O fim de semana marcou o encerramento da 2ª fase do campeonato nacional de voleibol. Ficam as minhas notas sobre a equipa feminina, antes das meias-finais da taça e do campeonato.

Num apuramento que se previa (e foi) muito complicado, o Sporting CP conseguiu apurar em 3º lugar. Espero que não tenha sido o topo da época, mas se for admito que é uma época bem conseguida. Claro que a exigência é sempre alta e, como Sporting CP, vamos olhando sempre para o máximo possível. Depois se quisermos levar um banho de realidade, é possível entender com outros olhos o que escrevi na frase anterior.

Ontem, na flash, o treinador Rui Costa mencionou algumas dificuldades que tivemos de contrariar que replico e acrescento algumas:
– Campeonato mais competitivo de Portugal (7 equipas para 4 lugares);
– Iniciar a pré-época com 5 jogadoras nas seleções nacionais;
– Destas, a Aline e a Bárbara chegaram lesionadas, demorando meses a voltar à forma;
– Problema de saúde de Daniela Loureiro;
– Afastamento quase total da comunicação do Sporting CP;
– Falta de reforço de janeiro como consequência da imediata (em setembro) constatação de que faltava uma ponta de bola alta à equipa;
– Menos pessoas acompanhar tanto em pavilhão como fora dele.

Relembro, até, que terminámos a 1ª fase com derrotas com o Vitória SC e Porto Volei (1º classificado nessa fase). Começámos a 2ª fase com derrotas com o mesmo Vitória SC e, em casa, com o SL Benfica. Todas estas equipas acabaram fora dos lugares de playoff! Em caminho oposto, vencemos por duas vezes o Manchester City e, só por isso conseguimos o apuramento. Vencer onde não era assim tão esperado acontecer. Umas contas estranhas que, no fundo, se tornam características da equipa.

No que respeita à equipa é inevitável olhar para um núcleo duro que o sustenta. A Daniela Loureiro, Bruzza. Jady, Aline e, claro, Vanessa Paquete. Vou só acrescentar que, sem a consistência da Paquete, não estaríamos aqui. Com a falta da adaptação da Fernanda, era vital que a Vanessa fizesse o que fez. Merece muito terminar a época neste registo individual, contrariando os anos anteriores.

De destacar também a Rafaella, a Amanda e a Garcez. As primeiras dois foram, em largos momentos da época, a salvação da equipa. O termo é pesado, mas é a minha visão. A contratação do Gabriel Bertolini ofereceu a Rafa e em boa hora. A Amanda assumiu quando foi preciso e depois também precisou de descansar. A Garcez fez o seu papel na substituição da Daniela.

Depois temos tido dificuldades com adaptações que, dificilmente, serão supridas. A distribuição é um problema. Ainda ontem voltaram-se a esquecer na Paquete quando é essencial colocá-la em jogo. Felizmente o jogo ficou controlado pelo meio, mas com o Porto Volei seria terrível. A inadaptação da Fernanda, tal como aconteceu com a Regalado, torna tudo muito mais difícil. Por fim, o tardio aparecimento da Bárbara também foi complicado, mas apesar de não ser 100% consistente, melhorou muito. Não compreendo como é que não quer assumir-se como uma jogadora essencial na equipa.

Posto isto, vem aí o Leixões SC e o Porto Volei. Sobre a equipa de Matosinhos falo para a semana, sobre o Porto Volei basta dizer que será uma lotaria. Elas jogam a época neste fim de semana.
Voltamos ao ponto de rutura do ano passado e o desejo de sucesso é o mesmo. Incrível como a felicidade desta equipa me pode influenciar tanto a minha.

Boa sorte!