É que ontem o Real passou largos minutos com 9 jogadores dentro da área e dois perto da meia lua. Um autocarro dos que já nem em Portugal se vê muito. Correu bem porque marcaram primeiro numa.das 2 3 saídas que tiveram o jogo todo. e só mesmo nos pênaltis para ganharem porque era muito difícil jogarem o jogo todo assim e não sofrerem pelo menos um golo. Foi um daqueles empates que um pequeno aflito safa na casa de um grande. O Real tem equipa para disputar o jogo de outra forma e se calhar até com mais hipóteses de sucesso do que assim, viu-se na primeira mão que é possível.

Como disse não vi o jogo e portanto o meu comentário não era com base no jogo de ontem entre City e Real.

Nem tão pouco analisei em teoria de quem era a culpa se o jogo é chato ou não.

O que disse é que o futebol moderno também insiste demasiado na posse de bola inócua.
Nada contra o trocar a bola de forma objectiva, ou seja, na procura do espaço e quando há meter a bola.

Por exemplo detestava o nosso jogo no ano passado e já gosto deste ano, porque esticamos o jogo na frente e o resultado está à vista com o número de golos marcados.
Ah e tal o ano passado a ideia também era essa mas tinhamos o paulinho. Pois…mas quem achou que com paulinho dava não fui eu…

O tiki taka do Guardiola veio trazer ao mundo muitos tiki takas da wish.
O Guardiola fazia o Barcelona trocar a bola mas de forma objectiva.
O que vejo em muitos treinadores é trocar a bola só porque sim.

Quando não dá para levar a bola no pé é preciso trabalhar também os cruzamentos e bola no avançado de forma mais directa. São ambas variações de jogo válidas e que devem ser usadas quando dá.

Mas lá está o que critiquei é que mesmo estando dificil furar as linhas defensivas ou porque a basculação de flanco ou troca de bola simples estão muito lentas, ou porque simplesmente a equipa adversária está a conseguir anular esse processo e não dá espaços…há equipas que continuam a insistir sempre no mesmo em vez de variar e tornar o jogo mais vertical.
E essas equipas muitas das vezes são planeadas, nomeadamente no processo de escolha de jogadores para o plantel, para jogar só de uma maneira e isso acho errado.

Foi isto que quis dizer no meu comentário.

Acredito.

Vi só o resumo e só o De Bruyne teve mais 2 oportunidades para marcar outro.

A ideia do Guardiola está muito longe de mastigar o jogo só porque sim.

E lá está uma coisa é trocar a bola como faz este ano o Sporting em que se percebe claramente qual a ideia de jogo que está por trás desses movimentos. Parabéns ao Amorim por isso.

Outra completamente diferente e que o próprio Sporting também já usou por falta de qualidade na frente, é trocar a bola porque não há mais que se possa fazer a não ser manter a bola. Isto para mim é que é desesperante. Critiquei o Amorim na altura por isso, porque no fim é ele quem monta o plantel ou traça o perfil dos jogadores que quer que traduzam a sua ideia de jogo. Se a ideia não era aquela, então escolheu mal os personagens. Não há escapatória e ainda bem que soube capaz de assumir as responsabilidades e corrigir para este ano.