Vem este post a propósito da antecipação de mais algumas movimentações de “notáveis” sportinguistas no sentido de alterar o modus vivendi do associativismo leonino que está plasmado nos Estatutos do Clube.
Convém começar por referir que esse modus vivendi é, neste momento, uma mera figura da retórica esatutária e do discernimento histórico do Universo Leonino o qual continua a percepcionar, na sua maioria, que o Sporting é um Clube que vive democraticamente (alguns pensam até que vive democraticamente demais, insinuando a existência de um superavit de “projectos” e/ou de “sistemas ideológicos” que se apresentam coma panaceia para todas as doenças de que padece o Clube).
Tal percepção “optimista” não se adequa de todo à dura realidade Associativa recente que decorre da praxis dos actuais dirigentes (o PMAG Rogério Alves à cabeça, mas também vários dos “responsáveis” Directivos, como Frederico Varandas, Salgado Zenha, Rahim Ahamad ou André Bernardo, entre outros), praxis essa que revela um menosprezo elitista ao potencial criativo latente numa maior participação dos associados nas decisões sobre o presente e o futuro do Clube, menosprezo consubstanciado por:
Os tiques ditatoriais de Rogério Alves [os Estatutos serão a interpretação que o PMAG fizer deles; as votações não necessitam de ser precedidas de qualquer debate ou esclarecimento das matérias a ser votadas; as actas não necessitam de leitura na AG seguinte (ou na própria, já agora); os documentos estruturantes a ser apresentados em AGs não necessitam de ser do conhecimento de TODOS os Associados e muito menos em tempo útil; as interpretações pessoais que o PMAG faz dos mesmos pontos Estatutos ou dos idênticos procedimentos normativos da vida associativa podem variar conforme as situações beneficiem ou não o satus quo vigente; os Estatutos Associativos que para um PMAG devem ser Letra de Ouro, para Rogério Alves são Letra Morta];
O desprezo elitista de Varandas e Zenha pelo comum associado [atitudes provocatórias e vexatórias em AGs como bocejar ostensivamente, comer displicentemente amendoíns ou lançar beijos de desprezo aos associados; atitudes persecutórias de conjuntos de sócios como modelo de atribuição dos males ou condicionalismos do Clube (vide C.I. de Janeiro de 2019, para falar que “a culpa é da pesada herança”, 1º bode expiatório de desculpabilização da sua incompetência que culmina na expulsão de sócios do anterior Presidente Bruno de Carvalho); classificação de sócios e adeptos como “burros”, “malucos”, “escumalha”, “(es)tristes”; o tratamento dado aos elementos – TODOS – de 2 claques que ousaram contestar publicamente o seu trabalho (“a culpa é das claques” – 2º bode expiatório de desculpabilização da sua incompetência que culmina com a denúncia do Protocolo que assinara com as claques apenas 2 meses antes); o tratamento vexatório alargado a todo o Sector Sul do Estádio José Alvalade, obrigando a revistas descriminatórias e abusivas; a comunicação via órgãos “privilegiados” de comunicação social de vários factos relevantes da vida do Clube e sempre insistindo que o que corre mal – que é quase tudo – tem origem em elementos e factores alienígenas à divina e incomensurável capacidade directiva do elenco Varandista (a culpa é da Covid-19, 3º bode expiatório de desculpabilização da sua incompetência, que culmina com despedimentos, reduções drásticas de salários, lay-off e justificação temporalmente desfasada para o incumprimento de obrigaçoes pecuniárias contratualmente acordadas com terceiros); a ausência de qualquer defesa específica aos NOSSOS que têm sido bárbara e cobardemente atacados por hordas de OUTROS numa estratégia de política de alianças não explícitas (até isto é encapotado) com um dos nossos rivais, precisamente aquele que em campanha tinha sido ameaçado de revelação dos seus reiterados actos de corrupção desportiva];
A afinação pelo mesmo diapasão vinda recorrentemente de outros elementos do CD [o já demissionário Rahim Ahamad que quase todas as semanas nos brindava com verdadeiras pérolas de TOTAL desconhecimento da História e dos Valores do Clube no Editoriais que publicava no novo Pravda leonino que tão incompetentemente dirigia; ou o novel André Bernardo, que é responsável por um documento “Estratégico” (???) para o “Futuro do Sporting” (que era suposto vigorar dois anos, mas que apenas durou 2 dias) onde comete a desfaçatez de considerar que “O principal ativo do Sporting CP são os seus atletas e os seus colaboradores” (deixaram de ser os Sócios o principal activo de uma Associação!!!; passaram a ser os atletas e os colaboradors PAGOS por essa associação – pelos Sócios, portanto) e que é também responsável por afirmar (no “Sporting” que antes se chamava Jornal) ou ainda de afirmar que “alienar a maioria da SAD é uma decisão que cabe aos sócios”.]
Resumindo, e sendo claro:
HISTORICAMENTE, o Sporting Clube de Portugal é um Clube essencialmente DEMOCRÁTICO que consubstancia nos seus Estatutos que o Poder Maior emana dos Sócios e se expressa nas Assembleias Gerais Ordinárias e Extraordinárias, sendo os Órgãos Sociais REPRESENTANTES desses sócios democraticamente sufragados em Assembleias Gerais Eleitorais (na realidade 2 “entulhos Estatutários” desvirtuam a verdadeira DEMOCRACIA HISTÓRICA do SCP – a desproporcionalidade dos votos dos associados e a limitação geográfica das AGs que confinam em Lisboa um Clube com a expressão Orgânica e Associativa de dimensão Nacional e mesmo Internacional como o Sporting; mas isso ainda são outros contos);
CONJUNTURALMENTE, no actual Status Quo, o Sporting Clube de Portugal é uma agravada ilusão de democracia, em que aos Sócios são repetida e conscientemente coartados ou limitados os seus direitos e em que o seu REAL Poder Associativo está transformado numa caricatura pavloviana de sujeição à Voz do Dono. O “agora já está, já está!” ou “não aplico algumas das normas dos Estatutos porque não as considero de bom senso” são a expressão mais descarada desse nepotismo Rogeriano.
Quando, nos últimos 2 anos, nenhuma AG do SCP para Discussão e Votação das Contas do Exercício findo e Orçamento e Plano de Actividades para o Exercício seguinte, se realizou dentro do prazo estatutariamente OBRIGATÓRIO e caminhamos alegremente para o terceiro ano consecutivo de adopção dessa prática anti-estatutária, sem que pareça que isso incomode o CD e ainda menos o PMAG, muito fica dito sobre o estado real da vivência associativa no Clube. Quando a esse incumprimento acresce o de se fazer a convocatória dessas AG sem ainda ter disponibilizados a TODOS os associados a integralidade dos documentos a debate, mais ainda percebemos o quanto esta gente preza a informação dos sócios.
Na última AG Ordinária do SCP, para os efeitos atrás descritos, os Sócios só puderam aceder ao Relatório e Contas e ao Orçamento e Plano de Actividades, com 48 horas de antecedência, e apenas ao documento físico, nas instalações administrativas do Clube e sem direito a fotocopiar (era à vez e “tirando apontamentos com bloco notas e canetinha na orelha” como testemunhou o Malcolm); isso diz tudo sobre quanto estes dirigentes temem os sócios informados. Nessa mesma AG, com todas esss condicionantes, a votação foi aberta, ainda falavam os elementos do CD e ainda nem tinha sido lido o Relatório com o Parecer do Conselho Fiscal e Disciplinar: dá para perceber que a maior parte dos votos foram verdadeiros autos de fé; isso diz bastante sobre como estes dirigentes prezam o debate, a clarificação de ideias, factos ou dúvidas e sobre o quanto pugnam por um voto esclarecido.
Ora é nestas condições de enfraquecmento democrático que deparamos com, no mínimo, 3 situações que deveriam alertar todos os sportinguistas que queiram realmente que o Clube paute a sua vida associativa pela informação esclarecida, pela transparência das suas práticas e pelo debate livre, aberto e salutar (condições essenciais para que o Poder se mantenha nos Sócios e, consequentemente, para que o suceso do Sporting seja mais atingível).
A primeira situação de alerta, foi uma ideia peregrina propagada por Miguel Poiares Maduro e Samuel de Almeida e prontamente secundada pelo “democrata” e aventalista da Loja Convergência do Grande Oriente Lusitano da Maçonaria Portuguesa. Consistia essa ideia em substituir as actuais Assembleias Gerais de Sócios do SCP por Assembleias de Delegados: uma espécie de Senado de “Experts” eleitos – nunca explicaram muito bem como – os quais passariam a validar ou invalidar as grandes decisões do Clube. Ou seja, o ressurgimento do Conselho Leonino mas com todos os poderes e sem a “chatice” das Assembleias Gerais.
Foi esse tipo de “delegação” que ditou a patética venda de Património do Clube por 50M€ património que deveria, mesmo à época, valer mais do dobro disso (pelo menos a sua construção parece que terá ultrapassado essa verba 5 anos antes; mas também parece que os pneus da construção eram slicks e derrapavam muito, que o diga o responsável, Engº Godinho Lopes). Retomemos o “episódio”: em 2 AGs, Soares Franco não obteve os necessários 2/3 de votos para aprovar a venda (ainda não deveria haver acordos com transportadoras para prestar serviço aos sócios mais antigos); no final da 2ª AG, a altas horas da noite, o PMAG teve a ideia de a AG delegar a decisão de venda nas mãos do Conselho Leonino; para decidir essa delegação de poderes o PMAG deliberou que só seria necessária maioria simples dos votos dos resistentes na AG; quem era o PMAG na altura? Esse mesmo: Rogério Alves! Que, assim, consumou um atropelo a uma decisão uma hora antes tomada pelos Sócios, conforme os Estatutos. Já então, o advogado ex-bastonário da Corporação da Classe exercia a sua magistartura leonina com uma muito estrita (a sua) latitude interpretativa dos Estatutos, que deveria cumprir e fazer cumprir.
A segunda situação de alerta para os Sportinguistas está na forma como (des)respeitam um órgão consultivo alargado do Universo Sportinguista que deveria ser o Congresso Leonino. Convocado e desconvocado duas vezes (e mais uma vez ultrapassando os prazos Estatutários para o realizar), só 2 motivações podem “explicar” a sua não efectivação: ou a total inépcia da Comissão Organizativa em levar a cabo algo que sempre foi sem dificuldade inultrapassável; ou a intenção dessa Comissão de transformar um Congresso de debate de idéias num mero exercício eucarístico para tecer e cantar loas ao Status quo dirigente. Qualquer dos 2 hipotéticos motivos deveriam ser suficientes para um PMAG que o seja de facto questionar a competência dessa Comissão e solicitar ao C.D. a sua substituição ou a exigência de condições para a realização efectiva do já tão adiado Congresso.
Parece que, no entanto, os situacionistas já “resolveram” a questão: toca de fazer um “Diz que é uma espécie de Congresso”, mascarado de produto 2 em 1. Anunciam para Junho e Julho 7 sessões macónicas .. perdão … 7 Mesas Redondas (ou Ovais, ou Quadradas) sob a forma de “Ciclo de Debates” que dizem abertos aos sócios (mas não explicam bem QUAIS nem COMO; aliás nem sequer dizem ONDE e a primeira é já dia 16).
E por que digo que funciona como 2 em 1? Porque estes “debates” são uma forma de mitigar o incumprimento (mais um) do estatutos ao não convocarem o Congresso Leonino nos prazos definidos; e porque são também uma forma de disfarçar a incapacidade de organizar eventos tão impactantes quanto o foram os Congressos The Future of Football, nas Direcções anteriores. Não deixa de ser curioso como anunciam com tamanha pompa e circunstância este ciclo de “debates” mas ainda não se conheça a data da AG de Contas e Orçamento. Mais curiosos ainda, são os temas e os “debatentes” escolhidos.
Das 7 sessões, as duas primeiras são para discutir “Governance” : confere → quando se trata de se governarem, o tema necessita do dobro das Sessões e dos intervenientes “institucionais” (vulgo “notáveis”), entre os quais se contam representantes da nobreza leonina como ngelo Correia, Jorge Coelho, João Duque Luis Filipe Meneses, Miguel Relvas e Samuel Almeida (vá-se lá saber quem mais aparece no item “abertas aos sócios”).
Depois temos o tema Revisão Estatutária: confere → logo a seguir a debater como se governam … perdão … “Governance”, convém fazer o respectivo “enquadramento jurídico estatutário”; nada melhor para isso que contar com a experiência de gente como Alexandre Mestre, José Eugénio Dias Ferreira, Sérgio Abrantes Mendes e, claro, Rogério ‘Língua de Prata’ Alves.
Na 4ª sessão o Tema é Sustentabilidade Financeira: confere → de que serve Governance, mesmo que sustentada Estatutariamente se não for também sustentada financeiramente? Como se iriam sustentar os que se querem governar? E aí as escolhas foram ainda mais “assertivas”. Desde logo escolheram para moderador o moderado incendiário Henrique Monteiro (por falar em incendiário, nem sei como se esqueceram de convidar o mignon Bombeiro para a Revisão Estatutária; vai-se a ver e está na lista de convidados, no tal item “aberto aos sócios”). Mas os convidados também auguram um debate muito assertivo e de enorme qualidade: Agostinho Abade, Carlos Vieira, Sérgio Cintra e (cereja no topo do bolo) Miguel Frasquilho. Esta lista faz-me reclamar da imperdoável ausência do Lourenço dos defaults e dos défices positivos (se calhar estou outra vez a ser injusto e a sua presença também estará garantida através do item “aberto aos Sócios”; bem … se não aparecer foi porque … entrou em default).
Na 5ª Sessão vai-se falar de Futebol e Modalidades: confere → existe maior garante de sustentabilidade financeira que o Futebol e as Modalidades com esta Direcção? Para moderador escolheram o yes man .. perdão … o “jornalista” e “comunicador” Rui Miguel Mendonça. Acredito que vá ter um trabalhão do caraças para sacar alguma ideia de jeito sobre Futebol ou outras Modalidades ao Luis Natário, ao Marco Caneira, ao Ricardo Pereira ou ao Bessone Basto.
A 6ª sessão promete, pois vai-se falar de Estratégia Institucional e Segurança, Perguntam-me vocês: e isso quer dizer o quê? Pois: confere → basta “atentar” à lista de ilustres para perceber que é bom não se perceber antecipadamente do que vão tratar. Carlos Anjos, Miguel Salema Garção, Tomás Froes e Miguel Poiares Maduro; ora aqui se perfila mais uma lista de “notáveis” cheios de ideias para a liquidação … perdão .. para a “salvação” do Sporting Clube de Portugal. No meio deles está o Rui Calafate … pode ser que faça faísca!
Por fim, discute-se a Marca e Comunicação. A lista deixou de ser de “notáveis”. Modera o Vitor Cândido, entre os que debatem vemos um Carlos Miguel, um Francisco Louro, um Nuno Saraiva, um Pedro Paulino: confere → após 6 sessões a explicar o que fazer com os restos de um Clube, nada melhor que Comunicar a extinção da Marca … e para isso não se usam os “notáveis”.
Este exercício (decerto sem custos para o Clube) de confecção de gelataria leonina, pode ter todos estes vícios, mas, falando sem ironia, entendo que devemos estar todos atentos para o que lá se vai CONGEMINAR, particularmente nas Sessões 3, 4 e 6. E que deveríamos usar o espaço democrático da Tasca para comentar livremente (como é apanágio da mesma) e sem preconceitos (aí já o apanágio se dilui um pouco) as opiniões que aí se expressarem.
Não podemos é permitir que o debate sobre o Clube passe a ser um privilégio exclusivo de uma minoria elitista. Até porque suspeito que alguns dos assuntos a poder suscitar maior fervor argumentativo venham a ser a equalização do Voto e o I-Vote nas AGs.
Mas isso, que constitui a terceira situação de alerta aos Sócios, será tema exclusivo para para outro post, dentro de poucos dias.
ESTE POST É DA AUTORIA DE… Álvaro Dias Antunes
a cozinha da Tasca está sempre aberta a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]
10 Junho, 2020 at 10:01
Muito, muio bom! O post, claro. Quanto à tertúlia, é experiência de que gostaram com o pioneiro Sporting Talks, ou lá como se chamava aquilo, e resolveram repetir. É o congresso deles. Os sócios que se lixem, a oposição que se lixe também, que só se convidam amigos. Curiosa para saber das intervenções de Calafate e Saraiva. Completamente destoantes no meio da lista de participantes.
Essa coisa dos “itens abertos aos sócios” é o quê? Podem lá aparecer ou também serão sócios convidados?
Como não há um programa na CS a sério sobre a situação do Sporting, tenho esperança que algum jornalista a sério passe por aqui e leia o que tanto revolta os sócios atualmente. E que se digne escrever sobre isso. Não vai acontecer (escrever), mas, pronto… sonhar não custa.
10 Junho, 2020 at 10:18
A democracia no Sporting é uma falácia já clássica. Basta pensar que foi no tempo do coreano que a democracia atingiu o seu apogeu no clube. AGs frequentes para informar o Sporting, toda a documentação relevante disponível ao público atempadamente, tempo para discussão e perguntas de todos os sócios interessados, os sócios a tomarem decisões.
Quanto às conferências que ai vêm são o protótipo do exercício propagandistico. Até a escolha cuidada de alguns oponentes ou não alinhados com o regime, como Calafate, Vieira ou Saraiva foi cuidada para dar a falsa sensação de pluralidade e, muito mais importante, para aumentar o isolamento de BdC. Porque é isso que realmente está em curso aqui. Perante a absolvição de BdC, e perante a ameaça latente de recuperação deste, há que fomentar situações que criem a imagem de isolamento de BdC. Que pode ser melhor do que criar um debate onde aparecem alguns dissonantes para legitimar o poder instituído?
10 Junho, 2020 at 13:11
Concordo com quase tudo o que comenta. Mas isso não quer dizer que devamos desprezar estas movimentações, antes pelo contrário. Como reforço dos parágrafos finais do post, coloco aqui os 2 parágrafos finais do excelente artigo do Rugido Verde com o título “Reestruturação Financeira e Maçonaria”
“Qual o papel que Fernando Lima, além das associações a Henrique Monteiro e a Rui Pereira, desempenhou no enredo? Deu o aval às acções de ambos, sendo que não as ignorava? Porque esteve presente na reunião de negociação? Qual o papel da rede de influências do GOL na subversão de um clube popular e verdadeiramente nas mãos dos sócios? (deixemos clichés de lado, a realidade mudou) Quem influenciou a actuação do Presidente da República além do ambiente incriminatório que se fez sentir, mas em alguém com um vastíssimo percurso político que vivenciou vários eventos imensamente mais devastadores?
Só com perguntas se podem obter respostas. Caso assim o entendam, no evento “Sporting Com Rumo”, também conhecido informalmente como Sporting Talks V2 nas redes sociais e corredores comuns, a partir de 16 de Junho, vários membros do Grande Oriente Lusitano, uns assumidos outros não, vão marcar presença. Dizem que é para todos os Sportinguistas e uma iniciativa da “sociedade civil” (sugerimos uma revisão de termos em ciência política para não cometerem atrocidades destas, face ao elenco), o que teoricamente nos inclui: apareçam e coloquem as perguntas que devem ser esclarecidas. Caso contrário, não deixem estas e outras questões caírem no esquecimento. Não é só um dever clubístico: é um dever cívico.”
Um abraço e saudações leoninas
10 Junho, 2020 at 13:13
Para que não subsistam duvidas esta citação é de um artigo de 7 de Junho; o meu foi entregue ao Cherba 2 dias antes. Nenhum de nós sabia o que o outro escrevera.
SL
10 Junho, 2020 at 16:20
Absolutamente de acordo!
10 Junho, 2020 at 10:26
Amo o tema “Segurança”. Faltam aguns “nojáveis” como “tusta” & “barbini”, e talvez o promovido responsável pela segurança da academia…
Z
10 Junho, 2020 at 10:59
Devem estar no item “aberto aos sócios”. 🙂
10 Junho, 2020 at 10:42
Excelente, Álvaro!
Para emoldurar e voltar a ler daqui a uns meses… a Autocracia Sportinguista!
Não foi por falta de aviso…
10 Junho, 2020 at 10:47
Excelente post para começar o dia.
10 Junho, 2020 at 10:50
Caro Álvaro,
Os atletas e os funcionários são na verdade os maiores ativos do clube.
Os sócios não são ativos, são Capital.
Uma assembleia com delegados não é nada estranho de perceber. Basta ir a um congresso de qualquer partido.
Abraço e SL
10 Junho, 2020 at 11:00
Democracia Directa/Participativa vs. Democracia Representativa.
10 Junho, 2020 at 13:04
Marokas, questões de mera semântica: Activos ou Capital?
Numa Associação, tratar Sócios como Capital é, na minha opinião, tão mau como não tratá-los como Activos. (O Capital é inumano o Activo e humano)
Mais aviltante é ainda, também na minha opinião, comparar uma Associação (um Clube com um Partido ou organização política).
As Associações (e os Clubes são Associações) regem-se por aquilo que está especificamente estipulado no Código Civil Português no que respeita a Pessoas Colectivas (Capítulo II Pessoa Colectivas, Secção I Disposições Gerais, Artigos 157º a 166º e SECÇÃO II – ASSOCIAÇÕES, Atigos 167º a 184º, MUITO PARTICULARMENTE (para o que insinua) o Artº 172º (COMPETÊNCIA DA ASSEMBLEIA GERAL), do Artº 173º (CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA), do Artº 174º (FORMA DE CONVOCAÇÃO) e do Artº 175º (FUNCIONAMENTO).
Logo, começo por lhe assinalar, que as alterações sugeridas, além de profundamente elitistas, (provêm do pressuposto que a maioria dos sócios que deliberam em AGs o fazem sem “qualidade” “informativa” – vide as declarações de André Bernardo a propósito do que distancia os sócios dos dirigentes) serão, com toda a probabilidade) contrárias à Lei.
Obrigado pelo comentário
um abraço e saudações leoninas
10 Junho, 2020 at 11:00
Excelente! 🙂
10 Junho, 2020 at 11:39
Excelente análise, Álvaro Dias Antunes!
SL
10 Junho, 2020 at 12:31
Um grande, grande trabalho de informação, oferecida aos sócios, adeptos e simpatizantes do Sporting Clube de Portugal.
Por tamanha dedicação à causa sportinguista, aceite, da minha parte, um muito obrigado!
10 Junho, 2020 at 15:34
Compartilho em absoluto
10 Junho, 2020 at 14:38
Grande trabalho Álvaro.
Quanto ao “aberto a sócios” deve ler-se aberto ao camarote leonino.
10 Junho, 2020 at 14:58
Não sei se será só ao “camarote leonino”.
Nem sei como poderão ser acompanhados os “trabalhos” de tais debates. Fico curioso, por exemplo, em saber se o Nuno Sousa vai aproveitar este “forum” para apresentar as suas ideias sobre as matérias em questão.
Pessoalmente (como já referi atrás) mesmo sabendo as intenções subjacentes à iniciativa (ou até mesmo por causa disso), entendo que devemos acompanhar com critério e de mente aberta o que lá se vai passar, para poder fltrar e escrutinar as opiniões em debate.
Um abraço e saudações leoninas
10 Junho, 2020 at 15:28
Os meus parabéns ao Alvaro pelo serviço publico leonino que tem vindo a fazer, que serve a todos menos aos que querem um sporting privado e pequenino.
10 Junho, 2020 at 15:36
Esse sporting privado e pequenininho que o metam no olho do cu. O SPORTING É NOSSO
10 Junho, 2020 at 16:05
+ 1
11 Junho, 2020 at 21:36
+1
10 Junho, 2020 at 15:36
“…deixaram de ser os Sócios o principal activo de uma Associação!!!… ”
O maior e mais crônico dos equivocos desta famigerada tropa croquette.
10 Junho, 2020 at 15:39
Se é uma cisão o que buscam,comecemos desde já a contar as espingardas
10 Junho, 2020 at 15:50
Eu seria sempre por um Sporting plural, associativo, ambicioso, popular e de valores e principios superiores.
Para essa merda maconica, tacanha, mesquinha e elitista que temos hoje, não contem comigo.
Mantenho o estatuto de sócio até ao dia em que a divisão de aguas seja esclarecedora e ai optarei em conformidade.
10 Junho, 2020 at 16:23
Como já tenho dito muitas vezes. A refundação não me faz qualquer espécie!
10 Junho, 2020 at 16:49
Não me agrada a ideia, mas pelo caminho que levamos receio que se tenha de comecar a colocar a hipotese. O direito de entrada terá, contudo, de ser interdito a nojaveis sanguessugas.
10 Junho, 2020 at 19:16
Percebo. É uma opção limite. Mas da forma que as coisas estão até pode passar de opção a inevitabilidade.
10 Junho, 2020 at 20:17
Excelente, Álvaro.
“Não podemos é permitir que o debate sobre o Clube passe a ser um privilégio exclusivo de uma minoria elitista.”
Por acaso, nas AGs, quando reparo nas expressões de enfadonho e desprezo que essa gente tem pelos sócios, não deixo de ter receio que tudo farão para nos afastar das decisões.
“Até porque suspeito que alguns dos assuntos a poder suscitar maior fervor argumentativo venham a ser a equalização do Voto e o I-Vote nas AGs.”
Varandas prometeu no programa eleitoral a criação de condições para as votações também se realizarem nos núcleos e a título experimental, no norte, centro e sul do país. Ao invés, assiste-se a um contrarrelógio para a implementação do i-voting. Percebe-se bem porquê. Amanhã o herói explica no seu diário.
SL
10 Junho, 2020 at 21:50
Ora aí está, caro M60! Esse é um dos mitos mais perigosos que estão a propagar no nosso Clube: de que a verdadeira universalização do Voto sé se consegue com o I-Vote, isto é, com o voto electrónico à distância sem restrição geográfica e sem qualquer controlo presencial. NADA MAIS PERIGOSO!
Essa é a forma de completar o esvaziamento das AGs. Em vez de “ganhar” a participação dos Sócios de fora de Lisboa, perde-se a participação dos sócios de Lisboa (para quê ir à AG se posso votar no sofá). E, esvaziando de conteúdo as AGs, em pouco tempo deixarão de ter votantes mesmo no sofá, não só porque aumenta o desinteresse sobre o que vá ser votado, como também por total desconhecimento em CONCRECTO do que vai ser votado.
Esse esvaziamento já começou há quase um ano e meio, com a 1ª AG presidida pelo Língua de Prata. E até os jornais comentam à descarada o facto como se fosse algo de normal ou mesmo aceitável no Movimento Associativo:
“… mas há também quem defenda que, COMO TEM SIDO REGRA DAS ÚLTIMAS ASSEMBLEIAS GERAIS, mantendo as distâncias e normas de segurança, os sócios poderiam na mesma exercer o seu direito de voto, desde que A VOTAÇÃO FOSSE ABERTA AO MESMO TEMPO QUE SE DAVA INÍCIO à ASSEMBLEIA GERAL. Ou seja, quem quisesse poderia tomar da palavra e Intervir, quem não o pretendesse APENAS ENTRARIA NO PAVILHÃO PARA VOTAR E … SAIR”. Isto está na Bola, sobre o provável adiamento da AG Ordinária de Junho (que será o 3º ano consecutivo em que esta AG se realiza fora do prazo Estatutário, motivo para aplicação de suspensão do PMAG e/ou do CD se conivente com o adiamento, conforme também EXPRESSO nos Estatutos).
Sobre esta matéria, já preparei um próximo post que enviarei ao Cherba para publicação no próximo “Hoje escreves tu” (ou quando ele entender ser melhor).
É lastimável como, passado o 1º quinto do século XXI, as questões que podiam tornar este Clube o mais atractivo de Portugal e um dos mais pujantes da Europa (Equalização e Universalização do Voto nas AGs em condições de total transparência, informação e idoneidade – com recurso à aliança entre a utilização dos modernos recursos tecnológicos e comunicacionais e à potenciação, funcionamento em rede e alargamento da extraordinária capacidade de expansão ORGÂNICA nacional e transnacional que constituem os Núcleos, Filiais e Delegações do SCP).
Com 1 Sócio = 1 Voto muitos novos sócios acorreriam ao Clube.
Com o voto electrónico presencial em todos os Núcleos SCP (garantida a todos os sócios a informação atempada e completa das matérias a deliberar, garantida a transmissão directa dos trabalhos da AG Central e garantida a norma de só ser possível votar cada deliberação após terminado o debate sobre a mesma) muitos novos Sócios os Núcleos conseguiriam atrair e muitos novos Núcleos surgiriam.
O que falta para garantir mais Associatismo no Sporting é RESPEITAR os Sócios, é POPULARIZAR o Clube, é TERMINAR COM AS DISTINÇÕES ELITISTAS, é DEMOCRATIZR A INFORMAÇÃO, é marcar a diferença não por ser mais educadinhos ou ter mais pedigree que os outros mas por lutar por um Desporto mais justo, mais leal, mais verdadeiro sem corrupção, sem tráfico de influências, sem panelinhas, sem jogatinas de poder nos bastidores, sem viciações dos resultados e das normas. Garantindo tudo isso voltaremos ao sucesso.
Nos últimos 60 anos do Sporting (mais da 2ª metade da sua vida) só em 2 momentos o Sporting cresceu. Exactamente com os 2 Presidentes que mais promoveram a POPULARIZAÇÃO do Clube: João Rocha e Bruno de Carvalho.
Um abraço e saudações leoninas
11 Junho, 2020 at 0:28
Muito obrigado, Álvaro.
Aguardo o seu próximo “hoje escreves tu” com enorme espetativa.
Abraço e Saudações Leoninas
10 Junho, 2020 at 20:55
Muito bem obrigado
10 Junho, 2020 at 21:51
Muito bom Álvaro, mas também muito preocupante. Estamos numa camisa de sete varas.
Se foi feito o que foi com SF e na actualidade, claro que dada a conjuntura e os indicadores presentes o futuro é sombrio.
Não estou a ver como sair daqui, as coisas já se fazem às claras, existe uma espécie de estado dentro do estado a modos que um “estado lampiónico” interno.
https://www.rugidoverde.com/2020/06/07/reestruturacao-financeira-e-maconaria/
SL
11 Junho, 2020 at 0:39
Caro John McEnroe, essa preocupações são legítimas e é bom que as tenhamos. Não podemos é pensar que são situações inultrapassáveis ou assumir posições fatalistas ou derrotistas.
Temos meios para combater este infame assalto ao nosso Clube.
Estando muito atentos. Escrutinando tudo (leia com atenção o último parágrafo do artigo no link que deixou). E não deixando de comparecer nos momentos cruciais para fazer valer a nossa vontade. A próxima AG, por exemplo é decisiva.
Obrigado pelo comentário
Um abraço e saudações leoninas
11 Junho, 2020 at 9:15
E vamos reflectir noutra coisa.
Com tantas provas de não-democracia não existem requerimentos para suspender o cobra e sus muchachos.
Ainda me lembro quando era sócio e mais uns 1500 outros sócios pedimos a suspensao do bombeiro (e fomos ignorados), mas numa altura tão conturbada pode ter passado ao lado. Nesta altura não existe desculpas.
Por muito menos um Presidente foi expulso….. e na altura foram estatutos não existentes que causaram essa decisão.
A verdade é que democracia é apenas uma palavra bonita mas que as pessoas querem saber se é democracia ou ditadura, desde que nao os chateiem. Não se mexem por ninguem e só querem comer bem.
11 Junho, 2020 at 13:04
leonidas, já houve neste mandato um requerimento para afastar os órgãos Sociais que foi recusado.
Não é esse o único meio para tentar contrariar as más intenções deste elenco.
Agora, também lhe devo dizer que se torna mais difícil conseguir ser eficaz se prescindimos das nossas prerrogativas de sócio. Atenção que não estou a criticar esse direito. Não só o aceito como normal como o compreendo como uma resposta no contexto que vivemos no Clube. Apenas estou a constatar o facto de que hoje, por via dessas renúncias, se torna até mais difícil reunir assinaturas de associados para uma requisição. Tal como se tornará mais difícil chumbar um Orçamento em AG e provocar, assim, a queda dos Órgãos Sociais.
Mas continuam, por exemplo a poder participar em manifestações (e também houve duas bastante concorridas, sinal que também se fez mais alguma coisa).
O que não podemos NUNCA, na minha opinião, sejamos sócios ou adeptos, é deixar de estar MUITO atentos e de reclamar sempre que se justifique (o que agora tem sido quase sempre)
Um abraço e saudações leoninas
11 Junho, 2020 at 23:04
Fantástico post Alvaro