Nos escritórios do Camp Nou, da administração geral ao secretariado técnico, vive-se um dia intenso marcado pela ‘operação Rodrigo – Bruno Fernandes’. Uma assinatura em várias bandas que envolve muitos atores – três clubes e pelo menos dois jogadores – que devem chegar a acordo antes do fecho do mercado de inverno.

O objetivo final do Barça é convencer o Valencia a ceder-lhes um atacante para amenizar a perda de Luis Suarez e, em troca, emprestar-lhe um meio-campista que já estava na agenda e que poderia iniciar o seu processo de adaptação à Liga Espanhola em Mestalla. Um quebra-cabeças real, mas que os executivos da Blaugrana tentam concluir.

As conversas estão sendo árduas porque o Barça não quis incluir uma opção de compra obrigatória no contrato de transferência de Rodrigo Moreno, como fez o Valencia. A operação foi agravada até a chegada de Jorge Mendes a Barcelona.

É nesse momento que entra em cena o truque de Bruno Fernandes, meio-campista ofensivo que o Barça queria para a próxima temporada. No planeamento de médio prazo, espera-se que vários jogadores deixem essa demarcação e os gerentes técnicos entendem que o capitão do Sporting de Portugal pode integrar a equipe, mas não agora, quando há um bom número de médios, apesar da cedência de Carles Aleñá e da desejada saída de Rakitic.

Por outro lado, há o aspecto económico. Barça não quer fazer uma grande despesa neste mercado de inverno. O Sporting Portugal concorda em dar ‘luz verde’ à operação e agora parte com Fernandes cobrando parcelas, sendo a primeira relativamente baixa. Ao mesmo tempo, a entidade catalã aliviaria essa despesa com a receita da transferência de Carles Pérez, de modo a equilibrar o saldo para zero.

A última peça a caber seria o Valencia. A entidade valenciana espera reforçar-se com Bruno Fernandes, que chegaria a Mestalla como um empréstimo. Isso permitiria que Rodrigo chegasse ao Camp Nou como um empréstimo e sem a cláusula obrigatória de opção de compra que havia encalhado as negociações. Seria uma fórmula semelhante à troca realizada no verão passado, pela qual Jasper Cillessen e Neto trocaram golos e camisas.

Sem dúvida, é uma negociação muito complicada, mas o caminho já começou. Não será fácil para ele ser concretizado e, se for alcançado, pode não ser iminente, pois há muitos detalhes e franjas a serem vinculados em vários contratos. Mas a operação está viva nos últimos dias do mercado de transferências de inverno.

notícia retirada do jornal Sport e traduzida rapidamente com a ajuda do google