Um fim de semana à Sporting! Grandes vitórias com conquistas que merecemos e desejamos nas diversas modalidades do nosso grandioso clube. O voleibol não ficou aquém destes dias de sucesso, conseguindo duas boas vitórias e um bónus vermelho.

As seniores femininas foram a Gondomar conquistar, na raça, uma vitória contra a equipa da casa. Fizemos novamente 5 sets, tal como com o CD Aves, contudo desta vez a vitória sorriu-nos, Vs Ala Nun’Álvares 2-3 (22-25; 26-24; 14-25; 25-23; 12-15). Seguimos em 2º lugar e com o objectivo da subida sempre no horizonte.

Os seniores masculinos, perante 237 pessoas (8% da lotação do pavilhão), venceram o VC Viana por uns claros 3-0 (25-15; 25-19; 25-20). Destaque do jogo para o Aleksiev que com os seus 14 pontos foi o melhor pontuador, seguido de Roberto Reis e Hélio com 10 e 8 pontos respectivamente. Espera-se que o motor deste “Balakov” esteja já aquecer porque vamos precisar de todos para conquistar este desejado bi-campeonato.
O bónus do fim de semana veio da ilha Terceira, onde a AJ Fonte do Bastardo venceu, brilhantemente, o benfica por 3-2, dando-nos a liderança isolada do campeonato. Na verdade, não é (teoricamente) esperado que o Sporting e o benfica percam jogos com qualquer equipa dada a diferença qualitativa, excepto quando se defrontam. Na prática, a modalidade tem alguma imprevisibilidade como em qualquer desporto, por isso vamos tendo estas boas surpresas.

Atenção!! Hoje há jogo!!
1.ª Mão dos 1/16 da CEV Challenge Cup
Vs Stroitel Minsk
20H
Pavilhão João Rocha
ou na SportingTV

miguel-maia-voleibol

Esta semana fiz um teste cá por casa, perguntando à pessoa que por aqui manda, se me conseguia dizer um jogador de voleibol do Sporting. Como gosta bastante de voleibol, apesar de ser portista, acabou por me responder:
“Miguel Maia”

Respondeu rapidamente, com tom assertivo e sem hesitações! Fiquei contente, pelo menos vai retendo alguma informação sportinguista na sua cabeça. Como estava bem disposta, resolvi arriscar uma nova questão, perguntando a razão dela conhecer o Miguel Maia:
“Oh, porque sempre ouvi falar dele. Não te consigo dizer conquistas, mas é uma referência tal como o João Brenha.”

Esta resposta deu-me o mote para o post da semana. Tentar, de uma forma muito breve e, certamente injusta e redutora, explicar porque é que o nosso capitão é uma marca premium no voleibol em Portugal e o melhor jogador de voleibol português de sempre. Evidentemente que a longevidade na prática da modalidade é um ponto importante tal como também importa realçar a sua “baixa” altura (1,82m) comparativamente aos gigantes que o acompanham. Contudo, escolhi 3 momentos mais 1 como marcos históricos numa carreira recheada de sucesso. Repito que a intenção não é escrever uma biografia, vou sim tentar (re)apresentar 3 highlights que espelham um pouco do percurso.

1º Momento.
Jogos Olímpicos de Atlanta 1996
Primeira participação nos jogos Olímpicos e, na verdade, as expectativas não estavam elevadas dados os tubarões que estavam presentes. Trago-vos o vídeo dos últimos pontos do jogo dos quartos de final, com os craques helvéticos, os irmãos Laciga. A perder por 11-5, que é um fosso significativo, a dupla fez 9(!) pontos seguidos conseguindo passar às meias finais da prova. Recordo-me muito bem de ver este jogo e vibrar muitíssimo. Terminaram num brilhante 4º lugar e com um país a aplaudi-los! Em Sidnei, a dupla Maia/Brenha voltaram a terminar num belo 4º lugar, mas preferi mostrar-vos este final de jogo porque Atlanta 96 foi épico!

2º Momento.
Sporting Clube de Espinho vencedor da Top Teams Cup
Primeira e única vitória de uma equipa portuguesa numa competição europeia de voleibol. Em modalidade nenhuma é comum uma equipa do nosso país vencer ao nível europeu e no voleibol é ainda mais complicado como mostra a história. Esta conquista, na época de 2000/2001, foi um acontecimento enorme para a modalidade. Para além do Miguel Maia e do também fantástico João Brenha, jogavam nessa equipa o Hugo Ribeiro, o nosso líbero, e o Sandro Correia, treinador adjunto da equipa técnica do Hugo Silva.

3º Momento.
16 campeonatos nacionais
Para este momento, os factos falam por si. O Miguel Maia venceu por 16 vezes o torneio máximo de clubes em Portugal e está a lutar pelo 17º “caneco”. Segundo o que tive oportunidade de pesquisar, ao nível sénior, o Miguel conta com 35 títulos só em voleibol de pavilhão. Se começarmos a contar os 8 títulos de campeão nacional de praia e outros, vamos criar uma lista de supermercado onde precisaríamos de 3 semanas de posts para a completar.

+1 momento.
Campeão nacional pelo Sporting Clube de Portugal
Este “mais um” não é tanto para andar a repetir o muito que já foi escrito sobre o jogo do título ou sobre a recuperação da modalidade. Refiro-me a este momento para olhar um pormenor. Desafio-vos a verem os vídeos que partilhei e reparem no Miguel Maia no último ponto de cada um deles. Seja em Atlanta 1996, Top Teams Cup 2001 ou Sporting 2018, vemos um sprint que diz muito daquilo que uma vitória histórica significa para este jogador. Aos 47 anos este craque correu, festejou, gritou e deu importância a um feito “comum” para ele, mostrando com que grau de compromisso e desejo está no Sporting. E nós vamos querer que continue a sprintar: “Run Forest, Run!”.

Bê-a-bá do Voleibol: Pontuação para a classificação
A classificação de todos os Campeonatos Nacionais determina-se pela soma de pontos (…) A contagem de pontos determina-se da seguinte forma:
a) Vitória por 3-0 e 3-1 – 3 pontos
b) Vitória por 3-2 – 2 pontos
c) Derrota por 2-3 – 1 ponto
d) Derrota por 0-3 ou 1-3 – 0 pontos
e) Falta de Comparência – 0 pontos”
(Federação Portuguesa de Voleibol)

*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo (ou, se preferires, é a crónica semanal sobre o nosso Voleibol)