Embalado pela vitória na meia-final da Taça, o Sporting venceu de forma tranquila o Rio Ave, colorindo a noite com três golos e alguns momentos de bom futebol, o suficiente para sorrir timidamente depois de várias semanas sob alta pressão

A pressão alta com que o Rio Ave entrou, durou até Luiz Phellype terminar de contar até três. O primeiro aviso surgiu na sequência de um cruzamento de Acuña; seguiu-se uma cabeçada em resposta a um canto e, já com Borja em campo depois de todos acharem que já não regressaria, o camisola 29 embalou com um passe açucarado de Bruno Fernandes, correu meio campo e, à saída do redes, meteu no canto que quis com toda a calma do mundo.

Aos 12 minutos estava aberto o marcador e caía por terra a estratégia dos vilacondenses, que com Tarantini, Filipe Augusto e Diego Lopez, que abdicava do seu papel de médio ofensivo para ajudar os companheiros a pressionar, ia colocando problemas à turma de Alvalade. O Sporting ganhava ainda mais confiança e os processos saíam simples, sempre com a batuta nos pés de Bruno Fernandes e foi sem estranhar nem forçar que o segundo golo apareceu: Phellype abalroado em plena área por um tal de Messias, que nenhuma boa nova veio trazer à sua equipa. Tempo para o camisola 8 leonino partir para a marca de grande penalidade de meter a bola lá dentro como se fosse a coisa mais fácil do mundo marcar golo e apanhar Frank Lampard na lista dos médios mais goleadores de sempre numa única época.

E o segundo tempo começou da mesma forma. Partida dominada, bola jogada e pensada com calma, até Wendel, ali por volta dos 50 minutos, aproveitar uma assistência de Bruno Fernandes (mais uma) e dizer “boa noite” a toda a gente com um golaço daqueles que valeu bem o bilhete aos 26 mil que foram a Alvalade. De sorriso no rosto e já com Jovane em campo, o Sporting poderia ter dilatado uma e mais outra vez, quase sempre pelo jovem 77, apostado em aproveitar a rápidas investidas leoninas sempre que uma bola era recuperada.

Tarantini, a uns dez minutos do fim, ainda tentou fazer aquilo que tinha hábito de fazer (marcar ao Sporting), mas Renan segurou à segunda, sorrindo para a bola que caminhava calmamente em direcção ao lado certo da linha de golo. E neste Sporting com tempo para respirar e sorrir timidamente, só foi pena, mesmo, que não houvesse tempo para Geraldes e Pedro Marques pisassem o relvado, algo que Keizer explicou pelas lesões de Borja e Acuña e pelo facto de Mathieu estar em risco.