Nos primeiros anos da década de 90, o Sporting Clube de Portugal decidiu desmantelar a equipa de basquetebol, abdicando de uma modalidade que, naquela altura, tinha e viria a ter alguma pujança em Portugal, em grande medida por influência da NBA, onde existiam gladiadores como Michael Jordan ou Shaquille O´Neal, que elevaram o basquetebol a um nível mundial.

Na viragem do milénio continuámos sem a presença do Sporting no basket, e vimos uma modalidade que, gradativamente, foi perdendo patrocínios e enfraquecendo o nível no que dizia respeito a jogadores, treinadores e, logicamente, à própria competição.

Contudo, nos últimos anos, o basquetebol tem vindo a crescer em Portugal. Em larga medida, isto deve-se ao facto de os clubes terem começado a demonstrar mais atenção à formação, o que fez crescer o número de praticantes jovens. Atualmente, a Liga Portuguesa de Basquetebol tem já um carácter profissional, com algumas equipas de bom nível.
É neste quadro que se verifica o retorno do Sporting Clube de Portugal, que chega a um campeonato competitivo, com clubes bem conhecidos, como o Benfica, o FC Porto ou o Vitória de Guimarães, por exemplo. Destaque-se ainda a União Desportiva Oliveirense, bicampeã nacional.

O regresso do Sporting, sustentado por um plantel forte, tem um objetivo: o de lutar pela vitória na competição!

Começando pelo treinador, o Sporting contratou Luís Magalhães, um dos melhores treinadores portugueses da modalidade, como é considerado de forma unânime. Magalhães treinou clubes portugueses de grande nome, como a Portugal Telecom, onde foi campeão várias vezes. De resto, o novo treinador do Sporting já foi campeão nacional por cinco vezes. Orientou, também, clubes angolanos como o 1º de Agosto ou o Recreativo de Libolo, bem como a seleção de Cabo Verde. O nosso treinador teve sucesso em todos os sítios por onde passou e pode ser definido como um treinador que gosta de equipas a jogar com intensidade, uma defesa compacta e um ataque com mestria e espetacularidade.

De resto, creio que é seguro dizer que a equipa foi construída segundo esses valores. Os bases da equipa, jogadores que orientam e organizam os ataques, são jogadores conhecidos por serem marcadores de pontos. Os portugueses Pedro Catarino, Diogo Ventura e Francisco Amiel oferecem ao Sporting segurança, experiência, mas também irreverência. Nesta posição, destaque ainda para Ty Toney, jogador norte-americano contratado ao Esgueira, que foi um dos jogadores mais valiosos da última Liga.

Em relação aos extremos, jogadores para as posições 2 e 3, o Sporting adquiriu atletas jovens portugueses com muito potencial, como André Cruz ou Jorge Embaló, mas também assegurou jogadores que foram, com a Oliveirense, bicampeões nacionais e são, por isso, mais-valias. Travante Williams é um jogador fervoroso, que apaixona os fãs pela sua garra defensiva, mas que também sabe marcar pontos. Por outro lado, James Ellisor traz classe ao elenco leonino. É um privilégio para o Basquetebol português que estes dois magos tenham ficado em Portugal, e é fantástico que tenham assinado com o Sporting.

No que diz respeito a postes, o Sporting seguiu a mesma linha, com destaque para Cláudio Fonseca, contratado ao Benfica e considerado por muitos o melhor poste português da atualidade. Outro destaque tem que ser dado a Abdul-Malik Abu, um verdadeiro monstro nigeriano, com 2,03m e 107kg, promete ser uma das referências na luta das tabelas.

Em suma, o Sporting tem, na teoria, armas suficientes para lutar pelo título esta época, com um treinador e plantel de grande qualidade! O Basquetebol do Sporting está de volta! Viva o Sporting!

*às terças, o Professor X faz-nos voar em direcção ao cesto enquanto nos conta tudo sobre o Basquetebol leonino