A partir desta semana, mais nenhum reforço das equipas, masculina ou feminina, será descrito individualmente. Apresentá-los-ei a todos, claro, mas um destaque individual na rubrica terá de ser conquistado durante a época. Vai-me saber melhor a mim e à malta da Tasca também, assumo eu. Assim também abrirá espaço, até ao início da época para também falarmos do que cá andam há mais tempo e merecem, também.

Para esta semana os dois reforços vindos de fora de Portugal: Thiago Sens e Athos Costa.

Thiago-SensThiago Sens
Nascido em 1985, como todos sabemos é o melhor ano de sempre para se ter nascido, vem para Portugal um jogador interessante. Joga na entrada de rede, zona 4, e tem como grandes qualidades a sua receção. Esta contratação confirma a necessidade referida pelo nosso treinador, Gersinho, sobre a melhoria que devia ser dada à nossa linha de recebedores.

Tem jogado os últimos anos em França, pelo Paris Volley e Montpellier Volley, com uma influência grande nas dinâmicas das equipas. Isto, na verdade, já todos fomos lendo no comunicado de apresentação, por vamos a duas notas importantes do jogador.

A primeira diz respeito à época passada, onde ajudou o Montpellier Volley a terminar na 3ª posição do campeonato regular. Depois nos playoffs caíram com o finalista vencido do campeonato, o Chaumont, quando jogavam os quartos de final. O campeonato deste país é interessante e mais competitivo que o nosso, portanto é um bom indicador.

O segundo ponto é contar o momento mais alto da carreira deste jogador. Decorria a época de 2015/2016 e o Modena Volley estava com um problema grave do seu zona 4, Petric. Era necessário resolver este problema porque estavam a começar os playoffs de apuramento de campeão. A decisão recaiu sobre o Thiago Sens, então a jogar Maringá Volei. Esta equipa venceu o campeonato italiano, um dos mais difíceis e importantes do Mundo. O nosso jogador teve um papel importante nesta conquista, mostrando as suas qualidades. Não continuou em Itália, mas ser campeão neste país não está, certamente, ao alcance de todos.

athosAthos Costa
Logo pelo nome já gosto dele. Lembrei-me imediatamente da mitologia grega, que estudámos na escola, e do mosqueteiro.

Relembro que Athos participou numa batalha onde lançou uma montanha na direção do deus dos deuses. Zeus rebateu sepultando o gigante. E foi assim que surgiu o conhecido Monte Athos. Dizem! Hoje em dia, este local na Grécia, é um dos principais centros de fé ortodoxa. O nome Athos poderá ser também conhecido, pela maioria das pessoas, como um dos mosqueteiros, companheiros de D’Artagnan da famosa obra Os Três Mosqueteiros do escritor francês Alexandre Dumas.

Este nosso jogador é também forte e grande como a montanha e o mosqueteiro. Chega ao Sporting depois de uma época de sonho, onde ajudou a conquistar a Superliga do Brasil. Não era da equipa inicial, mas fez o seus minutos e os seus pontos. Repara-se pelo Instagram que era um atleta importante e acarinhado. Muitos dos craques da equipa fizeram questão de lhe deixar uma mensagem de boa sorte no post de despedida da equipa do Volei Taubaté. Espera-se muito deste atleta.

Hernan, Alexsiev e mesmo Nikolov mostraram-nos, na época passada, que o currículo “vale o que vale”. É em campo de se mostram as qualidades e se justificam as conquistas. No entanto, o histórico não pode ser ignorado e é um bom princípio de análise. Parece-me evidente que serão mais valias. Desejo que venham em forma e com motivação para jogar no grande Sporting Clube de Portugal. Que o seu sucesso individual, seja o nosso sucesso coletivo.

Força Thiago! Força Athos! Força Voleibol! Viva o Sporting!

*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo (ou, se preferires, é a crónica semanal sobre o nosso Voleibol)