O presidente da CBF, Rogério Caboclo, anunciou que as jogadoras da selecção feminina brasileira receberão os mesmos valores de diárias e prémios pagos aos jogadores comandados por Tite, na selecção masculina.
O presidente da CBF, Rogério Caboclo, anunciou que as jogadoras da selecção feminina brasileira receberão os mesmos valores de diárias e prémios pagos aos jogadores comandados por Tite, na selecção masculina.
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3 Setembro, 2020 at 11:06
Uopá… Pode ser que, tendo-se chegado um à frente, outros lhe sigam os passos. Estamos no século XXI…
3 Setembro, 2020 at 14:20
Já há mais de 3 anos que é assim com a selecção norueguesa. O mesmo se passa já com a selecção norte americana (onde até acabam por ganhar mais porque sendo campeãs Mundiais recebem mais de prémios). Essa é uma das várias recomendações do documento FIFA Women´s Football Strategy, que define as orientações estratégicas das Confederações e das Federações Nacionais para o desenvolvimento planetário do Futebol Feminino na década de 20 (documento “saíu” no início de 2019)
A nossa FPF, como não deve ter quem lhes traduza o documento, regulamenta completamente em contraciclo ao recomendado pela FIFA (tentativa de imposição de tecto salarial baixo – que abandonaram dada a forte reacção das jogadoras e a solidariedade e visibilidade internacionais do seu “movimento”; novo quadro competitivo “profissional” passando de 12 para 20 (!!!; assim mesmo, à Tito Arantes) equipas, nivelando por baixo e “privilegiando” a fraca qualidade competitiva; ausência TOTAL de promoção do FF; ausência TOTAL de qualquer investimento na sua inclusão e difusão no Desporto Escolar; ausência de promoção das selecções e das suas ATLETAS, etc, etc).
Um abraço e saudações leoninas
4 Setembro, 2020 at 10:44
Álvaro, desculpa mas não acontece com a seleção americana. Elas perderam nos trinunais.
4 Setembro, 2020 at 10:44
*Tribunais
3 Setembro, 2020 at 11:26
Serão os brasileiros os 1os a impor a igualdade nas selecções? Alguém sabe como é nas outras principais nações do futebol?
3 Setembro, 2020 at 12:27
A Austrália introduziu o princípio de salários iguais em 2019
3 Setembro, 2020 at 13:14
Ou é na Noruega ou na Dinamarca que também já fizeram isso – nos prémios da selecção.
3 Setembro, 2020 at 11:46
Meh nunca fui à bola com estas coisas. Não acho justo que quem enche o Maracana receba o mesmo que quem mete lá 1/3 dos assentos.
3 Setembro, 2020 at 11:51
+1 aqui
Não consigo perceber isto, sou a favor da igualdade de géneros, mas nestes casos não há igualdade nenhuma. Estão a dar o mesmo valor de prémios só para dizer que não fazem diferenciação, quando a nivel futebolistico e de receitas nem há comparação.
Mas isso é como acontece em tudo, feministas, anti-racistas, etc. Há sempre uma tendência para o exagero.
“Black Lives Matter”! Treta, quando é ao contrário nem piam. Para mim é “All Lives Matter”, sem diferenciações entre ninguém. Mas isto dava para estar aqui a falar durante horas.
3 Setembro, 2020 at 11:55
O slogan Black Liver Matter é somente porque as pessoas de raça preta são proporcionalmente (muito) mais atingidas pela violência policial, do que de outras raças. É óbvio que todas as raças importam. Mas isto seria o mesmo de dizer que é estúpido haver a liga contra o cancro, porque todas as doenças importam.
Quanto ao resto, 100% de acordo.
3 Setembro, 2020 at 12:01
Percebo isso, querem alertar para essa mesma proporção que referes.
Mas não consigo concordar com alguns protestos que têm feito. Por exemplo na NBA, há pouco mais de uma semana, um jogador de raça preta chamou “Bitch-Ass white boy” ao Luka Doncic. Como foi de uma pessoa de raça negra para uma pessoa de raça caucasiana, foi como se não passasse nada. Se fosse ao contrário, o de raça caucasiana era suspenso e já tinha uma série de movimentos em cima dele. São estes exageros que me fazem discordar de muitas lutas contra a discriminação, seja ela qual for. Ou são sérios nesse tipo de lutas, ou então perdem toda a credibilidade.
3 Setembro, 2020 at 13:02
“Mas isto seria o mesmo de dizer que é estúpido haver a liga contra o cancro, porque todas as doenças importam.”
Não!
Se houvesse a Liga contra o cancro do pâncreas é que podias fazer essa comparação e dizer que todos os cancros importam…
Todas as vidas importam, à partida, sim. Não importa se são brancos, pretos, amarelos, vermelhos, esquimós, ciganos ou o que forem.
A maior probabilidade de um jovem branco americano morrer é num acidente de automóvel. A maior probabilidade de um jovem preto americano morrer é sendo assassinado… E aqui, é 70% assassinado por outro preto e 30% assassinado por um branco ou um hispânico.
Isto já era assim quando lá estive a estudar no inicio dos anos 90. E é assim ainda hoje – em números redondos.
4 Setembro, 2020 at 15:13
Sim, tem mais a ver com a violencia que teem nas suas proprias comunidades.
3 Setembro, 2020 at 12:03
Politicamentes correctos à parte (ainda agora o Doncic levou uma boca racista e nada se passou), a realidade é que há mais violência policial sobre negros e hispânicos do que sobre caucasianos, como há mais violência de género de homens sobre mulheres do que o oposto.
3 Setembro, 2020 at 12:16
Respondendo ao Bruno e ao Ted
O “Black Lives Metters” de 2020 vem depois do “White Lives Metters” de 2017, em Charlottesville.
https://www.youtube.com/watch?v=8kqQjztmI_M
https://pt.wikipedia.org/wiki/Manifesta%C3%A7%C3%A3o_Unite_the_Right
3 Setembro, 2020 at 12:21
Obrigado Jaime, desconhecia esse movimento.
Abro o link e vejo logo uma bandeira da suástica nazista, foda-se!
Para esses digo o mesmo que disse do movimento “Black Lives Matter”, dou muito mais importância a movimentos que juntem todos e que não façam diferenciação entre raças.
3 Setembro, 2020 at 12:23
White Lives Matter is phrase and organization that began in 2015 by white supremacists in response to the Black Lives Matter movement, which was established to “protest against police brutality against African-Americans and garnered considerable publicity in 2014 for protests in Ferguson, Missouri, following the shooting death of Michael Brown at the hands of a Ferguson police officer.
3 Setembro, 2020 at 13:11
Não mistures alhos com bugalhos. Os gajos há três gerações atrás tinham escravos, há 50 anos viviam segregados, e o comportamento policial é completamente diferente quando o “meliante” é branco ou preto.
Trabalho devia de funcionar à base da meritocracia, que é uma coisa simples de entender. Trabalhas mais e melhor recebes mais, não importa se tens um pénis ou se és caucasiano.
3 Setembro, 2020 at 16:25
Mas representam o país de igual modo…. O mal é dos adeptos que não vão ao estádio e de certeza com bilhetes mais acessíveis…. Eu acho muito bem….
3 Setembro, 2020 at 12:05
parece-me que vocês estão completamente a leste do potencial do futebol feminino. É verdade que em Portugal nos comportamos como uns verdadeiros imbecis na promoção da modalidade, mas basta recuarmos a domingo para vermos isto
«A final da Uefa Women’s Champions League bateu recordes de audiência tanto na França quanto na Alemanha. O duelo marcou a vitória por 3 x 1 do Olympique Lyonnais sobre o Wolfsburg.
A transmissão do canal francês Canal Plus teve uma média de 645 mil telespectadores e atingiu o pico de 786 mil, um recorde de competição para a emissora. No país, o canal digital W9 também cobriu a partida e obteve média de 1.09 milhão de telespectadores, equivalente a uma participação de 4.9% na audiência.
Combinados, 1.7 milhão de pessoas assistiram ao jogo na França, que culminou com o quinto título consecutivo de Champions League do Lyon.
Já a alemã Sport1 anunciou que sua cobertura foi assistida por uma média de 880 mil telespectadores, com um pico de audiência de 1.28 milhão de espectadores»
e deixo-vos só mais um “pormenor”:
«A Nike vendeu mais camisolas de jogo da seleção de futebol feminino dos EUA a partir do website oficial numa única temporada, do que qualquer outra camisola na sua história»
ainda vamos falar no marcanã?
3 Setembro, 2020 at 12:14
Não digo que não tenha potencial, mas neste momento é muito menos visto que o futebol masculino. Tens esse exemplo da final da champions, que é muito positivo, mas quantos espectadores tiveram os restantes jogos da competição?
O futebol feminino ainda está longe de concorrer com o futebol masculino (se bem que há jogos do futebol feminimo mais entretidos que muitos do futebol masculino), mas está a crescer, o que é extremamente positivo.
Quanto à venda de camisolas da Nike, esse aumento exponencial de vendas deveu-se, na minha opinião, sobretudo à situação da Rapinoe e da recusa da selecção feminina em ir à Casa Branca. Rapione foi uma figura na altura da copa de 2019, sendo ativista LGBT e insurgiu-se contra Trump, o que lhe colocou os holofotes em cima.
3 Setembro, 2020 at 15:10
Bruno, é positivo reconhecer o o potencial de crescimento do FF e que até JÁ ESTÁ A CRESCER (o que o torna mais que um mero “potencial”; no mínimo um potencial para investimento com forte probabilidade de grande retorno).
Convenhamos que esta medida é tomada pelas Federações ao nível das Selecções (dos escalões profissionais, claro) pelo que contém MUITO MAIS que um mero indicador economicista. É um indicador da política do Estado pela promoção da Igualdade de Géneros.
Essa é a primeira vertente de análise que nos deve levar a louvar a medida.
A segunda é que esse incremento monetário das jogadoras de selecção (pago pelas Federações) deverá levar os Clubes a uma maior aposta na Formação das jogadoras Nacionais por forma a virem a ser seleccionáveis, ou mesmo a serem mais exigentes na aquisição de jogadoras estrangeiras, privilegiando as internacionais para assim verem uma parte da carga salarial aliviada (e.g., as jogadoras americanas de selecção têm o seu salário pago pela Federação dos E.U.A.; o Chelsea acabou de contratar uma das melhores seleccionadas do país que já conquistou 4 dos 8 Mundiais e que é o actual bi-campeão em título).
Finalmente, há que perceber que a rápida evolução tecnico-tactica das praticantes de Futebol Feminino suporta mas também é suportada por melhores condições de exercício da sua actividade; o que leva mais gente aos Estádios, mais espectadores televisivos, maiores patrocínios.
Só que o Futebol Feminino está numa fase charneira do seu desenvolvimento em que essa “bola de neve” deve ser “alimentada” com políticas activas e proactivas de Confederações (estão a fazer muito bem a sua parte, Federações (muitas ainda nem estão a fazer a sua parte, não percebendo que podem perder um combóio que já está em movimento), Estados (que para além de deverem ser mais exigentes no escrutínio da actividade das Federações – a maioria gozando de estatutos de utilidade pública e beneficiando até de apoios do Estado e das Confederações para se “alinhare” com as recomendações FIFA -, também deveriam investir MUTO MAIS E MELHOR no Desporto Escolar).
Portugal que até há 2 anos parecia caminhar no bom sentido, muito por força do trabalho de 3 ou 4 Clubes, está agora em aparente retrocesso. A FPF apenas tem “mamado” os dinheiros da UEFA para o desenvolvimento específico do Futebol Feminino, mas ninguém sabe onde os tem aplicado. Essa TOTAL ausência de transparência também deveria ser alvo de escrutínio e eventual sanção do Estado mas A Secretaria de Estado de Juventude e Desporto é para folclore e o IPDJ está mais preocupado em cumprir com a função de missionário do benfiquistão
SL
3 Setembro, 2020 at 15:58
Esqueci de referir o papel activo e proactivo que, nesta fase de desenvolvimento global do Futebol Feminino, impende aos Clubes (particularmente apostando na Formação, mas também na competitividade e na qualidade e, sobretudo, na Promoção da “Modalidade”)
Dando o exemplo do Sporting: está MUITO BEM na Formação; esteve bem na competitividade, qualidade e até relativamente bem na promoção; parece ter feito um enorme desinvestimento nestas vertentes e, claramente, “mandou às urtigas” o objectivo que era o fio condutor da construção do Projecto : colocar o Futebol Feminino do Sporting entre os 8 melhores da Europa. Esse objectivo requeria investimento da SAD (que até é baixo em termos relativos e ainda seria mais baixo se iniciado há 3 anos) e requeria um muito maior envolvimento do Clube na promoção do Futebol Feminino e da sua equipa profissional.
Sobre esta matéria desenvolvi o que penso num post nesta Tasca da rubrica semanal que escrevia (que o Cherba intitulou de “O futebol não é para meninas”) post esse que teve o sub-título «Como construir a supremacia no FF profissional».
Relendo hoje esse post só me deu para sorrir com a citação da entrevista de Nuno Cristóvão após a saída do SCP.
“(…) sabendo que o próximo ano será de transição no modelo competitivo das mulheres e raparigas em Portugal. Na época 2020/21, a primeira divisão, hoje com 12 equipas, só terá 10, (…)” (NC dixit).
2020/2021seria então a época em que (em 2019) a FPF projectara reduzir de 12 para 10 equipas o quadro competitivo da 1ª Liga (“profissional”); o seu projecto redundou, menos de 2 anos depois, no flic-flac à retaguarda que foi em vez de reduzir de 12 para 10 AUMENTAR de 12 para 20.
Com tanto zigzag no projecto, será que quem define as “políticas” a prazo na FPF é “da escola” de Frederico Varandas, do futebol “fácil, fácil”?
SL
3 Setembro, 2020 at 12:19
O potencial e a actualidade são coisas diferentes. Concordo em atenuar as diferenças quando há um aumento significativo, discordo em eliminar as diferenças quando elas ainda existem do ponto de vista de receitas.
Compara esses mesmos números de audiências com particulares, ou participações em campeonatos de equipas masculinas. Não há disparidades gigantes ainda? É de louvar o progresso, e é progredindo que se atenuam as diferenças, não do dia para a noite.
Quanto ao teu último ponto, deixa os USA qualificarem-se para um Mundial, e se calhar vais ver o Pusilic a pulverizar os números no feminino. O fracasso que tem sido a selecção dos USA também explica isso, mas assim que deixarem de “fracassar” vais ter números muito diferentes.
3 Setembro, 2020 at 12:32
Mas que raio tem a ver o potencial com isto?
Um ordenado, em qualquer lado, deve estar sempre associado ao serviço que se presta e ao dinheiro gerado nisso – são poucas as excepções a isto porque se fossem muitas não havia dinheiro que chegasse.
O FF gera muito menos dinheiro.
Não estou por dentro dos números correctos mas toda a gente sabe que é assim. Basta ter olhos na cara. Basta ver as médias de assistência, basta ver os valores dos patrocínios, etc.
Até se pode fazer um paralelo com o FM de há uns anos…
Provavelmente o FM dos anos 80 gerava mais receita que o FF actual.
Um campeonato mundial ou europeu nos anos 80 tinha muito, mas muito, mais publico a ver do que uma mesma competição de FF actual…
E também se podia dizer que, nos anos 80, o potencial de crescimento do FM era (ainda) enorme. Como veio a verificar-se.
Então, nesse ponto de vista, é meter as mulheres a ganharem o que ganhavam os homens quando geravam as receitas que as mulheres geram hoje.
Tudo isto é só mais um faz de conta… Hipocrisia do caralho. O politicamente correcto com que temos de levar todos os dias, deixando de lado o que é realmente justo.
Ainda ontem veio a noticia da maior transferência do FF… 350 mil euros duma jogadora que saiu da Alemanha – um dos melhores campeonatos do mundo – para Inglaterra – outro dos melhores campeonatos do mundo.
Isto quando no FM um Ronaldo de 33 anos passa de Espanha para Itália por mais de 100M€.
O potencial não tem nada a ver.
O que tem a ver com o que ganhas, especialmente em tudo o que é entretenimento, é o dinheiro que geras. É por isso que o Ronaldo ganha o que ganha, é por isso que o Messi ganha o que ganha… É por isso que um jogo de Portugal com o Ronaldo tem um cachet e um jogo de Portugal sem o Ronaldo nem metade desse cachet tem.
Ninguém está preocupado com o potencial de Portugal se levares lá os Sub21… Querem é saber se vai o Ronaldo, porque é o Ronaldo que enche os estádio, é o Ronaldo que faz crescer os valores da publicidade, etc.
3 Setembro, 2020 at 13:16
Meritocracia implementada a todos os níveis resolvia alguns dos problemas Mundiais. Receber o mesmo por ser Mulher é só descriminação, da mesma maneira que aumentar alguém por pertencer a uma minoria é descriminação. Recebes consoante trabalhas, se fazes mais e melhor recebes mais, e a tua cor ou sexo são completamente adereços, tal como são na realidade.
3 Setembro, 2020 at 13:43
Isto que escreveste, um pouquinho mais elaborado, com outros exemplos, devia estar visível à porta de qualquer empresa – ser mesmo obrigatório.
Devia ser ensinado na escola, desde a 1ª classe até ao fim da licenciatura – podia ser que assim aprendessem de tanto repetir!
3 Setembro, 2020 at 13:59
Raça, sexo, orientação social, não são postos, são coisas da vida. Premiar alguém por ser mulher, por ser negro ou por ser gay é tão mau como premiar alguém por ser um homem caucasiano heterossexual.
“Descriminação positiva” é tão prejudicial a uma sociedade como simples descriminação.
3 Setembro, 2020 at 16:09
Completamente de acordo Miguel.
Só acrescentar que esse record de 350.000€ na transferência de uma jogadora no FF (pesem todas as diferenças com o FM) é bastante significativo, até há uns 3 anos atrás nem se falava de pagamentos por transferências de jogadoras no FF; pura e simplesmente não havia mercado de jogadoras e ele começa a formar-se.
Outra razão para a SAD do Sporting aproveitar para alocar esta fase ainda incipiente de mercado para INVESTIR 1 a 2M€ em aquisições e ordenados de 3 ou 4 jogadoras de gabarito internacional para posições chave 2 centrais, uma trinco e uma PL, construindo, assim uma equipa que teria tudo para ser campeã nacional e para aceder à fase de eliminatórias (oitavos de final da Champions); repetindo “esse investimento” em 2 ou 3 anos (mas aí para manter as internacionais e apostar ainda muito mais forte nas condições de Formação); dentro de 5 anos, estaria a ter retorno financeiro (porque a tendência é de, RAPIDAMENTE, o mercado de transferências crescer e inflacionar).
Um abraço e saudações leoninas
3 Setembro, 2020 at 14:23
Estou de acordo contigo.
E por isso acho que as federações e os clubes devem investir a sério no FF.
Mas é na formação, na divulgação, na publicidade, em chamar publico, etc…
3 Setembro, 2020 at 14:27
A Noruega em 2017, os EUA, em 2018, mas também a Dinamarca, a Finlândia, a Holanda e acho que a Alemanha e a Suécia.
Não sei em que pé estão a Inglaterra, a Escócia e a Irlanda que caminhavam no mesmo sentido.
De qualquer modo essa é uma FORTE recomendação da FIFA nas orientações definidas no seu Women’s Football Strategy (documento de estratégia global com orientações para as Confederações Continentais e sub-Continentais e para as respectivas Federações Nacionais).
Um abraço e saudações leoninas
3 Setembro, 2020 at 14:29
Álvaro…
A FIFA paga o mesmo de prémios às Federações por participações e tudo mais em campeonatos do mundo masculinos ou femininos?
3 Setembro, 2020 at 14:46
Prémio para a França, campeã do mundo masculino: 38 Milhões
Prémio para a EUA, campeã do mundo feminina: 5 Milhões
Mandar/aconselhar os outros a pagar o mesmo é muito bonito…mas depois os telhados é que é lixado…
Pode começar por aqui. A FIFA e a UEFA pagarem o mesmo de prémios ás Federações por ambos os campeonatos….
Se fizerem isso, então sim eu concordo que não faz sentido uns receberem mais que outros…
3 Setembro, 2020 at 16:32
Tiago, sem colocar em causa a enorme injustiça disso, devo esclarecer que, aqui sim, os prémios são atribuídos em função da rentabilização da competição (assistências, direitos televisivos, patrocínios, etc).
Seria interessante comparar o prémio do campeão masculino em 2014 (Alemanha – desconheço) e da campeã feminina em 2015 (EUA – 2M US$) e perceber a evolução percentual no Masculino (?) e no Feminino (+150% ou x2,5).
Além disso, a notícia do post refere a igualdade de vencimentos e prémios dos/das atletas nas respectivas selecções nacionais.
Está em causa a igualdade de género em DIREITOS LABORAIS. Não tem que ver com receitas nem com performances.
Os vencimentos e prémios em cada selecção Masculina , são atribuídos por Tabela e IGUAIS PARA TODOS NESSA SELECÇÃO; independentemente de, nos Clubes (no exercício normal, quotidiano, da sua actividade), uns receberem muito mais que outros.
Um abraço e saudações leoninas
4 Setembro, 2020 at 8:55
Tenho a sensação de que alguns dos argumentos aqui usados serão reciclados quando um dia mais à frente se falar da justiça (ou não) da discrepância de prémios entre LC e LE.
4 Setembro, 2020 at 8:34
Eu tb. A chatice é que quem pensa assim é, logo, machista. Tenho pena mas o futebol feminino parece me muito lento. Não gosto, pronto, já disse. Em minha defesa, aprecio ténis feminino. Esta paridade artificial, só porque sim, à semelhança das quotas políticas, parece me insultuosa para a Mulher. Se disser isto no Twitter pegam me fogo à casa
3 Setembro, 2020 at 11:49
Viva, até que enfim.
L SL
3 Setembro, 2020 at 11:52
Se a selecção feminina gera receitas iguais, ou pelo menos parecidas, com a masculina, então medida muito bem tomada.
Se não, é uma coisa sem sentido só para parecer bem nos tempos que correm.
Um jogador do Varzim treina, corre, salta, e chuta uma bola, tanto ou quase tanto como o Messi. É justo salário igual para trabalho igual. Faz favor pagar 15 milhões por ano ao jogador do Varzim.
3 Setembro, 2020 at 12:05
“Um jogador do Varzim treina, corre, salta, e chuta uma bola, tanto ou quase tanto como o Messi. É justo salário igual para trabalho igual. Faz favor pagar 15 milhões por ano ao jogador do Varzim.”
Desculpa, mas é uma comparação parva. Se o jogador do Varzim mostrar qualidade e for transferido para um grande, vai ganhar mais. O mesmo para uma jogadora que sai do Fofó e vai para o Sporting. O mesmo para uma jogadora que chegue à seleção.
3 Setembro, 2020 at 12:51
Desculpa mas parvo é achar que uma coisa que gere 10€ de receita tem de pagar o mesmo que outra que gere 1M€ de receita, só porque se decretou isso. É uma merda sem sentido e, pior, sem sustentabilidade para ser feita.
Mas pronto, se tu aceitas que geres 5 mil euros por mês e eu só mil euros por mês, mas ganhamos ambos 3 mil euros por mês, só tenho de te elogiar…
3 Setembro, 2020 at 16:43
Se o jogador do Varzim for um seleccionado argentino, ganhará na Selecção EXACTAMENTE O MESMO QUE O MESSI. Tal como no último Mundial, o Salvio e o Acuña tiveram o mesmo “vencimento base” de Messi.
Tal como o Rui Patrício, o Eder, o Cristiano Ronaldo, o Pepe, o Renato Sanches ou o Eliseu tiveram o mesmo “vencimento base” por estarem na Selecção Campeã Europeia de 2016.
Dá para perceber do que estamos a falar? de Federações e de Selecções e de acordos que são colectivos! Ao contrário de Clubes, onde, além do Mercado de Transferências, os direitos do jogador profissional são garantidos por via de contractos INDIVIDUAIS.
SL
3 Setembro, 2020 at 12:13
Espetáculo!
3 Setembro, 2020 at 12:14
Bem, pelos vistos, por enquanto, cabe-me a mim fazer a defesa da causa até que apareçam mais tasqueiras.
Uma seleção não é o mesmo do que um clube. Os/as jogadores/as estão a representar o país. Não há competição por salários (dentro do próprio país, pelo menos). Acho muito bem que se pague o mesmo aos dois géneros. Se enchem ou não o Maracanã, está nas mãos dos adeptos. E na mentalidade. E isso é que fulixa a vida a quem nasce homem ou mulher. Lembro aos caros tasqueiros que há muito joguinho feminino bem melhor em termos de competitividade, técnica e tempo útil de jogo. Gostam, vão ver. Não gostam, não vão. Elas correm e suam tanto como eles. É menos valioso o esforço delas? Oh pá… Século XXI…
3 Setembro, 2020 at 12:18
A selecção masculina do Brasil tem um cachet por jogo, sabias?
A selecção feminina tem o mesmo cachet? Se tem, sim, devem ganhar o mesmo. Se não tem, ganham o mesmo, gerando menos dinheiro, porquê? Por decreto?
Então é só assim para as selecções porquê?
E porque raio um gajo do Futsal, que está na CBF também, não ganha o mesmo que elas e que eles do futebol de 11?
Enfim…
3 Setembro, 2020 at 12:28
E porque é que a selecção feminina de futsal ou de futebol de praia não ganha o mesmo que a equipa A masculina? E os putos? Sub 21? Porque é que são discriminados?!
Desculpem mas isto para mim não faz sentido…
3 Setembro, 2020 at 13:22
“E por que raio um gajo do Futsal, que está na CBF também, não ganha o mesmo que elas e que eles do futebol de 11?”
Mas estás a misturar alhos com bogalhos para quê? Há modalidades que rendem mais do que outras. Dentro da mesma modalidade, prémios iguais para os dois géneros, mas onde é que está a dúvida? Dares prémios menores a um género não é estares a dizer ao mundo que é inferior? E, já agora, prémios iguais para as jogadoras e para os seus clubes, que também devem receber menos por elas do que por eles. Diz que é preciso investimento para fazer crescer o que quer que seja. E os clubes ficariam com mais dinheiro para o fazer.
Mas pronto, isto depende da mentalidade de cada um. E infelizmente a tua é a dominante. Haja quem a tenha diferente. Obrigada CBF!
3 Setembro, 2020 at 13:37
O teu critério afinal é qual mesmo?
“Há modalidades que rendem mais do que outras.”
Aqui parece que o importante é quanto se factura para se decidir quanto se paga.
“Dentro da mesma modalidade, prémios iguais para os dois géneros…”
Aqui já não interessa quanto se factura porque há que ser igual e pagar igual.
Tens de te decidir.
Ou defendes que interessa quanto se factura, não importa se é homem ou mulher, ou defendes que interessa pagar igual, seja homem ou mulher.
Porque o que tu defendes é que as mulheres devem ganhar igual independente do que facturarem. Mas já não defendes que o que facturam não é importante quando falas de Futebol ou Futsal…
Usas um argumento só para o género, é isso? O mesmo argumento já não serve para o resto…
A minha mentalidade é a de que as pessoas devem ganhar pelo seu mérito e pelo dinheiro que gerem.
Não porque são brancas ou pretas.
Não porque são homens ou mulheres.
Não porque são novos ou velhos.
Não porque são católicos ou muçulmanos.
Não porque são hetero ou homo ou bi.
Se a minha mentalidade fosse a dominante, neste aspecto, bem, acho que não estaríamos aqui a ter esta discussão. Infelizmente a mentalidade dominante é a tua, a do politicamente correcto.
3 Setembro, 2020 at 13:50
“O teu critério afinal é qual mesmo?
“Há modalidades que rendem mais do que outras.”
Aqui parece que o importante é quanto se factura para se decidir quanto se paga.
“Dentro da mesma modalidade, prémios iguais para os dois géneros…”
Aqui já não interessa quanto se factura porque há que ser igual e pagar igual.
Tens de te decidir.”
E tu tens de ler antes de te saíres com esta. Vai lá ler outra vez. Um bocadinho mais do que sublinhaste. Pode ser que depois eu leia mais na tua resposta além do que sublinhei aqui, que não tenho paciência nenhuma para as tuas superioridades intelectuais.
3 Setembro, 2020 at 14:02
Quando a coisa complica, tem de vir essa merda da “minha superioridade intelectual”…
Rapariga, qualquer um pode dizer essa merda de toda a gente que aqui opina.
Eu opino, justifico a minha opinião e fico sujeito ao contraditório.
Tu opinas, justificas a tua opinião e ficas sujeita ao contraditório. Como eu. Como toda a gente aqui.
Essa merda da “minha superioridade” é merda da tua cabeça. É uma cena tua e eu não tenho nada a ver com isso.
Eu limitei-me a apontar a tua contradição, como já, pelo menos, outra pessoa o fez neste post.
Se usas o argumento “gera receita” uma vez, para uma situação, não podes esquecê-lo depois para outras situações.
Ou “gera receita” é válido, ou não é válido. Mas para todas as situações no desporto. Não só para as que te interessam…
Compreendes?
Foi só isso…
3 Setembro, 2020 at 14:09
Mas qual contradição, fénix?!
Seleção de futebol gera receitas de milhões – prémios iguais para ambos os géneros
Seleção de futsal gera milhares – prémios iguais para ambos os géneros
Seleção de malha gera centenas – prémios iguais para ambos os géneros
É evidente que uma empresa que produz fósforos não pode pagar o mesmo do que a que produz computadores. Mas em ambas, que se pague o mesmo a homens e mulheres.
3 Setembro, 2020 at 14:29
São duas selecções que geram receita. Não é uma!!!!!!!
Uma gera milhões e outra gera milhares.
E tu defendes que as pessoas que gerem milhares ganhem o mesmo que as que geram milhões.
Não vês contradição?
E estamos a falar da industria do entretenimento.
No caso duma firma qualquer, onde não há separação entre homens e mulheres, sim, quem faz o mesmo trabalho recebe o mesmo dinheiro.
Mas, imagina, são 2 firmas e não uma – porque ali em cima são duas selecções e não uma!
Uma firma é só de homens e a outra só de mulheres.
A firma das mulheres factura milhões e a firma dos homens factura milhares. Ambas as firmas pagam o mesmo aos homens e às mulheres? Quem recebe mais, os homens ou as mulheres?
Não me venhas falar que é UMA SELACÇÃO, caramba. Não é!
Há a selecção masculina, que tem um cachet de M€, gera muitos M€ quando é apurada para o Mundial; e há a selecção feminina, que tem um cachet muito menos que a masculina e que gera muito menos dinheiro quando é apurada para um Mundial.
E é neste contexto, nesta realidade, que é um facto que NÃO PODES DESMENTIR, que tu defendes que as mulheres devem ganhar igual aos homens…
Com base em quê? Competem como os homens?
Bem, a selecção de hóquei em patins também compete. Não tem direito a ganhar o mesmo porquê?
Rapariga, porque numa competição estão muitíssimos milhões de pessoas a assistir e isso gera muitíssimo dinheiro, e na outra está muito menos gente a assistir e isso geram muito menos dinheiro.
É simples e só uma mente deturpada não entende isto.
Dizer que a pessoa X tem de ganhar mais porque é mulher, é igual a dizer que o Y tem de levar nos cornos porque é preto ou que o Z tem de estar desempregado porque é gay.
Se és homem ou mulher não interessa, se és branco ou preto mão interessa, se és hetero ou homo não interessa.
Interessa a tua prestação e interessa o dinheiro que fazes com a tua prestação.
Ponto.
Esta merda é claríssima, justíssima, e senso comum!
Nem é preciso ser inteligente para perceber isto.
Basta não ser obtuso e não pensar só no seu umbigo!
3 Setembro, 2020 at 14:39
“Esta merda é claríssima, justíssima, e senso comum!
Nem é preciso ser inteligente para perceber isto.
Basta não ser obtuso e não pensar só no seu umbigo!”
Eu, superioridade intelectual? Naaaa. Só dou o contraditório. Os outros é que são burros e obtusos.
Já te mandei pó caralhinho que ta foda, não já?
3 Setembro, 2020 at 17:01
Miguel, quando falamos das condições de premiação de atletas profissionais nas respectivas selecções, estamos a falar de uma espécie de Contractos Colectivos de Trabalho. No Masculino todos ganham o mesmo. E não tem que ver com as receitas que geram, porque ainda nem as conhecem, mas sim (em parte) com as receitas que foram geradas anteriormente (até por via do sucesso ou insucesso de outros profissionais). Quando vão a uma Fase de apuramento para o Europeu, todos os Convocados, já sabem quanto vão receber pela convocatória, que é igual para todos os jogos, mesmo que seja a convocatória para o último jogo e até já estejam eliminados. A tabela está feita para a Fase competitiva. Não é como nos Clubes, onde os Contractos são Individuais e, por isso, existem variações imensas entre eles, muitas delas bastante pouco justas.
Ora, não vejo motivo para que as condições da contratação colectiva da mesma entidade, para competições congéneres, não seja igual no Masculino e no Feminino, nos diversos escalões PROFISSIONAIS (Seniores, Sub23, sub21, sub20).
Acho que é muito mais uma questão de Direitos e de Princípios do que uma questão economicista.
Por isso estar a ser crescentemente adoptada em vários países (e, por sinal, alguns dos mais evoluídos social e economicamente … mais o Brasil).
Um abraço e saudações leoninas
3 Setembro, 2020 at 20:02
Miguel, que raio de confusão é essa?
“A selecção masculina do Brasil tem um cachet por jogo, sabias?
A selecção feminina tem o mesmo cachet? Se tem, sim, devem ganhar o mesmo. Se não tem, ganham o mesmo, gerando menos dinheiro, porquê? Por decreto?”
Quem atribui o cachet da selecção é a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). E foi a CBF que decidiu atribuir o mesmo cachet à selecção feminina.
Cachet não é dinheiro gerado. “Cachet”, ou “Cachê”, ou “Caché” é um galicismo que significa “Pagamento a uma pessoa ou grupo de pessoas, geralmente artistas, que se apresentam em público.” (in Dicionário Priberam).
Julgo que o Miguel quer referir-se à diferente capacidade de gerar dinheiro (e não ao cachê) das Selecções dos 2 géneros.
De qualquer modo tenho uma visão aí, algo diferente da do Miguel. Uma coisa é quantificar os vencimentos num Clube relacionando-os à capacidade (directa ou indirecta) de gerar receita e outra coisa é fazê-lo numa Selecção.
Em todas as Selecções Masculinas as respectivas Federações atribuem Tabelas de vencimentos diários e de prémios IGUAIS PARA TODOS OS SELECCIONADOS.
É um valor muito mais artificial que os dos Clubes e muito mais definido em função de “relações de forças” entre os interesses colectivos (das Federações) e os interesses corporativos (e não individuais) dos jogadores (vide Saltillo e muitos outros casos idênticos por esse mundo fora desde então; ainda neste último Mundial houve uma espécie de “Saltillo”, acho que com uma selecção africana). Tem pouco que ver com a capacidade de gerar receitas.
Claro que uma Federação mais forte financeiramente, pode ter mais flexibilidade no estabelecimento dessas tabelas de “vencimentos”. Mas também é verdade que um jogador que seja absolutamente determinante no sucesso da selecção (Cristiano, Messi, Iniesta, Ibraimovic) pode ser relevante a puxar para o prato corporativo da balança um reequilíbrio dessa “relação de forças”. Mas, mais uma vez, só muito remotamente isso tem que ver com a capacidade de gerar receitas.
E, sendo estes valores tabelados definidos em função dos interesses e das capacidades das Federações, é normal e até (em certa medida) salutar que eles TAMBÉM possam obedecer a objectivos Éticos e Sociais a que as Federações se obriga pelo seu estatuto de representação Nacional e em muitos (se não todos) casos pelo seu estatuto oficial de utilidade pública. Compreende-se, assim, o uso desta medida de atribuições de tabelas de cachês e prémios iguais para o masculino e o Feminino:
para dar o exemplo na promoção da equidade de Género e da igualdade de direitos;
para dar um contributo para promover e incentivar a prática do Futebol Feminino;
para incentivar o aumento da qualidade dessa prática;
para “comprometer” as Federações no esforço de promoção da modalidade no feminino e da sua capacidade em atrair mais públicos, cativar mais sponsors e gerar mais receitas.
Um abraço e saudações leoninas
3 Setembro, 2020 at 13:26
O Futebol é espectáculo, mas também é muito negócio. Um Maracana cheio, não tem a mesma receita que um Maracana a meio gás, logo o dinheiro que entra na Federação é inferior.
A questão é muito mais simples do que o sexo, e parece ser isso que é o difícil de perceber. Geram as mesmas receitas, recebem o mesmo ordenado. Se não conseguem gerar a mesma receita não recebem. Premiar alguém por ser Mulher é em si uma forma de descriminar.
Deixo-te só duas perguntas, a UEFA aloca para as competições masculinas mais de 2mM de Euros, achas que faz o mesmo para o FF? Porquê?
3 Setembro, 2020 at 12:14
Mais uma merda feita por decreto…
O FF – que toda a gente na Tasca sabe que sou grande adepto – deve ter jogadoras a ganhar o que ganham os jogadores quando gerar receitas para isso.
Um jogo de FM gera, por exemplo, 1M€… É mais que justo que os jogadores que fazem esse espectáculo ganhem de acordo com o que ele gera em termos de dinheiro – vamos supor que cada equipa teria 20 jogadores e que ganharia, nesse jogo, 300 mil euros. Isto daria 15 mil euros por jogador, sobrando 400 mil euros para o restante onde se incluiriam treinadores, clubes, forças policiais, etc.
A mesma situação para o FF… Um jogo geraria o quê? 50%? 30%? Vamos fazer de conta que era 50%… 500 mil euros…
Pondo as jogadoras a ganhar o mesmo que os jogadores, ficavam a faltar 100 mil euros só para pagar as jogadoras. Nem havia dinheiro para o resto.
Isto é o mesmo que dizer que um advogado, seja bom ou mau, homem ou mulher, azul ou verde, deve ganhar o mesmo. E nas outras profissões o mesmo…
As pessoas ganham, ou devem ganhar, parte do dinheiro que gerem. Não porque são homens, mulheres, bonitos, feios, hetero, homo, whatever.
Enfim, é mais uma merda do politicamente correcto, que nada tem a ver com o que é justo…
Metam os gajos, e as gajas, do hóquei a ganhar o mesmo também. E os do Andebol, e os do Futsal, e os do Voleibol…
Ponham os actores todos a ganhar o mesmo, tenham publico ou não. Nem interessa nada ser o publico que paga o seu trabalho… O dinheiro cai do céu!
Hipocrisia pura!
Quem gera o mesmo dinheiro deve realmente ganhar o mesmo. Quem não gera, que faça por gerar e depois falamos no resto…
3 Setembro, 2020 at 12:20
Chama-se a isso “igualdade proporcional”.
3 Setembro, 2020 at 12:36
Não sei o que é isso… Outra merda que inventaram para o “politicamente correcto”?
3 Setembro, 2020 at 12:32
Concordo contigo nisto…
Isto a ser assim, um clube devia pagar o mesmo a todos os atletas do Sporting…
Porque não interessa o dinheiro que gera, interessa que representam o Sporting e portanto merecem o mesmo…
Não auguro grande futuro para o clube num modelo deste género….
3 Setembro, 2020 at 12:38
Exactamente.
Mas vivemos no mundo do politicamente correcto e do faz de conta…
Um dia ainda vamos ouvir que os atletas brancos ganham mais por causa do racismo… 🙂
3 Setembro, 2020 at 13:23
Também estou de acordo, só tenho pena que o Miguel não tenha um raciocínio semelhante aos direitos de quem paga anualmente o mesmo valor de quotas ….
3 Setembro, 2020 at 13:25
Tinhas de trazer o Miguel ao assunto… 🙂
Diz lá o que é que o Miguel acha do valor das quotas para eu ficar a saber, sff…
3 Setembro, 2020 at 13:45
Se pagas há dez anos , votastes os orçamentos, contas e eleições, tivestes o direito para votar tudo aquilo que foi colocado em votação.
Se só começo a pagar este ano, e pago exatamente o mesmo que tu, porque carga de agua se pagamos o mesmo tens mais direitos de voto do que eu!!!!
Os nossos euros não valem o mesmo, o raciocínio não deveria ser o económico …. pois são também os meus euros que vão ser geridos, os dos anos anteriores foram geridos nos anos anteriores, já não existem, se não pagava não tive voto na matéria ….
Há quem tenha direitos adquiridos por antiguidade e há quem tenha direitos adquiridos por ser mulher ….
3 Setembro, 2020 at 13:46
Por decreto …. 🙂
3 Setembro, 2020 at 13:54
AHHHHH!
Se eu pago há 10 anos, e tu pagas há um, não pagámos o mesmo…
Depois, é um critério.
Tu achas que é, principalmente, um critério económico.
Eu acho que é, principalmente, um critério de fidelidade.
Quando tiveres 10 anos de fidelidade como eu, terás os mesmos votos que eu tinha quando tinha esses mesmos 10 anos de fidelidade. Logo, é absolutamente justo.
Toda a gente com a mesma fidelidade, tem os mesmos votos.
E tu só és fiel se quiseres. Não tens nenhuma obrigação de o ser.
Se não quiseres ter nenhuma obrigação para com o Sporting, não tens. Não és obrigado.
Só tens se quiseres ter.
E se quiseres ter, é como diz nos Estatutos. Não é como tu achas que deve ser – ou eu, ou quem seja.
3 Setembro, 2020 at 14:01
Precisas de outro exemplo, um sócio desde que nasceu em 2000 e outro também sócio desde que nasceu em 1980, porque não tem direitos de voto iguais, o sócio nascido em 2000 deveria ter sido inscrito quando ainda era um projecto nos tintins de alguém ….
Lá está terminas dizendo que é importante o decreto ….
O euros que pagastes antes de eu ser sócio foste tu quem teve possibilidade para decidir a gestão dos mesmos, por não pagar não tive esse direitos, a mesma quantidade de euros que entregamos agora , só porque existe um decreto não temos os mesmos direitos para decidir sobre a gestão dos mesmos, apenas e só porque existe um decreto ….
3 Setembro, 2020 at 14:13
Malcolm…
A fidelidade é medida em anos, porque é a única maneira de a medir. Não há outra.
Se há, explica aí qual é, sff.
Decreto é uma merda que alguém decide, que pode ser uma minoria, ou uma maioria.
Os Estatutos do Sporting são o que os sócios decidiram que seja. Queres chamar-lhes decreto? Pois chama… Não invalida que foram decididos pela maioria de quem de direito podia decidir. E, do meu ponto de vista, de uma forma justa e que faz sentido – ainda que aceite que se podia discutir se deve haver a diferença que há neste momento.
Decidir que eu e tu ganhamos o mesmo, apesar de tu gerares 5 mil euros e eu só gerar mil euros, é outra coisa completamente diferente. A mim aqui já nem parece justo, nem parece algo que faça sentido.
Eu defendo o mérito, tal como defendo a fidelidade.
Se trabalhar bem é uma coisa; se trabalhar mal é outra. Em ambos os casos trabalho. Mas não é a mesma coisa.
Tal como se for fiel há 20 anos é uma coisa; se for fiel há 2 é outra. Em ambos os casos sou fiel. Mas não é a mesma coisa.
3 Setembro, 2020 at 17:40
Migeuel, o decreto ter sido em Estatuto, não invalida que tenha sido em decreto.
Qualquer decreto pode ser revogado por outro. Qualquer Estatuto de Clube ou Associação pode ser alterado por uma AG de Associados.
No caso dos Estatutos do Sporting, porque uma maioria há 52 anos os decidiu alterar, serão agora precisos mais que a maioria dos Sócios para devolver ao Clube a Democracia Associativa original (dos primeiros 62 anos do SCP em que 1 Socio valia 1 Voto.
Mas mesmo com maior dificuldade, pode haver uma maioria de VOTOS em AG que decida alterar para 1 Sócio = 1Voto o que não “despremeia” nenhuma “fidelização”. O número de anos a mais que u sportinguista tenha de sócio relativamente a outro já é premiado pelo usufruto a mais (exactamente por esse número de anos) relativamente ao outro. Acrescentar a essa premiação a da desigualdade do Voto não é premiar fidelização. É anti democrático e elitista.
É suposto que o custo das quotas anuais de um Sócio sejam largamente compensados com os benefícios materiais de ser sócio do Sporting (descontos nos jogos de todas as Modalidades, em artigos de Merchandising, descontos ou benefícios por acordos com empresas – Galp, Repsol, BES, BCP, alojamentos, restaurantes, actividades, bem estar, produtos, etc). Logo e cada ano a mais que é sócio relativamente a outro já beneficiou muito mais do que esse outro. ISSO DEVIA BASTAR! (já nem falo do orgulho de pertencer à família sportinguista com o DIREITO de participar em muitas das decisões sobre o rumo e o desenvolvimento do Clube do seu coração.)
SL
3 Setembro, 2020 at 17:17
Mas não é isso que se passa em TODAS as Selecções do Mundo? Pagam o MESMO a todos os atletas (variam os prémios consoante o “desempenho” de cada ou as “escolhas do seleccionador/treinador”, mas até aí a tabela é igual para todos.
Não comparem os Clube com isto. Nos Clubes o acordado com os jogadores é fruto de negociação INDIVIDUAL
Nas Federações e respectivas Selecções o que é atribuído aos jogadores é fruto de uma tabela colectiva.
Quanto à questão das receitas. É bom de ver que, a nível de Selecções há uma muito menor discrepância na capacidade de angariação de receitas, do que aquela que existe nos Clubes. Além de as receitas globais publicidade, sponsoring, direitos televisivos, estarem muito mais centralizadas; as receitas de bilhética são sempre de lotação máxima ou quase. Isto no que se refere a Selecções vs Clubes; são 2 “Universos” não comparáveis (e muitas vezes até conflituantes).
Quanto à questão do Género ela não tem que ver com receitas mas sim com Direitos. É sim uma questão política e social! E deve ser! As Federações representam o Estado. Têm a obrigação Ética e até Funcional (sendo de utilidade pública) de, na medida do possível, promover Direitos e Princípios como os da equidade ou da Igualdade de Géneros.
Um abraço e saudações leoninas
3 Setembro, 2020 at 13:24
Merda por decreto é a mentalidade que está instalada, isso sim.
3 Setembro, 2020 at 13:26
Qual é a mentalidade instalada?
3 Setembro, 2020 at 12:26
Percebo que se queira dar um incentivo ao FF e que isso custa dinheiro….
Mas sou muito sincero…
Preferia que investissem no FF do que insuflassem o pagamento ás jogadoras.
Que tirassem do dinheiro que o Masculino gera e que investissem na formação, na divulgação, etc….
Isto é uma medida puramente politica para calar quem clama por isso. O movimento começou onde fazia sentido começar. Nos EUA, em que o FF gera o mesmo ou mais rendimento que o masculino. Agora está a colar a outros quadrantes…lá está…preferia que investissem na modalidade em si do que pagar ás jogadoras para as calar. As próprias jogadoras deviam ter isso como prioridade…
Se fosse os jogadores a pedirem aumento de prémios à Federação andava tudo a dizer que era uma vergonha e que deviam era jogar à bola e que irem à selecção já devia ser prémio suficiente….
Quando o FF gerar as receitas e o movimento que gera o masculino, aí sim faz sentido igualar os prémios….
3 Setembro, 2020 at 12:46
Eu defendo que devem haver tectos para o que uma equipa pode gastar e que todo o dinheiro acima disso deve ser investido no clube, na formação e até uma parte na sociedade.
Por exemplo, os clubes formadores deviam receber muito mais do que recebem. Só assim podem evoluir e serem melhores.
E uma Federação deve investir mais no FF do que o dinheiro que recebe daí mas não é a pagar mais às jogadoras. É a fomentar a modalidade, a ajudar clubes que têm a modalidade e têm poucas condições, etc.
Enfim… É só mais uma merda que distorce a meritocracia.
Homens e mulheres são diferentes. Ponto.
Devem ser todos tratados com respeito. Ponto.
O mesmo desempenho deve ser remunerado igual.
Mas há que perceber que numas coisas os homens têm um melhor desempenho e devem, por isso, ganhar mais, e noutras são as mulheres a ter melhor desempenho e devem ser elas a ganhar mais.
Esta merda do todos somos iguais vai foder isto tudo!
Não somos todos iguais.
3 Setembro, 2020 at 13:03
Em 2019, a Austrália introduziu nas suas selecções o princípio da igualdade salarial
Nos USA a pretensão das campeãs do Mundo capitaneadas pela Rapinoe foi rejeitada por um Tribunal da Califórnia que não considerou válidos os argumentos apresentados pelas jogadoras. A US Soccer indicou que pagou às mulheres 34,1 milhões de dólares em salários e bónus, enquanto os homens receberam 26,4 milhões, embora as selecções masculinas tenham gerado receitas de 185,7 milhões em 191 jogos, contra 101,3 milhões em 238 jogos das femininas.
Quanto ao Brasil, parece-me que essa igualdade é aplicável nas diárias (lógico) e prémios de jogos (não sei se é percentual aos chacets, receitas dos jogos ou outras)
3 Setembro, 2020 at 13:24
Uma coisa é ver a situação e o contexto país a país, e outra é ver isto na globalidade do mundo.
Há países onde é perfeitamente comprensível que as mulheres ganham o mesmo que os homens num determinado desporto, porque as receitas que geram, masculinos e femininos são muito similares. Nada contra isto e até tudo a favor.
Agora, onde existe uma diferença gigante, não se pode exigir valores iguais.
No caso dos USA a coisa lá funciona de um modo diferente do que estamos habituados na Europa e por isso é difícil comparar. Sempre ouvi dizer que era a Federação que tinha os passes dos jogadores e que depois os distribuía pelos clubes – num critério lá deles que nem conheço.
Talvez o Álvaro saiba melhor como funciona…
3 Setembro, 2020 at 20:25
Miguel, nos EUA são os Clubes que contratam (como acho que em todo o lado). Mas a NWSL (Liga Feminina) impõe uma série de restrições a essas contratações: tecto salarial, número máximo de jogadoras do plantel, número mínimo de jogadoras formadas no Clube, número de máximo de novas jogadoras oriundas do Futebol Universitário (isentas de vencimento durante um ano), número máximo de jogadoras estrangeiras, e – outra regra muito importante – AS JOGADORAS DE SELECÇÃO (com 1 ou mais internacionalizações nos últimos 3 anos) são pagas pela Federação e esse vencimento não fica incluído no tecto salarial.
A Federação não detém os passes das jogadoras da Selecção, mas, sempre que uma das equipas da NWSL, ultrapassse um determinado número de seleccionadas tem de prescindir das excedentes, indicando as que ficam alocadas a uma redistribuição aos Clubes com menos seleccionadas.
Do mesmo modo, as “rookies”, oriundas dos campeonatos Universitários, são seleccionadas pela NWSL e entram numa bolsa de licitação pelos Clubes num “mercado” específico de pré-época/início de época.
Mas, lá está, como atrás o Miguel salientou, existe muita diversidade na realidade específica dos diferentes mercados. Os EUA têm, no Futebol Feminino, uma Formação de base nas Escolas e Campeonatos Universitários altamente competitivos que são a ante-câmara de acesso ao Futebol profissional (tal como sucede no Basket, no Futebol Americano, no Baseball e no Hóquei no Gelo).
Um abraço e saudações leoninas
3 Setembro, 2020 at 13:26
“Isto é uma medida puramente politica para calar quem clama por isso.”
Que nunca doa a voz a quem clama. Se ninguém clamasse, muito mais injustiça existiria no mundo. Haja quem oiça. E aja! Nem que seja para calar. Quem clamou agradece.
Ócumcatano…
3 Setembro, 2020 at 13:47
Pois…
Tu podes clara por algo absolutamente justo. Ou podes clamar por algo que é um absurdo.
Num caso está correcto e, sim, nunca lhes doa a voz!
No outro está mal, e vão p’ró caralhinho os foda!
Lá por se clamar de algo não quer dizer que se tenha razão.
(bastava ler-te aqui para perceber isso… 😀 😀 😀 )
(foi só para te irritar)
3 Setembro, 2020 at 13:55
E conseguiste. Por isso, vai pócaralhinho que ta foda. É que a justiça, o absurdo ou a razão das reivindicações, depende de quem as julga. Mal estaríamos se mandasses alguma coisa, pelas amostras. E agora só para te irritar: pois se até votaste Varandas, vê lá a tua capacidade para julgar o que é absurdo…
3 Setembro, 2020 at 14:36
🙂
Mas eu aceito a tua critica.
Tanto aceito que já aqui disse que votei mal.
De qualquer maneira acho mais normal ser enganado pelo Varandas do que achar que quem gera milhares deva ganhar milhões… A não ser que sejas da geringonça.
Depois, é óbvio que quem clama acha sempre que tem razão.
Tem de ser quem julga – e aqui refiro-me a quem vai decidir mas também a quem, de fora, assiste ao clamar e à decisão – julga que decide se tem razão ou não.
Isto é, mais uma vez, senso comum.
3 Setembro, 2020 at 14:36
🙂
Mas eu aceito a tua critica.
Tanto aceito que já aqui disse que votei mal.
De qualquer maneira acho mais normal ser enganado pelo Varandas do que achar que quem gera milhares deva ganhar milhões… A não ser que sejas da geringonça.
Depois, é óbvio que quem clama acha sempre que tem razão.
Tem de ser quem julga – e aqui refiro-me a quem vai decidir mas também a quem, de fora, assiste ao clamar e à decisão – julga que decide se tem razão ou não.
Isto é, mais uma vez, senso comum.
3 Setembro, 2020 at 18:22
Tiago, uma coisa não interfere (ou não deveria) com a outra. As Federações recebem do Estado, das Confederações, das suas receitas (sponsors, bilhética, direitos televisivos, etc) e têm a OBRIGAÇÃO de promover a prática dos desportos que subvencionam.
Existe, por isso, um obrigação de investimento no apoio e incentivo à Formação (por via da organização de competições pelas Associações Distritais ou Regionais a ela adstritas, por via da premiação aos Clubes Formadores, por via do incentivo das Selecções jovens que patrocinam e da recompensa aos Clubes que as alimentam) no apoio ao Desporto Escolar (por via da co-organização de eventos de Promoção da Modalidade, do apoio à organização de Torneios Escolares, da cedência das Instalações do estádio Nacional para Fases Finais Nacionais de Jogos Inter- Escolas/Selecções de Agrupamentos de Escolas, etc).
Temos de “separar” esse investimento do sector profissional.
O sector profissional nas Federações é muito mais regulação e menos investimento. O investimento aí centra-se nas Jogadoras de Selecção.
Infelizmente, na Formação do FF (e do FM diga-se) o investimento da FPF é idêntico ao formato do que investe nos respectivos sectores profissionais (as selecções e pouco mais).
Ora, a FPF é “representação” do Estado. Compete-lhe (um pouco como ao Estado com os seus Impostos), uma política de distribuição dos seus rendimentos que procure ser “socialmente solidária”, promotora do desenvolvimento, “economicamente” reprodutiva. Mais do que aquilo que fazem as SADs dos Clubes, com a sua Formação ou com o seu FF (as que o têm), compete à Federação redistribuir por estas boa parte dos seus rendimentos ou do seu investimento.
Um abraço e saudações leoninas
3 Setembro, 2020 at 13:28
Não há tasqueira que me acuda? Vou passar por feminista, que até é coisa que não sou. Extremista, pelo menos. Defendo que se deve ganhar de acordo com o mérito e o esforço de cada um. E não é isso o que se passa no futebol masculino vs. feminino.
3 Setembro, 2020 at 13:39
“Premiar alguém por ser Mulher é em si uma forma de descriminar.”
3 Setembro, 2020 at 14:04
Foda-se… Quando perceberes que não é “premiar”. Tu não és burrinho nenhum, e sabes perfeitamente que a discriminação está fortemente implantada no nosso país, e muito ainda no Mundo. A merda toda é haver gajos como tu que acham que pagar igual aos dois géneros é “premiar” o feminino. Não há pachorra.
3 Setembro, 2020 at 16:39
🙂
Não espumes tanto que te tolda o raciocínio…
Eu não acho que se deva premiar ninguém.
Começa logo aí o teu erro.
E daqui para a frente é uma sucessão de equívocos que te leva depois a barbaridades como “o teu superior moralismo”!
As pessoas, homens ou mulheres, não têm de ser premiadas.
Têm de ser pagas justamente por aquilo que produzem.
P O N T O !
Fazem um serviço/trabalho e recebem de acordo com isso. Não é um favor que lhe fazem se lhe pagarem o que é justo.
Aqui tens um conceito básico que podes assimilar.
Uma pessoa que produz 70 não pode receber 100. Mas uma que produz 300 pode receber 150.
Não é por esta receber 150 que a que produz 70 tem de receber 150 também.
As pessoas deve receber de acordo com o seu mérito e o seu mérito está associado ao que produzem, seja bananas, seja pessoas educadas, sejam pessoas curadas, sejam espectadores num estádio, num teatro, num cinema ou na televisão.
Não interessa se é branco ou preto, se é homem ou mulher, qual seja a sua orientação sexual, se fode muito ou nunca fodeu, se é católico ou protestante, se é novo ou velho, se é pai ou avô… Nada disto interessa.
Recebes de acordo com o teu mérito e seres colega de um génio não faz de ti génio também.
Tens aqui outro conceito básico que podes assimilar.
Posto isto, qual é mesmo a tua dúvida em relação ao que eu acho sobre como se deve pagar?
3 Setembro, 2020 at 16:44
Ana eu acho que quem representa o país deve receber por modalidade de maneira igual. Femeninos e masculinos. Uma rutura de ligamentos num homem é igual a de uma mulher e de certeza que depois disso se for ao serviço da seleção de certeza que o que ganham no clube será sempre inferior. Ou seja prémios iguais. É mesmo assim as mulheres têm tratamentos diferentes….
3 Setembro, 2020 at 13:30
“futebol Feminino? Nem é futebol, nem é Feminino…”
🙂
Fora de brincadeiras, boa medida, mas em PT o hype andou em alta á uns 2 ou 3 anos, lembro que havia algum entusiasmo, hoje já não vejo isso.
A ver vamos o futuro.
Cada vez mais o futebol é Universal e chega qualquer um com muito facilidade.
3 Setembro, 2020 at 13:49
Qual hype?
Oh pá…
3 Setembro, 2020 at 14:17
claro que houve, até o Benfica se juntou á festa.
Havia muito mais interesse na modalidade.
3 Setembro, 2020 at 15:09
Tiveste um fogacho. Tal como há uns anos com os “Lobos”, em que meio país se queria dedicar ao rugby.
São modas, duram uma semana nas notícias, até aparecer um novo assunto importante, tipo o novo Big Brother ou a mala Chanel da Pepa.
3 Setembro, 2020 at 14:01
Tiveste o hype quando o Sporting apostou forte na modalidade e a divulgou. Adormeceu, porque se estiveram a borrifar para isso, e na época passada, com o esselbê na primeira, recuperou-se um pouco do entusiasmo, porque tinhas Sporting, Braga e encarnados a darem luta uns aos outros. Criasse o fcp uma equipa feminina também. Tudo depende do investimento e empenho que é colocado no que quer que seja. Por isso defendo os tetos salariais (em todas as modalidades, não só no futebol). Representaria um maior equilíbrio entre as equipas, a competitividade aumentaria, assim como o espetáculo e o interesse. Mas dá algum gozo ir ver um jogo em que se sabe que uma equipa vai golear a outra?
3 Setembro, 2020 at 14:05
Há os que falam, falam, falam e que com isso acham que mudam o mundo.
E depois há os que mudam realmente o mundo.
So não merece aquele nome próprio.
3 Setembro, 2020 at 14:05
Boa discussão
O sentido da proporcionalidade entre o que se gera e o que se recebe é natural. Embora na vida haja profissões que geram pouca ou nenhuma receita (tipo profes, ou os homens do lixo), e dificilmente viveríamos sem eles. Ao contrário há os Unicórnios da tecnologia, que geram receita sem gerar qualquer valia real. Adiante.
As selecções funcionam, ou deviam, de modo diferente dos clubes, que são entidades privadas. Os clubes pagam o que acham que devem pagar. Não há em qualquer clube proporcionalidade entre rendimento e salário, pois este é definido à partida, em troca de um serviço.
A selecção é uma coisa parecida com um préstimo à Nação, em que um profissional abdica do seu tempo e capacidades. Portanto, faz algum sentido equiparar homens e mulheres. Cada Federação devia fazê-lo, claro que a FPA não paga tanto como a FPF.
Se formos ser picuínhas e pagar proporcionalmente ao rendimento gerado, oh ‘migos, o CR7 tem de receber de cachet tanto como os outros todos juntos, pois é ele que traz muito do rendimento da FPF. Ou aqueles particulares bem pagos são para ver o Cancelo e o Sanches?
3 Setembro, 2020 at 14:12
Percebo isso mas diz-me uma coisa…
Nesse sentido, achas que a FPF deve pagar exactamente o mesmo que paga a um jogador de futebol 11 masculino que a uma jogadora de futebol de praia feminino?
3 Setembro, 2020 at 14:15
Acabam por ser modalidades diferentes. Portanto deve haver equiparação por género dentro de cada uma, pelo menos em termos de cachet diário.
A questão dos prémios é certo e sabido que passa por uma negociação colectiva.
3 Setembro, 2020 at 14:18
Mas porque é que descriminas a modalidade?
Não são todas: “A selecção é uma coisa parecida com um préstimo à Nação, em que um profissional abdica do seu tempo e capacidades.”?
E eu estou a ir a modalidades dentro da mesma Federação…
3 Setembro, 2020 at 14:55
Sim, idealmente a diária de qualquer federado que represente a selecção devia ser igual.
3 Setembro, 2020 at 15:13
Ok. É a tua opinião.
Compreendo.
Não concordo.
3 Setembro, 2020 at 18:04
O problema está precisamente aí.
Em representação da Nação, o pagamento é precisamente esse, e não o monetário.
Mas já sabemos que o Mundo não funciona assim…
3 Setembro, 2020 at 14:40
Acho redutor achar que um professor não gere dinheiro… Lá está, é outro assunto que nos levaria a uma grande discussão mas já sei que, tu, grande só queres gajas para o FF…
E quem diz professores diz homens do lixo e outras profissões – médicos, enfermeiros, etc.
De resto, Nuno, o Tiago já apanhou a tua contradição. Não vou bater mais no ceguinho…
3 Setembro, 2020 at 14:48
Os professores não geram receitam, só dão despesa. Pelo menos no público dizem que é assim.
3 Setembro, 2020 at 16:29
Tu, para ensinar o teu filho, queres um bom professor ou um professor baratinho?
3 Setembro, 2020 at 16:45
Pela tua lógica baratinho se for mulher e caro se for homem…
3 Setembro, 2020 at 17:49
Quero um professor pago condignamente.
Tu queres um professor pago em proporção da receita gerada.
Como o sistema de educação pública não gera receita…
3 Setembro, 2020 at 18:13
Estou absolutamente de acordo contigo.
Aliás… Os atletas, em representação da Nação, nem deveriam receber quaisquer valor pecuniário.
As viagens, alimentação e estadia já são pagas pela FPF.
Geram receitas? Claro que sim.
Podem prejudicar os clubes que lhes pagam se se lesionarem? Claro que sim (embora tenham seguro)!
Mas representar a nação já deveria ser motivo /pagamento / reconhecimento suficiente para qualquer atleta.
Compreendo e aceito os argumentos contrários a minha posição (excepto se quiserem comparar o incomparável).
3 Setembro, 2020 at 18:14
*pelas respectivas Federações (em vez de ser só a FPF)
3 Setembro, 2020 at 14:13
Acabem com o feminino e masculino e fassam futebol misto. Não ha diferenca entre ser homem e mulher…são exatamente IGUAIS!!!
E ja agora no atletismo… jogos olimpicos Mistos tambem.
Quero ver quantas mulheres chegam ao topo e igualam com os homens… senao é ver os records quantas mulheres teem records melhores que os homens? Pois…
3 Setembro, 2020 at 14:17
Nisto alguém me pode ajudar…..
O futebol 11 não é misto?!
O futebol feminino é só para jogadoras mas uma mulher não pode jogar numa equipa de futebol 11? O Sporting não podia contratar uma miúda para jogar na equipa principal do Sporting?
Tenho mesmo essa duvida…até porque há casos de raparigas a jogar com rapazes no futebol de formação…eu já ouvi mais que uma…
3 Setembro, 2020 at 14:26
O que interressa isso? Numa qualquer empresa ha mulheres que trabalham o mesmo que os homens ou ate mais, nunca podem ganhar menos só por serem mulheres isso existia e era uma aberração!Agora no desporto é muito diferente somos biologicamente diferentes fruto de milhares de anos de evolução… A vertente feminina existe para dar possibilidade as mulheres de competir, se a vertente feminina gera menos dinheiro e fans não podem receber o mesmo que os Homens. De certesa que ha mais mulheres a ver futebol masculino que feminino…
3 Setembro, 2020 at 14:32
Interessa porque eu tinha duvidas se era possivel ou não…
Agora já sei…
3 Setembro, 2020 at 14:45
Se estivesses a falar de uma selecção mista – 6 mulheres e 5 homens – sim, as mulheres teriam de ganhar o mesmo que os homens. Mas não é isso que se fala e que tu queres comparar com uma empresa de trabalhadores mistos.
Supondo que tens 2 empresas no mesmo ramo, uma só de homens e outra só de mulheres, quem ganha mais?
Não será isso decidido por aquilo que a empresa produz e factura?
Ou todos os trabalhadores dessas duas empresas ganham igual, para não haver diferenças entre salários de homens e mulheres?
Sapatos e meias são ambos para os pés. Mas uma coisa são meias e outra sapatos. Não é tudo igual!
3 Setembro, 2020 at 14:46
Não era aqui!
Sorry
3 Setembro, 2020 at 14:58
Sério? O que determina o salário é o que a empresa factura?
3 Setembro, 2020 at 15:02
Entre outras coisas…sim…
O que a empresa fatura e a importância daquela pessoa para o que a empresa fatura…
Ou pelo menos na minha opinião devia ser…
3 Setembro, 2020 at 15:06
Na minha o “management” manda todos os anos uma mensagem bonita a dizer que facturaram um número com bué de dígitos, e não vejo isso reflectir-se nos salários da classe operária.
Deves estar a pensar em CEO e gestão de topo. No trabalho braçal duvido que a Nike pague mais aos putos que cosem as bolas do que uma empresa portuga que facture 1/10000.
A última frase está correcta.
3 Setembro, 2020 at 15:10
Daí a “importância daquela pessoa para o que a empresa fatura…”
Um designer da Nike ganha muito mais do que um funcionário do trabalho braçal…..por é mais exclusivo e por isso mais importante para a empresa. E esse vai ganhar em função do que a empresa fatura.
Mais ainda se estamos a falar de uma empresa que vende apenas o produto do trabalho de 30 ou 40 pessoas…
Já agora…
O Seleccionador feminino deve ganhar o mesmo que o seleccionador masculino?
3 Setembro, 2020 at 15:11
Apesar de…
Como deves imaginar, ter fábricas a empregar putos de 6 e 7 anos no Bangladesh não é o que eu
“minha opinião devia ser…”
3 Setembro, 2020 at 15:20
“E esse vai ganhar em função do que a empresa fatura.”
Treta. Sabes perfeitamente que não é assim.
Tal como há empresas que podem facturar menos mas pagar mais. Há empresas com diferentes graus de diferença entre níveis salariais. Há empresas que têm aumentos na receita e lucro (vou assumir que por facturação o Miguel quer dizer lucro), e isso não se reflecte em salários. Aliás, muitas vezes o próprio lucro é obtido através da redução da despesa.
Quanto ao futebol:
Os assalariados da Federação ganham valores diferentes. Isso inclui treinadores.
Não tentes fazer com que eu diga que toda a gente deve ganhar por igual numa empresa ou organização (como é a FPF), porque sei perfeitamente que não é assim que a coisa funciona nem deve funcionar.
No caso das idas à Selecção, acho que o valor pago diariamente deve igual. Os jogadores não são assalariados da Federação, e até se podem negar a ir.
3 Setembro, 2020 at 15:41
Trabalho braçal é trabalho braçal.
Basicamente pagas o tempo da pessoa ali a repetir uma tarefa.
Tendo 1000 pessoas para escolher para fazer essa tarefa, não vais pagar bem aos 10 que escolhes.
A conversa já desviou do tema…
3 Setembro, 2020 at 16:03
Bem, para já temos de nos situar no contexto especifico do desporto que é basicamente o entretenimento – onde se insere também a TV, o teatro, o cinema, o circo, etc…
E aqui as pessoas, portanto, os trabalhadores que fazem o espectáculo dando a cara, recebem muito com base no que fazem a empresa facturar que também tem por base, quase sempre, o seu talento, logo, o seu mérito.
Um equipa que factura muito dinheiro chegando a muita gente, pode contratar o Ronaldo. Uma equipa que facture pouco e tenha um mercado reduzido, não pode.
E isso serve, por exemplo, para o cinema. Uma grande produção pode contratar o Cruise ou o Pitt e o cinema português não pode.
Vendo de outra perspectiva, os M€ que um Cruise pede para uma produção gigantesca serão uns e o que pede para uma produção grande mas não gigantesca serão outros – é fácil constatar isto pelas noticias.
No teatro tudo isto é muito evidente. Numa grande produção os actores ganham uma quantidade de dinheiro e numa pequena produção ganham outra. E isto está associado ao valor que a produção gera, ao publico que alcança, etc.
E é este o tema: num meio onde se gera mais dinheiro as pessoas recebem mais e num meio onde se gera menos dinheiro as pessoas recebem menos, ainda que façam o mesmo trabalho.
É bom também que se perceba que quando falamos de desporto há duas realidades diferentes logo à partida, ainda antes de sequer abordarmos a modalidade: a vertente masculina e a vertente feminina. Poucos são os desportos onde homens e mulheres competem nas mesmas equipas ou entre eles. São raras as excepções.
No mercado de trabalho isso cada vez acontece menos, ainda que haja trabalhos onde há muito mais mulheres e outros onde há muito mais homens.
E aqui, em termos de fazer o mesmo trabalho tendo um desempenho semelhante, sim, homens e mulheres devem receber o mesmo e isso deve estar sempre em consonância com o seu desempenho. Para mim isto não tem discussão, nem é relevante a sua religião, a sua preferência sexual, a sua cor de pele, etc.
3 Setembro, 2020 at 15:38
Sim, o que a empresa factura tem influência no salário. Obviamente não é isso que determina o salário. Mas têm influência.
Por isso pequenas empresas têm muita dificuldade em pagar excelente trabalhadores.
3 Setembro, 2020 at 14:29
Não, futebol misto apenas até aos juvenis.
3 Setembro, 2020 at 14:31
Obrigado!
Então é apenas até aos Juvenis…
Eu tinha mesmo essa duvida…não sabia que não era possivel. Acho mal…Devia ser possivel (eu sei que é fdd por causa do balneário mas não é propriamente um problema inultrapassável)….
3 Setembro, 2020 at 14:51
Bem, na realidade a Biologia encarregar-se-ia do tema. Só é permitido até essa idade porque é nessa idade que se dão as grandes transformações físicas nos adolescentes. Talvez pudesse existir alguma excepção a confirmar a regra, ou talvez não fosse necessária regra e deixar a natureza tratar, mas a barreira natural seria por volta dessa idade.
Por alguma razão, nos clubes onde existe FF, quando se fazem jogos treino jogam seniores F com Juniores M ou mesmo Juvenis M. A diferença atlética é brutal e a mobilidade natural ainda vai demorar algumas décadas a desenvolver.
Já agora acrescento a minha opinião sobre os prémios.
Para facilitar digo que concordo, neste tema, com o Miguel.
Saudações Canarinhas.
3 Setembro, 2020 at 14:54
Sim. Daí eu ter essa duvida….porque para mim seria igualmente plausível não haver essa restrição mas ser uma “selecção” natural…
Mas de qualquer forma poderia sermpre haver “fenómenos”….a melhor jogadora do mundo pode não ter lugar no melhor clube do mundo masculino mas podia ter lugar num clube mais pequeno…
Não sei…nunca pensei muito no assunto e confesso que não sou grande adepto de FF por isso conheço pouco…
3 Setembro, 2020 at 15:40
A irmã de um amigo meu jogava com os rapazes até este ano, até tinha mais qualidade do que alguns. Mas fisicamente é muito mais “débil”, não vai conseguir continuar a competir com os rapazes que são muito mais fortes fisicamente e muito mais rápidos. É biologia, não é discriminação, não há nada a fazer.
3 Setembro, 2020 at 16:09
Mas as pessoas levam tudo para a discriminação.
Acham que mulheres e homens têm de ser iguais em tudo. E a natureza já os fez diferentes à partida. Deviam perceber isso assumindo que em termos de direitos e justiça, sim, devem ser tratados igualmente. No resto é assumir que somos diferentes e cada um dar o melhor de si.
3 Setembro, 2020 at 18:41
Meu caro soulrak, só para lhe dar um exemplo que contraria esse postulado que enunciou (e que até acho absurdo, porque não se está a comparar performances atléticas, mas apenas o exercício de actividade profissional NAS SELECÇÕES): a equipa de infantis feminina do SCP (só meninas e em que as jogadoras mais velha tinham 11 ou 12 anos) competiu 2 anos na AFL Lisboa sub14, futebol de 7, D2 contra mais 11 equipas SÓ DE RAPAZES (que podiam ser mistas mas nenhuma tinha uma única rapariga e em que não havia miúdos com menos de 13 anos – portanto além de serem rapazes contra raparigas eram TODOS mais velhos que TODAS e, naquelas idades, só isso já pode significar uma grande diferença física). Ora, mesmo nessas condições, as nossas meninas terminaram um ano em 6º lugar e neste ano estavam em 5º quando aprova foi interrompida devido à COVID.
SL
3 Setembro, 2020 at 14:39
Nunca pensei muito no tema, mas em seleções não há ordenado, há prémios. Entendo que as receitas são muito inferiores ao que gera o negócio no masculino, mas isto é muito discutível.
Para já, o primeiro passo é investir. Dar condições. Apostar. Elevar as modalidades onde ainda há uma diferença grande entre homens e mulheres.
Não falo de questões físicas, falo do interesse do público em geral. E no que toca ao futebol nem é preciso comentar.
Já nos clubes, quem vale mais, quem trabalha mais, que produz mais, só tem de ser melhor pago/a, seja qual for o género, idade ou cor dos olhos.
3 Setembro, 2020 at 14:59
É, de facto, complicado pensar que a diária a pagar é diferente, mas então o que se faz?
Paga-se 50€ por dia a qualquer pessoa de qualquer selecção, de qualquer escalão, de qualquer modalidade? E depois “divide-se” os prémios gerados?
O CR7 que ganha 50€ por minuto (não fiz contas) vai estar igual a uma jogadora que tem ordenado mensal de 1000€ no seu trabalho e ganha mais 500€ de bolsa do clube?
Não dá. Receitas diferentes têm de gerar pagamentos diferentes.
Agora, pegar nos € e subsidiar o FF para o ajudar a crescer, completamente de acordo. Mas não é a pagar mais às 23 convocadas que ajudam as outras 500 a ter melhores condições.
3 Setembro, 2020 at 15:30
O CR deve receber mais de diária do que o Nuno Mendes?
3 Setembro, 2020 at 15:54
Estando os dois na selecção A não.
Dei a entender que dentro do mesmo escalão deve haver pagamentos diferentes?
O que digo, ou tentei dizer, é que para ser possível pagar o mesmo a todos o valor da diária teria de ser baixo (mandei 50€ à toa). Isso seria razoável para alguns grupos e irrisório para outros. Mesmo para alguns dos M U21 50€ é para comprar pastilhas gorila.
Nunca descriminei dentro do mesmo grupo.
3 Setembro, 2020 at 16:12
Se o CR7 fosse um gajo mal formado, provavelmente exigiria isso. É que o cachet da selecção com ele é um e sem ele é outro muito mais baixo.
Agora, o homem não é parvo e sabe que, nem isso era correcto, nem era bom para ele. Lá está, o bom senso ajuda a resolver muita coisa, quando está presente.
3 Setembro, 2020 at 16:15
Certo, é por aqui.
Mas este tema é sensível e convém mesmo separar o que é uma seleção de um clube.
Volto a dizer, investir, ajudar. Assim que o futebol feminino tenha outra impacto no públio, será mais fácil combater a desigualdade, ou pelo menos evitar discrepâncias enormes.
3 Setembro, 2020 at 16:25
Não é separar os clubes das selecções… É separar os clubes das Federações. É um bocado diferente.
O Clube já contribui para a modalidade tendo uma equipa a competir, tendo formação… E acaba aí a sua contribuição. O resto é foco na equipa e no que interessa à equipa – dessa modalidade.
A Federação tem a obrigação para com a modalidade, principalmente. E em extensão, à selecção da modalidade. Mas o foco é a modalidade no geral.
O dinheiro que tem deve ser para a modalidade. Para desenvolver a modalidade. Não para pagar mais a quem vai à selecção da modalidade, para fazer disso uma foto politicamente correcta.
Os prémios na selecção no FM não são nada maus. Mas comparando o dinheiro que aí se gasta com o orçamento total da FPF e com as receitas da FPF, é muito pouco.
Se vão pagar o mesmo às mulheres, percentualmente, o dinheiro que vai para prémios nas mulheres será muito superior em comparação com o dos homens e o dinheiro para investir na modalidade muito inferior ao dos homens. Só isto já dá para ver que existe aqui um absurdo. Então, onde é mais preciso investir é onde, percentualmente, se investe menos?
3 Setembro, 2020 at 16:52
Federação, seleção, same shit.
3 Setembro, 2020 at 16:21
Se é que o empresário não aproveita para ser “pago” sem ser em dinheiro…..
Mas isso são outros 500….
4 Setembro, 2020 at 2:35
Miguel, por vezes faz uns raciocínios cuja lógica tenho necessidade em acompanhar.
“Se o CR7 fosse um gajo mal formado, provavelmente exigiria isso. É que o cachet da selecção com ele é um e sem ele é outro muito mais baixo.
Agora, o homem não é parvo e sabe que, nem isso era correcto, nem era bom para ele. Lá está, o bom senso ajuda a resolver muita coisa, quando está presente.”
Não se trata do bom senso do CR7 porque não é ele que define o cachet da selecção. É a Federação que define o cachet da dos Jogadores da Selecção através de Tabelas de “diárias” e prémios para cada fase de cada competição.
Se está, mais uma vez, a confundir cachet com receitas, então estará a laborar no mesmo engano de muitos dos que estão a comentar neste post. A definição dessas Tabelas não é condicionada pelas receitas que a Selecção gera (até porque não sabe quais serão, depende do sucesso desportivo e das afluências de bilheteiras para os jogos em casa). Poderá o Miguel (ou outro Tasqueiro) argumentar que a FPF tem o conhecimento das receitas geradas anteriormente e pode definir as Tabelas em função disso. Mas se o fizer não estará a premiar quem gera essas receitas, Nos últimos 4 anos , a Selecção A Masculina “gerou” receitas extraordinárias ao ganhar um Europeu, ao fazer uma boa campanha na taça das confederações na Rússia, mesmo ao passar a Fase de Grupos do Mundial na Rússia e ao conquistar a primeira Taça das Nações. Atribuir à Selecção que vai disputar o acesso ao Mundial diários e prémios mais chorudos à pala dos sucesso dos últimos 4 anos seria cometer a injustiça de premiar toda uma série de jogadores das novas gerações que “nada tiveram que ver com essas conquistas e essas recitas extraordinárias .
” Os prémios na selecção no FM não são nada maus. Mas comparando o dinheiro que aí se gasta com o orçamento total da FPF e com as receitas da FPF, é muito pouco.”
Lá está, aqui reconhece implicitamente que as jornas/prémios da Selecção tem pouco que ver com as receitas geradas.
“Se vão pagar o mesmo às mulheres, percentualmente, o dinheiro que vai para prémios nas mulheres será muito superior em comparação com o dos homens e o dinheiro para investir na modalidade muito inferior ao dos homens. Só isto já dá para ver que existe aqui um absurdo. Então, onde é mais preciso investir é onde, percentualmente, se investe menos?”
Aqui então ainda sinto mais dificuldade em perceber. Se gastarem o mesmo de prémios/vencimentos das Mulheres na Selecção A a PERCENTAGEM DO ORÇAMENTO É A MESMA NÃO É MENOR. E é isso mesmo que conta a percentagem do Orçamento, porque as Tabelas estão definidas em Orçamento da FPF. O que, desde logo invalida a conclusão de que pagar uma percentagem do Orçamento à Selecção A Feminina e á Selecção A Masculina iria prejudicar o investimento no FF. “Prejudicaria exactamente na mesma proporção que no desenvolvimento Futebol Masculino. Além disso, poderia o Miguel explicar qual o investimento feito pela FPF para desenvolver o FF mesmo alocando uma percentagem ínfima do seu orçamento para as Selecção A Feminina?
E, o entanto até recebe para isso há mais de 10 anos uma quantia específica da UEFA que até foi consideravelmente aumentada nos últimos 3 anos. Notou algum reflexo disso?
As receitas globais da FPF entram para os orçamentos anuais, e, neste milénio cresceram exponencialmente a ponto de termos uma das Federações mais “ricas” (relativamente) do Mundo. Quanto investem em Formação de base no futebol nos 2 géneros, no Futsal, nos 2 géneros, no Futebol de Praia?
Quanto investem no apoio a um Programa de Desporto Escolar?
A FPF tem cada vez mais dinheiro e cada ano investe menos.
O dinheiro foi (muito bem) para a edificação da Cidade do Futebol no Jamor (mas convinha fazer uma auditoria completa aos concursos e aos contractos de adjudicação das obras e ao envolvimento promíscuo das firmas de construção de LFV e do Trolha); vai para a conta da FPF (que vai acumulando capital, o que é incompreensível numa associação de uitidade pública e de representação do Estado); vai para pagar a peso de ouro a míriade de funcionários e consultores e uma série de jobs for the boys porque o dinheiro abunda (para isso).
Preocuparem-se com a pretensa “injustiça” da equidade entre os pagamentos a Jogadores e Jogadoras é passar um pano pela enormidade de negócios e contractos de muito duvidosa ética que têm sido concluídos pelas 3 últimas Direcções da FPF.
SL
3 Setembro, 2020 at 15:53
Isto é um campo minado. No caso dos desportos de competição ganha-se por competência e de acordo com a receita gerada, isso é justo. A Serena Williams deve receber mais dinheiro do que mais de metade dos seus colegas masculinos, porque é a Serena Williams. Se querem ganhar o mesmo, igualem-se. Se querem ganhar tanto como o Ronaldo, Messi, Neymar, Mbappé etc, igualem-se.
O facilitismo é muito mais discriminatório do que que o contrário, e bem sabemos que a maioria procura o facilitismo, confundindo muitas vezes a igualdade com facilitismo. Homens e mulheres.
Quanto ao facto de haver tanta gente a ver o jogo da final do OL de futebol feminino é perfeitamente normal, em França os clubes com mais adeptos são o OM, o OL e o Saint-Etienne, têm verdadeiramente uma escala nacional. Sendo que os adeptos com a cultura de clube ecléctico são os do OL e os do Saint-Etienne, daí eles terem uma grande rivalidade, até pela proximidade regional. O PSG, por muito que achem que tem uma escala nacional, não tem. Praticamente não passa da zona de Paris (tal como os do Monaco, não passam do Monaco) e mesmo assim há muito adeptos do OM e do OL na capital e nos seus arredores. Nos anos que lá estive (e andei na escola básica), não conheci praticamente ninguém do PSG e estava nos arredores da capital. No entanto, conheci muita gente do OM e do OL.
3 Setembro, 2020 at 15:59
*escola básica até ao 5 ano e no primeiro e segundo ciclos.
Quando me perguntavam qual era o meu clube, obviamente que lhes dava a conhecer o Sporting Clube de Portugal. Ia sempre com a minha camisola alternativa 2001/2002 a dizer Jardel atrás (que com o tempo descolou, mas manteve-se o 16, ao menos isso) para as aulas de educação física. Sempre com o maior orgulho do mundo. Vai ser um dia a camisola do meu/minha filho/a. Sporting sempre!
3 Setembro, 2020 at 16:02
O Mónaco nem no Mónaco tem muitos adeptos, quanto mais….
Curiosamente nunca achei que o PSG tivesse escala nacional….Sempre achei que era um clube que só tinha adeptos em Paris e tenho duvidas se o PSG tem metade dos parisienses como adeptos…
3 Setembro, 2020 at 16:16
“O facilitismo é muito mais discriminatório do que que o contrário, e bem sabemos que a maioria procura o facilitismo, confundindo muitas vezes a igualdade com facilitismo.”
Muito bem dito. Concordo a 100%.
Quem acha que todos devemos ganhar o mesmo é quem não está para se esforçar muito. O gajo ambicioso e esforçado quer ganhar pelo seu mérito e esforça-se por subir na vida.
3 Setembro, 2020 at 17:34
Quem acha que todos devemos ganhar o mesmo?
3 Setembro, 2020 at 18:15
É bem. Justo.