Felizmente o título não é sobre o Sporting, é sobre um sportinguista conhecido nesta tasca como Adolfo Sapinho. Tal como muitos outros companheiros, recorri a um nickname para me identificar, tendo usado uma alcunha que surgiu da brincadeira entre rivais na minha mocidade, quando o futebol, apesar das picardias, ainda se vivia com respeito pelo adversário.
Cresci a ver o Sporting ganhar, já não tanto como na geração anterior, mas ainda a tempo de ver a conquista da Taça das Taças, e uns campeonatos de vez em quando, para chatear o grande Benfica de Eusébio e companhia. O Benfica teve, de facto, grandes equipas entre os anos 60 e 70 e o seu domínio ainda hoje está alavancado nesse período. Em meados dos anos 70 surge então o grande mestre Pedroto, que no final dessa década, conjuntamente com Pinto da Costa, criaram os alicerces do actual FC Porto e mataram um borrego de 19 anos, tal como nós, este ano. Numa filosofia de guerra, usando todas as armas ao seu alcance e um bairrismo exacerbado como escudo, tornaram-se a grande potência do futebol nacional.
Com o grande João Rocha como presidente ainda reagimos, e numa aposta muito forte nas modalidades, o final dos anos 70, início dos anos 80, foi, na minha opinião, a época onde existiu maior equilíbrio entre os 3 grandes. O Benfica ainda vivia da sua grandeza atingida com Eusébio, o Sporting respirava um ecletismo ímpar com sucesso em todas as modalidades, incluindo no futebol, e o FC Porto quebrava um longo jejum e, sobretudo, devolvia o orgulho às suas gentes, que viam na dupla Pedroto/Pinto da Costa a força para combater a hegemonia dos clubes sediados na capital.
A partir daqui a história já é sobejamente conhecida. Com a saída de João Rocha e com a cada vez maior afirmação da estratégia do FC Porto, agora apenas com Pinto da Costa ao leme, mas com muitos aliados em todas as frentes, o Sporting foi perdendo força e o FC Porto foi-se afirmando com conquistas em todas as frentes, tornando-se até a maior referência portuguesa no panorama internacional, superando o próprio Benfica.
Claro que a força popular do Sporting não se tinha extinguido e quando o longo jejum de 18 anos foi quebrado, com outro título quase de seguida, os nossos corações voltaram a sonhar com um grande Sporting, capaz de estar novamente na linha da frente e alcançar os mesmos feitos dos rivais na Europa. Mas o que parecia um sonho tornou-se um pesadelo. Em poucos anos, seguindo uma estratégia corporativa errática, baseada mais no negócio do que no desporto, e, a meu ver, com o tremendo erro de análise de pensar que os rivais estavam ultrapassados e em declínio, em particular, Pinto da Costa, o Sporting foi-se afundando financeiramente, e, além de ver os rivais reerguerem-se rapidamente (e no caso do FC Porto até voltar a conquistar títulos europeus), as consequências desportivas foram desastrosas.
É certo que ainda tivemos uma final europeia na mão, que porventura poderia ter mudado o curso da história, mas o destino assim não quis, e desde então o pesadelo foi-se tornando real, com o Sporting a perder constantemente competitividade para os rivais, culminando com vergonhas imperdoáveis como a venda de Moutinho ao FC Porto, num claro sinal de subalternização, e, finalmente, um 7º lugar num campeonato, depois de um forte investimento. Contas fortemente negativas, resultados desportivos catastróficos… Haveria ainda saída para o Sporting?
E foi mais ou menos por aí, que resolvi começar a perder tempo nestas coisas dos blogs, pois de facto o meu coração estava angustiado, precisava de desabafar com os meus pares, esperando que também nesses fóruns pudesse surgir a luz para salvar o nosso grande amor. Primeiro no Cacifo, depois na Tasca, este sempre foi o meu espaço de eleição, não só pela liberdade que o grande Cherba sempre deu, mas também pelo seu espírito de resiliência ímpar, que muito nos ajudou a chegar a este momento de grande alegria. Tu, Cherba, por muito pouco que aches que possas ter feito, foste um dos grandes responsáveis por manter a chama bem viva e como tal este título é muito teu, mesmo muito! Obrigado por nunca teres desistido! Mesmo quando a tasca por vezes se tornou um palco de guerra entre sportinguistas, mantiveste-te firme. És grande!
Mas este momento também só foi possível por ter existido um Bruno de Carvalho na nossa história, convém frisar. A recuperação feita após o terrível mandato de Godinho Lopes é digna de registo e de muito respeito. Se na altura não tivesse sido feita essa recuperação financeira, se não tivesse sido devolvido o orgulho aos sportinguistas, com tantas coisas positivas como o pavilhão há tanto esperado, a reactivação em força e com sucesso desportivo de diversas modalidades e mesmo algumas equipas de futebol, como a do primeiro ano de JJ no Sporting, que claramente merecia ter sido campeão, dificilmente hoje estaríamos a festejar. Não sejamos hipócritas. Alcochete foi um duro golpe no clube, sobretudo na sua imagem, mas os problemas estruturais aquando do final do mandato de Godinho Lopes eram infinitamente superiores. Portanto, Bruno de Carvalho, este título também é teu! Parabéns e obrigado! Mereces regressar para junto de nós.
Mas também é muito de Varandas, não tenhamos dúvidas. Sobretudo pela coragem que teve na contratação de Rúben Amorim, um técnico fantástico, com uma capacidade de comunicação realmente invulgar, mas também pela capacidade de fazer frente a alguns poderes instalados, designadamente ao FC Porto. O homem claramente não tem jeito para falar, então à beira de Pinto da Costa é um menino, mas na verdade disse publicamente, no seu jeito peculiar, o que todos pensamos sobre este personagem que há mais de 40 anos manda nisto tudo, coadjuvado nos últimos 20 por LFV. E como a história tem mostrado, sempre que “rompemos“ com o FC Porto, sempre que pomos de lado algum anti-benfiquismo primário que às vezes, de forma totalmente injustificada, nos leva a preferir os azuis aos vermelhos, as coisas correm melhor. Sinceramente, não acho isto seja apenas uma coincidência na conquista deste grande feito, e, por isso mesmo, o meu obrigado a Frederico Varandas!
E agora, por fim, a minha despedida.
No início desta época atirei a toalha ao chão, confesso. E não tinha só a ver com esta época. Com o fim da vida a aproximar-se, com todo este contexto, pensei seriamente que já não voltaria a ver o Sporting campeão. Foi um momento angustiante, ter essa sensação que não mais veria o Sporting campeão, que nunca partilharia com os meus netos essa grande alegria. E por isso é que esta conquista foi tão sofrida e, como tal, tão saborosa. Nunca sofri tanto na minha vida, confesso. Quando aconteceu aquele empate em Moreira de Cónegos até chorei, pois já estava a ver o filme a repetir-se… No dia anterior o FC Porto tinha escapado de um empate no último minuto e agora nós, também no último minuto, sofremos injustamente o empate. Meu Deus, porquê? Porquê sempre nós? Pensei, chorei, e quando vieram os empates com Famalicão e Belenenses já a minha alma estava outra vez resignada com mais um falhanço…
Para um pessimista como eu esta época foi tudo menos fácil, e quando no jogo em Braga o árbitro nos expulsa um jogador logo no início da partida, tive a confirmação dos meus maiores pesadelos. Isto foi só um sonho… Deixaram-nos sonhar para que o estrondo da queda fosse épico, pensei, sem obviamente conseguir assimilar o porquê de tudo isto nos acontecer só a nós. Mas a vida é, de facto, um poço de surpresas, de realizações inesperadas. Aquele milagroso golo em Braga de repente tudo mudou e mostrou-nos que havia ali um grupo de homens cheios de raça, com uma vontade inabalável em inverter este fado sportinguista.
As vitórias seguintes confirmaram essa crença, e assim chegamos ao dia 11 de Maio de 2021. Que dia longo… Que sofrimento… Na minha cabeça só pensava que apesar de toda esta força demonstrada nos últimos jogos, ainda era possível uma catástrofe. Afinal é o Sporting e tudo pode acontecer… Que raio de fatalismo! E o jogo ia mesmo dando cabo do coração. Com tantas oportunidades desperdiçadas, já estava a pressentir o golo do Boavista nos descontos… Quando o apito final soou, ainda não conseguia acreditar. Afinal todos os meus receios eram infundados. Afinal estávamos mesmo de volta ao topo. O Sporting que eu julgava nunca mais voltar a ver campeão, afinal era mesmo campeão, e na época mais improvável de sempre! Que sensação de alívio inacreditável… Inacreditável mesmo. Que vontade de abraçar todos os sportinguistas do mundo ao mesmo tempo! Que gratidão! Que amor!
Ainda hoje me sinto inebriado pelo feito, e é com emoção que escrevo este texto, mas é também tempo de cumprir uma promessa. Com este título desaparece o Adolfo Sapinho. A pessoa real continua bem viva e muito feliz. Continuará sócia do Sporting até ao fim da sua vida e continuará a gritar bem alto o nome do nosso grande amor, mas agora é tempo para dedicar tudo à família que muito tem sofrido por me aturar. O Adolfo Sapinho foi sinónimo de muito sofrimento. Tal como o Sporting perdedor morreu a 11 de Maio de 2021, também o Adolfo Sapinho se junta a ele nesta despedida.
Este é um tempo que se quer novo. Mas atenção. A história é sempre uma boa conselheira. Espero que os nossos dirigentes saibam olhar para o passado e não cometer os mesmos erros. Não há tempo para soberba e bazófia. O novo Sporting tem de saber respeitar os adversários, ser humilde e trabalhador. Só assim conseguiremos transformar um saboroso título num período de ouro. A receita é sempre a mesma: Esforço, Dedicação, Devoção e Glória! Eis o Sporting!
A todos os sportinguistas, em particular aos tasqueiros, muita saúde e felicidade! Até sempre!
Viva o Sporting!
ESTE POST É DA AUTORIA DE… Adolfo Sapinho
a cozinha da Tasca está sempre aberta a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]
14 Maio, 2021 at 17:58
porra, ó Adolfo, vais embora agora que a festa começou?!? Não estava preparado para isso. Ao menos que tragas a “pessoa real que continua bem viva e muito feliz” ao próximo almoço da Tasca!
p.s. – obrigado pelas palavras
14 Maio, 2021 at 18:13
Assim, sim!
14 Maio, 2021 at 18:21
Saudações Leoninas caro Afonso, para o ano outra vez!
Spoooooooooooorting
14 Maio, 2021 at 18:28
Que belo texto, rico em conteúdo, emoção e verdades, que subscrevo na integra!
Um grande abraço e até sempre, quem quer que sejas caro Adolfo Sapinho!
14 Maio, 2021 at 18:29
Não venho muitas vezes à Tasca, mas sempre gostei dos comentários do Adolfo Sapinho.
Percebo a sua posição, mas é agora que precisamos, mais do que nunca, da presença de Todos.
Sem uma participação activa e permanente, podemos voltar ao nosso triste fado.
É hora de cerrar fileiras. O dia 11 de Maio de 2021, não pode ser uma lembrança vaga daqui a 19 anos.
Temos de remar Todos para o mesmo lado.
Quando digo Todos, são mesmos “Todos”
14 Maio, 2021 at 18:35
Grande, grande texto. Obrigado Adolfo e até sempre.
14 Maio, 2021 at 18:39
Que testemunho fabuloso, Adolfo.
Obrigado.
Espero que não fique ofendido com o que vou escrever a seguir, pois é o único ponto de discórdia:
“E como a história tem mostrado, sempre que “rompemos“ com o FC Porto, sempre que pomos de lado algum anti-ãbenfiquismo primário que às vezes, de forma totalmente injustificada, nos leva a preferir os azuis aos vermelhos, as coisas correm melhor.”
Tal não é absolutamente verdade.
A época 2015/16 é demonstrativa disso.
Os azuis ajudaram-nos (especialmente no jogo do Dragão) e os vermelhos roubaram-nos o campeonato com malas e arbitragens tendenciosas contra nós / a seu favor.
O anti-benfiquismo injustificado não existe. É mais do que justificado.
Os bandidos do Contumil não são superiores os bandidos de Carnide; só que os de Carnide têm e sempre tiveram uma CS que lhes branqueia as trafulhices (agora menos, confesso, mas mesmo assim…).
Basta ver o caso das claques:
Raramente a CS expõe os atos bandidos das claques vermelhas (as tais que não existem para o Presidente) e nunca vi o clube ser punido ou cumprido qualquer pena pelo apoio às claques ilegais.
Já o caso dos Super Dragões, a imagem que passa para o público é de uma organização criminosa.
Sobre as nossas, especialmente a Juventude Leonina… 2018 foi o exemplo da imagem que fabricaram da mesma: terroristas!
Não gosto dos bandidos de Contumil, mas nenhum bandido é mais protegido neste país do que o bandidos de Carnide.
Repare-se noutro exemplo: a lei dizia que as trasladações para o Panteão Nacional só poderiam realiza-se passados 10 anos do falecimento do visado. Agora são 15.
A AR, em claro atropelo da lei, trasladou o corpo de Eusébio para o Panteão Nacional ao fim de… 3 anos do seu falecimento.
E os exemplos não parariam por aqui.
Por isso digo e repito: anti-benfiquismo injustificado? Isso não existe.
15 Maio, 2021 at 1:06
Quem nós fez perder esse campeonato foram os padres, mas também muito a bazofia do staff do clube , principalmente do seu treinador, tivesse ele a inteligência do discurso de Amorim, nunca eles ganhavam. Eu percebo o que diz o Sr Sapinho, mas vou dizer o que eu entendo da situação que penso que é parecido com o que ele diz. : Pinto da Costa ( Porto ) é uma árvore que cresce e tudo ao seu redor seca, não temos direito a nada, e quando ele falou em normal, sabia que as arbitragens que se seguiam ao Sporting em Braga e com o Nacional eram para nós liquidar, mas este grupo de homens conseguiu o milagre. Com o Benfica é diferente, independentemente de Filipe Vieira querendo imitar o seu ex amigo Pinto da Costa ter montado um esquema mafioso e de corrupção para atingir os seus objetivos, mas se reparares a oposição a Vieira no clube, as pessoas não são daquela estripe e no Porto, podes ter a certeza que os sucessores de Pinto da Costa vão seguir a mesma orientação. Penso que com o Benfica, comparando com a árvore de Pinto da Costa, não seca tudo a sua volta e a isso o Sr Sapinho se referiu, nós anos de Eusébio e que se seguiram, o Sporting ganhava umas coisas. Eu estou farto de aqui dizer o mesmo, o declínio do Sporting, dá-se com o abafamento do Portyno futebol português e mais Vieira mafioso como é e jogando com a grandiosidade do seu clube que é muito maior que a do Porto, fazendo do camarote da Luz um tráfico de influências do mundo benfiquista, nem assim resistiu a mafiaydo Porto, que conseguiu introduzir um hacker no sistema do Benfica e despoletou com aquela merda toda. Com o Porto não tens hipóteses. Por isso é que só lá vamos de 20 em 20 anos. Resta-me saber se Varandas, bem Varandas não o escritório de advogados do irmão de Varandas e de Rogério Alves têm poder para manterem o Sporting a tona de água, isso é a questão que me vai dizer no futuro, se a estratégia e a capacidade destes homens vão colocar o clube no como do futyem Portugal sem cair.
15 Maio, 2021 at 11:37
Esquece, o Jaime é grande Sportinguista que tive a felicidade de conhecer pessoalmente de raspão na ultima grande manifestação Sportinguista antes da pandemia, mas ele não consegue ver além do ódio que tem ao carnide…
Não é uma coisa propositada, não é uma coisa de desonestidade intelectual, não é uma coisa derivada de falta de inteligência ou atenção é uma coisa que está entranhado nele de forma tão profunda e subconsciente que o impede de retirar as conclusões óbvias daquilo que acontece e aconteceu…
Há dois géneros de corruptos os “profissionais” que tanto lhes faz que as notas sejam vermelhas ou azuis e os “carolas” que o fazem por clubismo…
Acontece que os “carolas” do carnide são movidos pelo amor que têm ao clube deles, mas os porquistas são motivados pelo ódio que têm a todos os outros e isso faz toda a diferença, uns querem um Sporting fraquito para servir de saco de pancada e os outros querem um SCP morto e enterrado!!!
Eu odeio a corrupção dos dois lados, mas consigo distinguir as diferenças, os objectivos e os métodos entre ambos, apesar da raiva que sinto nas situações “aberrantes” que surgem de um lado ou do outro, não tenho duvida que o carnide paga a alguns árbitros, com favores, dinheiro etc, mas o “dominio” do fcporco embora também pague é baseado em chantagem e isso demonstra até aonde querem ir…
SL Campeão!!!
14 Maio, 2021 at 18:43
… realmente muito sofrem os Sportinguistas, por vezes chegamos a desanimar, a mandar tudo e todos “para as malvas”, somos um Clube que tanto sofre às mãos dos nossos “inimigos” (sim, não são adversários) que estão em todos as esferas do poder (político e do futebol) …!!
Adolfo também estive quase a desistir, mas a força do Leão é maior do que a minha vontade, não consigo “libertar-me” desse Amor ao Sporting!!!
Sofro muito a ver jogar a nossa Equipa, já tenho a minha idade também (78) mas enquanto o Sporting existir eu estarei com ele!! Sempre!!
SL
14 Maio, 2021 at 19:29
Um prazer ler os textos do Adolfo, como sempre. Espero que essa despedida seja repensada.
SL
14 Maio, 2021 at 20:33
Adolfo, isto não é o fim da história. Temos também de tentar ser mais optimistas, mesmo pesando-nos tantas e tantas desilusões.
Tenhamos em conta as palavras do Neto, que corajosamente nos mostra que é a nossa resiliência e amor ao Sporting e ao Sportinguismo que nos torna únicos e especiais. Cá o esperamos, caro Adolfo, porque por cada um que cai, outro se levanta, sempre juntos nesta crença, nesta pertença colectiva e transcendente, material e espiritual, que é o ser do Sporting.
14 Maio, 2021 at 21:04
Tal como Cherba espero que o “Adolfo” continue a vir com o nome real oui com outro “pseudónimo!.
Só uma pequena correcção:
O Porto esteve 18 anos sem ser campeão (tinha sido em 58/59 e foi novamente 19 anos depois, em 77/78).
Tal como o Sporting agora esteve 18 e não 19 anos sem ser campeão (foi em 2002 e voltou a ser em 2021.
E o “jejum” anterior foi de 17 anos e não de 18 (campeão em 1982 e em 2000).
Só chamo a atenção para o facto porque já basta os nossos rivais aumentarem os nossos “jejuns”, baixarem o nosso número de títulos e aumentarem o número de anos da sua (triste) existência.
Um abraço e saudações leoninas
p.s.: espero que, quando passar de vez a pandemia, se marque uma das almoçaradas da Tasca e o Cherba me avise com a devida antecedência para poder reservar passagem e estadia. Há muitos Tasqueiros que teria imenso prazer em conhecer pessoalmente (para acrescer ao prazer que já tenho em os conhecer virtualmente).
14 Maio, 2021 at 21:09
Grande mensagem num texto exemplar.
Obrigado
🙂 adolfo sapinho
14 Maio, 2021 at 21:22
O Adolfo Sapinho tem pela frente uma pausa do campeonato para recuperar forças e estar de volta para sofrer outra vez. Não acredito que consiga manter-se afastado. Isto, meu caro, este amor, este bichinho é como esta equipa do Sporting encara os jogos: até ao fim.
Eróquefaltava!
Umas férias, vá. E vai ver que ao fim de um mês já está ansioso porque não há meio de o raio da rapaqueca voltar a rolar.
Bom descanso! 🙂
14 Maio, 2021 at 21:38
Pá, se fosse fácil não era para nós.
14 Maio, 2021 at 22:34
Acredito que o “ imaginário Sapinho…que andou estes anos todos ( como eu…) a engolir sapos…”…
Vai continuar connosco…
Com o seu verdadeiro nome…ou um outro da sua escolha…
“ Era o que faltava…virar-nos as costas…”
Abraço
14 Maio, 2021 at 22:42
Um abraço Adolfo sapinho , não concordando com tudo mas concordando com muito foi sempre um prazer lê-lo.
Um senhor será sempre um senhor respeitado.
desejo-lhe a maior das felicidades.
14 Maio, 2021 at 22:42
Excelente texto, como sempre!
Tem agora uns meses para repousar e desfrutar da família, mas tem de voltar, os seus textos são uma delícia e são sempre escritos de forma racional, mas muito sentida.
Aproveito também a boleia para fazer minhas as suas palavras em relação ao Cherba. É um contributo tremendo que o tasqueiro mor dá ao Sportinguismo de tanta e tanta gente, quer aqui, na casa principal, quer nas redes sociais. Dizer obrigado é pouco para tanto que já me deste desde a altura em que encontrei o Cacifo, caro Cherba.
Saudações leoninas e que continuemos a encontrar-nos aqui por muitos e bons anos, com muitas celebrações, muitas conquistas e pouquíssimas tristezas.
Sporting sempre!
14 Maio, 2021 at 22:53
Grande testemunho, Adolfo. Revejo-me muito nas suas palavras. Abril foi dos meses mais difíceis enquanto Sportinguista… Que sofrimento… Porra…
MAS O CAMPEÃO VOLTOOOOOOOOOOOU!!!!
14 Maio, 2021 at 23:09
Uma das pessoas que sempre gostei de ler, ponderada, com grande capacidade de análise, sem se meter em guerras ridículas como foi apanágio aqui na tasca durante muito tempo ( e ainda continua a ser ). Um exemplo para todos os tasqueiros. É uma pena afastar se , quem se devia afastar são aqueles que passam a vida aqui na tasca a ofender se e principalmente a ofender o grande Sporting Clube de Portugal, no futebol e nas outras modalidades. Quero acreditar que esses tasqueiros que todos conhecem não passam de miúdos adolescentes em fase de afirmação. Abraço Adolfo Sapinho !
14 Maio, 2021 at 23:44
Porra que texto! Tão duro e que bom de ler ao mesmo tempo. Como diz o Cherba que apareça a pessoa no próximo almoço ou jantar da Tasca! Até breve e tudo de bom !
15 Maio, 2021 at 0:07
Sempre gostei de o ler.
Um grande abraço.
SL
15 Maio, 2021 at 0:08
Eh pá, ricas horas que arranjei para descascar cebolas!
Caro Adolfo Sapinho que texto e testemunho fenomenal!
Partilho consigo esse sentimento de angústia que senti após Moreira de Cónegos, agudizada após empates com Famalicão e Belenenses (estranhamente para Braga sentia-me tranquilo e confiante). Povoava-me o pensamento a memória do meu pai e a perda do campeonato angustiava-me!
Depois veio o dia 11-05-2021, que começou às 5:00 da manhã, com uma nervoseira. No final do jogo, por momentos, sozinho, desabei, num soltar de emoções, por uma vitória com a soberba, mas sobretudo contra a má índole, ódio, vitimização de portistas, que foram levados ao colo todo o campeonato, com penáltis inexistentes, expulsões perdoadas, com uma dramatização da expulsão de um seu jogador após lesionar um colega de profissão (até teve defensores aqui nesta tasca, embora para mim e analisando as imagens em câmera lenta nota-se alguma maldade no lance, que é hábito no artista em causa e naquela casa) e a justificação de que tivemos este título com patrocínio da APAF, como já ouvi.
Portanto, agora, descanse, bem merece, mas regresse!
Um grande abraço.
15 Maio, 2021 at 0:34
Caro Sapinho, será bazofia, dizer que o Senhor vai ter que cá vir escrever as suas emoções, quando ganharmos o BI ? Alguns podem chamar-me maluco, mas é uma questão de fé
15 Maio, 2021 at 3:22
É uma enorme perda para a tasca, e logo no ano do título! Espero que seja só uma ideia passageira
15 Maio, 2021 at 10:04
Um testemunho exemplar, carregado de Sportinguismo puro e de emoção caro Adolfo Sapinho, meu irmão sob o signo do Leão – com sua licença pois nem daqui no blog nos “conhecemos” (embora eu não partilhe uma ou outra ideia nele vertida ).
E apesar do seu propósito (de despedida) volte sempre que o coração lhe pedir, será um prazer vê-lo de volta (não importa o nick) para ler a sua opinião (sou visita diária, antiga, embora raramente comente, também em função da cizânia que por vezes por aqui lavra…)
É que (deixava isto à sua consideração) Sportinguistas assim são necessários, diria indispensáveis, para ajudarem a manter um clima mais salutar nas nossas hostes, sem o qual a Vitória será muito mais difícil.
S.L., parabéns e obrigado pelo testemunho.
15 Maio, 2021 at 11:09
Saudações Leoninas, Adolfo.
Um grande abraço.
15 Maio, 2021 at 11:14
Num dos almoços da Tasca quando chegou o momentos de dizer umas palavras o Cherba disse algo como “A Tasca é isto”, estava a referir-se ao convivo, à troca de opiniões entre Sportinguistas.
Neste texto o Adolfo Sapinho resumiu o que é ser Sportinguista, é isto. Todos nós partilhámos da angustia, no jogo de braga tivemos a sensação que era o dia em que nos iam atirar para baixo mas contra tudo e contra todos conseguimos.
Somos da raça que nunca se vergará.
Espero que no inicio da próxima época se possa organizar um convívio e que o Adolfo Sapinho esteja presente e que continue a vir beber um copo a esta Tasca
SL
15 Maio, 2021 at 13:07
Bom texto, má “desistência”
SL Campeão
15 Maio, 2021 at 13:53
Excelente texto! À campeão!
Eu, que me parece que sou mais novo, bem mais novo, pelo menos uns 10 anos, se não uns 15, também já me passava pela cabeça que nunca mais veria o Sporting campeão. Por causa da nossa incompetência e, muito, por causa do país corrupto onde competimos. E sentir isso, foda-se, dava-me uma tristeza enorme…
Felizmente, era um sentimento que se provou infundado. Mas espero que não tenha sido um acaso. A próxima época é importante (para o futuro próximo do Clube) e é fundamental que se seja muito competente neste defeso.
O colega tasqueiro Adolfo Sapinho sempre foi, para mim, uma das “vozes” com que mais me identifiquei aqui na Tasca. Sempre me pareceu uma pessoa equilibrada, com o bom senso necessário que falta a tanta gente. Sempre achei uma pena que não comentasse com mais frequência.
Desejo-lhe tudo de bom e, como o Cherba, espero que continue aqui na Tasca mesmo com outra identidade.
Grande abraço.