronto directo seria sempre “desempatado” e esses jogos ganhavam um caracter especial.
28 Fevereiro, 2018 at 14:23
Para mim o campeonato a 18 está bom. Temos qualidade de jogadores para ter 18 equipas e temos adeptos de futebol para isso. Basta ver o que acontece com os grandes e com a selecção.
O que falta é os clubes fazerem o trabalho que tem de ser feito de aproximação ás populações locais, de ligação, de chamar gente aos estádios…o que falta é puxar os muitos adeptos de futebol que Portugal tem aos estádios.
O exemplo do Estoril para mim é paradigmático. A linha tem muita gente que adora futebol. Ali ao pé do estádio mesmo. Conheço bem aquela zona. As pessoas afastaram-se porque não se reconhecem nem se revêem naquele clube à muitos anos. O Belém é outro. Como este caso há muitos…
O problema é que há uns anos o futebol cagou nos adeptos. Achou que vive da tv e dos grandes e pura e simplesmente deixou de ligar aos adeptos. O que passou a interessar era ter ligação ao empresário certo, usar os clubes para lavar dinheiro e ligar-se ao grande certo que facilitasse ficar na primeira e ter jogos com os grandes e receitas de tv. Não é surpreendente que os adeptos tenham cagado para os clubes.
Aliás quanto menos clubes na 1ª, mais centralizado nas grandes cidades fica, mais longe fica do país…
28 Fevereiro, 2018 at 15:51
Tiago: Temos qualidade em Portugal para ter 18 equipas! deve estar a brincar! Não temos qualidade de jogo em Portugal exactamente porque temos 18 equipas que contaminam o melhor futebol com faltas, faltinhas, quedas para a piscina, assistências médicas para tratar a perna direita após levar um afago na esquerda, demoras eternas para pontapés de baliza, marcações de falta e lançamentos laterais. Temos um tempo útil de jogo médio em Portugal entre 6 e 12 minutos mais curto por comparação com as principais ligas europeias. Médias de assistências de metade das 18 equipas da 1ª Liga é menor que a última AG do SCP!!! Por amor da santa .. qualidade????
E porque é que 10 equipas a 4 voltas ia ser chato e monótono? 4 vezes Sporting, Benfica, Porto, Braga, Guimarães, Marítimo, Rio Ave, Boavista, Chaves e Setúbal (ou Belenenses, ou Académica, ou Paços Ferreira) iria ser chato? Chato é ter que ver 2 vezes a maior parte dos jogos entre os 10 últimos classificados e, ainda pior, a maior parte dos jogos destes com Benfica, Porto e Sporting (ou estendem a passadeira ou fazem anti-jogo). A vantagem das 4 voltas c/ menos clubes é o brutal aumento de receitas para as equipas hoje médias , reduzindo, a curto prazo a distância de capacidade financeira para os 3 grandes (esses não ganham nem perdem receitas de bilheteira porque as suas médias são estáveis; enfim, ganharão um pouco porque recebem + 2 vezes os jogos entre si); mas o mais importante é que a curto prazo, porque o dinheiro é muito mais bem distribuído e as receitas muito maiores; e porque a competição será muito mais renhida e aberta (todos vão lutar por objectivos idênticos – a “linha de água” entre o acesso à Europa e a despromoção é curta), o crescimento potencial das equipas médias permite-lhes redefinir com mais realismo objectivos de conquita do Campeonato ou de acesso à Champions. A única desvantagem que vejo reside no imobilismo e na resistência à mudança do nosso dirigismo desportivo que prefere dirimir mecanismos laterais de conquista de poderzinhos (do IPDJ, à FPF, à Liga e aos Clubes, à Comunicação Social, a guerrinha do tacho ou dos 15 minutos de fama, sobrepõe-se ao que, de facto, deveria ser a sua missão – ajudar a promover o desporto).
28 Fevereiro, 2018 at 18:34
Achas que não tens jogadores não têm qualidade para fazer 18 equipas?! Queres quantos exemplos?! Quantos jogadores de qualidade que não são aproveitados por treinadores manhosos?!
Só os 3 grandes devem somar pai 250 jogadores sob contrato, todos de qualidade. O Gauld não tem qualidade para jogar na primeira liga?! Qual é o problema?! O Aves ou o José Mota e o Lito Vidigal?! O Rafael Barbosa não tem qualidade para jogar numa boa primeira liga?!
Não tens é treinadores ou modelo de jogo que os potencie! Mas agora por teres o campeonato cheio de treinadores manhosos mandas metade das equipas embora?!
Dinheiro mais bem distribuído?! Pegas no dinheiro e dás ao Rio Ave, Braga, Lampiões, Paços, vitória de Guimarães…se achas que ele fica nos clubes és mais ingénuo que eu pensava. O dinheiro vai para onde vai todo…Jorge Mendes e dirigentes! Porque é que esses clubes cada vez vendem jogadores mais caro e no entanto estão sempre em dificuldades?! E precisam sempre de mais para serem competitivos?!
Vais exactamente ao que eu disse. O que temos de melhorar não tem a ver com a redução das equipas. Aliás partes de um principio para mim errado de que os melhores jogos são onde entram os grandes. O melhor jogo que vi este ano foi o Chaves com o Vitória de Guimarães. A liga Inglesa é a melhor porque os jogos com as equipas pequenas são intensos. A liga inglesa este ano está muito pior do que estava à 3 ou 4 anos e têm mais dinheiro! Porquê?! Porque há muita equipa pequena que não joga um boi! Vão também reduzir?! É que se o fosso cá é grande, lá então…dos 6 primeiros para baixo estão 2 equipas +- salvas e 12 a lutar pela manutenção! Para falar só da melhor liga do mundo…não estar a falar das outras!
Viste os jogos dos lampiões em Alvalade nos últimos pai 5 anos?! Queres falar de perder tempo?! O que tem de se fazer é lutar contra o anti-jogo, lutar contra as perdas de tempo, lutar contra os treinadores manhosos que não sabem meter uma equipa a fazer 3 passes seguidos, lutar contra a saída de dinheiro dos clubes, lutar contra o afastamento dos sócios dos clubes! Não é reduzir os campeonatos a uma mini-série de jogos que mais parece uma repetição constante dos mesmos desafios, os mesmos jogadores, os mesmos pontos fortes e fracos, os mesmos vícios…
28 Fevereiro, 2018 at 23:59
Concordo aqui com o Tiago – é uma questao de mentalidade dos treinadores e passa também pelos árbitros que permitem anti-jogo
Por outro lado seria muito importante partilhar receitas televisivas com a obrigacao de melhorar a infraestrutura e o conforto dos espectadores
28 Fevereiro, 2018 at 18:14
Para ti está bom mas toda a evidência mostra que não está a funcionar…
Não temos país, nem em tamanho, nem em dinheiro para ter 18 ou 16 clubes na 1ª Liga! Basta ver o dinheiro que há para distribuir e o quanto toca a cada equipa.
28 Fevereiro, 2018 at 18:38
Se achas que o dinheiro gerado pelos clubes fica nos clubes e que é evidente que não chega…não te vou tentar convencer que o dinheiro gerado pelos clubes vai para as mãos dos dirigentes e empresários…
Deve ser por isso que se vê vendas cada vez maiores e continua a não chegar. Por mais que um clube venda (e anunciam vendas cada vez maiores)…nada muda…é sempre preciso mais e mais e mais. Hoje comprar a um pequeno custa sempre 2 ou 3 milhões…
28 Fevereiro, 2018 at 22:36
3 voltas dará sempre vantagens a uns e prejudicará outros…
Não pode ser!
Imagina 3 voltas onde na 3ª volta te calha a ir ao Dragão e à Luz… A probabilidade de seres campeão diminuía bastante, só pelo calendário!
E não vale dizer que condicionavas o sorteio, como a gora se faz porque isso é, à partida, estares a dizer que há clubes de primeira e de segunda… Não dá!
28 Fevereiro, 2018 at 14:21
Campeonato tipo escocês não é a minha ideia de um bom campeonato.
28 Fevereiro, 2018 at 18:18
A realidade é diferente.
O Campeonato escocês é uma espécie de 3ª Divisão no Reino Unido. Ninguém liga e ninguém lá mete dinheiro. No Reino Unido conta a Premier, por motivos óbvios, e depois o Championship por dar acesso à Premier. É uma cena que tem um factor muito regional.
Cá, uma cena parecida, não igual, funcionaria de outra forma porque o contexto também seria outro.
28 Fevereiro, 2018 at 14:17
Já há algum tempo q sou a favor do campeonato de 10 equipas a 4 voltas…
Quem diz q é repetitivo esquece se q pior é todas as semanas em 9 jogos haver 5 q não têm interesse nenhum para a bem dizer ninguém.
28 Fevereiro, 2018 at 14:39
Então vamos lá ver…
Marítimo não tem adeptos?! Não interessa a ninguém?! Isso não é estranho sendo o maior representante de uma ilha com bastantes habitantes, especialmente no Funchal?!
O Chaves não interessa a ninguém?! Olha…a mim interessa. É das equipas que mais gosto de ver jogar.
E o Rio Ave?! Não é bom ter uma equipa que joga como o Rio Ave?! E o Guimarães?! E o Braga?! Não interessam?!
O Paços de Ferreira?! Não tem adeptos?!
Não é giro ver o Portimonense a jogar?! Não enriquece a liga?!
Reduzimos a 10 porque há equipas mais fracas e com menos adeptos?! Ficamos só com as que têm mais adeptos?! E como se faz essa selecção?! É que há equipas na 2ª com mais adeptos que equipas da 1ª.
Acabámos de ver um Moreirense tirar 2 pontos ao primeiro, +2 ao Sporting lá e fazer a vida negra ao Sporting em casa. Vamos excluir estas equipas?!
Vamos centralizar o campeonato a 2 ou 3 distritos?! É que fica Braga/Guimarães, Lisboa, Porto…e pouco mais. Num ano pior o Guimarães (o 4º grande) desce?! Vai subir alguém com mais adeptos?! O objectivo não é alargar os adeptos ou é reduzir aos que são mais?! Isso não vai ainda centralizar mais nos 3 grandes?!
28 Fevereiro, 2018 at 15:13
Essas equipas têm tantos interessados em vê las jogar q os estádios estão sempre às moscas…
Mas pronto se isto não é solução então de certeza q não é melhor retirar pontos q podem decidir manutenções e descidas às equipas q não encham 2/3 do estádio.
28 Fevereiro, 2018 at 16:06
Claro que Braga, Marítimo, Chaves, Boavista, Portimonense, Rio Ave, Paços de Ferreira, Belenenses e, sobretudo o Guimarães têm adeptos. Como o têm Académica ou Leixões. E não são excluídos. Passa é a ter hipóteses de se tornarem maiores por poderem aceder a muito maiores receitas. Estarão com maior regularidade no grupo de elite quem demostrar ter mais unhas para tocar essa guitarra. As 18 equipas é que significam CLARAMENTE um quadro competitivo exagerado, que foi alargado para ir encaixando as reclamações de Boavistas e Gil-Vicentes, entre outros! É bom lembrar isso. Porque é a realidade que deita por terra a falácia de que “18 equipas é mais giro (???)” … “e mais democrático” …”os pequenos também têm direitos” e … quero a paz no mundo … e etc.
Acho que a estrutura e a base social de adeptos de certos clubes, aliada ao interesse de investimento accionista que possa existir por parte de interesses regionais (casos da Madeira, Trás-os-Montes e Algarve, por exemplo) ajudarão a definir as equipas médias que teriam as tais unhas para usufruir mais vezes e com melhor proveito da “guitarra” de um quadro competitivo de elite. Aliás, é o que a UEFA está a fazer nas suas competições milionárias- a criar uma elite; se os Clubes portugueses não quiserem perder esse combóio, vão ter de alterar o seu qudro competitivo urgentemente.
28 Fevereiro, 2018 at 18:25
Não vai centralizar mais os adeptos porque passas a ter equipas mais fortes fora dos 3 grandes e essas equipas passam a bater o pé e a ganhar jogos aos 3 grandes. Isto, juntamente com outras medidas – é ver o que o Braga tem feito nos últimos 6/7 anos – levará a um incremento, cada vez maior, nos adeptos locais, principalmente na juventude, o que se reflectirá grandemente daqui a 10/15/20 anos.
Obviamente que tudo não mudará de uma época para a outra porque se deixam de ter 18 equipas e se passam a ter muito menos – eu defendo 12 equipas em 4 voltas em 32 jornadas!
O país não tem capacidade, nem monetária, nem de tamanho, para ter 18 equipas competitivas numa 1ª Liga mais uma 2ª Liga com uma competitividade equilibrada e que não esteja longe do que é a 1ª Liga.
28 Fevereiro, 2018 at 19:13
as ideias 7,9 ,10, 11 e 15 estao logo fora de hipotese, porque nao depende nem da federaçao nem da liga, mas sim do internacional board, uefa e fifa
depois as outras
1- nao faz sentido, alias campeonatos desse tipo sao competitivos como tudo( escocia, suiça), os 18 está bom
2- faz sentido apesar de eu ter a ideia de que a atual conjuctura 15-21 tambem é um padrao FIFA
3- nem todos os clubes têm formaçao com qualidade para ter uma obrigatoriedade dessa
4- concordo
5- nada a dizer
6- arbitros e demais agentes
8-ou seja ou empresta-se para o CNS ou para o estrangeiro
12- concordo, isso ja acontece em espanha
13- acho que isso ja começa acontecer, apesar de o mercado das apostas desportivas ainda ser uma realidade muito curta cá
14- isso ja existe , alias existe uma plataforma mundial
28 Fevereiro, 2018 at 13:29
Estuda-se nesta altura a saída das equipas B da Segunda Liga, passando a existir essa tal Liga de Reservas. Não sei se em termos de evolução dos jogadores (que é esse o principal objectivo) seria assim tão positivo a criação dessa Liga. No fundo, iam jogar uma espécie de prolongamento do campeonato nacional de Juniores, com algumas contratações levadas a cabo pelo clube. Penso que a competitividade diminui drasticamente, mas a qualidade do futebol subiria a pique.
As duas versões têm muitas vantagens e desvantagens…
28 Fevereiro, 2018 at 18:31
Concordo com a tua visão neste assunto.
Não sei se é melhor o quadro actual, ou o do campeonato sub 23.
O problema é que as medidas que se tomam ou deixam de tomar têm por base motivos políticos e de poder e não porque é o melhor para o futuro da modalidade!
Esta cena do campeonato dos sub23 é para tirar poder à Liga pois será a FPF a organizar esse campeonato. A 2ª Liga sem as equipas B terá muito menos visibilidade, atrairá menos dinheiro – e já não atrai muito! – e isso tirará poder à Liga e dará poder à FPF junto dos clubes.
28 Fevereiro, 2018 at 19:16
se a ideia é “copiar” o campeonato sub 23 que existe em inglaterra, parece-me uma boa ideia
28 Fevereiro, 2018 at 14:17
Na minha opinião é um tema muito complexo e de difícil resolução em Portugal…
A força dos clubes vem dos adeptos e sócios e infelizmente em Portugal ao contrário de Inglaterra por exemplo todos as pessoas São de um dos 3 grandes,
Os clubes pequenos não têm sócios e por consequência não tem dinheiro, nem capacidade para ter equipas fortes
Por outro lado Portugal também é um mercado pequeno pelo que não é fácil haver investimento estrangeiro para que mesmo que comprassem uma sad e um plantel forte a equipa continuava a não ser viável economicamente, era somente um poço sem fundo
Em relação às medidas que podem ajudar os clubes pequenos a crescer seriam:
A centralização dos direitos televisivos, o problema está que a centralização só não aconteceu porque os lampiões não quiseram alinhar, e o que fizeram os clubes pequenos em relação a isto? Continuam a beijarlhes a mão
De qualquer forma a centralização tem que avançar, quer dizer o G15 tem tanta força a votar a limitação de empréstimos, mas depois não conseguem criar uma medida que obrigue a liga a tomar conta da transmissão dos jogos…
Para mim uma outra medida interessante seria reduzir a liga Portuguesa a 10 equipas e 36 jornadas, 4 voltas, se por um lado 8 equipas (as que descem) seriam prejudicadas, as vantagens seriam muitas…
A qualidade da 1 liga subiria em flecha, os direitos televisivos disparavam pois haveria muito mais jogos de interesse e entre equipa mais fortes, o investimento estrangeiro tornar-se ia apetecível, pois muitas das equipas seriam competitivas e com fortes hipóteses de ir à Europa, a imagem do futebol português melhoraria muito, e a qualidade do espectauclo subia, todos os clubes que não grandes iam crescer rapidamente, acabava-se com a subserviência de alguns clubes (agora era mesmo cada um por si) pois já não tinham hipóteses de andar a pastar no meio da tabela e jogar só para encher calendário
28 Fevereiro, 2018 at 14:25
Sei que isto nunca vai acontecer, mas curtia 16 equipas, playoffs.
Haverá sempre argumentos que não o justifique, mas os campeonatos só acabarão mesmo fim, com grande emoção, todos os olhos postos nos jogos e menos sujeitos a roubos.
Uma fase inicial para adaptar jogadores, lançar jovens, uma fase com mercado de inverno para ajustes.
28 Fevereiro, 2018 at 14:43
O problema dos Playoff é que minimiza muito o interesse na fase regular. No somatório acho que ainda diminui o numero de adeptos quer no estádio quer na tv.
Num campeonato regular há a sensação que 90% dos jogos são decisivos, pelo menos para o Sporting que luta contra tudo e contra todos. E isso chama gente. Num campeonato a playoff esses jogos decisivos passam a ser apenas 7 ou 8…
Eu acho que nem o campeonato de Futsal devia ser por playoff…
28 Fevereiro, 2018 at 16:25
Também não sou fã de playoffs.
28 Fevereiro, 2018 at 19:15
Compreendo, mas se nessa fase a ida aos playoffs garantir bons prémios (além da possibilidade da Europa), os pequenos poderão tentar algo mais.
Ou então não.
28 Fevereiro, 2018 at 22:39
Também não sou adepto dos playoffs!
Uma equipa que fez uma época merdosa, e ficou, por exemplo, em 5º na fase regular, pode perfeitamente, em meia dúzia de jogos, ser a campeã! Não é justo!
28 Fevereiro, 2018 at 16:18
Muito mais sujeito a roubos, a manter o quadro actual de árbitros e dirigentes. Porque uma equipa que acaba a fase regular em 3º ou 4º pode “resolver” tudo, só usando os padres para dar missas nos play-off!! Play-off é muito bonito, mas é nos desportos onde não há tanta suspeição. E, mesmo assim não acho que seja o mais justo: se o Sporting tivesse ganho, como merecia, o último jogo de Futsal na Luz, acabaria a fase regular só com vitórias e 9 pontos à frente do 2º. Qual é a justiça de apagar essa regularidade com 3 jogos ou cinco entre 2 equipas? No caso do SP até se pode pôr a quês tão de chegarem aos play-offs muito mais fatigados (pois levam nas pernas uns 10 jogos a mais que os oponentes) ou, por obra do azar com uma série de jogadores lesionados. Percebo a espectacularidade dos play-offs e é isso que os justifica; particularmente para criar públicos em certas modalidades. Mas não me falem em justiça porque é um modelo competitivo que define o campeão premiando a inspiração do momento e não regularidade da época.
28 Fevereiro, 2018 at 19:16
Falo apenas pela emoção final. Justo nunca será.
É que na minha opinião, o nosso campeonato é uma verdadeira merda composta por autocarros carregados de malas.
28 Fevereiro, 2018 at 15:12
A falta de dinheiro é um problema de génese do nosso futebol, acaba por ser também parte da razão para assistimos a jogos “comprados”. É muito fácil um qualquer presidente de clube, aceitar uma mala cheia de dinheiro para perder dois jogos por ano e se possível ainda roubar pontos a um grande, quando nessa mala está um valor que, se calhar, corresponde a 3 ou 4 meses de salários de todo um plantel. Não é fácil dizer que não a uma proposta destas, quando o reverso da medalha é entrar em incumprimento com funcionários e atletas do clube por tempo indeterminado.
Para o efeito, era vital para a competitividade do nosso futebol que os direitos televisivos fossem igualmente distribuídos, deveria ter sido criada na altura uma legislação especifica que não permitisse que os clubes negociassem os seus direitos televisivos em separado, sob pena de não puderem participar nas competições organizadas pela Liga de Clubes. Isto era o primeiro passo para a independência dos clubes mais pequenos face aos grandes, não iria eliminar totalmente o problema dos jogos comprados, mas iria certamente diminuir essas situações, permitia um outro fôlego orçamental, permitia atrair jogadores com outra qualidade e por consequente, com melhores jogadores, em teoria, o espectáculo e a competição seriam melhores.
A partir daqui, poderia-se trabalhar noutra vertente problemática, o preço dos bilhetes. Não faz sentido pagar 30 ou 35€ para ver jogos dos grandes na casa de Tondelas e afins, para além de que, também não faz sentido pagar 20 ou 25€ para ver jogos entre equipas pequenas. Era importante nivelar o preço dos bilhetes para valores mais acessíveis, bem como a criação de um tecto máximo no preço dos bilhetes comum a todos os clubes para todos os lugares não VIP.
Não adianta reduzir o número de equipas a competir, isso não resolve o problema da qualidade dos espectáculos e, na minha opinião, não faz sentido essa “regra dos 2/3”, quer-se é pessoas no estádio, não afastá-las dele só porque não o enchem mais do que duas ou três vezes por ano.
28 Fevereiro, 2018 at 15:52
Já agora vou também dar a minha opinião sobre o futebol português e a sua organização.
Na minha opinião existem na primeira liga um excesso de equipas, o que leva a:
– Banalização do espetáculo por excesso de jogos sem interesse, com um défice estrutural de espectadores e receitas.
– Excessiva dependência de empréstimos de jogadores, dos clubes mais pequenos para com os grandes, que leva a defesa de interesses por vezes pouco condizentes com a verdade desportiva.
– pouca integração da população local nos clubes, levando à preferência de um clube nacional, o que retira espectadores.
Creio que 18 equipas na primeira liga são demasiadas para a nossa população e para os espectadores de futebol em Portugal, creio no entanto que diminuir muito o numero de equipas pode fazer tambem banalizar os jogos, por isso penso que o ideal seriam 14 equipas na primeira liga o que a duas voltas fariam 26 jornadas em vez das 34.
Esta diferença poderia ser utilizada para um play-off dos melhores 6 para apuramento do campeão e dos piores 8 para a descida de dois.
A segunda liga teria também 14 equipas mas com duas séries, Norte e Sul, que apurariam o primeiro de cada uma das séries para a subida e os últimos dois para descer.
Conclusão, mais ou menos o mesmo número de jogos, mais ou menos o mesmo número de equipas profissionais, primeira e segunda ligas, menos custos de deslocação na segunda liga com as Séries, fora as ilhas, melhor valorização do campeonato com melhores equipas, logo melhores espectáculos e melhores receitas de bilheteira e televisão.
28 Fevereiro, 2018 at 17:08
Acho que a regra dos 2/3 acaba com a possibilidade de 90% das equipas, actualmente no conjunto da 1ª e 2ª ligas, continuarem no campeonato maior.
Penso que nunca passaremos de 3 patamares de equipas – 3 grandes – 2 ou 3 médias – restantes num patamar inferior, visto que os três grandes abrangem 99% da população e os restantes, mesmo Braga e Guimarães não passam de clubes com massa associativa e adepta regional, alguma dela com ligações afectivas a um dos grandes (principalmente no Braga).
Quanto às divisões dos patrocínios, não tenho grandes conhecimentos na matéria mas tenho muitas reservas. Portugal tem um handicap relativamente a outros países que é o de ser um pequeno país com 2 grandes centros populacionais e o resto muito despovoado. Para além de ser um país em que com grande facilidade o dinheiro desapareceria nestes clubes pequenos.
Concordo plenamente com o sorteio de árbitros e incremento das tecnologias.
Cada vez mais se vê que a categoria dos árbitros cada vez está mais esbatida pela (falta de) insenção.
As tecnologias são todas bem vindas e devem estar constantemente a ser optimizadas.
– Fim dos sorteios condicionados, seja nos campeonatos ou nas taças.
O problema das equipas B não se resolve com campeonato de reservas. Eu defendo que a solução actual é a melhor e até mais económica. O problema é que eu acho que os clubes deviam ter 50 jogadores e qualquer um deles, se não jogasse na equipa A jogaria na equipa B. Mas o que se passa é que temos 60, 30 jogadores na A, para quem é preferível estar na bancada a “ser despromovido” e jogar na B e 30 na B, que poderiam evoluir jogando com outros mais conceituados, numa equipa e campeonato que ficaria mais competitivo, mas, sem culpa própria, acabam por estar ali sem grandes objectivos. Mentalidade de craque… e empresários.
Penso que o futebol necessita de perder muitos dos vícios e copiar muitas das coisa boas que existem noutras modalidades.
Deixo aqui algumas ideias.
– Jogos com duração de 60 ou 70 minutos jogados de tempo efectivo, com paragens de cronómetro e sem descontos.
– Possibilidade de rotação dos jogadores entre banco e relvado durante o jogo.
– Fim da permissão dos “vícios de futebolista”:
– Proibição do toque na bola após apito do árbitro, ou punição com cartão amarelo.
– Fim da treta do poupar cartões nos primeiros 15 minutos, estupidez que é apoiada por muito boa gente que também defende a não expulsão “a bem do espectáculo”. É regra, é para cumprir.
– Regra de “x” segundos na reposição de bola depois da ordem do árbitro após saída nas linhas, faltas.
– No caso de lesões, criar uma lei tipo a que existe no Râguebi (penso não estar errado, mas o nosso tasqueiro especialista poderá elucidar-me) que permita o jogo decorrer simultaneamente com a assistência a jogadores.
– O quarto árbitro anota os cartões.
– Transmissão das comunicações de VAR em directo para a assistência.
– Fim das flash-interview e criação de conferência de imprensa conjunta com treinadores-1 jogador de cada equipa-árbitro.
28 Fevereiro, 2018 at 22:23
(estive na duvida entre colocar aqui a minha opinião como comentário ou pedir ao Cherba para fazer um post disto mas achei foleiro fazer outro post sobre o mesmo assunto por isso aqui vai como comentário)
(acredito que desta vez não me chamarão lampião… 🙂 )
Este é um tema que eu gosto muito e que debato com várias pessoas há muitos anos – provavelmente uns 20 anos!
Primeiro que tudo, para abordar o tema, como muitas vezes acontece com outros temas, é importante perceber o contexto em que estamos, em termos do que é o país e a sua população.
Somos um pequeno país com recursos financeiros muito limitados, quer no dinheiro que as pessoas têm em mão, quer no dinheiro que pode ser investido no futebol em termos de publicidade – porque o retorno será sempre limitado pela dimensão e contexto do próprio país. Além deste handicap, os adeptos, o publico no geral, concentra-se especialmente em 3 clubes – os chamados “3 grandes” – sobrando poucos para os outros clubes todos. Eu diria, do que oiço, vejo e leio, que em 10 adeptos, números redondos, 4 são do Benfica, 3 do Sporting, 2 do Porto e 1 será doutro clube qualquer. Se tivesse que traduzir isto em percentagens, diria que 35% são benfiquistas, 28% são sportinguistas, 22% são portistas e 15% serão doutros clubes. Em termos do total da população, eu diria que 60% se interessa em seguir o fenómeno – seguindo pelo menos os resultados e/ou alguns jogos na TV – e 40% em participar no fenómeno – indo aos jogos 1, 2 ou mais vezes por ano, ou comprando merchandising, ou pagando para ter os jogos em casa, ou simplesmente sendo Inácio todas as semanas.
O contexto não andará muito longe disto, pelo que se vai falando, pelo que me dizem pessoas que trabalham dentro destas áreas. É uma percepção mais pela sensibilidade das pessoas – eu e as pessoas com quem falo sobre isto – do que por algum estudo pois penso que não existem estudos, credíveis, sobre isto, que eu saiba
Este contexto tem como resultado um X de bolo global gerado pelo Negócio Futebol que depois é absorvido por cada clube o melhor que pode, sabe e consegue.
É também este contexto que faz com que as operadoras tenham Y dinheiro para meter nesse bolo global. Muito, praticamente tudo, do que as operadoras metem no bolo tem por base os jogos dos 3 “grandes” em casa – que garantem uma grande visibilidade em praticamente todos os jogos e uma enorme visibilidade nos jogos entre eles – e os jogos dos 3 “grandes” nos campos dos clubes ditos “não grandes”.
No contexto actual não há margem de manobra praticamente nenhuma. A pouca margem que existe estará associada à luta entre os 3 “grandes” pelo título. Se uma equipa vai distanciada à frente, é natural que os adeptos dessa equipa vejam mais os jogos mas, por outro lado, os adeptos das outras 2 perdem algum interesse em ver os seus jogos. Indo todas na luta pelo primeiro lugar, a tendência é para que as audiências vão aumentando em todas as equipas com o aproximar do fim do campeonato, quer em termos de audiências na TV, quer em termos de espectadores nos estádios. Numa luta a 3, há até vontade de ver os jogos dos rivais e não só os nossos. O equilíbrio fomenta o interesse generalizado e isso fomenta a receita.
Ora, partindo deste contexto, eu defendo, há uns anos – não desde o início – que a 1ª Liga deve ser restrita a 12 equipas e que a 2ª Liga deve ter duas zonas de 12 equipas cada uma também. O campeonato deve ser feito em 32 jornadas, sendo que as primeiras 22 serão todos contra todos a duas voltas, dividindo-se depois em 2 grupos. Os 6 primeiros lutarão pelo título e pelos lugares de acesso à Europa e os 6 últimos pela manutenção, fazendo mais 2 voltas de todos contra todos (10 jornadas). Os pontos serão sempre a somar. Todos os jogos contam para a classificação final.
Isto resulta no quê?
Resulta, em primeiro lugar, que o bolo que hoje é dividido por 18 clubes passe a ser dividido só por 12, aumentando assim o dinheiro que cada clube receberá – e isso será bem mais evidente, em relação ao que é actualmente, nos clubes ditos “não grandes”! Com mais dinheiro, os clubes poderão escolher e ter melhores jogadores – isto aumentará o potencial dos clubes “não grandes” – passando a ter melhores equipas e a darem mais luta aos clubes ditos “grandes”.
Com melhores clubes/equipas “não grandes”, o campeonato será mais disputado e passará a ter mais interesse. Será expectável que os clubes “grandes” percam mais pontos, diminuindo o fosso que hoje existe entre estes 3, ou 4 se considerarmos que o Braga já cavou um fosso também – porque tem feito um bom trabalho há muito tempo – e os restantes.
Um campeonato mais competitivo atrairá mais público – aos próprios estádios mas também à própria TV. Com o crescimento das equipas ditas “não grandes” e com mais vitórias e empates com os ditos “grandes” – juntamente com outras medidas a tomar pelos clubes – será normal que cresçam os adeptos locais, especialmente entre os mais jovens. O Braga é um bom exemplo disto pois à medida que vai fortalecendo a sua equipa, obtendo melhores resultados desportivos, vai ganhando adeptos, fruto de bater o pé aos “grandes” mas também por todo o trabalho que foi feito junto das escolas e empresas locais pela Direcção nesse sentido.
Este novo quadro competitivo trará um novo contexto para o futebol nacional. Mais equilíbrio e mais jogos de interesse. Isso trará mais espectadores e, por acréscimo, mais e melhores patrocinadores, que por sua vez poderão ajudar melhor as equipas a crescerem mais.
Os ditos “grandes” poderão beneficiar disto em termos de terem um pouco mais de dinheiro, e portanto potencialmente melhores equipas. Nunca serão prejudicados a esse nível. Os ditos “não grandes”, se forem organizados e competentes, poderão beneficiar imenso e ter, a curto prazo, entre 3 a 4 anos, equipas muito competitivas que poderão, finalmente, dar mesmo luta aos ditos “grandes”. Serão estas equipas “locais” competitivas que farão com que os adeptos locais sejam adeptos da própria equipa e não duma das 3 equipas ditas “grandes” – repito, pelo trabalho dos clubes juntos das populações locais e pelo facto das equipas também conseguirem ganhar aos crónicos “grandes”. Ninguém quer ser adepto duma equipa que perde muitas vezes e não aspira a grande coisa.
Equipas como o Marítimo, o Setúbal, a Académica, o Portimonense, o Chaves, o Rio Ave, entre outras, que já representam localmente uma determinada zona, podem beneficiar muito com algo feito dentro deste género. Mesmo o Braga e o Guimarães, que já estão num patamar mais elevado em termos de penetração junto da população local, podem dar um bom passo em frente e melhorar mais ainda.
Há quem seja contra este modelo por um campeonato ter, expectavelmente, 4 derbies e 8 clássicos, dizendo que assim se banalizam estes jogos! Eu discordo. E penso que os patrocinadores e as TVs também serão desta opinião. Até porque é tudo uma questão de hábito.
Acredito que, a médio prazo – 6 ou 7 anos – o panorama do futebol nacional estaria completamente mudado e o nível das equipas, especialmente as “não grandes”, seria uns bons furos acima. Haveria possibilidade de termos melhores jogadores e, por isso, de se fazerem melhores negócios. Haveria muito mais gente nos estádios, muito mais interesse na nossa Liga. Haveria outros patrocinadores a demonstrarem interesse. Melhores patrocínios. As nossas equipas na UEFA estariam melhor preparadas para bater o pé aos adversários que nos calhassem.
É óbvio que outras coisas teriam de acompanhar estas mudanças.
Padres e missas seriam banidos do futebol! Provavelmente passaria por 2 ou 3 anos com árbitros estrangeiros até se limparem todos os Capelas. Tudo teria de ser transparente em termos de arbitragem – imagens e áudio do VAR em directo na TV e no estádio. Uma das ideias que eu defendo é que os árbitros devem ter um ordenado mensal, igual para todos – em vez de ganharem ao jogo – e depois um prémio no final da época de acordo com a sua classificação. Erros graves dariam suspensão da actividade e do ordenado – por x semanas!
Seriam impostos limites aos inscritos em cada clube participante – 30 a 35 se não contarmos com equipas B ou sub23. Seria imposto o limite de 1 emprestado por equipa e que cada equipa não pudesse ter mais que 4 ou 5 emprestados no plantel!
Obviamente teria de haver centralização dos direitos televisivos, que seriam depois distribuídos duma forma similar ao que já acontece em Inglaterra, e a realização dos jogos pertenceria à Liga, podendo depois os jogos passar onde pagassem mais.
Enfim, muitas coisas teriam de mudar e ser clarificadas, com penalizações efectivas e duras para quem fosse incompetente ou corrupto. Teria de haver um amplo debate e fazerem-se regras claras e justas.
Uma coisa simples, que não tem a ver exclusivamente com o futebol em Portugal, mas pela qual se devia lutar, era que após o árbitro apitar uma falta ou um lançamento contra uma equipa nenhum jogador dessa equipa pudesse tocar na bola – o andebol adoptou esta regra há muitos anos e aumentou bastante a velocidade do jogo. É preciso regras claras para combater o antijogo e as perdas de tempo – por exemplo, o tempo de assistência aos guarda-redes ser automaticamente descontado do tempo de jogo.
Não mudar vai levar-nos a ter, cada vez mais, equipas mais fracas. Talvez com a excepção da equipa que conseguir ir anos a fio à Liga dos Campeões, que passará a ser o crónico campeão em Portugal – o tal Bayern cá do burgo!
Mudar é sempre complicado – o ser humano é resistente por natureza à mudança – e mais complicado é quando há tantos interesses instalados que movimentam muito dinheiro, num país onde traficar interesses, ou ser corrupto, é normalíssimo. A primeira mudança tinha de ser de mentalidade. Sem mudar mentalidades não há hipótese de mudanças. Pela simples razão que não há interesse nisso…
28 Fevereiro, 2018 at 22:29
Sobre o texto original, que acho interessante e tem boas ideias para discutir, acho que regras impostas como a dos 2/3 nunca funcionarão. Os clubes têm de crescer por si, pelo seu trabalho, e isso poderá acontecer com trabalho e tempo, nunca por imposição duma regra que obrigue x% do estádio a estar ocupado.
Igualmente em relação à imposição de x jogadores com a origem y. Se já nem portugueses se conseguem obrigar a ter nas equipas, como obrigar o resto de uma forma justa?
Mas, tudo isto merece um amplo debate, que infelizmente, parece haver pouco vontade para fazer – porque ninguém quer realmente mudar porra nenhuma!
1 Março, 2018 at 0:01
Acabei de ver o Domingos Soares de Oliveira na TVI – numa entrevista interessante – que também acha que no contexto actual cá o nível de receitas está esgotado.
Diz ele que a única coisa que ainda pode dar uma receita significativa aos clubes é o naming dos estádios mas que não há empresas em Portugal que possam pagar o que isso vale e que as empresas estrangeiras acham que há pouca visibilidade (da Liga, suponho) para compensar o investimento.
Portanto, há que mudar o contexto… O caminho é por aí! 🙂
1 Março, 2018 at 0:53
Miguel gostei muito dessa análise, sinceramente não percebo porque não se fala mais sobre o tema em programas televisivos
1 Março, 2018 at 12:02
Talvez não haja interesse em mudar!
Tudo o que é feito é feito com base no jogo politico e no jogo de poder. Não porque é melhor para o futebol do país!
28 Fevereiro, 2018 at 23:25
O número de equipas não é o factor limitante para o espectáculo.
Se não liga inglesa, espanhola, alemã eram uma merda.
Por outro lado, diga-me qual a liga com poucas equipas que é bom.
A questão de fundo é ir ao porque dessas ligas com 18 ou 20 equipas são atractivas.
Aliás, acho um pouco ingénuo achar que reduzindo passa logo a haver competividade
28 Fevereiro, 2018 at 23:27
Acho que o Tiago disse tudo, quando dirigentes, treinadores, jogadores respeitarem o adepto, trabalharem para o adepto que vai ao estádio tudo mudará.
As equipas mais pequenas, na maioria das cidades que tinham equipa da terra, as pessoas afastaram-se, deixaram de ir à bola…. Porquê?
28 Fevereiro, 2018 at 23:56
O adepto não vai ao estádio ver um Tondela-Aves para a 1ª Liga, por mais que essa gente toda trabalhe para os adeptos, como falas e fala o Tiago. Vão meia dúzia e mais nada. Porquê? Porque as equipas são fracas, o futebol é fraco, e os adeptos não se identificam com isso.
Para mudar essa realidade, precisas melhorar o jogo, melhorar a competitividade, tornar essas equipas capazes de baterem o pé aos “3 grandes”… Aí os adeptos vão-se rever nessas equipas e passam a ir aos jogos…
1 Março, 2018 at 19:52
Onde em nome da progresso na carreira atendimento de comer e calar com
Exacto, é isto que tem de mudar.
E mudar não é em vez de ter 7/8 equipas competitivas passar a ter 12..
Porque os adeptos das outras 1000 continuam a nao ir à bola.
Recuso-me a aceitar a solução champions, de criar uma super elite e mais ninguém lá entra.
A continuar assim, daqui a uns anos a champs é para 10-12 clubes e vai deixar de ter interesse, pelo menos para mim …
O que me interessa estar a ver sempre as mesmas 8 equipas nas meias finais!?!
1 Março, 2018 at 0:58
Lourenço na minha opinião essas ligas que falaste inglesa, alema e espanhola podem ter tantas equipas pelo simples motivo que tem muito mais população e logo muito mais adeptos, nem que sejam os da própria terra… os países que falas devem ter em média 70/80milhoes de habitantes em Portugal somos 10M, apesar de sermos um povo fanático por futebol não dá para tudo… Portugal tem características sociais e econômicas muito específicas que devem ser tidas em conta e não apenas “seguirmos o que os outros fazem”
1 Março, 2018 at 20:00
É verdade que qqr um desses países é maior e tem uma população maior.
Mas nem todas as equipas da primeira liga desses países são de de cidades dum milhão de habitantes.
E nem tem de ser da cidade. Apoio à equipa da região.
O Algarve por exemplo nao tem gente suficiente para meter 2 equipas na primeira liga?! Um farense e um portimonense para ser um de cada vento.
Espectáculos a sério e se calhar era diferença.
O problema em Portugal é mesmo, são todos de 5 clubes e depois podem ser simpatizantes do clube da terra.
Mas até pode ser assim.
Podem ser do SCP mas vão ver, por exemplo, o união de Leiria. Se houver bons espectáculos.
E não faltam bons executantes em portugal para ter 18 equipas competitivas.
Falta é mentalidade.
Leiria é pragmático.
Estádio check
População jovem check
Zona com dinheiro check.
Espectáculo futebol, uma merda.
As pessoas afastaram-se.
O futebol em Portugal precisa duma mudança de fundo e não é reduzir equipas.
(Concedo que poderiam ser 16, vá mas acho que nem isso é preciso)
2 Março, 2018 at 11:49
Eu penso que a transformação de fundo passa muito por reduzir os clubes para que o dinheiro existente possa ser melhor distribuído – como expliquei no meu longo comentário.
E não é só concentrares o mesmo dinheiro em menos equipas – por isso mais dinheiro por equipa, com especial incidência para as “não grandes”. É também concentrares os mesmos bons jogadores em menos equipas – num paralelismo com o que acontece com o dinheiro.
Só estes 2 aspectos já trazem os “não grandes” para um nível muito mais próximo aos grandes. E isso melhora a competitividade.
Melhorando a competitividade, colocando as equipas “não grandes” a bater o pé às grandes, a tirar-lhes pontos, empatando e ganhando-lhes jogos, tens um panorama favorável para que as populações locais passem a ser adeptas do clube local. E é isto que fará as pessoas deixarem de se focar em 3 clubes.
O caminho que levamos, onde os grandes varrem tudo – em 66 jogos do grandes contra os não grandes, 22 cada um, o Porto só não ganhou 2, o Benfica e o Sporting só não ganharam 4, ou seja, em 66 só não se ganharam 10 – é normal os miúdos quererem ser de um destes clubes. São os que ganham. São os que têm os grandes jogadores, ídolos das multidões.
É isto que temos de inverter e nunca o faremos, com o pouco dinheiro que há, com 18, 20 ou 16 clubes na 1ª Liga!
28 Fevereiro, 2018 at 23:50
Lourenço, a questão em Portugal é muito o pouco dinheiro que há para distribuir por tanto clube!
Estão sempre a falar da Escócia e da Suiça para dizerem que Ligas com poucos clubes não funcionam. Ora os contextos, deles, e o nosso, é diferente.
A Liga Escocesa é uma espécie de 3ª Divisão do Reino Unido. É uma Liga quase local. A maioria das pessoas no Reino Unido liga à Premier, depois à Championship e depois ao resto, onde se insere a Liga Escocesa.
Na Suiça o pessoal não é focado no futebol como somos aqui em Portugal. E não há grande investimento nas equipas suíças! Começas logo por não teres nenhum clube com o Porto, Benfica ou Sporting. Os clubes lá têm uma dimensão dum Braga ou dum Guimarães.
O contexto cá é diferente, logo o resultado seria diferente!
1 Março, 2018 at 0:03
Tenho que voltar a este tópico, mas acho engracado falarmos que é preciso reduzir o número de clubes na primeira liga, ao mesmo tempo (e nao estou a dizer que sao as mesmas pessoas) que se critica a tendencia das competicoes da UEFA previligiarem os mais poderosos.
O mais importante é subir o nível para todos. Todos ganham e no fim, os grandes continuam a ser os mais fortes.
1 Março, 2018 at 0:42
É exactamente por aí.
1 Março, 2018 at 0:45
Mas reduzir a competição interna não torna os grandes mais poderosos em relação aos não grandes, antes pelo contrário.
Concentras o mesmo dinheiro em menos clubes, favorecendo mais os clubes “não grandes” em relação aos “grandes”. Concentras os bons jogadores em menos equipas, o que torna as equipas melhores.
Não tem nada a ver com o que a UEFA está a fazer, que é dar mais poder aos ricos e limitar mais ainda os clubes mais pobres. Vê lá bem isso… 🙂
1 Março, 2018 at 12:01
As razões pelas quais os estádios de segunda liga em Inglaterra estão cheios são:
1. Os clubes têm dinheiro e oferecem condições de comforto aos espectadore
2. A associação de futebol tem regras estritas de segurança e lidaram com o problema dos hooligans. Há câmara apontadas às bancadas e quem prevarica é detido antes do fim do jogo pela polícia.
3. Os jogos são a horas decentes
4. O futebol em termos de qualidade não é melhor que noutros países a este nível. Só as grandes equipas super ricas da premier é que têm a nata.
5. Há distribuição das receitas televisivas sendo que o último classificado ganha sensivelmente metade do que ganha o campeão. O bolo é enorme na ordem das dezenas de milhao se não me engano, mas chega perfeitamente para viver bem.
6. Há mais poder de compra da população, é verdade.
7. Os adeptos estão Maia distribuídos. Não há o cancro das casas do Manchester United ou do Liverpool em cada vilareca, como há em Portugal em que 99% dos adeptos de futebol são-no de um dos três grandes. Normalmente as pessoas apoiam o clube da terra. A equipa de onde moro, uma cidade média, joga na 3a divisão e tem um estádio novo, no mínimo sempre meio há sempre um pouco de romaria e a malta das futeboladas compra a camisola do clube local.
8. Há uma cultura nos clubes e nos árbitros de fair-play e deixar jogar. Os piscineiros são assobiados (Ronaldo aprendeu logo, Nani nunca), permite-se mais contacto, mais lei da vantagem e menos paragens. Há menos anti-jogo.
9. Não há programas de paineleiros a toda a hora. Há programas de futebol com futebolistas e treinadores. Obviamente que têm as suas afinidades (atão cromos como o Hargreaves…) mas não vão lá passar pelo isentos.
10. Há o fit and proper person test em que pessoas com cadastro criminal ou histórico de bancarrotas estão proibidos de serem dirigentes. E são obrigados a declarar conflitos de interesses.
11. A justiça funciona mais rapidamente
12. Há pudor. Um Relvas em Inglaterra não durava dois dias sem ser convidado a demitir-se.
Pronto, divaguei um bocado mas estão aqui muitas idéias
1 Março, 2018 at 18:55
Ponto por ponto…
1. É verdade! Mas eu acredito que mesmo com menos condições os adeptos irão à bola se forem criadas outras condições, especialmente se tiverem emocionalmente com a equipa. Um adepto é um adepto e até em pé vê um jogo se for mesmo preciso. Penso que não é por aqui que há menos publico cá!
2. Isto sim, pode ter influência no sentido em que os homens vão mas não levam as famílias por terem medo que possa acontecer alguma coisa. É preciso mais segurança, sem dúvida!
3. Também ajuda. Penso que aqui também tem de se melhorar por cá.
4. Portanto, não é a qualidade do futebol que realmente interessa. Então é o quê? Não será a ligação emocional do adepto à equipa e o equilíbrio da competição? Se calhar é…
5. Uma divisão mais equilibrada do bolo geral, mas que ao mesmo tempo permita que o dinheiro a receber por cada participante seja significativo e tenha influência no orçamento da cada equipa, em Portugal, só será possível diminuindo o número de participantes e aumentando o número de jogos de interesse.
6. Este é um ponto a ter em conta importante. O preço dos bilhetes terá de ter sempre em conta a realidade económica da população. Mas levando mais gente aos estádios, e a ver na TV, já se estará a aumentar as receitas.
7. É um ponto que levará o seu tempo a mudar por cá – porque culturalmente é assim há muitos anos – e que só será possível através dos jovens e criando equipas locais competitivas. O pouco poder económico faz com que as pessoas se foquem exclusivamente num clube e esse clube será sempre um clube com aura de vencedor. É preciso que os clubes locais consigam bater o pé aos grandes clubes para que este paradigma se altere.
8. Isto é muito importante para trazer novo público. Poucas pessoas gostam de estar a assistir a jogos viciados. Esta mudança é fundamental e requer que muitos dos agentes actuais sejam afastados de vez do fenómeno. Em termos de arbitragem, passaria por 2 ou 3 anos de árbitros estrangeiros e regras claras, objectivas e implacáveis para quem adulterasse resultados, fosse por incompetência, fosse por corrupção ou compadrio – que no fundo vai dar ao mesmo pois adultera a verdade desportiva.
9. Não vejo um problema com os programas desportivos, até nos moldes actuais – com representantes de vários clubes, que teriam de deixar de ser só os 3 grandes. O facto de se alterarem o contexto e o paradigma, alteraria, por si só, o que é hoje a realidade desses programas. As pessoas passariam a focar mais nos jogos, nas tácticas, nos jogadores, nos treinadores. Um ou outro que pudesse fugir a isto até se sentiria mal e/ou poderia ser facilmente substituído.
10. Isto seria fundamental também. Não só para dirigentes de clubes mas para todos os agentes do futebol.
11. É importante também, o que cria um problema aqui porque aqui é Portugal. Mas com regras mais claras, mais objectivas e mais penalizadoras, associado ao facto de se ter criado outro contexto e outra mentalidade, penso que era possível minimizar o facto de estarmos em Portugal.
12. Isso já requer que a mentalidade tuga mude bastante. Enquanto se aceitar que se roube porque também se trabalha, o chico espertismo não nos abandonará!
Bons pontos para debate, Portugueezza.
Este é um tema que faz muita falta debater no futebol em Portugal. Era bom que mais pessoas trouxessem ideias e pontos de vista. Quem sabe alguém pega nisto…
1 Março, 2018 at 23:10
Cheers
Por algum razão eu repito estas coisas. Se há coisa que aprendi como emigra é que temos sempre a aprender uns com os outros