“À partida o André Paulo vai estrear-se e o Tomás [Silva] da equipa B também. É um jogador que poderá não continuar connosco e como é um jogador que fez a formação toda no Sporting, desde os 9 anos. Ajudou-nos todo o ano, a preparar os jogos, com caracter e é uma forma de o premiar como exemplo do que deve ser um jogador do Sporting. Por isso o Tomás amanhã deverá ser campeão nacional”

As palavras de Ruben Amorim não foram recebidas com unanimidade, havendo que ache um exagero estar-se a premiar um jogador que até vai, ao que parece, abandonar o clube. Eu, confesso, acho este momento importante e passo a explicar porquê: olho para ele como uma mensagem para todos os miúdos, em que se lhes é dito que nem todos conseguirão chegar à equipa principal e nela jogar, mas somos gratos a quem fez todo um percurso com esse sonho, respeitando a camisola Rampante.

Claro que posso ser eu e o meu lado romântico a falarmos mais alto, mas também vos digo que até hoje me custa lembrar das palavras de Rafael Barbosa na sua despedida. “Em 2008 entrei, pequenino, no portão da Academia com um sonho de um dia estrear-me pela equipa principal, estive quase. Foram muitos anos focado sempre com esse objetivo, muitas histórias, muitos golos e amizades que vão estar sempre comigo. Hoje, ao fim de 12 anos, saio de consciência que dei tudo. Despeço-me de ti, aprendi a amar-te, aprendi a ser um homem, aprendi a estar longe de quem mais amava e aprendi que quando existe amor irá haver sempre um espaço no meu coração. Obrigado Sporting Clube de Portugal por tudo o que deste e por tudo o que me tornaste”.

O Rafael tinha mais do que qualidade para ter tido oportunidade de completar esse sonho. Não era favor algum, muito menos quando não o fez para andarem a jogar Misics desta vida. E, porra, o quanto isso teria representado para alguém tão ligado ao Sporting Clube de Portugal…