A equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal goleou este domingo o SL Benfica por 5-1, no Pavilhão João Rocha, garantido a passagem aos quartos-de-final da Taça de Portugal.

No terceiro dérbi da temporada, e após as águias terem levado a melhor nos dois primeiros, foram os Leões a arrancar melhor. No seguimento de uma fase inicial em que as duas equipas ensaiaram à vez os primeiros lances de perigo, Toni Pérez, aos seis minutos, fez o 1-0 num belo remate à meia-volta e deu assim vantagem aos da casa. Foi o 17.º golo do espanhol esta época.

Como seria de esperar, depois foi o SL Benfica a ter de assumir as rédeas, em busca de chegar ao empate, e a beneficiar de um penálti, aos sete minutos. No entanto, Ângelo Girão agigantou-se entre os postes e travou o remate de Carlos Nicolía, argentino que, pouco depois, teve mais uma excelente oportunidade para marcar, só que desta feita o remate foi com estrondo ao ferro.

Na sequência de um período em que as águias conseguiram ter mais bola, o Sporting CP voltou a assumir o controlo do duelo. Após João Almeida já ter obrigado Pedro Henriques a uma boa defesa, João Souto sofreu falta na área e viu o juiz da partida apontar para a marca de penálti. Na conversão, já com 15 minutos, Gonzalo Romero dilatou para 2-0 com um forte disparo.

O Sporting CP mostrava-se cada vez mais confortável na pista, em contraste com as dificuldades do rival em criar perigo e, por isso, o 3-0 chegou com naturalidade. Apenas dois minutos depois, aos 17’, João Souto acelerou na direcção da baliza e, na cara do guarda-redes, levantou a bola antes de atirar certeiro. Até ao tempo de descanso, não se registaram mais jogadas de registo.

No reatamento, o Sporting CP até ameaçou primeiro a baliza contrária, por Henrique Magalhães, mas foi o SL Benfica a reduzir para 3-1 aos cinco minutos, através de Gonçalo Pinto. Já com dez minutos decorridos, os encarnados beneficiaram de um livre directo originado pela décima falta Leonina, mas Girão foi gigante e defendeu à primeira e à segunda, após o árbitro mandar repetir.

Depois, os Leões tiveram de jogar com menos um nos dois minutos seguintes, devido ao cartão azul mostrado a João Souto, mas aguentaram bem a pressão benfiquista. Em seguida, na fase mais quente da partida, os papéis inverteram-se e foi o Sporting CP a beneficiar de um livre directo, devido à exclusão de Carlos Nicolía, só que desta feita Ferran Font disparou ao poste.

O desafio prosseguiu depois com Gonzalo Romero a atirar do meio da rua para defesa apertada de Pedro Henriques com o capacete, isto antes de o Sporting CP ficar novamente em vantagem numérica devido à exclusão de Diogo Rafael. Na marcação do livre directo saído desse lance, Ferran Font teve tudo para dar maior tranquilidade à equipa, mas voltou a não conseguir marcar.

Já a sete minutos do fim, quando o SL Benfica apostava tudo em encurtar a distância, o Sporting CP afinou a pontaria e fez o 4-1. Gonzalo Romero roubou a bola ao adversário ainda antes da linha do meio-campo, tabelou com João Souto e, já na área, atirou para o ‘bis’, aumentando assim a diferença mais uma vez para três. Logo em seguida, João Souto viu um novo cartão azul.

Mesmo com uma distância considerável no marcador e pouco tempo para jogar, o Sporting CP nunca deixou de querer mais e podia ter aumentado para 5-1. Isto porque, a pouco mais de dois minutos do término, o SL Benfica cometeu a décima falta e Ferran Font voltou a estar frente-a-frente com Pedro Henriques, mas mais uma vez não levou a melhor neste duelo particular.

Quando parecia que o resultado já não voltaria a mexer, a 30 segundos do fim, a turma de Alvalade teve nova possibilidade de chegar à mão cheia de golos, num livre directo, e agora foi João Almeida que assumiu as despesas, fechando o resultado com contornos de goleada: 5-1.

 

 

No rescaldo, o treinador da equipa de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal, Alejandro Domínguez, considerou que os dois aspectos-chave para a vitória foram a maturidade que os Leões apresentaram na pista, sabendo gerir os ritmos, e também a sua capacidade defensiva.

“Quando preparámos este jogo, e após as duas experiências que tivemos contra o SL Benfica, centrámo-nos em duas coisas do modelo ofensivo e numa do modelo defensivo. Ofensivamente, não podíamos fugir, ou seja, tínhamos de fazer pausas, e também de jogar cara-a-cara, para nunca estarmos de costas para eles. Isto porque o adversário é uma equipa muito forte quando sobe as linhas defensivas. A outra coisa fundamental era a nossa defesa alta não lhes permitir atacar com fluidez, e conseguimo-lo durante 40 minutos. Talvez tenha havido um ou outro momento em que eles, com o potencial que têm, tenham conseguido baixar-nos um pouco. Mas foi um jogo quase perfeito a nível defensivo”, atirou, abordando os três livres directos falhados por Ferran Font.

“À nossa frente tínhamos o Pedro Henriques, sendo que o duelo entre ele e o Ferran já tem não sei quantos capítulos. O Ferran Font é um especialista, antes do jogo analisámos vídeos e entre ele e a equipa técnica decidimos que era ele que ia marcar e como os ia marcar. Rematou bem, só que o Pedro Henriques também vê vídeos, prepara-se e ganhou a batalha de hoje”, frisou.

A fechar, Alejandro Domínguez voltou a tecer rasgados elogios à defensiva verde e branca. “Hoje o nosso modelo defensivo não permitiu que o SL Benfica atacasse com fluidez. É verdade que ainda chegaram à nossa baliza, mas o Girão esteve extraordinário. A nossa defesa foi perfeita”.

Os Leões terão agora de esperar pelo sorteio da próxima quinta-feira, dia 23 de Fevereiro, para ficarem a conhecer o adversário nos quartos-de-final da Taça de Portugal (marcados para 19 de Março). Antes, dá-se o regresso à Europa, já na quinta-feira, com a recepção ao Reus Deportiu.