Frederico Varandas, ex-director clínico do Sporting, apresentou a lista às eleições de 8 de setembro, tornando-se no primeiro candidato oficial à corrida à presidência do Sporting Clube de Portugal.

“A candidatura que encabeço tem como missão prioritária unir o Sporting. Vamos acabar com os sectarismos. No Sporting que proponho liderar, todos contamos e todos participamos. Não é um sonho poético meu, pelo contrário. É a união que sustenta a nossa capacidade de ir a jogo e ganhar em todas as frentes. Serei o presidente que garante a transparência na gestão do clube. A minha equipa integrará somente profissionais de mérito, e que não precisam do Sporting para as suas carreiras”, garantiu Frederico Varandas, durante a apresentação da sua candidatura, sob o lema ‘Unir o Sporting’, numa unidade hoteleira em Lisboa.

“O Sporting Clube de Portugal precisa de paz, decência e estabilidade. Precisa de competência, credibilidade, ser respeitado e de se dar ao respeito. Precisa de liderança”, começou por dizer, depois da amostragem de um vídeo em que foi recordada toda a ligação do antigo diretor clínico dos leões ao clube.

Frederico Varandas não contornou Bruno de Carvalho e deixou alguns elogios à sua gestão. “Ao presidente cessante devemos obra, como o Pavilhão João Rocha, títulos nacionais e internacionais, sobretudo nas modalidades, e momentos inesquecíveis. Não sou candidato do não a Bruno de Carvalho. Tenho a minha visão sobre o futuro do Sporting. Quero um clube eclético e gigante, com corpo e com alma. Quero todos comigo, todos os que me acompanham nesta visão”, considerou, revelando ter os apoios de figuras do universo leonino como os médicos Daniel Sampaio e Eduardo Barroso, os capitães Hilário, Daniel Carriço, João Rendeiro e o ex-treinador leonino Jorge Jesus, que considerou “um excelente técnico”, mas que “tem contrato com um clube [sauditas do Al Hilal]”.

A Comissão de Honra inclui, ainda, nomes como Slimani, Daniel Oliveira, Francisco Rodrigues dos Santos (líder da Juventude Popular) ou Pedro Boucherie Mendes e o objectivo de Frederico Varandas passa por “terminar no dia 8 de setembro com 170 mil sócios na minha Comissão de Honra. É um processo dinâmico que vai aumentando dia a dia”, aditou, prentendendo implementar a obrigatoriedade de os dirigentes do clube serem obrigados a entregar uma declaração anual de rendimentos ao Conselho Fiscal e de Disciplina: “O Conselho funcionará para o Sporting como a Assembleia para os políticos, terá um poder fiscalizador”.

O candidato fez questão de salientar que não concordar que o Sporting vá precisar de “dois ou três anos para voltar a ganhar”. “A dimensão do Sporting mostra que isso é mentira. Quero deixar uma mensagem de confiança. Chegou o tempo da viragem e da união. A partir de dia 8 de setembro para a frente, o Sporting vai lutar por vitórias em todos os relvados, pavilhões, ringues e piscinas. Esse é o ADN do Sporting Clube de Portugal”, atirou, abordando ainda o caso das rescisões de nove futebolistas, que alegaram justa causa: “Se recuperar todos os atletas, melhor. Se não for possível, lutarei para que o Sporting seja recompensado financeiramente o máximo possível.”

Frederico Varandas não anunciou a composição da lista que vai liderar, mas apresentou o nome de Francisco Salgado Zenha, “vice-presidente de um grande banco internacional em Madrid”, para a área financeira. “Nas próximas semanas detalharei programa e minha equipa”, acrescentou, remetendo para a Comissão de Gestão a decisão relativa ao treinador da equipa principal de futebol, mas prometendo uma forte aposta nas modalidades.

Ainda assim, o médico revelou ter know-how sobre o funcionamento do futebol profissional: “O que me fez avançar foi ver que a minha contribuição para o Sporting estava muito limitada nas funções em que tinha. Tenho 11 anos no futebol profissional, sete dos quais no futebol profissional. Tenho um conhecimento acumulado ao longo de horas e horas de contacto com o futebol profissional. Respeito a vontade e o voluntarismo, mas ainda mais o currículo. O Sporting do futuro dispensa o experimentalismo.”