O Sporting Clube de Portugal esteve, nesta segunda-feira, reunido na Academia Cristiano Ronaldo, em Alcochete, com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) para discutir o futebol português no feminino.
O Sporting CP, representado por um grupo liderado por Tomaz Morais, responsável pelo futebol de formação Leonino, teve a oportunidade de apresentar o seu projecto de como pretende evoluir enquanto clube de referência no futebol feminino, focado na importância da formação das jogadoras e na procura global do crescimento sustentado do futebol feminino em Portugal.
Por sua vez, a FPF apresentou a equipa de trabalho que trabalha no futebol feminino, assim como os seus objectivos e metas para os próximos anos no que diz respeito a esta modalidade em questão.
Um encontro que se revelou importante para aquilo que as duas entidades pretendem desenvolver no futebol feminino, sendo que o Sporting CP tem um papel decisivo como clube: o emblema verde e branco é o clube com mais jogadoras federadas em Portugal (mais de 130), tem seis escaldões – sub-11, 13, 15, 19, equipa B e A – e na temporada passada confirmou a aposta com a estreia de mais 10 jogadoras da formação na equipa principal, além de colocar várias jogadoras nas selecções nacionais.
Também hoje, soube-se que a equipa principal feminina de futebol do Sporting Clube de Portugal vai defrontar o FC Famalicão nas meias-finais da Supertaça, a 10 de Agosto, enquanto o SL Benfica enfrenta o SC Braga na outra meia-final.
Os vencedores de cada um dos jogos vão disputar a final, marcada para 26 de Agosto (20h30), no Estádio Municipal de Leiria. No mesmo dia e local, mas às 11h00, vai-se realizar o jogo de atribuição do terceiro e quarto lugares.
12 Julho, 2022 at 1:05
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dia 10 de Agosto é uma quarta-feira, por isso o Sporting, FPF e Famalicão vão escolher a melhor hora de jogo possível “na perspectiva da melhor promoção da competição” (by Ana Teixeira) ou seja: 11:00 na academia – as famílias das jogadoras vão lá estar!
12 Julho, 2022 at 11:03
A Ana Teixeira está lá a comentar exactamente para dizer essas merdas que, mesmo sendo desfasadas da realidade, soam bem!
12 Julho, 2022 at 8:05
Sempre disse que o futebol feminino tem que ser feito em Portugal em estado puro, familiar, a sua base e o seu desenvolvimento deve ser este, agora se os clubes para taparem os resultados do futebol altamente profissionalizado querem seguir outro caminho, não vão ter um futebol feminino competitivo em Portugal, pois só 3 ou 4 clubes é que podem seguir esse caminho altamente profissional.
12 Julho, 2022 at 8:25
Sei que perante a lei é proibido, mas os clubes portugueses nos próximos anos, só deveriam de poder ter 3 ou 4 jogadoras estrangeiras e estás deviam de ser mais valias e trazer coisas que ensinassem as mais novas
12 Julho, 2022 at 10:50
Bom saber que alguma coisa está a ser feita e também em verificar que o Sporting está preocupado com a evolução da modalidade.
Depois de um regresso fulgurante, com um projecto assente na jogadora portuguesa e na formação. Formação essa que garante ao Sporting significativa relevância no plano nacional graças ao contributo de atletlas para as Selecções.
Tínhamos tudo para neste momento liderar o desenvolvimento do FF em Portugal, mas por falta de visão passamos para segundo plano. Mas ainda vamos a tempo. Haja vontade e competência.
12 Julho, 2022 at 11:01
Neste momento nem em segundo plano estás…
12 Julho, 2022 at 11:00
Faltam 4 semanas para jogar com o Famalicão e nem equipa temos… A não ser que a ideia seja jogar com 7 ou 8 jovens da formação…
GR, estamos pior…
Saiu a Marchão, estamos pior a Defesa esquerdo.
Saiu a Fátima e a Andreia. Veio a Neto que nem joga bem nestas posições…
Sinceramente, não concordo minimamente com o caminho traçado pelo FF do Sporting, especialmente desde que o Varandas pegou no Clube.
A maioria das jogadoras com potencial têm 15, 16 e 17 anos, e não estão minimamente prontas para jogar num Sporting que se quer a lutar pelos títulos em Portugal, nomeadamente o titulo de campeão.
Só daqui a 2 ou 3 anos no mínimo podem aspirar a ser parte da solução.
Até lá vai-se fazer o quê?
Nada?
Depois, como acontece no FM, apostar na formação não implica desapostar na equipa principal. Porque raio a abordagem à modalidade no feminino é tão diferente do que se faz no masculino?
Enfim…
10M€ por (meio) Vinagre para emprestar está porreiro mas investir numa equipa de FF já não pode ser… 4 a 5 anos de uma boa equipa de FF gastos em vinagre mas não há dinheiro para o sal nem para o azeite. Que salada mais azeda!
12 Julho, 2022 at 11:06
E se juntasses o Ilori e Camacho?
Eram campeãs europeias por esta altura….
12 Julho, 2022 at 14:16
O que está aqui em causa é a facilidade com que se gasta dinheiro em merdas de negócios no FM e não haver investimento – antes pelo contrário – no FF.
É só isso.
Tu tens zero argumentos em quase tudo.
Só te limitas a “mandar bocas” como se isso fosse alguma coisa de valor e trouxesse algum interesse à discussão dos assuntos.
Desculpa lá, e longe de te querer ofender, mas tu em 95% dos teus comentários – comentários e não posts! – não só não acrescentas nada de valor ao debate como em metade dessas vezes só falas da parte que te interessa, esquecendo tudo o que esta direcção tem feito de errado.
E vou mais longe:
Tu atacas o Bruno de Carvalho – num caso ou outro com absoluta razão mas na maioria das vezes distorcendo o que aconteceu – e defendes a sua expulsão de sócio – quando foi o único presidente a ter contas positivas no tempo que esteve à frente do Clube e ainda deu património ao Sporting – e esqueces coisas gravíssimas desta Direcção, que na minha opinião deviam dar perda de mandato, como:
a) vir a publico todos os ordenados dos atletas do Clube e não só
b) assumir que o Wolverhampton só pagou 16M€ pelo acordo pelo Rui Patrício quando o que foi comunicado foi a mentira dos 18M€
c) o absolutamente inacreditável negócio Vinagre – um roubo descarado ao Clube
d) o ridiculo acordo de 7M€ pelo Podence
E podia enumerar mais mas estes 4 são suficientes.
Estás sempre a falar das “viúvas” – termo que eu também utilizo! – mas tu és o quê senão uma “amante” do Varandas?
Mas o mais triste é mesmo “fingires” que não percebes o que se critica nesta Direcção… Duvido muito que sejas o “parvo” que pareces ser aqui e só fazes esse papel para desconversar porque tens zero argumentos para rebater as evidentes falhas (algumas graves) desta Direcção!
12 Julho, 2022 at 14:25
Obviamente.
12 Julho, 2022 at 11:44
concordando com tudo Miguel, há coisas que ultrapassam o Sporting em parte, mesmo que quisessemos trazer a Lucy Bronze para lateral direita, pagando o que fosse necessário e dando todas as condições exigidas, a jogadora nunca aceitaria jogar num campeonato onde 70% dos jogos são disputados em sintéticos da pior qualidade, nos piores campos possiveis e 80% das equipas tem jogadoras sem contrato profissional.
12 Julho, 2022 at 11:49
mesmo jogadoras que estariam ao nosso alcance, provavelmente preferem jogar em clubes de meio da tabela das ligas espanholas, italianas, alemãs, francesas, holandesas e inglesas do que vir disputar a liga BPI.
12 Julho, 2022 at 12:37
Isso é mais que óbvio. O dinheiro até as pode mover, mas entre um clube de topo em Portugal e um mediano em Espanha, com as mesmas condições a escolha nem se põe.
12 Julho, 2022 at 14:58
Epá mirko, não sei se é tão assim!
O Twente não joga nada à bola e foi o campeão holandês! É uma equipa do nível do Torreense no que toca a futebol jogado.
E sacavas 1 ou 2 boas jogadoras de lá na boa.
Se o campeão é assim, as outras equipas só podem ser piores e a selecção holandesa tem várias jogadoras do Twente e de outras equipas – Ajax, Fortuna Sitard, PSV e Den Haag.
Os campeonatos que atraem as jogadoras são o Inglês, o Alemão, o Espanhol, o Italiano e o Francês – os mesmos que no FM. Portanto, a coisa é muito como no FM, quer em termos de campeonatos atrativos, quer em termos de dinheiro.
O que se faz no FM, é o que tem de se fazer no FF. É a minha opinião. E, ou apanhas o comboio agora, com mais facilidade, ou vais ter muito mais dificuldade em apanhá-lo no futuro!
12 Julho, 2022 at 16:47
o campeonato dos paises baixos não é o melhor exemplo, aceito. Mas é um campeonato que está alguns furos acima do nosso. Na formação nem se fala, aos poucos temos melhorado e ganho algum terreno. A mim parece-me que o FC Twente, Ajax, o PSV e até o ADO Den Haag lutavam pelo título aqui na nossa liga BPI sem grande esforço… e o que aconteceu na pré eliminatória da WCL no último ano no segundo jogo das rabolhas foi o que aconteceu no nosso jogo da luz com elas uma equipa a criar e a outra a aproveitar os erros e marcar em contra ataque. Na seleção holandesa metade já joga fora em ligas melhores, não porque a liga a tres voltas não presta mas antes porque é uma liga que consegue criar jogadoras muito acima da média.
12 Julho, 2022 at 17:53
Eu só conheço o Twente do que vi na WCL – com o Benfic@ e num outro jogo qualquer.
Não jogam nada.
No máximo são um Famalicão mas nem isso acho que sejam. Não vi nada isso que falas, de serem elas a jogar e o Benfic@ a marcar. Simplesmente não têm um futebol de jeito. Tiveram sorte do Benfic@ se reter na 1ª mão lá, porque senão já vinham cá com a eliminatória perdida.
Se são as campeãs, é fácil pensar que as outras equipas não são melhores… Agora, eu não digo que só têm más jogadoras, que não acho que isso seja verdade. Jogam é muito pouco como equipa.
Benfic@, Sporting (mesmo este fraco) e Braga (mesmo este fraco) são bem melhores.
Podias sempre dizer que lutavam pelo titulo… como se diz que o Sporting luta! Mas quem tem olhos sabe quem vai ganhar… nas calmas…
12 Julho, 2022 at 18:45
mirko, isso não é tão verdade assim.
A prova está nas jogadoras estrangeiras que ultimamente têm vindo para o Sporting.
Tal como no Masculino, não atingimos jogadoras do patamar internacional de topo.
Mas tivemos capacidade de atrair jogadoras internacionais pelos seus países (Nevena Damjanovic, Hannah Wilkinson, Raquel Fernandes, Doris Bacic, Melisa Hasenbegovic, Mariana Larroquette) ou que, não sendo internacionais, são muito boas opções Brenda Perez e Hannah Seabert.
Isto só falando no Sporting.
O Benfica, o Braga e mesmo o Famalicão também têm feito no estrangeiro algumas contratações de boa qualidade.
E o apuramento para a Liga dos Campeões já pode vir a garantir receitas interessantes. Este an, o ass-hole bê, por ter estado na Fase de Grupos, além das receitas dos jogos, recebeu da UEFA 400.000€. E, para muitas jogadoras de 2º ou 3º patamar europeu ou do 1º patamar sul americano, jogar nas Champions é suficientemente atrativo.
A questão está em:
1º – alterar o quadro competitivo para 12 equipas a 2 Fases (1a Fase com 2 grupos a 2 voltas em que os 3 de cada grupo primeiros vão disputar o apuramento de campeões a 2 voltas 3 os 3 últimos a manutenção também a 2 voltas ; daria um total de 20 jogos em que, apenas como exemplo do actual quadro Benfica e Sporting disputam 4 jogos entre si e 2 contra o Braga e o Famalicão que, por sua vez também jogam 4 vezes entre si)
2º – tornar esse campeonato uma Liga integraçlmente profissional com enquadramento regulatório de, entre outras disposições, mínimos de vencimentos e de massa salarial e máximo de jogadoras não profissionais (obrigatoriamente profissionalizadas no ano seguinte, se mantidas no plantel) e máximo de jogadoras estrangeiras, só sendo certificadas as equipas que garantam todos os quesitos regulatórios.
3º – Atribuir à LPFP a organização da competição na condição de esta garantir uma boa promoção dos jogos, a centralização de bons direitos televisivos (sem transmissões exclusivas a canais de Clube) e distribuição das receitas por classificação (incluindo as 2 equipas que subirem receberem o mesmo que 9º e 10º).
Assim, teremos, a prazo, muito mais jogos mais interessantes, maior competitividade, e melhor potencial de receitas e de atratividade.
Há é que ter coragem para assumir isso JÁ em vez de continuar as eternas panelinhas de servilismo ao status quo.
Um abraço e saudações leoninas
12 Julho, 2022 at 18:52
Acrescento às jogadoras estrangeiras que fomos capazes de atrair várias internacionais portuguesas que atraímos ou formámos: Patrícia Morais, Inês Pereira, Mónica Mendes, Carole Costa, Joana Marchão, Alícia Correia, Tatiana Pinto, Fátima Pinto, Andreia Jacinto, Diana Silva, Ana Capeta, Ana Borges, Carolina Mendes.
Julgo que o nosso principal problema reside na falta de uma orientação estratégica clara ou, pelo menos, na incapacidade de dotar a equipa com os meios necessários à estabilidade de uma tal estratégia (se ela existe).
SL
12 Julho, 2022 at 14:47
O Sporting só tem hipótese de trazer boas jogadoras lá de fora, ou antes de serem realmente conhecidas – por exemplo, esta época que passou já era impossível trazer a Blackstenius mas nas 2 épocas anteriores, Linkoping e Hacken, era perfeitamente possível – ou já mais velhas, na fase final da carreira – como é o caso da Neto ou o caso da Dekker no Braga.
Qualquer pessoa com cérebro percebe isto.
Nunca me viram aqui pedir grandes jogadoras dos melhores clubes. Tal como no FM, ou apanhamos os jogadores numa fase inicial da carreira, antes de serem muito conhecidos e estarem no radar de clubes mais poderosos, ou simplesmente não temos hipótese. E no FF é ainda pior nesta altura porque nem somos a equipa dominante em Portugal que vai regularmente à WCL. Nas 2/3 primeiras épocas, com as constantes noticias que saiam internacionalmente sobre o FF do Sporting, com o facto de termos 50% da selecção portuguesa, isso ainda era possível num caso ou outro mas nunca exploraram muito essa vertente – trouxeram a Nevena e a Raquel, jogadoras de bom nível para cá, mas o resto foi tudo fraco, ou quase.
O que eu vejo é um total desinteresse da Direcção, que se escuda atrás da formação no feminino para não investir e calar os sócios/adeptos. Mas o Benfic@ tem muitas jovens também, quer na equipa principal, quer nos escalões de formação, e também ganha campeonatos na formação.
Depois, há uma coisa paradigmática que ninguém fala… Na formação do FM são poucos os jogadores a conseguir chegar ao nível de jogar na equipa A – e basta ver que de todos aqueles que o Amorim apostou quando chegou, só o Nuno Mendes e o Inácio fizeram toda a formação no Sporting e tiveram sucesso suficiente para se imporem! Isto num contexto de formação onde Portugal é sempre uma das boas selecções Sub15, Sub17 e Sub19 da Europa.
Ora na formação do FF o contexto não é esse. Portugal ainda tem muita dificuldade em bater-se contra boas equipas – está agora a atingir um nível já bem aceitável nos escalões mais baixos. Portanto, o nível da formação no FF está MUITO a baixo do nível que a formação no FM tem. E é com essas miúdas que querem melhorar? Esperam mesmo que se tire 4 ou 5 jogadoras boas no FF quando no FM tirar 1 ou 2 já é complicado?
A formação do FM já tinha alguma qualidade no meu tempo – anos 70! Melhor qualidade do que tem hoje – mais de 40 anos depois – a formação do FF. Vai levar tempo a chegar a um bom nível e, mantenho a minha opinião, passa muito por uma maior exigência dos Clubes e dos treinadores e melhores treinadores. Hoje as condições de treino são muito melhores mas só isso não chega se não há grande exigência.
Já aqui falei nisso, e repito, mas alguém vê nas fases finais da formação do FM jogadores gordinhos? Jamais isso acontece! No FF isso vê-se e não é pouco. São estas miúdas que vão um dia ser profissionais de valor?
Jogar em sintéticos é mau, e não devia ser permitido, mas no meu tempo jogávamos em pelados a maior parte das vezes. Quantas vezes saí de campo todo raspado e a sangrar das pernas ou dos braço por ir ao chão no pelado? E isso não impedia de haver competitividade, de tentar jogar rápido ou intenso.
As miúdas hoje, até dá sono. E enquanto não perceberem que isto é um problema, não vamos dar o passo em frente que é preciso.
Alguma vez as nossas miúdas estão a ser preparadas para jogarem à velocidade que a Inglaterra jogou ontem, por exemplo? Nem devem perceber como é possível jogar assim…
Enfim…