Rúben Amorim renovou contrato por mais um ano, ficando agora ligado ao Sporting até 2024, com uma cláusula de 30 milhões de euros.

De acordo com o Observador, “o acordo ficou fechado esta semana, com negociações rápidas e fáceis perante a vontade de ambas as partes. E, acrescente-se, com subida de todos os valores em relação ao contrato assinado a 5 de março de 2020, que já rendeu até agora mais de três milhões de euros brutos ao técnico e que prevê o pagamento de um prémio de um milhão de euros em caso de entrada na fase de grupos da Liga dos Campeões e de 2,3 milhões se a isso juntar o título.

Da parte dos leões, ficou assegurado o aumento da cláusula de rescisão de 20 para 30 milhões. Ao contrário do que foi comentado nos bastidores do futebol, ainda que sem confirmação oficial de ninguém, Rúben Amorim não recebeu até agora nenhuma proposta para a próxima temporada nem teve contactos de alguém capaz de bater a cláusula como aconteceu com o Sporting no último ano em relação ao Sp. Braga. Todavia, os responsáveis verde e brancos sabem que o técnico começa a ganhar interessados na Europa, sobretudo no mercado inglês.

Do lado de Rúben Amorim, as condições salariais serão também revistas. Prémios à parte, que serão aumentados, o treinador deverá ficar com um vencimento na ordem dos seis milhões de euros brutos por temporada (ou seja, três milhões líquidos), semelhante ao de Jorge Jesus no Benfica. Até neste aspeto em particular as conversas entre as partes foram céleres, sem entraves e chegaram a um bom porto. Contratado em março de 2020, tendo feito um jogo pelo conjunto verde e branco antes da paragem, Rúben Amorim orientou 11 encontros do Sporting em 2019/20, com seis vitórias, três empates e duas derrotas. Na presente temporada, em 29 partidas, leva 23 vitórias, quatro empates e duas derrotas, tendo assim neste fase uma percentagem de triunfos de 72,5% em 40 jogos.

“São momento diferentes, o momento do clube em si mudou, mas a ambição é a mesma. Temos mais certezas de que este é o caminho que temos a percorrer, mas há muito a fazer, daí assinar por mais anos. Sinto-me em casa e disse-o sempre. Desde a época passada, quando falhámos um objetivo, disse que fiz a opção certa. Muito mudou mas há tudo para fazer. Tenho a mesma ambição. E quero deixar uma palavra à equipa técnica, agradecer aos meus jogadores, porque foram eles que me possibilitaram esta oportunidade para continuar ligado ao Sporting. A mensagem é e será ‘Temos muito para ganhar, muito para fazer’. O caminho passa por títulos e por algo muito maior. Estou muito feliz, sinto-me em casa, é um enorme orgulho estar ligado ao Sporting”, disse ao canal do clube.

NOTA DA TASCA
Podia ter sido feito no final da época sem qualquer problema, mas não me choca que o voto de confiança seja dado agora. A julgar pelo discurso, Amorim continua o mesmo e isso é o mais importante. Quanto aos valores propalados, sempre defendi que a competência de um treinador é prioritária e que prefiro investir nesse profissional do que andar a brincar aos craques, portanto a minha única questão prende-se com o estado das finanças do clube. Espero é que, seja com esta seja com outra direcção que assuma a liderança numas próximas eleições, se perceba que este é um caminho que vale a pena trilhar (o único, diria mesmo) ao nível do futebol profissional, independentemente das coisas estarem nas estrelinhas ou na beira da estrada.