Na passada semana, coloquei a debate entre os tasqueiros a interrogação sobre o grau e modo de preparação do projecto do Sporting para manter a sua hegemonia no panorama do Futebol Feminino (e para ir consolidando alguma afirmação no panorama internacional). O debate, apesar de ainda limitado a poucos intervenientes, contou com alguns contributos e opiniões interessantes.
E, mantendo a boa tradição da Tasca, esses contributos e opiniões suscitaram alguma sadia polémica. Como também é tradição a Tasca voltou, então, a servir um bom petisco: “Salada de Lagosta Fingida”, em que as respostas à questão colocada, suscitaram novas questões então abordadas muito fugazmente, até porque, rapidamente, o interesse nas nossas meninas foi desviado (vá-se lá saber porquê) para as incidências do jogo de andebol que se disputava no Dragão Caixa. Mas acabei por perceber que, na origem do tal porquê de tão “desviante” desvio (passe o “pleonasmo”), não estava qualquer problema da qualidade técnica ou estética das meninas, nem qualquer afectação do gosto dos nossos tasqueiros: a “culpa” foi exclusivamente minha que “atrasei” o meu post da prevista 2ª Fª para uma 4ª Fª com noite de clássico (a meu favor, para além dos motivos do atraso, joga o facto de na dita 2ª Fª ter havido um SCBraga vs SportingCP na Pedreira).
De qualquer modo, e voltando às meninas (salvo seja), a principal polémica presente no debate então suscitado prendeu-se com a natureza “pouco física” da constituição do nosso plantel, a qual iria sendo relativamente suficiente para “consumo interno” (e cada vez menos, pois Braga e Benfica estariam a constituir planteis mais físicos que o nosso) mas que seria manifestamente insuficiente para competir externamente.
Na altura aduzi alguns contrapontos a esta teoria. Desde logo, o facto de termos dominado internamente os dois primeiros anos do nosso projecto, de tal forma clara que conquistámos os 5 troféus em disputa (nas séniores), sem uma única derrota! Isto apesar de o Braga ter investido muito mais que nós na constituição do seu plantel, com 7 estrangeiras (contra nenhuma no Sporting) e com uma média de alturas cerca de 8 cm mais alta que a da nossa equipa (e, no primeiro ano, até “perdemos” a capitã Patrícia Gouveia, uma das mais altas do plantel; na realidade, ganhámos uma leoazinha, pois a Patícia apenas “suspendeu” a sua contribuição futebolística, para levar a bom termo o seu PROJECTO MUITO MAIOR de ser Mãe)!
Depois o facto de, mesmo as 2 derrotas em 6 jogos que disputámos para a Champions (os outros 4 foram vitórias) apenas terem ocorrido nos últimos 5 minutos dos respectivos encontros, que dominámos claramente, na técnica e na velocidade.
Ou seja, a “limitação” física só o é (limitação), se não for compensada com outros argumentos e recursos, como a técnica, a velocidade, a raça, o espírito colectivo e o rigor táctico. Destes 5 recursos só tivémos desvantagem internacional no último, porque esse, a um nível de Champions, requer mais tarimba e experiência competitiva, a qual só se adquire com mais jogos internacionais.
Mas, tal como sucede com outro petisco da Tasca (“Pescadinha de Rabo na Boca”), é quase impossível nesta polémica atribuir razão a uns ou a outros argumentos. Por isso, a questão que agora coloco é: devemos abandonar, ou mesmo “apenas” “desvirtuar” o projecto do Sporting Clube de Portugal para o Futebol Feminino que assenta na Formação da Jogadora Portuguesa?
É que, ao contrário de Braga e Benfica, nós não investimos apenas na constituição de um Plantel Sénior altamente competitivo. O Sporting, logo no seu 1º ano de Futebol das Senhoras e das Meninas participou e ganhou todas as competições em todos os escalões oficiais da Modalidade em Portugal (Sub17 com um plantel com média de idades de 15 anos e em que o golo da garantia do título foi obtido por uma menina então com 13 anos; sub19 com um plantel com média de idades de 17 anos; séniores com um plantel onde havia titulares como a Joana Marchão, armas secretas como a Ana Capeta ou suplentes de luxo como a guarda redes Inês Pereira todas com idade de sub 19). No 2º ano acrescentou a esses plantéis um plantel de sub 14 que competiu no Distrital Masculino do escalão; não apenas foi a única equipa totalmente composta por meninas, como todas as outras apenas incluíram rapazes; e terminámos a meio da tabela, com resultados tão “surpreendentes” como a vitória por 8-1 ao Olivais e Moscavide; resta acrescentar que nesse nosso plantel havia meninas que iniciaram a competição ainda com 11 e 12 anos! Neste 3º ano, mantivemos todos os anteriores escalões e acrescentámos o de sub 23, a competir na 2ª divisão nacional, exactamente para dar continuidade à formação das sub17 e sub 19, que ainda não consigam entrar regularmente nas contas do plantel principal.
p.s. (continua significar post scriptum , não tendo, por isso qualquer conotação partidária): esta semana julgo não haver “argumentos” para desviar o debate para outros tópicos. A solicitação e o desafio que coloco aos tasqueiro é que acendam o rastilho da “polémica”, mas, SOBRETUDO, que participem mais no debate sobre algo que – acredito sinceramente – reflecte e valoriza na perfeição o ADN do nosso Clube: o “Futebol das Nossas Senhoras e Meninas”.
Saudações leoninas deste Tasqueiro e um abraço do Núcleo SCP da Ilha de Santa Maria.
* às segundas, o Álvaro Antunes faz-se ao Atlântico e prepara-nos um petisco temperado ao ritmo do nosso futebol feminino
2 Outubro, 2018 at 14:15
Álvaro, creio que essa aposta na jogadora portuguesa e na formação tem tudo para ser ainda mais potenciada com a criação da equipa B, liderada por aquela que, espero, virá a ser a nossa treinadora principal num futuro próximo.
Não deixa, no entanto, de ser importante sublinhar que são bastante questionáveis as contratações de jogadoras estrangeiras que temos feito. Quem é que acrescentou alguma coisa? A sério, mesmo a sério, só a Nevena Damjanovic, uma espécie de André Cruz em versão feminina.
Não sei o que valerá a extrema sueca, mas sei que temos miúdas na formação melhores do que a Sharon Wojcik ou a Carolina Venegas e do que a própria Carlyn
2 Outubro, 2018 at 14:27
Outra duvida que tenho no futebol feminino que não seja extremamente apoiado em formação passa por aí.
Vale a pena criar um departamento de Scouting bem estruturado no futebol feminino? Financeiramente e o rendimento que tiramos dele…tenho duvidas. É caro e não me parece fácil contratar mais valias a um preço razoável fora. Especialmente se tivermos uma formação de qualidade…
2 Outubro, 2018 at 14:35
quase que vamos bater na mesma tecla tantas vezes tocada no masculino: contratar fora, só se forem melhor do que os que formamos.
A diferença, claro, são os milhões que um e outro campeonato fazem mover (o que nos leva à questão das comissões e de quão tentador pode ser ir buscar um pino)
2 Outubro, 2018 at 14:42
A maior diferença é que um bom scouting no masculino dá muito dinheiro em vendas. Embora seja caro, rende quase sempre. Se o Scouting for bom claro…
No feminino tenho muitas duvidas. Parece-me que muito provavelmente o rendimento financeiro de uma contratação não é grande, mesmo que seja uma excelente contratação.
Mas sim…eu também concordo que no masculino também devíamos ter uma aposta primordial por quem tem talento e é mais barato, ou seja os da formação. Embora ache que no feminino temos condições para essa aposta ser muito mais radical que no masculino.
2 Outubro, 2018 at 14:44
O Hóquei é outra modalidade em que defendo o mesmo principio…
2 Outubro, 2018 at 16:12
Tiago, o scouting não tem de ser assim tão caro.
Acima de tudo, organização e pensamento estratégico.
Muita gente trabalha bem por amor ao verde e branco.
O scouting do Sporting sempre foi bom.
E além do scouting era convencer os miúdos e pais a virem para o clube.
Ate o carnide começar a perverter (€) o recrutamento estavamos no topo.
Parece me que o Sporting não foi por aí e eu concordo.
Aliás, tenho uma ideia muito própria do scouting e formação que curiosamente vai de encontro ao que ouvi talvez na TSF sobre o formação na Alemanha.
Muito interessante. O sistema deles.
Porque é pensado num todo do país e tens dois sistemas praticamente, um dos clubes e um “regional”.
Uma das coisas que eles têm é que um jovem não pode treinar a x km de casa.
Ou seja um miúdo do Algarve não vinha para alvalade.
Mas claro, tem um grande centro regional algures no Algarve.
(Teria)
Ora, no scouting feminino, não seria difícil organizar bem uma estratégia assente em recrutamento barato e baseado no amor e “aliciamento” honesto. Se elas vissem que há uma aposta séria
2 Outubro, 2018 at 16:15
Estou a falar essencialmente de scouting internacional. Não do nacional…
No nacional concordo contigo agora se queres uma rede de scouting boa a nível internacional…é caro…
2 Outubro, 2018 at 16:18
Ah, ok!
Olha que não sei, com a quantidade de leoes tasqueiros espalhados por aí!!!
Brincadeira, concordo contigo.
Especialmente agora que toda a gente anda à procura em todo o lado!!!
2 Outubro, 2018 at 17:55
So para dar uma “achega” às opiniões do Lourenço e do Tiago Coração de Leão.
“no scouting feminino, não seria difícil organizar bem uma estratégia assente em recrutamento barato e baseado no amor e “aliciamento” honesto. Se elas vissem que há uma aposta séria.”
FOI EXACTAMENTE ISSO QUE ACONTECEU COM O PROJECTO DO SPORTING PARA O FUTEBOL FEMININO:
1a APOSTA: O Treinador nacional com mais títulos (em diferentes equipas e projectos, 2 vezes seleccionador nacional, muitíssimo conhecedor das jogadoras nacionais;
2ª APOSTA: um Projecto pensado como um TODO (Formação, Competição, Desenvolvimento da Modalidade, Investimento na Identidade do Clube para motivar o recrutamento, o compromisso individual e colectivo e o envolvimento dos familiares, Promoção da Modalidade através da Promoção da Marca Sporting e vice-versa);
3ª APOSTA: um ano inicial com aposta EXCLUSIVA em atletas PORTUGUESAS (mais de 100 entre os 8 e os 30 anos);
4ª APOSTA: Formar para desenvolver e para competir; Competir para Ganhar.
5ª APOSTA: Reforçar gradualmente o projecto simultaneamente em 2 vectores: reforçar a formação com a ampliação das competições a novos escalões etários; reforçar a equipa senior profissional com melhores condições laborais e de treino e com aquisições de activos, portuguesas e estrangeiras visando upgrades sucessivos da qualidade e diversidade das opções competitivas.
RESULTADOS:
* Em 2 anos, um pleno na realização e na concretização de TODOS os objectivos traçados.
* Equipas conquistadoras em todos os escalões com uma larguíssima maioria de jogadoras (e familiares) adeptas ferrenhas do Sporting (os “casos” de Inês Pereira, Joana Marchão, Solange Carvalhas, Ana Capeta, Ana Borges, Diana Silva, Rita Fontemanha, Andreia Jacinto, Patrícia Gouveia, Tatiana Pinto, Carolina Beckert, Núria Monteiro, Beatriz Conduto e muitas outra são paradigmáticos da paixão Sporting das nossas “meninas”);
* O sentimento, a raça, a entrega, o compromisso, a atitude, mas também a qualidade e os resultados da equipa sénior conquistaram, logo no primeiro ano muitos e muitos adeptos; o Clube soube “capitalizar” para o desenvolvimento da Modalidade, da Equipa e da Marca esse enorme ganho de empatia associativa e adepta (quer através do recurso às transmissões da Sporting TV – é bom não esquecer o seu papel primordial no sucesso deste projecto, quer através da “abertura” do palco principal, o Estádio José de Alvalade par jogos importantes como a 1ª recepção ao Sporting de Braga, então um recorde nacional e europeu de assistências em competições nacionais de clubes, difundido em dezenas de serviços noticiosos das TVs de todo o Mundo e causando enorme espanto nos EUA, país com enorme tradição no Futebol Feminino mas que nunca conseguiu uma igual assistência em jogos de clubes.)
Julgo que é tudo isto (e muito mais ainda) que fazem do Projecto do Futebol Feminino do Sporting um paradigma de sucesso e um caso de estudo de boas práticas de pensamento estratégico na gestão desportiva.
Saudações leoninas
2 Outubro, 2018 at 20:26
Não é preciso um scouting internacional do tipo do futebol masculino.
Pode ser uma coisa mais amadora porque há muito sportinguista a trabalhar, por exemplo, no norte da Europa e em Africa e podem dar dicas sobre jogadoras locais que depois alguém se encarregará de se informar e ver.
É preciso estar nas provas de selecções jovens.
Se o Braga traz uma Murnan de Espanha, nós não podíamos fazer isso?
No Brasil há miúdas às toneladas a jogarem à bola. Com certeza arranjarão 1 ou 2 que possam vir e trazer o que falta!
Enfim, não é preciso ter um scouting super profissional, como no lado masculino, mas convém que se faça alguma coisa.
Se forem olhar para as nossas equipas jovens, é tudo miúdas pequenas. Vão dar adultas com menos de 1,70m ou por aí. Portanto, vai continuar a faltar essa vertente – altura e físico – na equipa no futuro!
2 Outubro, 2018 at 16:16
Não era isto mas está aqui.
Simples, quando se deixam clubismos de parte e se pensa no melhor para os miúdos e não para o umbigo do clube.
(EU, pela minha maneira de ver ,não me interessa ter um grande craque na formação se o miúdo é do carnide ou da outra nádega, é ter fé nas escolhas dos miúdos. Eu quando era miúdo, os Melhroes do recreio eram sempre do Sporting!!! 🙂
)
2 Outubro, 2018 at 14:44
Cherba, não estou muito de acordo contigo. Excepção feita à Carolina Vanegas que, realmente, foi uma contratação que não resultou, todas as outras foram contratações que colmataram ou complementaram características que estavam em algum défice no nosso plantel.
Se me disseres que não são “diamantes” do “mesmo quilate” das estrangeiras do Braga (não conheço as do Benfica, mas em termos de investimento representam um patamar idêntico ao do Braga) poderei estar de acordo contigo e com o Miguel.
MAS É PRECISAMENTE ESSA A QUESTÃO QUE HOJE COLOCO: queremos colocar “todas as fichas” do nosso investimento em contratação de jogadoras estrangeiras de algum gabarito, ou preferimos manter a aposta em um investimento global que se centra na jogadora portuguesa, na sua Formação e na criação de condições de excelência para a sua profissionalização?
Porque o Braga pode gastar o que gasta no plantel sénior porque gasta 0 (zero, nickles, batatóides) com a Formação uma vez que não possui outros escalões.
Aguardo respostas para aduzir outros argumentos
Saudações leoninas
2 Outubro, 2018 at 14:47
manter a aposta no investimento global
2 Outubro, 2018 at 14:50
Com o que vou lendo e percebendo do futebol feminino ele está em brutal expansão no mundo. O que significa que esse investimento do Braga rapidamente será curto para ir buscar qualidade a sério sem gastar muito em scouting.
Ao mesmo tempo, estando a modalidade em expansão em Portugal no interesse das meninas em jogar futebol esse zero que gastam em formação vai fazê-los perder muitos oportunidades que há.
E quando estes dois mundos se juntarem…quem apostou a sério na formação terá uma vantagem competitiva brutal…
Acho eu…pelo que vou ouvindo e lendo…
2 Outubro, 2018 at 16:21
Ok, estamos de acordo!!
Outra vez.
Ainda bem que o gordo cocainado foi embora para estar de acordo em quase tudo..
🙂
?
Ou
?
🙁
Olha, já não sei!!
2 Outubro, 2018 at 16:39
Eu estava várias vezes de acordo contigo quando estava lá o BdC. 😀
2 Outubro, 2018 at 16:00
Todas as outras são a Baldwin e a Sharon.
A Sharon é um pulmão e, num meio campo limitado às duas Pinto acaba por ser uma boa ajuda.
A Baldwin, é uma moça com alguma técnica e muito esforçada. Joga no lugar original a Patrícia Gouveia, com perda para a equipa, na minha opinião – ainda que ache que essa Patrícia Gouveia não voltará, pelo facto de ter sido mãe nesta idade!
Agora, que raio trouxeram estas duas ESTRANGEIRAS para colmatar os défices acentuados da equipa – altura e poder físico – e o que têm elas que não se encontra nas jogadoras portuguesas?
2 Outubro, 2018 at 14:23
Não sou grande fã do futebol feminino mas deixo aqui a minha posta.
O futebol feminino em Portugal precisa muito de aposta na formação. E quanto mais cedo apostarmos mais frutos vamos colher no futuro. Está a crescer no mundo inteiro e Portugal não é excepção. Especialmente porque há muitas meninas a querer jogar e por isso há muito “talento à solta”.
Ainda por cima com as condições brutais (em comparação com as restantes equipas) para um projecto transversal que o Sporting tem.
Mais…contratar qualidade superior tem de ser quase sempre fora. E por isso bastante caro e de rentabilidade duvidosa.
Por isso, na minha opinião a aposta actualmente (e ao fim de 2 anos a vencer) tem de ser na formação. Porque a probabilidade de tirarmos de lá muito mais talento do que o que há disponível em Portugal é grande.
Mas mais uma vez…isto sou eu que percebo pouco de futebol feminino…
2 Outubro, 2018 at 15:36
EXACTAMENTE CARO TOMÁS!
Estamos de acordo em quase tudo, excepto numa coisa em que , espero, daqui a uns tempo, também concordemos (o de não seres muito fã, AINDA, do Futebol Feminino).
Quando, antes do defeso de Verão de 2016, a FPF lançou o repto aos Clubes/SADs da 1ª Liga Masculina, para criarem equipas de Futebol Feminino que as mesmas entrariam, na época 2016/17 nos principais competições dos respectivos escalões etários, tinha como objectivo, através dos clubes de maior nomeada e com mais seguidores (nomeadamente SCP, SLB e FCP), conseguir um salto quantitativo de público e, sequentemente, um salto qualitativo da projecção da Modalidade no País; mais seguidores atraem mais patrocinadores; mais patrocinadores atraem mais investimento dos Clubes; mais investimento atrai mais e melhores praticantes; mais e melhores praticantes eleva a qualidade das competições e dos espectáculos; mais competitividade e melhores espectáculos atraem mais público e o ciclo vai-se repetindo e alimentando.
Mas será que os Clubes da 1ª Liga Portuguesa tiveram idênticas respostas ao repto da FPF?
Claramente a resposta “ou sua ausência” de uma boa parte dos clubes foi muito diferenciada:
– desde logo, 13 dos então 18 Clubes da 1ª Liga de Futebol Masculino, incluindo Benfica e Porto, fizeram um manguito à FPF, desvalorizando COMPLETAMENTE o seu interesse pela Modalidade;
– 1 outro Clube, o Boavista, então recém retornado à principal Liga do Futebol Masculino, nunca tinha deixado a competiçã principal do Futebol Feminino;
– outro Clube, o Braga, entendeu responder ao desafio apostando num projecto centrado nos resultados desportivos e concentrando TODO o seu investimento na criação de uma equipa senior cuja base de recrutamento assentou muito na atleta estrangeira (de frisar que a relação custo vs benefício e o escrutíneo OBJECTIVO deste projecto claramente demonstram um total falhanço dos objectivos almejados);
– outros 2 Clubes, o Estoril e o Belenenses responderam ao repto, centrando a sua aposta na Jogadora portuguesa e na sua Formação em projectos a serem consolidados no médio/longo prazo (o dO Belenenses – Clube foi rapidamente enredado e absorvido nas teias dA Belenenses SAD e acabou quase sem ter começado; já o do Estoril revelou-se bem delineado com estratégia bem escrutinada, avaliada e ajustada e apresenta uma taxa de sucesso, relativamente aos objectivos prospectivados, bastante interessante;
– finalmente, um outro clube, o Sporting, centrou a sua aposta num investimento multifuncional e pluriobjectivado. Mutifuncional porque deu igual importância à Formação, à Competição, à Profissionalização, e à Dotação de Condições, Meios e Métodos de Treino a um conjunto muito amplo de mais de 100 atletas portuguesas dos 8 aos 30 anos. Pluriobjectivado, porque procurou, DESDE o INÍCIO, que os objectivos “puramente” formativos, fossem acompanhados, no mesmo patamar de “investimento” e de exigência, por objectivos de resultados competitivos, por objectivos de imediata “aquisição, promoção e difusão” dos valores e desígnios históricos do Clube de uma forma transversal a toda a estrutura (jogadora portuguesa, preferencialmente adepta leonina, com qualidade, com raça e compromisso; equipas técnicas imbuídas dos mesmos valores) e por objectivos de promoção da Marca Sporting em total sintonia, identificação e empatia com objectivos de promoção da Modalidade e de rentabilização do seu enorme potencial de crescimento.
Bom , já vai longo (mais uma vez) o meu paleio … mas acho que podem, na leitura CRÍTICA dos factos que elenquei sobre as características dos diferentes projectos, entreler muitos tópicos de interessante discussão (alguns até relativamente transponíveis para outras Modalidades: veja-se as opções quase diametralmente opostas de projectos de regressos de Modalidades como, por exemplo, o Hóquei e o Vólei).
Vá lá, puxem pelas cabacinhas e emitam OPINIÃO que é assim quese gera massa crítica e que o nosso amado Clube ganha mais condições para crescer!
Saudações leoninas
2 Outubro, 2018 at 16:22
Sim .
Este é o momento para estender os braços.
Aliás, se o futebol aqui não crescer muito, podemos sempre, à la Brasil, formar para exportar!!!
2 Outubro, 2018 at 14:27
Entusiasma-me sempre saber o que se passa com “as nossas” jovens campeãs…
O meu neto Tomás joga numa Escolinha de futebol em Óbidos…
No escalão a seguir, joga uma miuda amiga da nossa familia…
Acredito que num futuro relativamente próximo…a Maria estará a jogar numa equipa do seu escalão no Sporting…
“Bate-se” com os rapazes da sua idade sem medos…e com bastante “jeito” para a bola…
SL
2 Outubro, 2018 at 14:44
Não temos de desvirtuar nada, temos de complementar, ou seja ir buscar um estereótipo de jogadora que não temos….isso não é desvirtuar ou desinvestir na formação é antes pelo contrário ajudar e completar a formação!!!!
Ou vão-me dizer que comprar uma trinco e uma central (ao até uma ponta de lança) com 1,90m é desinvestir na formação? Quer dizer 2 jogadoras em 11? Por amor da santa tenham juízo!!!!
SL
2 Outubro, 2018 at 15:52
Tenham Orgulho, percebo perfeitamente o seu ponto de vista, mas creio que não percebeu (provavelmente por minha deficiente expressão) o que quis dizer com “desvirtuar”; repare que, a expressão, apenas usada no post, foi colocada entre parêntesis; e, creio, que nos meus comentários ulteriores no debate entretanto gerado, clarifiquei que desvirtuar seria fazer apostas na aquisição de jogadoras que implicassem um investimento que, necessariamente teria de afectar o investimento em tudo o resto (scouting, recrutamento e condições de treino dos escalões de Formação e aproveitamento das suas atletas); por outro lado, clarifiquei (em resposta ao primeiro comentário do Cherba) que achei que o Sporting fez boas escolhas (com uma EVENTUAL excepção) no que respeita às contratações de estrangeiras que iniciou na 2ª época, quer porque só as iniciou na 2ª época, quer porque não gastou as enormidades que o Braga tem gasto, quer porque as acho cirúrgicas no sentido de acrescentar algo ao plantel, tornado-o mais completo, mais equilibrado, com opções técnico-tácticas mais variadas e sem perder a elevada competitividade porque estrutura, companheiras e PÚBLICO DE ADEPTOS lhes “incorporou” de imediato os valores e a raça leoninos.
Por isso, até acho que estamos, no essencial de acordo (e acho que a “provocação” do “desvirtuar” acabou por funcionar muito bem porque, ao menos, gerou o seu excelente comentário.
Um abraço e saudações leoninas
2 Outubro, 2018 at 16:06
Parece que afinal não só eu a ver isso…
Ir buscar uma Carole de 1,80m e uma Baldwin de 1,80m é ser inteligente e colocar a equipa num outro patamar!
Não desvirtua coisa nenhuma.
Aliás, se realmente queremos ser uma das melhores 8 equipas da Europa, nem vai chegar ter 2 matulonas no 11. Vai ser preciso ter entre 4 e 5!
2 Outubro, 2018 at 18:21
Mas, caro Miguel, creio que labora em erro quando pensa que “ser uma das melhores 8 equipas da Europa, …” seja um objectivo de 1º ou de 2º ano.
Isso seria catalogar Nuno Cristóvão de lírico … coisa que ele, asseguro-lhe, não é!
Esse objectivo é o último deste Projecto; até lá é todo um processo (que fui descrevendo atrás) construído com enorme ambição e indiscutível competência, mas de investimento gradual e planificado e sempre assente no princípio de upgrade dos fundamentos que permitiram os sucessos anteriores.
Saudações leoninas
2 Outubro, 2018 at 20:32
Não disse que era no 1º ou no 2º ano…
Falei nisso no seguimento de afirmar que, para já, faltam pelo menos 2 “matulonas”…
Se quiserem chegar à tal posição de ser uma das 8 melhores, só as 2 não vão chegar.
De qualquer maneira, deixei um comentário mais elaborado mais para baixo, com factos que sustentam a minha opinião. 😉
SL
3 Outubro, 2018 at 2:08
Tenham Orgulho, está a falar de Futebol feminino ou de Basket ou Vólei? Porque se é de futebol, gostava que me indicasse 1 defesa, um trinco ou uma avançada que pudéssemos contratar com 1,90m!
Falar por falar é muito fácil. Devo dizer que, assim de repente, não estou a ver uma única jogadora internacional, de qualquer país com 1,90m. Mas pode ser que o amigo me elucide!
Quando se fala das diferenças de alturas do Braga (que existe, mas, na altura média, é de 4 cm), devemos assinalar que:
– as jogadoras mais altas são as americanas: a avançada Keane e as médias Murnan e Gould (as 2 primeiras com 1,83m e a última com1,80m;
– as defesas mais altas têm 1,75m (a portuguesa Regina) e 1,74m (a canadiana Staub);
– a guarda-redes titular tem 1,74m e a 1ª suplente tem 1,66m;
– dos 3 “pinheiros” norte-americanas, nos 3 jogos oficiais já disputados, apenas Murnan foi utilizada em todos (e todo o tempo); a avançada Keane jogou apenas os últimos 23 minutos do 1º jogo do campeonato e a média Gould ainda não “calçou” as chuteiras; todavia, o investimento foi caro;
Saudações leoninas
3 Outubro, 2018 at 11:47
E para responder a este ou ao de cima? Ou é aqueles casos de dupla personalidade? Eh eh eh
2 Outubro, 2018 at 15:21
Boa posta , somos os mais fortes e obrigamos os outros a investir muito para ganhar uma tácita nos pênaltis .
Nesta modalidade é nas restantes excepto o futebol masculino fomos campeões , bi , tri , por isso é só manter .
2 Outubro, 2018 at 18:27
E fomos campeões e fomos mais fortes, não porque, contrariamente à propaganda Goebelliana da Cartilha Lampiã, tenhamos investido mais que eles, mas tão somente porque pensámos e executámos melhores projectos que eles, fizemos melhores opções que eles, batalhámos mais que eles, em suma, FOMOS MAIS COMPETENTES QUE ELES!!!
SL
2 Outubro, 2018 at 15:38
Na minha opinião (leigo na matéria), já temos formação. Pode ser melhorada, várias camadas com qualidade, mas as nossas juniores fazem corar de vergonha muitas seniores neste país.
Contratar sim, mas aquilo que não temos ou não iremos produzir. Muito provavelmente, tamanho. Tamanho, naturalmente aliado à qualidade, caso contrário basta vestir umas saias ao Castaignos e siga.
Por fim, Mariana Cabral. Com todo o respeito pelo mister e pelo que conquistou, qd mais tarde pior.
2 Outubro, 2018 at 15:58
Braveheart, não querendo “bater” num nosso activo, permita-me opinar que o Castaignos, nem vestindo uma sai, indo ao Brasil fazer implantes mamários, mudando de sexo, o que for, conseguiria ganhar lugar de aguadeira de qualquer das equipas dos 4 Escalões competitivos do nosso Futebol das Senhoras, Meninas e Raparigas … mesmo dispondo da tal de … altura.
Alem disso, arriscaria mesmo que iria contribuir para comprometer negativamente o nível estético do porte das nossas atletas.
Aquele abraço e saudações leoninas
2 Outubro, 2018 at 18:36
Quanto à Mariana Cabral, lê um comentário meu em resposta ao Miguel e perceberás que ESTE projecto é e deve continuar a ser liderado por Nuno Cristóvão até atingir o desígnio último a que se propôs: colocar o Sporting entre o lote das melhores 8 equipas europeias.
Após isso, concordo que o Projecto seguinte (consolidar e melhorar, se possível, esse patamar internacional) possa e DEVA ser tecnicamente liderado pela Mariana Cabral, devendo, na minha opinião, o Professor Nuno Cristóvão a liderar um projecto complementar de potenciar esse posicionamento internacional para, com base no consequente e coerente reforço da Marca Sporting organizar um departamento internacional de Scouting coordenado pelo Professor.
Saudações leoninas
2 Outubro, 2018 at 19:58
Como disse… não estou por dentro.
Não há como não valorizar trabalho do Cristóvão, mas vejo muito potencial e outros horizontes com a Mariana.
Pelo que as mais jovens demonstram no processo de jogo e pela visão/opinião dela que é pública nas redes sociais.
Atenção que isto não é bater no Nuno, está ali muito trabalho, é apenas uma opinião.
Importante é que sigamos o nosso caminho e a aposta feita pela direção anterior nesta modalidade.
2 Outubro, 2018 at 16:00
Lembras-te o que dizia Mário Wilson sobre treinar um grande?
2 Outubro, 2018 at 15:58
Manuel Fernandes a continuar a cobrir-nos de ridículo num programa qualquer de paineiros… Já é demais esta merda.
Z
2 Outubro, 2018 at 16:06
É uma lenda.
Pode dizer o que quiser… se marcou muitos golos, mais ainda….
2 Outubro, 2018 at 16:06
No comments…não sei como deixam…tenho de admitir que é estratégico…de uma forma qualquer que eu não entendo…
2 Outubro, 2018 at 16:25
Eh eh eh
Não tarda nada tudo é estratégico, pior que no tempo do outro senhor, cujo nome não se pode pronunciar
2 Outubro, 2018 at 16:35
Pah o presidente e o novo departamento de comunicação estão lá há tempo suficiente para ter acabado com isto…se não acabou é porque acha que isto é bom por algum motivo que me escapa…possivelmente a mim e ao resto do universo…
2 Outubro, 2018 at 16:37
Nota bem que eu sou um gajo impecável e que admite a possibilidade de haver estratégia! ehehheeh
2 Outubro, 2018 at 16:39
É o Manel de Sarilhos, ele tem uma visão/instinto espetacular por onde deve ir e estar.
2 Outubro, 2018 at 16:24
Mas o Manel não é diretor!?
2 Outubro, 2018 at 17:39
Esta merda é de-pri-men-te!
Z
2 Outubro, 2018 at 18:22
Mau demais.
2 Outubro, 2018 at 16:26
Cumprimento o autor do artigo por esta prosa bem fundamentada.
Gostaria só de fazer um reparo, não tanto ao artigo mas a algumas correntes de opinião do nosso universo leonino e da nossa praça.
Considero que a hegemonia nesta modalidade não pode ser vista como uma obsessão ou como um objectivo.
Mas antes como o resultado de um bom e criterioso trabalhoso.
2 Outubro, 2018 at 19:02
Caro Espadachim:
Julgando ter compreendido a sua intenção, acho que, sendo objectivo do Sporting ganhar sempre, mesmo sabendo que tal não é possível, isso significa que estamos SEMPRE a lutar pela hegemonia em qualquer desporto. O que não queremos é conquistar hegemonias por processos escusos, menos claros ou mais duvidosos. Nem queremos que as nossas hegemonias possam ser usadas para humilhar os concorrentes. Diria até que queremos conquistar hegemonias LIMPAS face a adversários FORTES em competições leais!
SL
2 Outubro, 2018 at 20:26
Nem mais.
SL.
2 Outubro, 2018 at 16:30
Cherba, há algum controlo de links?!
Estou a tentar colar aqui e não entra
2 Outubro, 2018 at 16:33
Não percebo.
Não o vejo mas diz me que está duplicado.
Fechei browser, limpei cache…
Não sei…
Aparece vos algum link de um site brasileiro ?
2 Outubro, 2018 at 19:04
Experimenta escrever algo e depois colocar o link
2 Outubro, 2018 at 19:40
Gracias
Foi o que fiz, não entra na mesms
2 Outubro, 2018 at 16:37
A aposta terá que ser forçosamente na atleta portuguesa e na sua formação.
O número ideal seria de 5 estrangeiras todas com qualidade para serem titulares e elevarem a qualidade da equipa para um nível top 16 da europa em 2 anos. No máximo dos máximos e bem espremido 7 se for para atingir algo bonito.
O caminho é este e não pode ser desviado.
Nenhuma das estrangeiras que contratámos nestes 3 anos é fraca, aliás qualquer uma teria lugar no campeonato português. Simplesmente estamos a falar de querermos atingir um nível nunca visto no futebol nacional, mesmo que a seleção já tenha estado num europeu e uma equipa portuguesa já tenha atingido o top 32 da champions. Atualmente nós queremos e exigimos mais que isto!
O ava que nos eliminou por 1 golo só perdeu 2-0 em casa contra o tricampeão europeu! É preciso perceber que no contexto atual falta-nos se calhar algo mais nos minutos finais dos jogos, para além de uma melhor finalização.
2 Outubro, 2018 at 18:53
“O número ideal seria de 5 estrangeiras todas com qualidade para serem titulares e elevarem a qualidade da equipa para um nível top 16 da europa em 2 anos. No máximo dos máximos e bem espremido 7 se for para atingir algo bonito.”
Sete estrangeiras foi o que o Braga “espremeu” no 1º ano e não foi campeão nacional nem ganhou a Taça, reforçou no ano seguinte (acho que saíu 1 e entraram 3 novas estrangeiras) e voltou ater os mesmos “resultados”.
Este ano acho que tem 10 ou 11 estrangeiras no plantel, sendo que 7 foram contratações deste ano e não sei se atingirão algo bonito.
“Nenhuma das estrangeiras que contratámos nestes 3 anos é fraca, aliás qualquer uma teria lugar no campeonato português. Simplesmente estamos a falar de querermos atingir um nível nunca visto no futebol nacional, mesmo que a seleção já tenha estado num europeu e uma equipa portuguesa já tenha atingido o top 32 da champions. Atualmente nós queremos e exigimos mais que isto!” MAS NÓS JÁ ATINGIMOS ALGO NUNCA VISTO NO FUTEBOL NACIONAL: 2 ANOS A CONQUISTAR OS TÍTULOS TODOS QUE HAVIA SEM PERDER UM ÚNICO JOGO! E entrámos para a Champions deste ano no 21º lugar do ranking da competição – 25º na 1ª participação!
“Atualmente nós queremos e exigimos mais que isto!”
Caro Pavel Horvath, admiro o seu nível de exigência, mas talvez deva moderar o seu entusiasmo, pois acho que nenhum sportinguista pode EXIGIR de qualquer atleta de qualquer dos escalões do nosso Futebol Feminino o que quer que seja a mais do que aquilo que elas já dão:
A TOTAL E INCONDICIONAL ENTREGA AO JOGO, O TOTAL E INCONDICIONAL COMPROMISSO COM OS OBJECTIVOS DO CLUBE, A INEXCEDÍVEL GARRA E PAIXÃO NA DEFESA DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, DAS SUAS CORES, DO SEU SÍMBOLO, DOS SEUS VALOES E DA SUA HISTÓRIA, QUE TANTO TÊM AJUDADO A TORNAR MUITO MAIS RICA!
Um abraço e saudações leoninas
2 Outubro, 2018 at 20:25
A exigência enquadra-se no nível de ambição em que estamos e que as próprias jogadoras pretendem.
3 Outubro, 2018 at 2:49
Já agora, só para se entender as diferenças de modelos de investimento:
O Sporting tem os 4 escalões de competição oficial feminina (Seniores A, sub23 – a competir na Divisão de Promoção, sub19 e sub 17); e mais um escalão (a que chamam de Infantis, mas integra jogadoras entre os 8 e os 13 anos) a disputar o distrital Masculino de Lisboa de sub14.
O Braga tem apenas os 2 escalões seniores: equipa A, na 1ª Liga e equipa sub 23 na Divisão de Promoção (mas integrando atletas dos 17 aos 23 anos).
O Sporting integra, neste momento, 4 atletas estrangeiras, uma das quais recém contratada:
– as americanas Carlyn Baldwyn e Sharon Wojcik, a sérvia Nevena Damjanovic e a sueca Hoff Persson de custo relativamente baixo;
O Braga integra neste momento as seguintes atletas estrangeiras:
EQUIPA A –
Larisa Marie Staub – Defesa – Canadiana
Janaína Queiroz Cavalcante – Defesa – Brasileira
Denali Marie Murnan – Média – Americana
Daniuska Isamar Rodriguez Pineda – Média – Venezuelana
Carly Katherine Gould – Média – Americana
Alberta Yawo Ahialey – Avançada – Ganesa
Farida Machia – Avançada – Camaronesa
Hannah Elizabeth Roudebush Keane – Avançada – Americana
Uchendu Chinaza Love – Avançada – Nigeriana
EQUIPA B – (integra jogadoras sub23 com idades entre os 16 eos 23 anos)
Ophélie Wasners – Defesa – Francesa
Ketlyn Delli Yamaura Rota- Média – Brasileira
SÃO 11 JOGADORAS ESTRANGEIRAS NO BRAGA: 2 NA EQUIPA B (com 21 e 23 anos) E 9 (NOVE!) NA EQUIPA A (das quais: 4 nem jogaram e 1 entrou no decurso da 2ª parte do jogo da Supertaça; 3 nem jogaram e 2 entraram no decurso da 2ª parte do 1º jogo da Liga; 4 nem jogaram e 1 entrou no decurso da 2ª parte do 2º jogo da Liga). Ou seja, um investimento brutal com menos de 50% de utilização. De salientar que das 11 estrangeiras actualmente no plantel do Braga 7 (sete!) foram contratadas este ano; no total dos 2 anos e 2 meses de Futebol Feminino, estão ou já passaram pelo plantel do Braga 16 jogadoras estrangeiras!! O Sporting, no mesmo período só contratou 5 jogadoras estrangeiras
Acho que dá para entender a diferença das apostas de um e de outro Clube!!! Face a isso, comparem os resultados!!!
E, atendendo, ao trabalho feito nas idades de Formação, avaliem as diferenças nas perspectivas de futuro!!!
Saudações leoninas
3 Outubro, 2018 at 8:57
Investimento brutal…
Sabes se ficou mais caro trazer uma dessas estrangeiras ou a Carolina Mendes, que jogava numa boa equipa em Itália?
Sabes quantas jogadoras do Braga pagas com o salário da Ana Borges?
A jogadora mais cara do Braga era a Norton, que ganhava metade da Ana Borges, e foi embora, deixando esse custo para a contratação de outras jogadoras. Também saiu a Dolores que era outra das que ganhava mais.
Portanto, umas saídas compensam umas entradas.
Essa cena do investimento brutal é tanga.
Subiram o orçamento este ano mas nós também – em termos médios por jogadora. E o nosso plantel é mais desequilibrado e com menos soluções que o delas.
O facto de não jogarem ainda algumas das estrangeiras, é normal. Alguma base a equipa tem de ter, das que ficaram, e há jogadoras que demoram mais a ambientar-se. Algumas das estrangeiras são apostas mais para o médio prazo do que para agora.
Esta cena de desvalorizar e dizer mal do que os outros clubes fazem é uma cena que nem me assiste, nem compreendo.
E, continuo a dizer, os títulos caíram todos para os nosso lado nos 2 primeiros anos mas foram (quase) todos ganhos no detalhe. Podiam ter caído para um lado ou para o outro, e caíram sempre para o nosso. Até o deste anos, que igualmente podia ter caído para um lado ou para o outro e caiu para elas.
Portanto, não há uma EVIDENTE supremacia nossa em termos de equipa. Há muito equilíbrio. E elas têm melhorado e corrigido situações e eu acho que nós nem por isso…
2 Outubro, 2018 at 20:50
Pavel, se olhares para a formação, todas as miúdas são baixas. Dali não vai sair ninguém com 1,80m. Essas jogadoras vão sempre ser necessárias à equipa – 2 centrais, um 6, uma 9, e mais 1 ou 2 para o meio campo e entrarem quando for preciso – e isso vai ter de vir de fora.
Penso que 5, 6 ou 7 estrangeiras altas serão suficientes. O resto temos por cá.
A questão, a meu ver, não é se as estrangeiras são boas jogadoras ou não. As estrangeiras têm de trazer aquilo que não encontras cá: altura e poder físico. Se, nas 5 ou 7, trouxeres uma Damjanovic, que não tem essa altura mas tem uma técnica e uma qualidade muito acima da média, está porreiro. Não podes é trazer miúdas similares às portuguesas. A Baldwin dá-te o que te dá uma portuguesa. A Sharon é o mesmo. A Venegas era o mesmo. Vamos ver esta sueca. Se for uma Ana Borges, muito bem. Se for uma Ana Leite, porra!
E é bom que comessem a ter em conta que para subir o nível é preciso ir substituindo algumas das jogadoras que hoje são titulares indiscutíveis.
2 Outubro, 2018 at 17:39
Concordo com o que foi escrito e com a aposta na jogadora nacional, em especial assente numa base formativa, mas atenção, isso só por si não chega. Não esquecer que Portugal é ainda a 33º nação do ranking FIFA, apesar dos avanços dos últimos anos.
Se não estou em erro, a FPF impõe a presença de 10 formadas localmente nas fichas de jogo, o que em 18 convocados deixa espaço para 8 estrangeiras. Eu acho que podemos, e devemos, ocupar essas vagas com jogadoras que sejam mais valias.
Assim sendo, ter no plantel 8/9 estrangeiras de qualidade, é fundamental para continuarmos a vencer as competições domésticas e aumentar a competitividade em jogos internacionais.
Na minha opinião, as estrangeiras que temos têm tido utilidade, apenas a Venegas foi um flop claro. As norte-americanas, não sendo top, estão no núcleo duro do plantel. A Nevena é craque, ainda há uns meses estava a jogar os 1/4 da WCL. A Persson é esperar para ver como se adapta.
No entanto, podíamos ter um plantel ainda mais competitivo, não fossem os acontecimentos dos últimos meses e o impacto das rescisões e queda da direcção. Segundo me disseram, e se alguém ligado à secção me estiver a ler que corrija, fomos obrigados a deixar cair a contratação de jogadoras com quem já tinhamos acordo, entre elas uma das estrelas da selecção dinamarquesa, vice-campeã da Europa em 2017…
Também chegamos a negociar com uma jogadora com passado nas selecções alemãs, mas a equipa técnica terá preferido ficar com a Sharon Wojcik… da mesma forma que decidiram esperar pela Matilde Fidalgo e no fim ficamos de mão a abanar.
Mas isto tudo para dizer que com uns trocos podemos claramente aumentar o nível. Espero que seja esse o entendimento da nova direcção e que a saída da Raquel Sampaio não cause muito dano, ela que foi a mentora do projecto e estava a fazer um trabalho bastante meritório. Acho que deviam explicar muito bem esta situação.
2 Outubro, 2018 at 17:40
Creio que o braguilha criou formação de futebol feminino o ano passado, mas não tenho a certeza.
2 Outubro, 2018 at 17:48
Off
“COMPARAÇÃO DE BRUNO CARVALHO COM VALE E AZEVEDO VALE 67 DIAS DE CASTIGO A VIEIRA”
Outros tempos, agora andamos de mãozinha dado com as Toupeiras…
2 Outubro, 2018 at 17:51
“Outros tempos, agora andamos de mãozinha dado com as Toupeiras…”
Andamos?
SL
2 Outubro, 2018 at 17:50
Alguém me pode dizer se é ou não verdade q a diretora do futebol feminino foi despedida e se sim quais as razões?
2 Outubro, 2018 at 17:57
Melo, calma. A senhora vai sair de forma airosa. Desta vez não tem nada que ver com o marquises, embora ele tenha dado o seu parecer claro, até ficava mal não o dar.
2 Outubro, 2018 at 21:31
Espero que também não arranjem uma saída airosa para o Engenheiro.
2 Outubro, 2018 at 19:11
Parece estar em curso uma purga na secção, mas vou directamente ao assunto: o modelo actual é para Manter – coisa que duvido que aconteça com a gentalha que tomou o poder – tal como no hóquei. É assim que as actuais modalidades de pavilhão deveriam funcionar TODAS. (Só o nome ventilado para substituir a Raquel Sampaio me repugna). E só perdemos esta ST nos penalties, as Leoas continuam INVICTAS nos campos nacionais. Concordo plenamente com a equipa B e lampiãs nortenhas e toupeiras de divisões inferiores não me metem medo algum. O idiota da aldeia mais a sua fixação por valquírias faz rir as selecções da China, do Japão e do Brasil às bandeiras despregadas. E quanto ao Scouting, dada a relativa dimensão do mercado, seria por spread of mouth das nossas (um dia, ex-)jogadoras americanas e nórdicas por um lado e – coisa que me parece TOTALMENTE EVIDENTE – através da criação de equipas e captações femininas nas escolas do SPORTING na América do Sul e em África. Uma palavra ainda para o mercado nacional: o braguilha, bem como todos os outros clubes da primeira divisão, deveriam ser vistos como nossos fornecedores: duvido que uma rapariga prefira ali jogar (mesmo já lá estando) a vir fazê-lo para Lisboa. Parece-me Muito mais fácil adquirir e manter preponderância no mercado nacional e na selecção do que em qualquer outra modalidade.
Veremos se e quando o fivelas as deixa jogar em Alvalade. Seria muito bom que pudessem jogar no Universitário. A CL já foi mas espero luta ATÉ ao fim no Campeonato e na Taça. SL para toda a secção.
2 Outubro, 2018 at 19:25
Para mim, um grande tiro no pé é a saída da Raquel Sampaio. Não sei como o projecto vai avançar nem sei as razões para a saída da Raquel. O que eu sei é que ela foi a grande coordenadora do projecto, um projecto pensado e posto em prática com grande sucesso. Já ouvi que vai ser substituida por um lambe-botas e isso a acontecer vai ser o fim do projecto. Aguardemos.
2 Outubro, 2018 at 19:32
Desculpa Álvaro, mas para não mete um OFF logo no inicio do post da Maria Ribeiro, permite que coloque aqui:
Dois valentes filhos da puta:
https://www.dn.pt/desportos/interior/jaime-marta-soares-condenado-a-indemnizar-godinho-lopes-9940403.html
PS: Pelo meio a noticia refere que Bruno de Carvalho e Bacelar Gouveia foram ilibados, mas isso não é head line.
2 Outubro, 2018 at 19:40
Começou a largar nota…
Incha porco!
2 Outubro, 2018 at 19:53
Este porco tem muita para largar, o trabalhinho dos últimos meses foi generosamente pago.
2 Outubro, 2018 at 20:09
“Ou seja, a “limitação” física só o é (limitação), se não for compensada com outros argumentos e recursos, como a técnica, a velocidade, a raça, o espírito colectivo e o rigor táctico. Destes 5 recursos só tivémos desvantagem internacional no último, porque esse, a um nível de Champions, requer mais tarimba e experiência competitiva, a qual só se adquire com mais jogos internacionais.”
Discordo!
Hoje, especialmente entre equipas onde o equilíbrio é notório, muitos jogos decidem-se nas bolas paradas. E nas bolas paradas a altura conta, e conta muito. Por isso, ter uma equipa alta é SEMPRE um “plus” importante e, muitas vezes fundamental.
Vamos aos 2 jogos que perdemos na WL.
O ano passado com o Kazygurt, no nosso 1º jogo internacional, não dominamos coisa nenhuma, como diz o autor do texto! Foi um jogo com ligeiro ascendente do adversário a quem muito boa réplica conseguindo que o jogo fosse quase sempre equilibrado. Não foi equilibrado sempre que a equipa do Cazaquistão conseguiu fazer jogo directo e colocar as nossas fragilidades atléticas e de altura em evidência.
O golo da vitória delas nasce da perda de duelos físicos a meio campo e depois uma bola aérea na nossa área. Já o primeiro golo tinha sido de cabeça, num cruzamento.
https://www.youtube.com/watch?v=Eoo1_S2r1pY
Este ano perdemos contra o Avaldsnes da Noruega, tendo sido, aí sim, muito mais equipa e até o empate era lisonjeiro para as norueguesas. Apesar de termos tido todos esses “outros argumentos e recursos, como a técnica, a velocidade, a raça, o espírito colectivo e o rigor táctico”, acabou por ser a equipa que, através do poder físico e da altura, onde sempre demonstrámos enormes dificuldades, a ganhar o jogo.
Portanto, este jogo foi um perfeito exemplo que a altura pode perfeitamente fazer a diferença.
https://www.youtube.com/watch?v=iicS8k5s6Gs
O jogo da Supertaça contra o Braga…
– Sporting: Patrícia Morais, Rita Fontemanha, Carole Costa, Nevena, Joana Marchão (Ana Capeta, 86), Tatiana Pinto, Carlyn Baldwin, Sharon Wojcik (Nadine Cordeiro, 79), Fátima Pinto, Diana Silva e Ana Borges.
– Sporting de Braga: Rute Costa, Diana Gomes, Jana, Staub (Babi, 53), Regina (Uchendu, 58), Murnan, Vanessa, Daniuska (Laura Luís, 76), Machia (Sara Brasil, 112), Francisca Cardoso e Ágata Filipa.
Nas 10 jogadoras de campo, o Sporting teve 2 (DUAS!) jogadoras com 1,70 ou mais: a Carole (1,70m) e a Damjanovic (1,73m). Além disto, apresentámos 5 jogadoras, meia equipa, a bater no 1,60m: as duas laterais (1,61m e 1,62m), a 6 (1,59m) e as duas avançadas (ambas 1,60m).
O Braga teve 3 (TRÊS) jogadoras com menos de 1,70m: Regina (1,69m, defesa esquerda), Daniuska (1,67m, média e a motor da equipa) e Àgata (1,58m, ponta esquerda). Além disto, tinham 2 jogadoras com 1,75m (uma central e uma média) e uma com 1,83m (a que fazia a posição 6).
Foi raro o lance em que ganhámos uma bola de cabeça!
Os comentadores passaram o jogo a evidenciar essa dificuldade da nossa parte.
O golo do Braga nasce de um lançamento lateral onde perdemos 2 lances de cabeça.
Além disto, é bom lembrar que o Braga fez o seu 1º jogo oficial da época, com um 11 praticamente novo e que nós vínhamos de disputar o apuramento da WL, por isso com muito mais andamento do que o Braga – o que aliás se notou no jogo pois estivemos sempre mais próximos do 2-0 do que o Braga de empatar.
Nós temos mantido um bom nível nestes 3 anos. Indiscutível. Por isso tínhamos ganho os 5 troféus em disputa até perdermos esta Supertaça. Mas foram troféus ganhos por uma unha negra. Caíram para o nosso lado mas podiam ter caído para o outro.
O ano passado tivemos a sorte do sorteio ditar a ida a Braga logo na 2ª ou 3ª jornada e, com mais andamento que elas, termos ganho esse jogo, como já o tínhamos feito na Supertaça. No resto do campeonato elas estiveram sempre a um nível elevado mas a nós bastou não perder em Alvalade para termos a margem necessária para ganhar mais um campeonato.
Não houve evolução o ano passado e este ano parece-me que também não vai haver.
Mas no Braga é bem capaz de haver e com um plantel com muitas soluções, quanto a mim partem como as grandes favoritas à vitória.
Ou metemos altura e físico no 11, ou a coisa não vai correr bem este ano… E basta uma Carole de 1,80m e uma Baldwin de 1,80m… Não é preciso mais!
2 Outubro, 2018 at 22:41
Portanto, a tua lógica é:
a) perdemos 2 jogos da Champions nos últimos 5 minutos porque as adversárias eram mais altas, (pesar de termos estado mais perto do 2-0 no jogo deste ano); nos outros 4 jogos as adversárias a que ganhámos eram mais baixas??? Não me parece!
b) perdemos nos penaltis um jogo em 8 oficiais que disputámos com o Braga e a altura é que foi decisiva, curiosamente no jogo desses oito em que alinhámos com a nossa maior média de altura???
Não refuto a vantagem de ter mais 2 ou 3 jogadoras mais altas, estrangeiras ou não, desde que tenham boa técnica, leiam bem o jogo, sejam intensas, se saibam posicionar, tenham um bom domínio de bola, sejam rápidas, participem bem no jogo colectivo, tenham garra e compromisso, vibrem com os nossos adeptos e os façam vibrar (sem quaisquer leituras menos adequadas), sejam rápidas de raciocínio, disciplinadas tacticamente, … enfim tenham todas essas características que distinguem um(a) jogador(a) de eleição seja ele um Messi, um Cristiano Ronaldo ou um Ibrahimovic.
Esse argumento da altura só pode aparecer em “enésimo” lugar. Foi desculpa para décadas de insucesso do nosso Futebol Masculino de selecções, numa longa era em que os Campeões do Mundo eram o Brasil (4 vezes), o Uruguai (1 vez), a Itália (3 vezes) a Argentina ( 2 vezes), todas selecções que não primavam pelo porte atlético e pela altura, e, pelo meio, a Inglaterra (não muito alta, 1 vez) e a Alemanha (3 vezes, esta sim, possante fisicamente). Poucos pontos para a teoria da vantagem de “hossana nas alturas”.
Só para completar o “ramalhete”: nessa longa época, as selecções consideradas mais fortes atleticamente eram a Russa, algumas eslavas, as nórdicas e a Alemanha de Leste; ora em 80 anos de campeonatos do Mundo e da Europa, só “riscaram” 4 vezes em campeonatos da Europa (1 a URSS, outra a Dinamarca, 1 a Checoslováquia e outra a República Checa; estas 2 até já é um favor considera-las “altas” ou “possantes”).
No Futebol Feminino, de início, a diferença fez-se, internacionalmente, mais pela capacidade física que por outros predicados; mas, à medida que a Modalidade foi evoluindo, foi crescendo também a influência dos predicados técnico-tácticos, individuais e colectivos. O Brasil, a China (mesmo com algumas jogadoras mais altas, não eram essas as mais influentes e diferenciadoras), o Japão e, mais recentemente, a França (em Selecções e em Clubes a mais recente campeã europeia e os 2 finalistas da última Champions League), ou até mesmo o emergir de selecções como a portuguesa, são o melhor certificado de autenticidade dessa mudança de paradigma em curso. Para quê, então, começar a “importar” as “vantagens” de outros, cada vez mais em contraciclo?
Se pudermos contratar uma central (ou duas) e uma trinco que reúnam a maior parte das qualidades da nossa jogadora tipo e que tenham 1,80m ou mais, sem comprometer financeiramente todos os outros objectivos do actual projecto, óptimo! Mas, por amor da santa (não sei qual, mas, de preferência a Maria, para fazer jus à Ilha), isso não é, nunca foi, nem pode vir a ser, uma obcessão … e … até agora … não nos temos dado assim tão mal … pois bão?
Um abraço Miguel e saudações leoninas
3 Outubro, 2018 at 0:10
Vais-me desculpar mas discordo em absoluto do que dizes, até porque deturpas o que eu expus!
Eu dei-te factos.
Com o Kazygurt tiveste essa dificuldade e acabaste por sofrer assim os 2 golos. Isto é um facto. Não é uma opinião. Tive o cuidado de colocar o video dos golos, ainda que no 2º golo nem tenha a parte do meio campo onde perdes no corpo-a-corpo e depois uma bola alta!
Com o Avaldsnes, bem, este jogo desmonta a tua “teoria” e confirma a minha “teoria”. Ok, é só um jogo. E ainda bem. Como não houve outro, se formos pelas percentagens, são 100% para o que digo e nada para o que dizes. Claro que digo isto só para te picar.
Repara foi um jogo em que fomos melhores e perdemos exactamente por falta de altura de de físico para defender o assalto final da equipa adversária que foi exactamente baseada no futebol em força e aéreo.
Este jogo mostra tudo o que eu digo e não mostra nada do que tu defendes.
Os jogos com o Braga…
Há 2 jogos em que as equipas se encontram em fases distintas da preparação, que são os 2 jogos da Supertaça. Nós já com andamento; elas a fazerem o 1º jogo da época e sem andamento.
Na Supertaça 2017, levas um golo de cabeça logo na parte inicial do jogo. Antes já elas tinham tido uma oportunidade, também de cabeça, com excelente defesa da Patrícia. Depois disto o jogo ou esteve equilibrado, ou foi todo nosso. A 2ª parte é toda nossa e só empatamos no fim, ganhando depois no prolongamento a um Braga já de rastos!
No 1º ano do campeonato, foram 2 jogos muito equilibrados. Um ligeiro ascendente nosso em Braga mas foi um empate justo. Em Alvalade , outro jogo muito equilibrado, ganho com um penalti caído do céu já nos descontos, que acabou por ser decisivo para o titulo.
Na Taça de Portugal, foi uma final muito disputada e a vitória podia ter caído para qualquer um dos lados. Foi mais um jogo muito equilibrado onde tivemos, felizmente, alguma estrelinha.
No 2º ano, como disse, tivemos a sorte do calendário colocar-nos a jogar logo nas primeiras jornadas. Fruto do maior andamento, e de alguma superioridade moral – por termos ganho o campeonato, a Taça e depois a Supertaça – fizemos um excelente jogo e ganhámos com alguma naturalidade em Braga.
Em Alvalade o jogo voltou ao equilíbrio normal e conseguimos um empate que nos servia por termos ganho na 1ª volta.
A final da Taça este ano foi outro jogo equilibrado, decidido no prolongamento, com um golão da Diana.
Em todos os jogos tivemos dificuldade no confronto físico e no jogo por alto. Em todos! E é fácil perceber porquê: a equipa delas tem jogadoras mais altas e a nossa equipa é muito baixa.
Portanto, caro Antunes, isto são factos. Nem é preciso ser eu a dizer isto. Ouve os comentários da RTP na Supertaça. N vezes falaram nisso e no golo delas voltaram a evidenciar isso.
Não perceber isto, sinceramente, só por má vontade!
Quanto ao resto, meu amigo, nós hoje temos jogadores muito mais altos do que tínhamos nos anos 70, 80 ou até . É pegares nos jogadores da altura e nos jogadores de 2000 em diante e veres isso. Ganhas 10cm em média à vontade. E isso, sim, faz alguma diferença. O resto faz a qualidade dos jogadores – muitos a jogar fora – e dos treinadores. Também faz a diferença o facto de na altura serem metade, ou menos, das selecções apuradas para as fases finais.
Além, disso, nos anos 40, 50, 60 e até 70 e 80, não se trabalhava os aspectos físicos como se faz hoje. Sejamos sérios, caramba. Antes de 70 os jogadores eram os que eram. Não eram trabalhados. Quem nascia rápido, era rápido. Quem nascia com cabedal, tinha cabedal. Não havia equipa fisicamente dotadas como existem hoje. O Brasil dos anos 60 e 70 hoje era massacrado por qualquer país decente! Não aguentavam o ritmo e o poder físico das equipas de hoje. Não se trabalhava isso nessa altura. Portanto, nada disso interessa nessa altura. Nessa altura só interessava a rapidez e o virtuosismo dos jogadores. Hoje não é assim! Além disso, interessam outras coisas. E é por isso que jogadores super virtuosos, que jogadores super rápidos, não singram. São outros tempos. E não dá para comparar pedras da calçada com maças.
Por alguma razão TODOS os treinadores gostam, escolhem e querem jogadores altos. Claro, entre um perneta alto e um Messi baixo, escolhem o baixo… Lógico.
Tens centenas de jogadores excelentes baixos. Centenas ou milhares. Não vês nenhuma equipa formada por 11 gajos de 1,70m… E sabes porquê? Porque não ganhavas nada! Podia ter a rapidez, o virtuosismo, jogar em equipa e serem excelentes tacticamente… Contra uma boa equipa de 1,80m ou mais, perdiam com certeza. Claro, contra uma equipa de cepos de 1,90m, provavelmente ganhavam…
Mas o futebol quando jogado a um certo nível não coloca cepos no caminho. As equipas já têm um bom nível e aí todos os pormenores contam. E a altura conta também e muito!
Para jogares a um certo nível precisas de ter uma equipa equilibrada em todos os factores. Jogadoras rápidas, jogadoras poderosas, jogadoras altas, jogadoras inteligentes.
Ninguém aqui defende que tens de ter 11 jogadoras altas. Como ninguém defenderá teres 11 poderosas, ou 11 rápidas… É preciso um equilíbrio. E é esse equilíbrio que eu acho que nos falta quando entras com 9 jogadoras abaixo de 1,70m, das quais 5 roçam o 1,60m, para jogar contra uma equipa onde 8 jogadoras têm 1,70m ou mais, chegando a ter jogadoras acima do 1,80m.
Isto é básico!
Se não vêem, se não querem ver ou entender, enfim, que posso eu fazer?
Salta à vista que o nosso plantel é baixo e é desequilibrado.
Não me venham falar de que cá ganhamos e isso mostra que não é assim.
Nestes 2 primeiros anos que passaram, nos 90 minutos de jogo :
* o Braga perdeu 2 jogos e empatou 6.
* o Sporting não perdeu nenhum e empatou 7.
Desses empates todos, 5 foram entre as 2 equipas. as 2 derrotas do Braga foram connosco. Ou seja, estas 2 equipas empataram 3 jogos com as restantes equipas em 2 anos completos. Isto dá bem para ver o desequilíbrio que existe e porque não se pode simplesmente olhar para os resultados e os títulos que se conquistam.
Como eu disse, basta ter olhos para perceber que na formação só existem jogadoras de baixa estatura – é esse o ADN da jogadora de futebol portuguesa. A minha filha joga voleibol e tem 1,80m. Na equipa dela há mais 2 assim e mais 2 ou 3 com cerca de 1,75m. Nas outras equipas há sempre 1 ou 2 ou 3 miúdas da altura dela e até aparece uma ou outra maior que ela. No basquetebol também tens miúdas altas. Mas no futebol, não!
Da mesma maneira que os homens do norte da Europa são mais altos que nós, com as mulheres acontece o mesmo.
Se queremos ter equipas de nível, temos de “importar” altura e poder físico. Não há volta a dar. Não precisas é importar um plantel inteiro… Basta entre 2 a 6 ou 7, dependendo do nível que se quer atingir e o que há por cá.
Contratar fora será sempre um complemento ao que se faz e tem por cá… Não percebo qual é a dificuldade em perceber isto! 😉
SL e abraço
2 Outubro, 2018 at 20:52
Rúben Dias expulso na Grécia.
LOL
Não se percebe… Um gajo tão fofinho!
2 Outubro, 2018 at 21:10
Aos 45+4’…
É duma estupidez atroz…
2 Outubro, 2018 at 22:59
Existe alguma explicação para a saída da Directora do futebol feminino?
3 Outubro, 2018 at 0:21
Eu ainda não vi isso confirmado em lado nenhum. Já fui ver no site e ainda lá está a Raquel Sampaio como Directora.
O que se diz é que ela defendia a saída do Nuno Cristóvão e que a CG não defendeu isso pelo que ela disse que saía – assumo que foi a CG porque foi a CG que renovou com o treinador.
Dizem as más línguas que os 2 não se falam…
Não sei o que disto é verdade e o que não é.
SL