O Sporting vinha de um empate, em Tomar, onde, depois de uma exibição muito questionável, acabou por ir buscar forças para recuperar de uma desvantagem, rumo ao 4-4 final.

No rescaldo, o técnico Alejandro Domínguez, afirmou que “conseguimos um empate num cenário muito mau, e fizemo-lo através do jogo colectivo, tal como tínhamos planeado com a equipa. Isso é muito bom para nós, ainda que quiséssemos os três pontos. Temos de ficar com esta parte porque ainda faltam dois jogos para terminar a primeira volta e depois toda a segunda volta para tentarmos estar na melhor posição possível. Quando terminou o jogo falámos no balneário e a equipa está triste como é normal, porque o nosso dever é ganhar. Mas vi os jogadores unidos e com ganas, o ADN que queremos implementar encaixa muito bem nos jogadores. Isto não nos vai fazer perder moral, pelo contrário. Disse-lhes que agora íamos ter um mês de Janeiro com mais seis jogos e esta energia dos últimos minutos, para dar a volta ao jogo, é a que nos tem de guiar nos próximos duelos”.

Ora, o próximo duelo era no João Rocha, frente ao Murches, último classificado, e disputou-se ontem. Ao intervalo, o Sporting vencia por 4-1, num resultado que mudou para 4-4, antes de Verona marcar o 5-4 e, a terminar, o Murches, que estava em inferioridade numérica, chegar novamente ao empate.

No final, o treinador teve o discurso que se pedia: “A primeira coisa que quero dizer, antes de fazer qualquer análise, é pedir desculpa aos adeptos em nome da equipa. Com todo o respeito pelo GRF Murches, o que fizemos hoje não se pode permitir e o máximo responsável sou eu. Na primeira parte, a equipa esteve francamente bem, defensivamente séria e sólida, mas sofremos um golo num claro erro defensivo, que já mostrava alguma falta de tensão competitiva. Na segunda parte, essa suspeita tornou-se clara e depois, quando nos vimos expostos a um final muito apertado, a equipa não conseguiu fazer golos apesar de ter criado oportunidades”.

Ora, face a esta falta de tensão (e de tesão, digo eu) competitiva, Gilberto Borges, pessoa que aprendi a admirar pela frontalidade e pela dedicação ao nosso hóquei em patins, assinou mais um momento dos vários que tem protagonizado na sua conta pessoal, no twitter, onde parece constantemente procurar palavras que mascarem a realidade, mas que são bem representativas da mentalidade “isto importa é competir”.

 

É caso para dizer, “quem o viu e quem o vê…”