Dia 5 de outubro, às 14h30, em Santo Tirso contra o Leixões SC.

Para abrir o jogo com o Leixões SC, vale a pena escrever um pouco do que foi a pré-época, muito à luz do que se passou no fim de semana da taça ibérica. Vou dar os meus 500 mais relevantes:

1. uma competição de pré-época onde se confirmou grande parte do que eu intuía, felizmente. Não esquecer que estavam em jogo a campeã nacional de Espanha e a vencedora da taça e 2ª classificada do campeonato. O Sporting CP portou-se muito bem onde se destacou quem mais jogou. Neste caso vou abordar apenas os reforços que mais se deram a conhecer:

Lauren: há um Sporting CP com ela e sem ela. Bate uma bola altíssima e potente que, em muitos momentos de aflição, nos deram pontos importantíssimos. Na final, ali a meio do jogo, já estava exausta, o que é normal depois de uma pré-época e um jogo a 3-2 no dia anterior. “Não recebe tão bem como as outras” diziam os catedráticos. Eu até respondo, se ela recebesse ao nível do que ataca, jogava em Itália e era titular na seleção dos EUA. Não era no Sporting CP que estava. Precisamos dela como da água para beber.

Liza: Duas notas importantes sobre a alemã. A primeira é que tem um nível muito bom e, sendo canhota, tem tudo para brilhar no tugão. A segunda nota é que, se lhe apetecer abrandar, a Paquete saca-lhe o lugar. Quem ganha nisto tudo? O Sporting CP. Parece que acertámos!

Ozzy: vou escrever perfeição por outras palavras. É, para mim, impossível imaginar a infinitas horas de treino que alguém precise para atingir este nível de jogo. Não existe nenhuma outra forma de jogar como a Ozzy sem infinitas horas de trabalho. Devemos, todos, estar embevecidos pela possibilidade de ver, com a nossa camisola, um talento destes. Do lado dela é, também, uma responsabilidade grande. Vamos exigir, queremos sempre o seu melhor!

2. spoiler alert: vamos perder mais jogos, mas espero que não seja o próximo. Há uma ilusão clubística de que o Sporting CP, por ser o Sporting CP, tem de ganhar sempre. Acho que é geral no desporto. Tretas! Gostar de desporto é precisamente entender que se pode ganhar ou perder. Esta obsessão de vitória dissimulada de cultura de exigência é irreal. Isto para antecipar próximas desilusões. A época é longa e vamos ganhar mais vezes do que vamos perder. E no fim? Eu acredito no caneco.

3. a Federação Portuguesa de Voleibol era uma anedota há 10 anos, era uma anedota ontem e é uma anedota hoje. Por muito que avancem, estão sempre atrás em relação ao mundo. Que miséria de transmissão e que miséria de promoção. No sítio de sempre, ter o Sporting CP não foi suficiente para encher (metade) o pavilhão. A Federação parece aquele amigo que chega sempre tarde aos jantares. Mesmo no dia que se arranja para sair com 2 horas de antecedência, até sai de casa 1 hora antes do jantar, mas a 3km do restaurante apanha um acidente e… chega atrasado como sempre. Não há pachorra!

4. linhas do pavilhão João Rocha: Uma nota para o futuro porque vou levar isto a sério. Alguém que nos ajude, aos de longe, aos da televisão, e mudem as linhas do pavilhão para umas mais escuras. Houve algum iluminado que as mudou este ano e ficaram quase impercetíveis, retirando bastante interesse ao jogo. Não sei como é ao vivo. Eu sei que é impossível, claro, um verdadeiro campo de voleibol porque o PJR é de muitas modalidades e é necessário respeitar as 40 mil linhas que tem. No entanto, por favor, coloquem as linhas mais escuras! Aviso que eu não tenho muitos cavalos de batalha nesta rubrica, mas este vai tornar-se num. é uma questão de respeito pelo jogo e pelos adeptos. Não é uma questão menor seja para quem for: diretores, treinadores, jogadoras e, especialmente, adeptos. A ver..

Até quinta, a quem for!

 

*quando vê uma aberta no meio campo adversário, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo.