Apesar de, diariamente, andarmos de galochas neste lodaçal que é o futebol português, ainda conseguimos ser surpreendidos por certas coisas.

Conforme se sabe, a Federação Portuguesa de Futebol e a UEFA pediram para constituir-se assistentes no processo contra Rui Pinto. As duas instituições pretendiam aceder ao processo que envolve o alegado pirata informático com o argumento de ajudar o Ministério Público a descobrir a verdade, considerando ainda que no futuro se podem vir a dar como ofendidas.

Os requerimentos chegaram ao DCIAP no início de abril e as duas instituições pretendeiam intervir no processo, pedindo autorização para consultar os autos, alegando estar em causa o envolvimento de vários operadores ligados ao futebol.

Ora, parece que esse pedido foi indeferido e para esta decisão pode ter contribuído o facto de tanto a FPF como a UEFA serem representadas pelo advogado e antigo Secretário de Estado do Desporto e da Juventude, Alexandre Mestre, consultor da Abreu Advogados, nada mais nada menos do que a sociedade que representa o benfic@ no processo no qual os encarnados pedem uma indemnização de 17,7 milhões de euros ao fcp.

É mais ou menos a isto que chamamos “toupeiras”, não é?