A Liga de Clubes solicitou uma reunião de urgência ao ministro da Administração Interna após o incidente com tochas, potes de fumo e petardos que invadiram o campo do Estádio José Alvalade durante o dérbi desta sexta-feira entre Sporting e Benfica. O jogo esteve parado durante cinco minutos no início da segunda parte porque uma chuva de artefactos pirotécnicos caiu sobre o relvado (e nas bancadas), queimando até parte do campo.

Numa nota de imprensa, o presidente da Liga de Clubes, Pedro Proença, que viu o jogo ao lado do presidente do Sporting, Frederico Varandas, “lamenta profundamente o sucedido esta noite” e culpa “uma pequena franja de adeptos” de arruinar “um espetáculo destinado a todos”. “O futebol não vai ficar refém de um conjunto de pessoas que, sem rosto, mancham o nome dos clubes e dos seus fiéis e reais adeptos”, prometeu.

A Liga diz ainda que vai exigir revistas “mais rigorosas e eficazes” aos adeptos na entrada para os estádios, para assim “acabar, definitivamente, com a entrada de objetos perigosos e proibidos nos recintos desportivos”. Entretanto, Pedro Proença pretende analisar os incidentes com artefactos pirotécnicos junto do ministro da Administração Interna com o objetivo de “encontrar medidas eficazes para combater este flagelo”.

NOTA DA TASCA: a hipocrisia não tem mesmo limites. Há uma semana, houve um jogo, um Guimarães – benfica, que foi interrompido quatro ou cinco vezes por arremesso de tochas para o relvado por parte dos adeptos encarnados. Não se agendaram reuniões de emergência. Talvez porque tudo aconteceu provocado por aqueles que ninguém sabe quem são. Ou talvez tenha sido por ser em Guimarães, cidade onde invasões ao centro de treinos também não são problema.