Este fim de semana voltou a a confirmar a eficácia do paradigma de Formação adoptado pelo nosso Futebol Feminino.
Esse paradigma passa por formar, desde as mais jovens idades, as nossas atletas em ambientes competitivos acima dos “normais” para as suas idades e com grau máximo possível de exigência e dificuldade; nesse paradigma de formação, o que se pede às atletas é que se auto-superem permanentemente.
Temos, no nosso Futebol das meninas, raparigas e senhoras, atletas desde os 10 aos 31 anos. A equipa principal foi “formada” fora do Sporting, porque o projecto tem ainda menos de 3 anos. Apesar disso, já conta com algumas atletas que, podemos afirmá-lo, se formaram ou completaram a sua formação já “dentro do projecto”. São os casos de Neuza Besugo e Joana Martins que igressaram no Sporting como juniores (embora com idades sub17), de Bárbara Lopes (que iniciou como senior mas com 15 anos), de Inês Pereira (que iniciou a primeira temporada do projecto com 16 anos e terminou esse ano conquistando simultaneamente dois Campeonatos Nacionais e duas Taças de Portugal – em Juniores e Seniores) ou até mesmo de Ana Capeta (a letal avançada alentejana, iniciou o seu trajecto senior no Sporting com 18 anos).
Mas, se olharmos aos escalões de formação, essa “desfasagem” que determina uma maior exigência competitiva é ainda maior.
A média de idades das sub19 é de 17 anos e a maioria das atletas compete simultaneamente no Campeonato Nacional de Juniores sub19 em Futebol de 9 e no Campeonato Nacional senior da 2ª Divisão em Futebol de 11. A média de idades das sub17 é de 15 anos e algumas das jogadoras ainda têm 13 anos ; disputam o Campeonato Distrital Feminino sub17 em Futebol de 7: a Guarda-Redes Catarina Potra, tem agora 14 anos e já disputou jogos de Seniores, na equipa B, na 2ª Divisão.
Isto acontece porque, não existe na Associação de Futebol de Lisboa competição feminina para os escalões abaixo das sub17. O que acontece com a maioria dos clubes é que não forma com essas idades. Alguns clubes vão integrando jogadoras de 15 e 16 anos nas suas equipas de sub17, mas não têm capacidade logística e financeira para sustentar formação a equipas mais jovens que não vão competir.
Para o projecto do Sporting a Chave é a Formação. E desde logo olhámos para esta incompreensível insuficiência Associativa (e Federativa) não como um “handycup” mas sim como uma oportunidade. A ideia foi logo: vamos começar a recrutar e a formar desde os 9, 10 anos e dar competição a todas, fazendo-as competir em escalões a cima da sua idade, promovendo a constante superação e elevando a exigência de treino e de competição.
As infantis, onde tudo começa, praticamente só passaram pelo Sporting. Inicialmente (no primeiro ano) colocou-se a dificuldade de as mais novitas poderem competir: afinal até tínhamos várias pequenitas entusiasmadas e empenhadas, mas não havia outras equipas de meninas para competir. A solução, nesse ano, passou por, particularmente no último trimestre lectivo, organizar mini-torneios com 2 ou 3 equipas leoninas e mais uma ou duas equipas mistas de outros Clubes. E a progrssiva exigência dos treinos preparou-as para um novo salto no patamar de exigência competitiva nos anos seguintes.
Agora as meninas infantis (entre os 10 eos 12 anos) participam no segundo quadro do Campeonato Distrital Masculino sub13 (juniores D). Isso mesmo: a equipa de meninas com média de idades de 11 anos joga a duas voltas contra outras 12 (11 porque uma desistiu) equipas constiuídas integralmente por rapazes de 12 e 13 anos.
E falei-vos, uma vez mais, desta elevação de fasquia na exigência competitiva (e de treino para a mesma), porque os resultados deste fim de semana, confirmam, ou melhor, reconfirmam a eficácia desse paradigma de Formação.
No sábado, dia 13, às 11h, houve derby, no Estádio Universitário de Lisboa, Campo 6, a contar para a 2.ª Jornada da Fase Apuramento de Campeão Distrital em Juvenis Sub17, Futebol de 7. O resultado foi Sporting CP 2 – 1 SL Benfica e os golos leoninos foram marcados por Andreia Bravo (1 golo, meio-campo, 14 anos) e Cristiana Martins (1 golo, avançada, 14 anos).
Também no sábado à mesma hora disputava-se mais uma Jornada (a 18ª) do Campeonato Distrital JunD2 sub13 masculinos da AFL, na qual as infantis do Sporting se deslocaram ao Campo Fernado Perfeito, da ADCOE, para jogar contra o Olivais e Moscavide. As nossas meninas venceram os rapazes do CDOM por expressivos 6-1. Os golos das leoazinhas foram de autoria de Maisa (2 golos), Lara António, Carmo Duarte, Cíntia e Inês Fonseca (1 golo cada). Com este resultado as meninas da listada verde e branca ocupam a 5ª posição, sendo a única equipa feminina a competir com outras 12 de rapazes (agora 11 porque o Encarnação e Olivais desistiu).
Ainda no sábado, mas pelas 15 horas hove jogo das seniores A. Para a 18.ª jornada da Liga BPI, jogou-se no Estádio Municipal António Augusto Martins Pereira (Albergaria-a-Velha) o Clube Albergaria 0 – 2 Sporting CP. Ambos os golos leoninos foram marcados por Ana Capeta, já na segunda parte do encontro. O Sporting mantém, assim a 2ª posição a 2 pontos da equipa do Braga que foi ao campo do Boavista vencer por 0-8.
Já no Domingo, entrou em acção a equipa do Sporting B, criada este ano para enquadrar melhor a transição de junior sub19 (que jogam futebol de 9) para o patamar competitivo senior (mais intenso e onde se joga futebol de 11). Não se pense, todavia, que esta equipa é formada por atletas com idade senior, que deixaram o escalão junior recentemente, mas que não se conseguem ainda impor para integrar o plantel principal.
No plantel que integra regularmente a equipa B, apenas 2 jogadoras já têm idade senior (a Rita Barreto com 21 anos e a Diana Bogarim com 20 anos. A média de idade é de 17 anos e, excepção feita das duas atletas já citadas, apenas a Bárbara Lopes (com 17 anos) já integra o plantel de seniores. Todas as outras jogadoras competem simultaneamente, no escalão sénior (Futebol de 11) e no escalão junior sub19 (Futebol de 9); 6 dessas outras 20 jogadoras têm ainda 16 anos e 2 apenas 15 (estas 2 ainda poderiam estar a competir em sub 15).
Muitas semanas, há jogadoras que competem ao sábado e ao domingo nas duas diferentes competições. Só para dar um exemplo (de que já falei na última semana), a Marta Ferreira é totalista nas duas competições e já marcou 21 golos nas juniores e 41 nas seniores: é uma das meninas que ainda tem 16 anos. As 2 jovens mais novas, de 15 anos, também são chamadas recorrentemente às duas competições: chamam-se Alícia Correia e Núria Monteiro, ambas já internacionais sub16, e vão ser também dois nomes a seguir com muita atenção.
Sobre o derby da equipa B com o Benfica A, o resultado foi de 0-3, favorável às lampiãs, que contam no seu plantel com 13 estrangeiras, uma média de idades de 25 anos e um orçamento a rondar 1 M€ quase o dobro do orçamento anual de todo o projecto do Sporting que inclui 5 equipas.
Serve esta resenha para demonstrar que o caminho traçado pelo Sporting no Futebol Feminino é o mais correcto, o mais assertivo e, a prazo, o mais eficaz. Alguns dos que aqui têm sido críticos, escusam-se na “separação” entre Formação e equipa profissional. Ao contrário do que defendem, neste projecto, não existe essa dicotomia. A maior evidência disso é a Equipa B, que podia integrar, (pelo menos nos jogos contra o rival, Benfica A) mais jogadoras não utilizadas na equipa principal, mas não o faz, porque não é esse o objectivo da constituição da equipa B. O objectivo não é usar jogadoras que já estão na realidade profissional, mas antes acelerar as condições de mais e melhores jovens vindas da formação nessa mesma realidade.
Mas o mais sublime e caricato, é poder apreciar os comentários dos mesmos tasqueiros, ao que deve ser o futuro da equipa principal feminina (contratar mais estrangeiras altas e poderosas fisicamente, gastando mais) e qual deve ser o futuro da equipa principal masculina (utilizar como base do plantel jogadores da formação, vender estrangeiros e reduzir custos). Poder-me-ão (e com razão) dizer que as duas realidades são diferentes que o patamar de custos do plantel masculino é demasiado excessívo e que o patamar de custos do plantel feminino é demasiado curto. E que, assim sendo, as suas visões quanto ao futuro das duas equipas não são contraditórias.
A única “contradição” que eu aí vejo é na primazia que se dá, ou não à formação. A contratação das tais jogadoras estrangeiras altas e fortes, até poderia ser feita para substituição dos “lugares” ocupados por estrangeiras qu já fazem parte do plantel. Mas, não se estaria a contrariar o modelo de jogo para o qual estão talhadas a s nossas jogadoras (desde a formação, porque o físico que elas têm é característica morfológica da jogadora portuguesa)?
Volto a dar um exemplo que entendo corresponde ao paradigma da Formação adoptado no nosso Clube. O Slavia de Praga está já entre as 5 melhores equipas europeias e tem um plantel sem estrangeiras e com um média de alturas e pesos igual ao nosso. Não “contrariou” as características morfológicas das suas atletas, não procurou orçamentar equipas acima das suas possibilidades e do seu mercado, apostou na formação local … e deu-se bem. Talvez seja um exemplo a meditar.
* às segundas, o Álvaro Antunes faz-se ao Atlântico e prepara-nos um petisco temperado ao ritmo do nosso futebol feminino
18 Março, 2019 at 14:53
“Mas o mais sublime e caricato, é poder apreciar os comentários dos mesmos tasqueiros, ao que deve ser o futuro da equipa principal feminina (contratar mais estrangeiras altas e poderosas fisicamente, gastando mais) e qual deve ser o futuro da equipa principal masculina (utilizar como base do plantel jogadores da formação, vender estrangeiros e reduzir custos). Poder-me-ão (e com razão) dizer que as duas realidades são diferentes que o patamar de custos do plantel masculino é demasiado excessívo e que o patamar de custos do plantel feminino é demasiado curto. E que, assim sendo, as suas visões quanto ao futuro das duas equipas não são contraditórias.”
Mais uma vez, bom post.
Compreendo o que escreveste e concordo
Mas deixa-me dar-te a minha visão do que evocaste aqui:
“Mas o mais sublime e caricato, é poder apreciar os comentários dos mesmos tasqueiros, ao que deve ser o futuro da equipa principal feminina (contratar mais estrangeiras altas e poderosas fisicamente, gastando mais) e qual deve ser o futuro da equipa principal masculina (utilizar como base do plantel jogadores da formação, vender estrangeiros e reduzir custos). Poder-me-ão (e com razão) dizer que as duas realidades são diferentes que o patamar de custos do plantel masculino é demasiado excessívo e que o patamar de custos do plantel feminino é demasiado curto. E que, assim sendo, as suas visões quanto ao futuro das duas equipas não são contraditórias.”
Tal como admitiste, são realidades diferentes.
No futebol masculino, nós não somos campeões nem ganhamos há imensos anos.
Podemos construir um projecto baseado a formação complementado com alguns elementos mais velhos e com grande qualidade;
No futebol feminino, concordo com a aposta contínua na formação…
Mas, neste momento, tu tens uma equipa principal bi-campeã, com vários troféus ganhos. Este ano dificilmente ganharão alguma coisa (supertaça e taça de Portugal já foram à vida) e para o ano vão enfrentar uma equipa do Benfica com uma estrutura poderosíssima, como bem referiste.
Por isso, na minha humilde opinião, para voltarmos de imediato a ganhar o campeonato, temos que adquirir jogadoras de elevada qualidade, que sejam obviamente superiores às que por cá jogam. Nem que seja por um curto período até as nossas jovens ganharem maturidade e experiência com estas profissionais.
“A única “contradição” que eu aí vejo é na primazia que se dá, ou não à formação. A contratação das tais jogadoras estrangeiras altas e fortes, até poderia ser feita para substituição dos “lugares” ocupados por estrangeiras qu já fazem parte do plantel. Mas, não se estaria a contrariar o modelo de jogo para o qual estão talhadas a s nossas jogadoras (desde a formação, porque o físico que elas têm é característica morfológica da jogadora portuguesa)?”
Pode-se dar primazia à formação. Deve-se dar.
Mas para o ano tem que se criar de imediato uma equipa que possa levar de vencidas as gémeas Benfica de Lisboa e Benfica de Braga.
E isso só se consegue com a contratação de uma Marta Silva e/ou de uma Pernille Harder, por exemplo.
18 Março, 2019 at 18:11
Jaime, concordaria consigo se achasse que o mais importante é continuar a ganhar sempre! Mas eu não penso assim. Penso que é importante ganhar, sim, mas sem comprometer o paradigma de formação adoptado. A realidade dos investimentos de Braga e, sobretudo, de Benfica estão muitíssimo desfasadas da realidade do nosso mercado. Até a nossa está, neste momento, acima da realidade de mercado, mas penso que com uma desfasagem relativa sustentável. Isto porque essa desfasagem é a aceitável para antecipar um alargamento progressivo desse mercado. O que também acho é que devemos trabalhar muito mais os factores de “crescimento do mercado” (jogos importantes no José Alvalade e com receita de bilheteira – mas com preços acessíveis – e muito bem promovidos; mais transmissões, também mais promovidas, de mais jogos). Um pouco ao jeito do que foi iniciado no primeiro ano do projecto, mas de um modo mais “agressivo” (recebemos em Alvalade o Braga e o Valadares e transmitimos na SportingTV TODOS os jogos em casa e até alguns fora). Assim estaremos a contribuir para mais receitas directas para o Futebol Feminino (há ainda outros factores a explorar e/ou a melhorar como merchandising próprio e mais sponsoring), que devem entrar nas contas da SAD em item próprio, e que, aí sim, permitirão diferentes “ajustamentos” do projecto sem o comprometer.
Mesmo assim, mantenho que a “aquisição” de atletas diferentes da “formatação” da atleta portuguesa, só deve ser feita para sectores em que isso se reflitca num “upgrade”, sem comprometer os modelos de jogo inere ntes à atleta lusa (refiro-me concrectamente às posições de defesas centrais e de trinco – neste último caso, requerendo também boas características técnicas a nível do passe e da saída curta com bola).
O que me espanta, é que as mesmas pessoas que reclamam “mais formação” para o futebol senior masculino, PORQUE ESTAMOS A VIVER ACIMA DAS NOSSAS POSSIBILIDADES, sejam as mesmas que pedem que o futebol feminino senior se invista mais em atletas estrangeiras para competir com orçamentos que são respectivamente cerca de 170% e 200% o nosso, o que, nas actuais condições de mercado e de geração de receitas próprias, nos irá colocar aonde chegámos no futebol senior masculino: a “VIVER BEM ACIMA DA NOSSAS CAPACIDADES”.
Um abraço Jaime e saudações leoninas
19 Março, 2019 at 9:24
Compreendo.
Mas para mim, no futebol feminino, não é apenas escolher uma opção: ou apostamos em compra de jogadoras de qualidade ou apostamos na formação.
Para mim é apostar nas 2 coisas, pois complementam-se.
Jogadoras de qualidade trazem mais valias desportivas para o clube e para as atletas em formação.
Quanto mais a equipa ganhar, mais o clube ganha, mais a formação ganha.
Pode-se colocar a questão que não faz sentido investir muito quando o retorno é pouco.
A curto prazo, sim. Mas a médio e longo prazo, não.
Repara o que aconteceu em Madrid, no Wanda Metropolitano. Jogo entre Atlético e Barcelona (liga de futebol feminino): 60.739 espectadores no estádio. desconheço se a entrada era gratuita ou não. Mas, a médio e longo prazo, as vitórias, os títulos, trazem gente aos estádios.
E não, não abdico de continuar a ganhar títulos de campeãs. Bi-campeãs, for God sake!
Queres deitar tudo a perder?
O “maluco” é que sabia…
Era Ricardinho para o futsal e talvez uma Celia Šašić para o futebol feminino (para não estar a falar na Marta ou na Pernille).
Saudações leoninas
19 Março, 2019 at 12:01
Concordo a 100%!
18 Março, 2019 at 14:56
Analogia ao Futsal:
Não é à toa que o “maluco” queria trazer o lampião Ricardinho.
Reforçá-mo-nos com o Guitta e pouco mais. Este ano corremos o risco de não ganharmos nada (do que ainda há para ganhar).
18 Março, 2019 at 14:58
Apostar na formação para sermos um Slávia de Praga? Claramente!
Optar apenas pela formação e fazer a travessia do deserto por meia dúzia de anos quando até à época transacta ganhávamos tudo e mais alguma coisa, sendo bi-campeãs? Não!
18 Março, 2019 at 18:17
Não percebo, porque não, mas respeito a sua opinião: De qualquer modo, não só estou convencido que não serão meia dúzia de anos, como a realidade despesista e concorrencial dos nossos dois rivais na modalidade tenderá, nestas condições de mercado, a “estourar” com um deles (se não os dois). Motivo por que eu acho que aquilo que devemos ter nos próximos 2 a 3 anos é muita paciência, para sustentarmos ainda mais o nosso projecto (na componente competitiva principal) e, simultaneamente, irmos aumentando o aproveitamento “natural” da formação que estamos já a fazer.
SL
18 Março, 2019 at 15:13
Obrigado amigo Álvaro Antunes pelo excelente post, com o qual concordo plenamente…
“Vamos formar” as nossas futuras campeãs que ainda nos irão dar muitas alegrias…
SL
18 Março, 2019 at 15:25
alterar os regulamentos e impedir a inscrição de estrangeiras em massa.
18 Março, 2019 at 15:30
Isso é só quando der jeito ao Carnide… Até lá…
18 Março, 2019 at 20:22
Isso também! Essa exigência e a de regras de fair-play financeiro,são outras pre-condições para o crescImento sustentado do mercado no futebol feminino em Portugal.
SL
18 Março, 2019 at 15:30
Vamos por partes… tocar alguns assuntos que me parecem relevantes.
Equipa B…
Este jogo com o Benfic@ teve várias jogadores do plantel principal. Não vi a constituição da equipa mas vi imagens da Inês, da Fontemanha, da Mariana, de uma outra central que não me lembro agora e da Fátima Pinto no jogo. Portanto, em 11, 5 eram do plantel principal. Das que eu vi…
Portanto, essa falácia de que o Sporting não mete na equipa B jogadoras da equipa principal está tratada. Não há problema nenhum em fazê-lo. Só há problema em dizer que não se faz quando isso não é verdade e isso nem é um problema do Sporting.
Orçamento…
Portanto, todo o orçamento do Sporting são 500 mil euros e o orçamento da equipa principal do Benfic@ é 1M€… Outra falácia! Nem uma coisa, nem outra, são verdade, pelo que sei. Sim, o Benfic@ gasta mais mas não nesta proporção. Aliás, basta ter 2 dedos de testa para perceber isso!
Ainda neste tema do orçamento, sabendo que o futebol feminino está na SAD, para mim é incompreensível que, com receitas de 70M€ na SAD, não se consiga 1M€ a 2M€ para o futebol feminino – sabendo-se, por exemplo, que cada ano do Petrovic em Alvalade custa 1,8M€, cada ano do Alan custa 2M€ e cada ano do Douglas custava cerca de 2M€.
Portanto, para mim o que se gasta no Futebol Feminino está muito mal explicado e completamente desfasado do que a modalidade pede, se queremos mesmo estar no patamar que dizemos querer.
É perfeitamente possível elevar o patamar de receitas do Futebol Feminino investindo mais nisso, especialmente agora com a entrada dos raboulhos na modalidade. Porque, meus caros, ou se faz aqui um bom trabalho e se tem uma equipa competitiva para lutar com Braga e Benfic@, ou (quase) ninguém vai querer saber da modalidade e da formação da modalidade!
Ninguém me convencerá que, em 70M€, não é possível “desviar” 2M€ para o futebol Feminino, ou mais, pois até uma modalidade como o Futsal gasta mais que isso!
Cenas…
Como o colega tasqueiro sabe, o futebol feminino é a minha modalidade preferida depois do futebol masculino. Desde que existe na Tasca “O Futebol Não É Para Meninas” que sigo com entusiasmo os textos que aqui colocam pois ambos os autores dão um enorme contributo à Tasca e à Modalidade. Leio os textos todos, leio os comentários todos, e só me lembro de ter passado 1 ou 2 textos sem comentar.
Para mim é claro e óbvio que aqui, neste texto, há passagens que me apontam o dedo. Umas, para mim e mais meia dúzia que têm comentado no mesmo sentido, e outras, só para mim porque sou eu que falo no assunto ou uso essas expressões.
Discordar é salutar.
Perseguir opiniões – na realidade pessoas – é estúpido!
“Alguns dos que aqui têm sido críticos, escusam-se na “separação” entre Formação e equipa profissional.”
Quem sempre falou em separação entre formação e equipa profissional fui eu. Sempre. Desde o JMFS1947 que sempre fiz uma analise separada para o que se fazia na formação e para o que se fazia na parte profissional. Nunca vi mais ninguém fazer isso. Portanto, os alguns sou eu!
E o caro Álvaro tem dificuldade em perceber, ou simplesmente recusa-se a querer perceber, o porquê de eu fazer isso, uma vez que já expliquei isto 1, 2, 5 ou 6 vezes… Mas aqui vai mais uma…
Obviamente, eu vejo o Futebol Feminino como um todo. Tal como acontece com o masculino onde tantas vezes falo “num projecto para o futebol” que engloba todo o futebol masculino, desde as escolinhas, às equipas de formação competitivas e à equipa A. No Feminino, vejo igual, como é óbvio!
Separo as duas vertentes porque eu acho que a parte da formação está a funcionar bem – não tendo, por isso, criticas relevantes a fazer – e a parte da equipa A não está – e por isso desde o início de 2017/18 que tenho criticado o caminho que se seguiu e que resultou no que se está a ver este ano. É só por isto que eu – e mais ninguém! – separa a formação do profissional. Não é por mais nada! Haver dicotomia até há: uma parte é profissional; a outra não é! Mas é irrelevante para o que eu chamo o “projecto do futebol”, seja ele feminino, seja ele masculino.
Eu já entendi que eu só digo disparates e que há aqui gente muito mais capaz do que eu. E inteligente também. Portanto, deve fazer todo o sentido comparar um país como a Republica Checa, cuja tradição no futebol feminino já vem da antiga Checoslováquia, com o futebol português que praticamente surgiu a nível europeu há 3 ou 4 anos e muito a partir do reaparecimento do Sporting e do aparecimento do Braga na modalidade. Eu pensar que comparar um país com décadas de futebol feminino e com uma modalidade sustentada nesse tempo, com os 3 anos que o Sporting leva de modalidade, é uma coisa que não faz o mínimo sentido, só pode ser erro meu! Será, com certeza, mais uma burrice que eu digo aqui!
Eu não sei, nem quero saber, da média de alturas do Slavia de Praga. Não me diz nada porque eu nunca falei aqui de médias de altura. Falei de não se ter 1, 2 ou 3 jogadores que pudessem combater as jogadoras altas e o futebol aéreo que muitas vezes se pratica. Portanto, falei duma coisa que qualquer pessoa só com 1 olho, assistindo aos nossos jogos com o Braga, assistindo aos nossos jogos na WCL, assistindo até a um ou outro jogo na nossa Liga, percebe e vê: temos imensa dificuldade no jogo aéreo e temos imensa dificuldade no confronto físico.
Ora, a maneira de contrariar isto, para se manter o clube na linha de “ser uma das melhores 8 equipas da Europa” é contratar estrangeiras que aportem isso à equipa. Não é esperar 10 ou 20 anos para que hajam jogadoras portuguesas e vindas da formação que tragam isso ao plantel!
É tão simples quanto isto mas, claro, é uma cena só para burros porque os inteligentes não chegam lá…
Eu podia desenvolver isto indo buscar exemplos ao futebol masculino… O porquê de se ir buscar um Dost ou um Slimani e não usar um Pedro Marques. O porquê de se apostar num Doumbia e não num Bragança… Porque razão um jogador alto e fisicamente capaz tem tanta procura e vale tanto dinheiro se basta a técnica?
Ter 2 ou 3 estrangeiras altas e fortes não desvirtua o futebol praticado por 11 jogadores, se as outras 8 ou 9 forem boas tecnicamente. Isto parece-me óbvio mas, pronto, dentro das minhas limitações… E já nem falo na possibilidade de se trazerem jogadoras de fora para a formação, como se faz nos masculinos. Sendo este um excelente país para viver e estudar, com certeza não seria difícil trazer miúdas com potencial para cá.
Jogo das seniores…
Vou ser curto porque há pouco para dizer. Dei por mim, durante o jogo todo mas especialmente na 1ª parte, a pensar quem jogará pior? A equipa masculina ou a feminina?
E nem vale a pena mencionar que foi um jogo entre o 2º classificado, que ainda pode ser campeão, e o 4º classificado.
Um verdadeiro jogo de merda que valeu pelos 3 pontos – muito à semelhança do que foi o jogo masculino!
18 Março, 2019 at 15:35
“Porque, meus caros, ou se faz aqui um bom trabalho e se tem uma equipa competitiva para lutar com Braga e Benfic@, ou (quase) ninguém vai querer saber da modalidade e da formação da modalidade!”
Ora nem mais! Esqueci-me de referir este pormenor. Se deixarmos de ganhar, a modalidade perderá o interesse que tem tido… e a curto prazo.
18 Março, 2019 at 15:39
“Ora, a maneira de contrariar isto, para se manter o clube na linha de “ser uma das melhores 8 equipas da Europa” é contratar estrangeiras que aportem isso à equipa. Não é esperar 10 ou 20 anos para que hajam jogadoras portuguesas e vindas da formação que tragam isso ao plantel!”
+1 aqui
18 Março, 2019 at 15:41
Para que conste, eu também defendo que deveriamos contratar com maior critério jogadoras mais altas e fortes para dar outra capacidade atlética à equipa. É com experiência e qualidade para ajudar também na evolução das nossas jovens jogadoras. Seriam 3 no máximo e todas parecidas com a Nevena (a nível futebolístico, claro)! 🙂
18 Março, 2019 at 15:54
Isso!
A Nevena nem é alta. Tem 1,73m. Mas tem muita qualidade. Vê-la a jogar este fim de semana a central, contra uma equipa que quase não atacou… Ridículo!
Uma central e uma 6 altas e fortes são fundamentais.
Reforçava-me assim, com estas 2 mas boas a valer! Nevenas altas (1,80m) e poderosas! 🙂
É preciso uma 2 boa.
É preciso uma 11 igual à Ana Borges.
18 Março, 2019 at 15:41
“Um verdadeiro jogo de merda que valeu pelos 3 pontos – muito à semelhança do que foi o jogo masculino!”
Como escrevi noutro lado… “Valeu pelo bis da Capeta”.
21 Março, 2019 at 1:33
“(…) Quem sempre falou em separação entre formação e equipa profissional fui eu. Sempre. Desde o JMFS1947 que sempre fiz uma analise separada para o que se fazia na formação e para o que se fazia na parte profissional. Nunca vi mais ninguém fazer isso. Portanto, os alguns sou eu!(…)”. (Miguel dixit)
Presunção e água benta cada qual toma a que quer! Não tem o Miguel o exclusivo da defesa da separação entre a Formação e a Equipa principal, nem foi o único a expresá-lo na Tasca e nesta rubrica. Assim, só lembrando de cabeça e em diferentes momentos, refiro o Pavel Horvath, o Braveheart ou o TenhamOrgulho. Muito menos tem o Miguel um tal privilégio da minha exclusiva atenção para fazer de si um alvo.
Quanto a falácias: neste jogo, com o Benfica A, houve, de facto, recurso a atletas do plantel principal (não 5 como sustentou, mas até 6 inscritas nesse plantel, se bem que 2 tenham integrado muito mais vezes a equipa B do que a A – porque não existia B quando se abriram as inscrições da A).
Mas dissequemos esse “desvario” de utilização de “reforços” da equipa A. Bruna Costa, de 19 anos, ainda não jogou esta época pela equipa A. Neuza Besugo, de 20 anos feitos há menos de 1 mês, reparte os jogos pelas duas equipas seniores (uma espécie de princípio inverso das Sub19, que também competem 2 vezes por fim de semana). Inês Pereira, 19 anos, guarda-redes, fez, de facto o seu primeiro jogo na B, mas numa lógica de que, sendo internacional A , como a Patrícia Moraes, titular A do Sporting, tem de aproveitar estes jogos em que será mais posta à prova para elevar o seu nível competitivo (e mostrar-se ao seleccionador). A Rita Fontemanha, 25 anos, jogou para ganhar ritmo competitivo e não para reforçar a equipa (fez o primeiro jogo de 2019). O mesmo se pode dizer da Fátima Pinto que esteve muito tempo arredada da competição (1 jogo este ano). A excepção é mesmo a Mariana Azevedo que tem sido mais utilizada na equipa A. Quer a Fátima, quer a Mariana poderiam, se houvesse integra equipas sub 23. Das 14 jogadoras utilizadas pelo SCP B, 14 eram portuguesas. Das 14 jogadoras utilizadas pelo Benfica A, 4 eram portuguesas e 2 delas jogaram menos de 20 minutos (e quando já estávamos com menos 1 jogadora); 1 era Cabo-Verdiana, 1 Espanhola e 8 (OITO!) brasileiras. As 14 portuguesas do SCP B tinham idades de: sub15 (1), sub17 (6); sub19 (4); seniores sub23 (2) e senior absoluta (1). No meio da estrangeirada e algumas lusas do Benfica A estavam: sub19 (2); sub23 (4); seniores absolutas (8). Média de idades nas14 do SCP B = 18/19 anos. Média de idades do Benfica A = 24/25 anos. Julgo que se percebe, mesmo com o “anormal” recurso a jogadoras inscritas no plantel principal, onde é dada a primazia à formação e, sobretudo, à jogadora portuguesa.
Outra falácia, diz o Miguel, é a dos investimentos: “(…) Portanto, todo o orçamento do Sporting são 500 mil euros e o orçamento da equipa principal do Benfic@ é 1M€… Outra falácia! Nem uma coisa, nem outra, são verdade, pelo que sei. Sim, o Benfic@ gasta mais mas não nesta proporção. Aliás, basta ter 2 dedos de testa para perceber isso! (…)” (Miguel dixit).
Gostava de saber o que leva o Miguel a ser tão taxativo nessa sua convicção, ao ponto de afirmar que o que eu escrevi é uma falácia. A que fontes vai beber essa sua “informação”. Os números que apontei foram avançados por Samuel Almeida no programa “Pressão Alta”, afirmando ter obtido essa informação a partir de documentação dos próprios Clubes (desconheço qual, mas confio na veracidade da afirmação que foi pública e nunca desmentida).
Até porque “basta ter dois dedos de testa” para perceber que adquirir e sustentar, jogadoras como a brasileira Daiane Rodrigues (contratada ao Internacional de Porto Alegre), as portuguesas Sílvia Rebelo, Inês Queiroga e Adriana Gomes e a espanhola Pauleta (adquiridas ao Braga), as brasileiras Dani Neuhaus e Tayla (adquiridas ao Santos), as brasileiras Yasmin, Patrícia Llanos e Ana Vitória (adquiridas ao Corinthians), a brasileira Ana Alice, (ex jogadora do Rio Preto, adquirida aos israelitas do Kiryat Gat), a portuguesa Raquel Infante (adquirida aos espanhóis do Logroñes), a brasileira Rilany (de 32 anos, adquirida ao Atlético de Madrid, depois de jogar na Noruega), a brasileira Darlene (contratada aos espanhóis do Prainsa Zaragoza, depois de passar pelos campeonatos dinamarquês e chinês), a brasileira Geyse (ex Corinthians e contratada ao Madrid CFF), a portuguesa Jassie Vasconcelos (contratada ao Cardiff City) ou a cabo-verdiana Evy Pereira, contratada ao Valadares Gaia, além de mais 9 outras lusas (4 com idades sub 19 e sub17) contratadas a clubes como o Estoril, o Vilaverdense ou o Ouriense, é feito por meia dúzia de patacas, com alojamento no Parque de Campismo da Costa da Caparica e alimentação a sandes de couratos no restaurante “O Barbas”. E nem se fazem as contas, ao custo dos treinos nos campos da Casa Pia e do estádio Nacional e aos jogos nos Estádios da Tapadinha e de Pina Manique.
Quanto ao resto, é mais do mesmo, e não vou bater na mesma tecla, até porque já me fartei de explicar que também concordo com o sucessivo e progressivo upgrade das estrangeiras no plantel (nunca excedendo as 5 ou 6 que entendo devia ser um máximo a autorizar para a inscrição por clube) e que até entendo que a estatura e envergadura seria um critério para as posições de defesas centrais e de trinco, bastando depois a Nevena como 8 box-to-box, que entendo que é o melhor aproveitamento do seu (enorme) potencial. O problema é que a ânsia de justificar a sua teoria é tanta que nem lê essa parte dos comentários e a vontade de se superiorizar nos debates ( e de ser o que vê tudo primeiro e melhor que os outros) leva-o a afirmações como dizer que já defende que a falta de qualidade do plantel já vem do segundo ano do projecto, onde se deixaram desfasar do Braga, esquecendo que:1º) o Braga investiu mais no primeiro ano que no segundo, ao contrário do Sporting que até aumentou um pouco o investimento no segundo ano (mesmo ficando bem abaixo dos euros do Braga); 2º) essa desfasagem, permitiu, mesmo assim, ao Sporting fazer uma 2ª época de novo sem derrotas e agora com 3 títulos!
Para que se perceba: o Braga contratou 9 estrangeiras na primeira época, tinha 5 na segunda, tem 11 na terceira e já totaliza 16 contratações de estrangeiras. O Sporting sempre investiu menos que o Braga e contratou um total de 6 estrangeiras nos 3 anos. Até agora, o Sporting tem 7 títulos e o Braga 1. Mesmo que este ano fique com 2 ou mesmo 3 títulos, atendendo a que investe muito mais (e sim, posso fazer o mesmo exercício que já fiz com o Benfica e acrescentar que ainda conta com o “investimento” total da Câmara Municipal de Braga, quer no Estádio, quer no centro de Treinos), o mínimo que se pode dizer é que tem sido muitíssimo menos eficiente que o Sporting. Quanto ao Benfica nem falar, face a todo o investimento que já fez e a equipa A ainda não está na primeira Liga (ou deveria dizer divisão, uma vez que a organização da “Liga” BPI pertence à FPF?).
Só mais um pequeníssimo detalhe: o Miguel fala de que o Slavia de Praga goza de décadas de desenvolvimento do futebol feminino num país cuja tradição já vinha da Checoslováquia. Não existe qualquer tradição de algum destaque nem da Checoslováquia nem da República Checa no Futebol Feminino; encontram-se (33º) 3 lugares à nossa frente (36º) no ranking FIFA de países no Futebol Feminino. O Slavia só desde há 3 anos atingiu o top 12 das equipas europeias. Agora está no top 6.
Saudações leoninas
18 Março, 2019 at 15:31
Hoje ao almoço comentei com colegas adeptos dos rivais a notícia facciosa do Record com o título: “benfica derrota Sporting B reforçado” .
Esta foi a forma encontrada pelo benfiquistão para exacerbar um feito que apenas o é para o Sporting, pelas razões que o Álvaro Antunes aponta neste excelente texto.
Já deixei num comentário anterior que o projecto de formação do futebol feminino deveria ser replicado para o futebol masculino e até mesmo nas outras modalidades.
A curto prazo poderá não render os dividendos que muitos esperam, mas a médio e longo prazo dará uma enorme vantagem competitiva, caso a regulação para o futebol feminino seja revista de forma a limitar o número de estrangeiras por equipa, tal como no futebol masculino.
Esta (limitação de estrangeiras), deveria ser outra luta assumida pelo Sporting em defesa da jogadora portuguesa e da Selecção Nacional.
SL
18 Março, 2019 at 15:44
Isso tens que perguntar ao LFV quando é que ele vai autorizar a Federação a fazer isso…
18 Março, 2019 at 15:50
🙂
18 Março, 2019 at 20:27
Jaime, desculpe, mas esse é o tipo de conversa “para boi dormir”. Esse é um tema para ser levado a sério e não respondido com esse chavão de que não há que fazer nada porque é o benfiquistão que manda. Não fazer nada ou não propor alterações concretas é que permite ser o Orelhas a permitir ou não permitir que se faça alguma coisa.
SL
18 Março, 2019 at 21:54
Eu não escrevi que era para não fazer nada… Eu sugeri que perguntassem ao LFV quando é que lhe dava jeito ordenar à Federação que alterasse o regulamento, em prejuízo do Toupeirense, se não fosse muito incómodo para sua eminência.
18 Março, 2019 at 22:41
A ironia não chega a todo o lado… 🙂
21 Março, 2019 at 1:35
É muito fácil argumentar com a ironia quando se não quer debater seriamente.
SL
18 Março, 2019 at 15:50
O Sporting jogou realmente reforçado!
O que o jornal diz, está certo.
O que o Álvaro diz é meia verdade…
As modalidades, tirando o Voleibol, já trabalham bem na formação.
O futebol feminino também está a trabalhar bem.
Não vejo que a formação do futebol feminino ensine nada ao Futsal, ao hóquei ou ao andebol.
A formação do Voleibol feminino começou este ano. No masculino nem existe ainda.
Sou favorável a defender a jogadora portuguesa impondo um limite de estrangeiras.
Sou contra a cena das “jogadoras formadas localmente” pois isso em nada defende a jogadora portuguesa e só defende quem tem dinheiro para contratar estrangeiros para a formação.
Não sei o que entendes por curto prazo mas com Benfic@ e Braga a competir, não tens espaço para esperares 3 ou 4 anos para que as miúdas cresçam e sejam competitivas.
Se fizeres isso passas a ser crónico 3º classificado. Acontecendo isso, os adeptos deixam de ligar e as nossas boas jogadoras estarão abertas a ir para outros clubes. E acontecendo isso, nem as jogadoras que formaste vais conseguir reter no clube!
Tens de manter a competitividade!
Já foi um erro não se ter feito um trabalho para sermos tri-campeões este ano!
Para o ano em vez de um adversário vais ter dois. E um é o Benfic@ que tem uma capacidade de investimento superior ao Braga.
Estes 2 últimos anos foram um desastre em termos de trabalho para o futuro na equipa A. Salvaste o 1º dos anos, fruto do muito bom trabalho feito no ano inicial. Mas era óbvio que esta ano ias pagar isso e que agora tens muito a fazer para te nivelares por Braga e Benfic@.
18 Março, 2019 at 15:54
“Reforçado”… Reforçado era se tivesse a Patrícia Morais, a Ana Borges, a Diana Silva e a Ana Capeta a jogar…
18 Março, 2019 at 15:57
Ahhhh!!!! 🙂
Estavam miúdas que jogam regularmente na equipa A… Não jogaram só miúdas do plantel B. Meia equipa!
É óbvio que estavam reforçadas… 🙂
18 Março, 2019 at 16:04
Treta… Às tantas há lá jogadoras da B que jogam melhor que as que “reforçaram” a equipa… 🙂
21 Março, 2019 at 1:37
Quais? A Mariana este ano 2019 fez 4 jogos, a Rita nenhum, a Fátima 1, a Inês Pereira 2, a Bruna Costa nenhum.
Isto é jogar regularmente? Ficamos conversados!
SL
18 Março, 2019 at 16:00
Já li o teu comentário acima.
Não vi o jogo e limitei-me a defender o que tenho lido. Já quando perdemos com o carnide por 10-0 expliquei a diferença de idades e a diferença que é pagar a profissionais para jogar com sub-17 que não podem treinar em véspera de exames escolares.
Não sei se o futebol masculino e as modalidades promovem da mesma forma que o Futfem o crescimento de jovens inseridos em escalões superiores às suas idades. Não no mesmo número e condições. Basta ver o que aconteceu à Diogo Brás e Pedro Marques que evoluíram sempre no seu escalão e no último ano de junior quase não foram aposta na B.
18 Março, 2019 at 16:04
É isto!!!
“Volto a dar um exemplo que entendo corresponde ao paradigma da Formação adoptado no nosso Clube. O Slavia de Praga está já entre as 5 melhores equipas europeias e tem um plantel sem estrangeiras e com um média de alturas e pesos igual ao nosso. Não “contrariou” as características morfológicas das suas atletas, não procurou orçamentar equipas acima das suas possibilidades e do seu mercado, apostou na formação local … e deu-se bem. Talvez seja um exemplo a meditar.”
Obrigado pelo conhecimento partilhado.
Abraço
18 Março, 2019 at 16:07
Já vi que não leste a minha opinião e muito menos a do Miguel.
Vou transcrever uma parte que traduz as nossas opiniões:
“Portanto, deve fazer todo o sentido comparar um país como a Republica Checa, cuja tradição no futebol feminino já vem da antiga Checoslováquia, com o futebol português que praticamente surgiu a nível europeu há 3 ou 4 anos e muito a partir do reaparecimento do Sporting e do aparecimento do Braga na modalidade. Eu pensar que comparar um país com décadas de futebol feminino e com uma modalidade sustentada nesse tempo, com os 3 anos que o Sporting leva de modalidade, é uma coisa que não faz o mínimo sentido, só pode ser erro meu! Será, com certeza, mais uma burrice que eu digo aqui!
Eu não sei, nem quero saber, da média de alturas do Slavia de Praga. Não me diz nada porque eu nunca falei aqui de médias de altura. Falei de não se ter 1, 2 ou 3 jogadores que pudessem combater as jogadoras altas e o futebol aéreo que muitas vezes se pratica. Portanto, falei duma coisa que qualquer pessoa só com 1 olho, assistindo aos nossos jogos com o Braga, assistindo aos nossos jogos na WCL, assistindo até a um ou outro jogo na nossa Liga, percebe e vê: temos imensa dificuldade no jogo aéreo e temos imensa dificuldade no confronto físico.
Ora, a maneira de contrariar isto, para se manter o clube na linha de “ser uma das melhores 8 equipas da Europa” é contratar estrangeiras que aportem isso à equipa. Não é esperar 10 ou 20 anos para que hajam jogadoras portuguesas e vindas da formação que tragam isso ao plantel!”
18 Março, 2019 at 16:08
A parte transcrita pertence ao comentário que o Miguel fez.
18 Março, 2019 at 20:31
E, desde quando é que a Checoslováquia, ou mesmo a República Checa, faz “tradição” no futebol feminino. Nem a exURSS quanto mais a Checoslováquia!
Sejam honestos! O Slavia só atingiu este estatuto há 2 ou 3 anos.
SL
18 Março, 2019 at 21:56
O meu amigo pode chamar-me os nomes que entender… Menos desonesto.
21 Março, 2019 at 1:43
Então faça o favor de, antes de citar, a bíblia do Miguel, verificar se ela corresponde à verdade.
A República Checa está na posição 33 do ranking FIFA de países no futebol feminino; Portugal está na posição 36. A Checslováquia, ou a Republica Checa, tal como Portugal nunca se apuraram para os Jogos Olímpicos. O Slavia de Praga só há 3 anos atingiu o top 12 de clubes europeus no ranking UEFA e já está no top 6.
Lançar uns bitaites e fazer deles axiomas indiscutíveis não acho que seja lá muito honesto pois não?
SL
18 Março, 2019 at 22:03
Liga checa feminina:
https://www.zerozero.pt/competicao.php?id_comp=705
Palmarés do Slavia de Praga:
https://www.zerozero.pt/team_titles.php?id=32681
18 Março, 2019 at 22:05
Dissolução da Checoslováquia: 1 de Janeiro de 1993.
18 Março, 2019 at 22:11
Todos os países do bloco comunista tinham um desporto feminino forte, inclusive o futebol. A tradição já vem daí. Não saber isso…
21 Março, 2019 at 1:55
Por isso é que nem um único país desse bloco chegou uma única vez que fosse a um 4º lugar (meia-final) de Jogos Olímpicos. A tradição vem de onde? Mais um bitaite generalista a querer fazer “história”: diga-me uma única grande classificação de um único país do chamado bloco de leste (antigos ou actuais). O primeiro a aparecer no ranking actual FIFA é a Ucrânia na posição 27, depois a Polónia na 31, a República Checa na 33, a Roménia na 39, o Usbequistão na 4, a Hungria na 45 e a Eslováquia na 47. Portugal está na 36. Grande tradição! A Rússia não está nas 80 primeiras!!!
Mais uma atoarda a ver se o povo engole.
Sl
18 Março, 2019 at 22:31
E tradição não foi a palavra correcta, no sentido em que não eram tradicionalmente vencedores.
Era mais tradição no sentido que tradição de praticarem a um nível já muito aceitável para o que é a realidade do futebol feminino.
Não é possível comparar mas se calhar esses países do leste já estavam num nível superior ao nosso há 30 ou 40 anos, na boa, quando o futebol ainda nem tinha dado o salto que deu nos últimos 10 ou 15 anos.
Se pensarmos que nós estamos há 3 anos com os primeiros clubes a fazer um projecto para o futebol feminino, só um tontinho acha que uma Rep. Checa não nos leva décadas de avanço… e pode comparar a coisa!
Aliás, basta ter visto a promissora Joana Martins a jogar na selecção e no Sporting para perceber que, apesar do grande potencial que a miúda tem, há um longo caminho a percorrer até poder dar ao Sporting ou à selecção algo para um nível internacional – e com isto quero dizer que é diferente jogar Valadares, com um Boavista ou Vilaverdense do que jogar com um Braga ou aquelas equipas que participam na WCL.
É imaginar a pequena miúda a lutar contra o meio campo do Braga ou do Benfic@, por exemplo. Se a Baldwin já é o que é…
Vão demorar 3, 4 a 5 anos a termos a formação em condições de chegarem à equipa A e poderem ser titulares em qualquer jogo.
E deixar andar o projecto 3 a 5 anos assim, perde-se o comboio, porque se perdem os adeptos, porque se vão perder jogadoras importantes, e porque até se terá dificuldade em segurar os talentos que entretanto formámos.
Mas, lá está, tem tudo a ver com aquilo que o clube quiser ser. Para serem “um dos oito melhores clubes da Europa” não podes parar 3 anos. Já paraste um e viu-se o que aconteceu. Para o ano não vamos estar na WCL – ainda tenho um restinho de fé! – e terás o dobro da competição em 2019/20 para lá chegar!
O que se fez este ano foi muito mau porque agora obriga-nos a investir mais para o próximo ano – o ano passado estagnaste e ainda deu, fruto do excelente trabalho do 1º ano, mas este ano regredimos!
21 Março, 2019 at 1:59
A competitividade do campeonato checo é tal que, desde que ele existe (1993), só teve 2 campeões: o Sparta de Praga 21 vezes e o Slavia de Praga 7 vezes (todas depois de 2002).
Mas se não é pelas presenças em Olimpíadas, pelas conquistas Europeias ou Mundiais, pelo lugar no ranking, como afere então essa “tradição”?
SL
18 Março, 2019 at 22:35
Ele lê mas não comenta porque eu só digo disparates…
Tal é a boa educação que nem comenta os leitores e participantes no debate que os seus bons textos – não deixam de ser bons por eu não concordar com uma coisa ou outra – trazem. Gente inteligente está a um nível que não se mistura com a plebe!
21 Março, 2019 at 2:09
Lata não lhe falta Miguel! Vem argumentar com dados que não correspondem a nenhuma realidade (tradição da Checoslováquia e da Republica Checa, que depois já era dos paíse do antigo bloco de leste, que depois já não era tradição no sentido de ganhar mas de praticar a um nível bastante aceitável (quem afere o nível deve ser o Miguel porque os rankings FIFA, e os resultados nas competições esses não dizem nada . Como se isso não bastasse acusa-me de me considerar a um nível superior por não ler e não comentar os leitores e participantes no debate (Isto quando este já deve ser o 5º ou 6º ou 7º comentário a si e ao Jaime só neste post). Para rematar essa sua humildade face à minha pretensão de superioridae, sou insultado pelo humilde Miguel pela enésima vez: já fui chamado por si de burro, estúpido, idiota e hoje de tontinho e mal educado. E depois acha que é sobranceria deixar de lhe responder.
SL
18 Março, 2019 at 21:22
O que são orçamentos desfasados do mercado?
Não conseguem pagar, esses clubes? Ou vamos ter a conversa da auto-sustentabilidade da modalidade?
É que ouço essa conversa do orçamento desfasado no andebol, no volei, no ténis de mesa…
18 Março, 2019 at 22:14
Orçamento desfasado é tudo o que sai do que o Dixit acha… Aliás, nem é só o orçamento…
21 Março, 2019 at 2:18
São orçamentos que o mercado não consegue cobrir. Simples! Conseguir pagar conseguem, aumentando a dívida até não se sustentarem.
A comparação com as outras Modalidades no Sporting não se coloca, pelo menos por enquanto, porque estão orçamentadas no Clube e não na SAD e são sustentadas em boa parte (até ver) pelo dinheiro das quotas. Se para além disso, a sua maior competitividade e um melhor trabalho dos responsáveis permitir maiores patrocínios, melhor sponsoring, mais receitas de bilheteira e de mercahandising próprio e receitas de prémios de competição, é sinal que esse Mercado já foi “colocado em fase” ao investimento feito. No Futebol Feminino estás a falar de SADs, que estão, todas elas, a apresentar prejuízo. E estás a falar de sobre isso, aida acrescerem factores de clara concorrência desleal como apoio de dinheiros públicos (caso evidente da CMBraga à Braga SAD tanto no Feminino como no Masculino ao facultar, de borla, 2 centros de treino e 2 estádios).
SL
22 Maio, 2019 at 8:09
De “Dixit”, como pertinentemente o confrade Miguel o apelidou:
– O AFIRMADO NO ARTIGO SUPRA VS REALIDADE (à data do artigo…)
“Temos, no nosso Futebol das meninas, raparigas e senhoras, atletas desde os 10 aos 31 anos.”
-> Indique-se uma atleta que tenha 10 anos!
“a Guarda-Redes Catarina Potra, tem agora 14 anos e já disputou jogos de Seniores, na equipa B, na 2ª Divisão. ”
-> A Catarina Potra, tem agora 13 anos (JUL2005) (‘in’ FPF/SCP/zerozero.pt)
-> Indique-se um jogo que ela tenha jogado na equipa B, na 2ª Divisão!
“…não como um “handycup” mas sim como uma oportunidade”
–> essa do ‘handycup’, está aqui a fazer o quê?!
“Agora as meninas infantis (entre os 10 eos 12 anos) participam no segundo quadro do Campeonato Distrital Masculino sub13 (juniores D). ”
-> As meninas infantis têm entre 11 e os 13 anos (3 delas têm 13A) (‘in’ zerozero.pt)
“Isso mesmo: a equipa de meninas com média de idades de 11 anos”
-> A média de idades é de 12,34 anos (‘in’ zerozero.pt)
“No sábado, dia 13….Cristiana Martins (1 golo, avançada, 14 anos).”
-> No sábado, dia 16…Cristiana Martins, 13 anos (22.07.2005)
“Com este resultado as meninas da listada verde e branca ocupam a 5ª posição”
-> as meninas leoas ocupam o 6º lugar (‘in’ zerozero.pt)
“O Sporting mantém, assim a 2ª posição a 2 pontos da equipa do Braga…”
-> O Sporting está a 3 pontos da equipa do Braga.
“No plantel que integra regularmente a equipa B, apenas 2 jogadoras já têm idade senior (a Rita Barreto com 21 anos e a Diana Bogarim com 20 anos.”
-> As ‘apenas’ 2 jogadoras, são 4. Para além da citadas,
Nº 91, Maria João Matos (Média), 20 anos (ex-Valadares Gaia FC)
Nº 25, Margarida Costa (GR), 20 anos (ex -Atlético CP)
“Marta Ferreira é totalista nas duas competições e já marcou 21 golos nas juniores e 41 nas seniores”
-> Marta Ferreira marcou 40 golos na Equipa B (a que lhe chama seniores)
“Sobre o derby da equipa B com o Benfica A”
-> Só haveria Benfica A, se houvesse Benfica B…
“A maior evidência disso é a Equipa B, que podia integrar, (pelo menos nos jogos contra o rival, Benfica A) mais jogadoras não utilizadas na equipa principal, mas não o faz,
porque não é esse o objectivo da constituição da equipa B. O objectivo não é usar jogadoras que já estão na realidade profissional, mas antes acelerar as condições de mais e melhores jovens vindas da formação nessa mesma realidade.”
-> Integrou a Equipa B, contra o SL Benfic@, SEIS jogadoras do plantel principal, profissional: Inês Pereira, Rita Fontemanha, Bruna Costa, Mariana Azevedo, Fátima Pinto e Neuza Besugo. Sendo que eram SETE as escaladas para esta partida, tendo-se lesionado a Nadine Cordeiro no aquecimento.