O Sporting está mergulhado numa das mais graves crises da sua existência. Por muito que se queira maquilhar o óbvio, o clube não pode sobreviver indefinidamente a este estado de guerra civil. E a aparente normalidade que ainda se sente (e até o otimismo gerado pelas fantásticas vitórias nas modalidades amadoras) pode esfumar-se de um momento para o outro.

Principal responsável? Por muito que se queiram alimentar um vasto número de teorias da conspiração, é impossível não apontar o dedo a bdc. A linguagem desbragada, a incapacidade em gerir o próprio ego, o desequilíbrio emocional propiciou este cenário. O que não passaria de uma época menos conseguida (cuja responsabilidade teria que ser partilhada em doses generosas por Jorge Jesus e pelo plantel), tornou-se numa verdadeira roleta russa.

Se é verdade que os nossos inimigos estão desejosos que o Sporting caia novamente? Sem dúvida. Se, na comunicação social, existe muito quem deseje o fim do Sporting. Indubitavelmente. Mas foi bdc que escancarou as portas à crise e não deixarei de apontar-lhe essa responsabilidade.

E agora? Dar voz aos sócios. O que já deveria ter acontecido a partir do momento em que o atua presidente entrou numa espiral de destruição do projeto de futebol profissional, mas que tem sido protelado à náusea.

Como fazê-lo? Curiosamente, acho que há uma solução até bastante simples. Com a MAG e o CF em situação demissionária, convoque-se uma assembleia extraordinária para constituição de novos órgãos sociais. Se bdc conseguir eleger os “seus” candidatos, os sócios terão dado um claro sinal de continuidade ao projeto vigente. Caso contrário, não existe remédio senão a queda do atual CD. Esta “solução” teria de acontecer no prazo mais curto possível ( e não no par de meses proposto pelo CD) e, sempre, conduzido pela MAG demissionária (teria que ser jms a “passar o testemunho” e não uma qualquer comissão parida não sabe bem de onde).

O Sporting precisa de normalidade democrática. O Sporting não tem dois meses para andar a brincar às guerras de alecrim e manjerona.

marta-bruno

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