O Sporting foi à Madeira confirmar que o próprio Marítimo não sabe como ganhou a partida para a Taça, despachando os homens do caldeirão com dois golos sem resposta e deixando o segundo classificado a seis pontos de distância. Pote bisou e confirmou a melhor primeira volta de sempre de uma equipa leonina em campeonatos com 18 ou mais equipas

pote marítimo

A derrota nos Barreiros e consequente eliminação da Taça não tinham deixado conformado um único adepto leonino. O desperdício tinha sido muito e o castigo havia chegado com a eficácia madeirense, traduzida numa eliminação da Taça de Portugal. Embora consciente da superioridade apresentada nesse jogo, o Sporting não arriscou e trocou o equipamento branco pelo negro numa partida para a qual entrava sabendo que o seu mais directo perseguidor, o fcPorto, havia empatado no Jamor, com o BeSad. E desde cedo os Leões deram sinais de que não iam perder a oportunidade de aumentar para seis pontos a distância no topo da classificação.

Paulinho estreou-se a titular, Gonçalo Inácio voltou ao centro da defesa, Antunes substituiu o leasionado Nuno Mendes, Matheus Nunes aproveitou a lesão de João Mário para se manter no onze. E ainda mal o jogo tinha começado já Antunes desperdiçava soberana oportunidade, servido por Paulinho no primeiro de vários apontamentos positivos sobre o que bom pode oferecer à equipa. Bom, bom, foi o passe de Gonçalo Inácio (grande exibição), que cá de trás meteu a bola na outra ponta, de dentro para fora, lançando Peter Potter para uma corrida de glória onde nem faltou uma cueca ao desorientado redes. 1-0 e a parte mais complicada feita, frente a um Marítimo que, já se sabia, ia baixar o bloco e jogar tudo nas correrias parvas de um Sassá que nem de bigode chegará aos calcanhares do outro, o Mutema.

A perder e com ideias que tinham como base aproveitar os erros alheios, o Marítimo ainda teve que levar com um Sporting a pressionar altíssimo e a dominar completamente todas as incidências da partida (tão ridículo ouvir o pateta do Milton a dizer que a diferença esteve apenas no marcar primeiro). Porro ainda tentou mais um daqueles golos de levantar um estádio sem público, Potter quase bisou de cabeça, mas o marcador iria mesmo com um de diferença para o intervalo, algo que mudaria novamente nos primeiro minutos da etapa complementar.

Paulinho ameaçou de calcanhar, Peter Potter não falharia após cruzamento de Antunes, assinando o seu 14º golo no campeonato e o Sporting geriria até ao final uma partida onde ainda deu para João Pereira voltar a jogar de Rampante ao peito e ver um amarelo precisamente por jogar de Rampante ao peito (ah, e ficou claro que Palhinha está marcado e que só por respirar já faz falta).

Nada ranhoso, este Sporting chega surpreendentemente ao final da primeira volta em 1º lugar, com 14 vitórias, 3 empates e 0 derrotas, deixando no estômago dos adeptos borboletas de felicidade. Em campo, a equipa que irradia felicidade terá que continuar completamente focada, fazendo as fraquezas forças e das forças desequilíbrios nos adversários. E não foi à toa que Rúben Amorim elogiou Antunes, pois serão os Vitorinos os primeiros a manter-nos com os pés bem assentes no chão.

Feels great
And no, we can’t escape from the realness
Happiness is all in the mind
Let’s unwind, and find a reason to smile
I’m just glad to be alive
Feelin’ fine
Livin’ life one day at a time

Captura de ecrã 2021-02-06, às 00.52.04
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