Quando em 1921 a então denominada UPF (União Portuguesa de Futebol), decidiu realizar os CAMPEONATOS DE PORTUGAL, tinha como meta e objectivo designar e atribuír através desta competição o título de campeão de Portugal/Nacional), estavámos nos primordios das disputas de encontros oficiais em Portugal, ao nível nacional.
O associativismo e a inclementação de colectividades desportivas tinha-se iniciado nos finais do século XIX e início do século XX, cada vez mais surgiam e proliferavam mais clubes, e as associações de Lisboa, Portalegre e Porto foram as primeiras a serem fundadas.
Antes do aparecimento dos Campeonatos de Portugal, a associação de Futebol de Lisboa e do Porto, organizavam os campeonatos regionais, que posteriormente e a pouco e pouco se disputaram por todo o território nacional.
Em 1921 – 22 disputou-se o primeiro campeonato de Portugal, á época jogado apenas por dois clubes o Futebol Clube do Porto e o Sporting Clube de Portugal, campeões de Lisboa e do Porto.
Nesta temporada os portistas sagraram-se campeões tendo vencido o Sporting por 2-1, no primeiro jogo, de seguida os leões venceram por 2-0, mas como a competição não era decidida pelo total de golos, jogou-se uma terceira partida que os portistas venceram por 3-1 no campo do bessa.
O 1º título de CAMPEÃO DE PORTUGAL/NACIONAL
Em 1922/23 o Sporting Clube de Portugal conquistou o seu primeiro título nacional ou de campeão de Portugal, a equipa leonina orientada essa época primeiro por Augusto Sabbo e a partir de 28-02-1923 pelo jogador/treinador, Francisco Stromp.
A equipa leonina tinha no seu plantel jogadores como Cipriano e Quintela (g.r); Joaquim Ferreira, Jorge Vieira, Filipe dos Santos, Henrique Portela, Leiber, José Leandro, Francisco Stromp, João Francisco, Alfredo Torres Pereira, Ramos, Carlos Fernandes e Jaime Gonçalves.
Para aceder á final os nossos leões bateram o Futebol Clube do Porto em Coimbra por 3-0 e na final jogada a 24-06-23 a Académica em Faro por 3-0, com tentos obtidos por Joaquim Ferreira a bisar e Francisco Stromp, um dos lendários jogadores sportinguistas que infelizmente viria a morrer ainda muito jovem.
Nas épocas 1924-25, 1927-28 e 1932-33, o Sporting é finalista vencido perdendo nas finais diante de Porto (2-1), Carcavelinhos (3-1) e Belenenses (3-1), respectivamente.
O 2º título de CAMPEÃO DE PORTUGAL/NACIONAL
Na temporada de 1933-34 a equipa leonina orientada pelo húngaro Rodolf Jenny, conquista o segundo título nacional/Portugal, batendo o Marinhense (3-1); Sporting de Espinho (11-0 – 7-2), Belenenses (1-1 e 3-1) e na final disputada a 08- Julho de 1934 o Futebol Clube Barreirense por 4-3 após prolongamento, com quatro tentos obtidos por um dos nosso goleadores de sempre Manuel Soeiro.
A equipa tinha no seu plantel jogadores como Jóia e Artur Dyson (g.r); Abelhinha, Jurado, Joaquim Serrano, Farrin, Rui Araújo, Faustino, Uva Cansado, Forno, Varela, Rosado, Mourão, Vasco Nunes, Reynolds, Cervantes, Estrela, Belo, Pires, Fonseca, Eduardo e Edmundo Mourinha, Oliveira Martins, Manuel Soeiro e o jogador/treinador Rodolf Jenny (avançado).
Em 1934-35 – O Sporting foi finalista perdendo com o Benfica por 2-1.
O 3º título de CAMPEÃO DE PORTUGAL/NACIONAL
Em 1935-36 dispunhamos de uma equipa de elevada categoria demonstrativa de bom poder ao nível técnico da maior parte dos jogadores leoninos, bem como uma alta eficácia concretizadora demonstrada pelos dois (2) títulos de campeões de Lisboa, obtidos em 1933-34 e 1934-35, sendo que antes do início do campeonato de Portugal viríamos a conquistar o tri.
Orientados pelo romeno, e avançado da equipa Wilhelm Possak, o Sporting foi eliminando sem grandes dificuldades os seus adversários para chegar á final, venceu o Salgueiros (4-0 e 2-1), o Carcavelinhos (2-1 e 1-0) e o Marítimo (5-2 e 4-2). Na final disputada em 05-07-1936 em Lisboa no Stadium, a equipa do SPORTING venceu o seu rival lisboeta o Belenenses por 3-1. Com tentos apontados por Pireza a bisar e Faustino.
Fizeram parte do plantel leonino: Artur Dyson, Azevedo e Jaguaré(g.r); Abelhinha, Jurado, Joaquim Serrano, António Farrin e Vianinha, Rui Araújo, Manecas, Raúl Silva, Terruta, Faustino e Pires, Galvão, Mourão, Vasco Nunes, Alcobia, Rui Carneiro, Pedro Pireza, António Abrantes Mendes, Francisco Lopes, Costa, Manuel Soeiro e o romeno Wilhelm Possak, avançado e treinador da equipa.
Com uma linha atacante do mais alto nível Mourão, Manuel Soeiro, Pireza e Francisco Lopes a turma de Alvalade revelou um alto índice e eficácia atacante.
Pedro Pireza e Manuel Soeiro com 28 e 22 golos respectivamente, no decorrer da época demonstraram-no.
Em 1936-37 o Sporting viria a ser novamente finalista vencido derrotado pelo FC Porto (3-2).
O 4º título de CAMPEÃO DE PORTUGAL/NACIONAL
Para esta temporada a equipa viria a ser treinada por um dos melhores técnicos da altura a nível mundial o austro-húngaro Joseph Szabo, a formação leonina continuava a dominar ao mais alto nível vencendo o seu quarto (4º) título regional de Lisboa consecutivo, demonstrativo do seu domínio à época.
Foi então que surge na equipa leonina um valor de grande futuro , que viria a revelar-se o melhor avançadoe goleador do futebol português o lendário luso -angolano, FERNANDO PEYROTEO, um portento de força, agilidade, desmarcação hábil e instinto mortal e eficaz.
Foi com a linha avançada constituída por Mourão, Manuel Soeiro, Pedro Pireza, João Cruz e Peyroteo que o SPORTING merecidamente alcançaria o seu 4º título de campeão de Portugal/ nacional/.
Para atingir a final o Sporting venceria o Marinhense (4-3 e 13-1), Belenenses (3-0 e 4-2) e o Marítimo (4-1 e 6-0). O plantel foi constituído por jogadores como António Martins e Azevedo (g.r); Galvão, JUrado, Joaquim Serrano, Cardoso, Anibal Paciência, Belarmino, Manuel da Silva, Rui Araújo e Manecas, Mourão, João Cruz, Manuel Soeiro, Pedro Pireza, Francisco Lopes, Daniel e Heitor, e ainda o enorme FERNANDO PEYROTEO.
A linha avançada leonina viria a ser antecessora dos nossos cinco violinos, Jesus Correia, Travassos, Vasques e Albano e ainda e sempre o Peyroteo.
Em 1937-38 a FPF decide terminar com os campeonatos de Portugal e surge a 1ª Divisão Nacional em 1938-39, no entanto viria-se a jogar entre 1934-35 a 1937-38 a denominada 1ª Liga ou Liga/Experimental, mas quem surgia como campeão de Portugal/Nacional ainda era segundo relatos da época designado pelo vencedor do CAMPEONATO DE PORTUGAL.
Ainda uma última nota entre 1921-22 e 1937-38, (17- edições do Campeonato de Portugal), o SPORTING viria a conquistar 12 – CAMPEONATOS REGIONAIS DE LISBOA). Os campeonatos regionais eram disputados antes da disputa do Campeonato de Portugal, sendo nestas competições que se apuravam os representantes de cada associação.
Estes 4 títulos de Portugal /Nacionais que desde á muitos anos e infelizmente não só para o SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, como para outros clubes, durante as 17 edições (1921-22 a 1937-38), as mais altas instâncias do Futebol Português ainda ignora não contemplando o registo dos títulos alcançados pelo SPORTING e por outros clubes como palmarés legitimamente conquistados pelos jogadores da época ao serviço dos seus clubes, ignorando a História de 17 épocas, de disputas nos velhos campos pelados, alguns ainda de madeira em território lusitano.
QUE UM DIA, QUE SEJA BREVE, A HISTÓRIA DESTAS CONQUISTAS SEJA ESCRITA COMO UM FACTO REAL QUE NÃO DEVE SER IGNORADO; MUITO MENOS SOBREVALORIZADO POIS IGNORAR A HISTÓRIA É NÃO QUERER FAZER PARTE DA MESMA, OU ATÉ MESMO PARA ALGUNS E POR MÁ FÉ NÃO QUERER QUE UM FACTO REAL FAÇA PARTE DA HISTÓRIA!
ESTE POST É DA AUTORIA DE… O Sonhador
*às quartas, a cozinha da Tasca abre-se a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]
24 Janeiro, 2019 at 15:52
Muito, muito bom post (tem uma gralhazita sem importância na palavra inclementação).
A História sempre foi “moldável” com o decorrer dos tempos. vejo isso, oh se vejo, na minha actividade profissional. Mas aí consegue-se rebater muita coisa porque está bem documentada.
Não é que aqui neste caso não esteja, porque até está, mas convenhamos… estamos a falar do Tuguistão.
Zero esperanças nisto, infelizmente.
25 Janeiro, 2019 at 7:40
Duas gralhas: “desde á muitos anos”
24 Janeiro, 2019 at 16:59
Gostaria de ver a cara de jogadores, treinadores e dirigentes da altura se lhes dissessem que aquilo que estavam a festejar não eram campeonatos nacionais, mas tacinhas…..
24 Janeiro, 2019 at 18:12
Um tema sempre importante até que a verdade prevaleça!
24 Janeiro, 2019 at 18:25
Bom post!
24 Janeiro, 2019 at 18:55
Bom post, bem explicado, só não vê quem não quer, uma pergunta para todos sportinguistas, o Cedric parece que será transferido para o Inter Milão, a minha pergunta é se o SCP não tem uma parte do passe ou mais valias sobre a mesma, se alguém souber que me informe, já a CS nada diz se fosse dos rabolhos já era 1pagina dos jornais.
24 Janeiro, 2019 at 19:02
O Sporting tem direito a 15% de uma futura transferência.
Diz-se que o negócio para o Inter deverá ficar fechado por 20 milhões, por isso devemos receber por volta de 3 milhões, talvez mais algum por causa dos direitos de formação.
No fundo nem foi um mau negócio… 7M + 3M. Mais que o Piccini…
24 Janeiro, 2019 at 19:16
6 comentários num post de fundamental importância para nós.
Vivemos em tempos estranhos…
24 Janeiro, 2019 at 19:23
Com a “morte” do Bruno, muitos morreram também.
E o pior, é que nos os julgo.
24 Janeiro, 2019 at 19:23
E o pior é que não os julgo*
25 Janeiro, 2019 at 7:51
Bem ou mal o BdC trouxe a chama de volta ao clube.
E não me digam que estiveram sempre com a equipa porque sabemos não ser verdade.
O afastamento do BdC mais não foi do que afastar das pessoas que realmente amam este clube, as pessoas que lutam por algo melhor e não se conformam com a corrupcão, com a injustica, com a mediocridade.
O afastamento dele mostrou que não vale a pena sofrer, não vale a pena lutar, não vale a pena porque há vida para além do futebol….
No fundo, um fraco rei torna fraca a forte gente.
24 Janeiro, 2019 at 19:18
“[He] who controls the past, controls the future; and [he] who controls the present, controls the past.”
24 Janeiro, 2019 at 19:25
Enquanto o Vieira das fartuiras não for preso e, com elke, os pol,íticos contra os quais se há-de manifestar em Juízo e acusar, por vingança de o não terem safo do balde da merda, a Federação continuará infestada de lampiões como o tem estado nos +ultimos 20 anos!
A realidade é esta e não outra. Para nós, os títulos são nossos. Sabemos que são nossos e é isso que interessa por muitop que o ladrão de camions e traficante de droga VIEIRA das FARTURAS não estiver arrecadado onde não possa causar mais malefícios a Portugal.
Por mim p+ode vir chatear à vontade, apresentar queixa minha o que quiser.
Estou-me a… não devoi dizer o que penso e sinto mas, é para o lado que durmo melhor. Se vier atrás de mim vai ter a +ultima surpresa da porca vida que ergueu na lama. Isso garanto.
25 Janeiro, 2019 at 7:47
Preso não, morto!
Preso pode continuar a mandar, e o mais certo é fugir antes de ser apanhado.
Morto fica que nem ginjas…
24 Janeiro, 2019 at 21:47
O SPORTING tem 22 títulos de Campeão Nacional desde 2002. O resto é revisionismo rabolho; até nisso são iguais ao Puerco. Acrescente-se a 9ª Supertaça, ganha nos anos 40 com o mesmo modelo e intuito da actual.
24 Janeiro, 2019 at 22:48
Relembre-se como este revisionismo se iniciou.
o Benfica via ameaçado o seu estatuto de líder em títulos pelo fecepe, portanto tratou de arranjar uns quantos via fpf. O Porto, na altura, deixou andar (pensando que seria uma questão de tempo até os comer), o Sporting deixou andar porque sim, e nessa altura o escrutínio popular não era tão elevado. Hoje, com outras pressões, seria idêntico? Não sabemos.
A História dos “títulos” sempre se contara a partir de 38, ano em que o modelo competitivo que conhecemos foi implementado. A alteração não teve pressupostos históricos, ou de reconhecimento de uma era esquecida, foi um frete aos lampiões.
Assim sendo, dificilmente será revertido.
Porém, deve o Sporting apostar nesta luta, com ARGUMENTOS, com aliados, e não com posições isoladas que os restantes não reconhecem. Há gente capacitada, que estudou o futebol nos seus primórdios, ao contrário do que muito camelo diz, há documentos oficiais que comprovam quem era reconhecido como campeão nacional, é formar uma equipa e apresentar um caso sólido e bem estruturado.
No fim, se essa coisa vai ao Parlamento, gostaria de ver lá sentar o rabo o Madail, e ser apertado para explicar o porquê de ter mudado as contas.
25 Janeiro, 2019 at 7:44
Exacto.
Os titulos ou são contados correctamente, ou são contados separadamente.
Não podemos contar titulos experimentais com titulos reais.
Aliás, esta história comecou com um fdp lampião que olhou para os titulos e pediu à FPF para contar os da Liga experimental como titulos nacionais e até ficou surpreendido por eles terem aceite. A pergunta fundamental é o porquê de usarem os experimentais e não os reais? Porque eles ganharam 3 titulos em cada, logo para eles não faria diferenca, mas para os rivais faz uma grande diferenca (mais um para o porco e mais 4 para nós).