Que tipo de sportinguista és? Preferes as boas notícias primeiro ou as más? Eu gosto das boas primeiro. Neste fim de semana tão complicado para o nosso Sporting, apetece-me mesmo começar pelo que é bom.

A equipa feminina está no lugar de onde não irá sair. O PJR recebeu dois jogos em dois dias e foi brindado com duas excelentes vitórias. Primeiro, no Sábado, contra a equipa do “Praiense” onde o resultado de 3-0 (25-13; 25-15; 25-15) transparece a facilidade do jogo. No Domingo, num adversário com mais argumentos, vencemos por 3-1 (25-15; 23-25; 25-17; 25-19).

Há três momentos a destacar:
O primeiro de todos é a vitória, por 3-2, do CD Aves em Espinho. O facto desta equipa ter perdido 2 sets no jogo, significa que ganhou 2 pontos, em vez dos 3 habituais. Como o Sporting venceu os seus jogos por 3-0 e 3-1, conquistando 6 pontos, estamos isolados na primeira posição.

O segundo momento são as palavras do nosso treinador Rui Costa, no final do jogo. Espelham a ambição e a responsabilidade com que a equipa se apresenta para conquistar os seus objetivos. “Sendo o Sporting, subir é o único objetivo. Não podemos fugir disso. Temos que assumi-lo e trabalhar para isso, porque só assumir não chega. (…) Elas estão muito focadas e (…) estamos no bom caminho”.

O terceiro e último momento a destacar foi, no jogo de Domingo, a irmã da nossa jogadora Bárbara Pereira ter jogado como líbero na equipa da AA São Mamede. Para além de ter jogado bem, ainda me criou uma situação totalmente desconfortável porque são gémeas. Ver um jogo onde existem duas pessoas iguais, com equipamentos diferentes é muito complicado. “Mas Adrien S., elas são irmãs gémeas e não se pode proibir uma delas de jogar só porque tu te confundias!”. Sim, desculpas e mais desculpas. Evidentemente que estou a brincar e é um prazer ver tanto (bom) ADN de voleibol na família Pereira. Parabéns por isso.

No próximo fim de semana, na Vila das Aves, teremos a primeira grande prova de fogo. Jogaremos pela terceira vez contra as nossas maiores competidoras desta época. Perdemos sempre por 3-2 nos jogos disputados. Para este jogo espero empenho, garra, atitude, sportinguismo, classe, qualidade e uma fome imensa de vitória. Como não jogamos contra pinos, isto pode não ser suficiente para vencer. No entanto, será mais que suficiente para deixar qualquer sportinguista orgulhoso da equipa.

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Passamos aos Seniores Masculinos

Ninguém está imune à crítica e esta coabita no nosso dia a dia. O problema é quando se torna num momento de satisfação unilateral. Quem é que gosta de ser criticado? Quem é que reage bem a uma crítica? Lamento, mas está para nascer a primeira pessoa que goste de ser repreendida. É um terreno de areias movediças.

O voleibol masculino foi uma desilusão neste Sábado. Queria, mesmo, ter ido à final e, mais que isso, ter vencido esta competição. Acho que custa menos perder nos oitavos de final, como na época anterior, do que numa meia final como este ano. Está ali tão perto que se sentia o cheiro da Taça.

Dizer que eu esperava não vencer a competição só não é verdade pela minha obsessão pelo Sporting. A semana passada falei na quantidade absurda de jogos que tivemos em 15 dias e com as lesões do Marshall e do Wallace, era bem complicado ter o sucesso pretendido. Contudo, eu queria e acreditava. O Sporting cega-me no otimismo. A minha irracionalidade chega ao ridículo de já ter batido palmas efusivamente ao Purovic. Aliás, eu coloquei-o, em tempos, na Liga Record como avançado. Hoje, acredito ter sido um dos piores que já vi com a camisola verde e branca.
Aceito que, muito ao jeito dos instintos de ser pessoa, há a quem o Sporting estimule mais o negativismo que há em si.

Quando eu achava que a derrota me ia incomodar, bastou ir às redes sociais para perceber que ia ter um incómodo maior. O que me chateou, a sério, foi quando influenciadores, pessoas que apresentam um número grande de seguidores, malta que é ouvida e para quem a opinião conta, começa a escorrer opiniões a destruir totalmente a equipa. A popularidade, mesmo de forma inconsciente, molda a personalidade e transforma egos. Exatamente por este motivo, obriga a uma quantidade imensa de responsabilidade e inteligência. Vai-se entendendo, nos mais influentes digitalmente, que escrevem sobre voleibol com olhos de futebol.

No entanto, eu faço sempre as mesmas perguntas quando leio sobre voleibol e voltei a fazê-las no sábado:
Qual é o custo da popularidade?
Um influenciador ao criticar, sem sustentação, contribui para o afastamento dos sportinguistas do voleibol?
Ofender o professor Hugo Silva tem o mesmo impacto que ofender o Keizer?
Injuriar um jogador de voleibol tem o mesmo impacto que criticar o Petrovic?
Dizer que a equipa de voleibol tem falta de atitude é o mesmo que dizer o mesmo sobre o futebol?
Não estando ligado ao voleibol, deve-se basear a opinião nos resultados ou na idade dos jogadores?
Porque é que o voleibol é a modalidade com menores probabilidades de conquistar o campeonato?
Porque é que a saída do Alexsiev nos prejudicou?

Eu podia responder dando a minha opinião, mas that´s not the point for today. O objectivo é consciencializar e trazer seriedade às críticas. O que dizem importa. O que escrevem, conta.

Se o Cherba tem uma rubrica semanal para cada modalidade, isso influencia os leitores do blog a aproximarem-se dessas equipas. Se o Sporting 160 faz um programa sobre fundamentos tácticos com o site Lateral Esquerdo, estão a sensibilizar os seus ouvintes para a arte do futebol. Se o blogue do Artista do Dia faz uma análise financeira aprofundada, está a instruir os leitores para apontamentos financeiros.

Atenção, como eu disse no início, as críticas fazem parte da nossa vida, o que não se deve fazer é desonestidade intelectual.

Num universo leonino todo escangalhado, onde até uma agressão a um responsável do nosso clube não é de união consensual, eu reforço a importância dos sportinguistas com voz. A opinião conta e vêm aí momentos críticos desportivos e administrativos. Parar de reagir? JAMAIS, mas sempre com a inteligência de quem está a jogar às Damas (eu não sei jogar xadrez) e já pensou nas 2 jogadas seguintes. Não vale tudo. Claro que foi uma desilusão, mas o melhor ainda TEM de estar para vir!

*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo (ou, se preferires, é a crónica semanal sobre o nosso Voleibol)