O caro amigo estava na Rua das Amoreiras e eu estava na Rua Artilharia 1 , era mais velho,tinha 15 anos. O meu pai tinha um café ao lado do colégio Maristas e chamava-se Aires. Conheces ? Um abraço
Claro que conheço o Aires, ia lá comer uns bolos de vez em quando, prai com uns 15/16 anos. Guardava o dinheiro do autocarro para ir à escola e comia uns belos palmiers. Nessa altura já nos tínhamos mudado para as Picoas.
Abraço Chico!
Maravilhosa foto. Certamente uma das equipas que mais recordações me deixou. Aquele jogo no Barreiro, onde estive, a peregrinação a Coimbra, semanas antes…e ser o primeiro campeão, com dobradinha, da era da liberdade…
Tive a sorte de ter 17 anos à época. De ver abrir-se um mundo novo, em que tudo se tornou possível, não ir bater com os costados no mato em África…
O 25 apagou também as mágoas da noite de 24 e daquele lance malfadado do Tomé.
Foi a nossa equipa que mais gostei de ver jogar, eram muito bons. A seguir vem a atual. O ambiente no estádio agora é do outro mundo. A verdade é que o sal e a pimenta são os golos e estás equipas faziam muitos. Naquela altura estava em voga as cornetas e bandeiras, agora os cascois e os cânticos. Vamos a ver se está equipa leva a carta a Garcia e finaliza a época ficando na história como a de 74 ficou
Não posso falar do passado e dizer que está equipa tem sido surpreendente? Não disse que ficou na história, porque não vai ficar a começar pelo jogo do Dragão. Tudo se está a encaminhar para perder a começar pelo seu treinador. Vemos o caso do Klopp que disse que ia sair do Liverpool e a equipa nunca mais se endireitou, lembramo-nos mais atrás de Scolari que em pleno Europeu disse que ia para o Chelsea e ali acabou a participação da seleção portuguesa. Agora chegou a nossa vez e ficamos finitos
Linda esta fotografia.
Das equipas mais gloriosas do nosso clube.
E eu ainda tive a felicidade de os ver jogar, de ver esta equipa jogar.
Normalmente saltam mais à vista, aqueles que marcam os golos, toda esta equipa foi maravilhosa, mas tinha um jogador genial, que nós sportinguistas, pouco falamos nele, muito injustamente.
O nome dele Fraguito, metia, se fosse preciso a bola no bolso com os pés, tecnicamente dos mais apurados que o Sporting teve, era um “monstro” a mexer na bolsa.
Mas toda a equipa era fabulosa.
Já para não falarmos do golo que marcou ao fcporko quase do meio campo no SCP 5 fcporko 1 (embora o fcporko tivesse um dos melhores estrangeiros que vi em PT um Sr gajo chamado Cubillas)
O Fraguito era, de facto, um fora de série.
Apesar disso (e de ter sido bicampeão pelo Sporting … ou talvez por isso !?) só foi internacional 5 vezes (com 1 golo marcado).
SL
Mas aquela equipa de 74, além do Fraguito tinha mais 4 “monstros”: Damas, Alhinho, Dinis e Hector “Chirola” Yazalde; além destes,,ainda contava com o eficaz Nelson “bagaço” (um dos ponta de lança mais baixos do Futebol português e dos que marcava mais golos de cabeça), o triturador trator do meio-campo Baltazar, o pendular central Laranjeira, o brilhante distribuidor de jogo Wagner e os ráidos “pontas” Dé, Chico Faria e Marinho. Para compor o ramalhete Tinhamos ainda jogadores que, não sendo brilhante viriam a dar muito ao Sporting como Carlos Pereira o irmão do SENHOR Aurélio.
Foi de facto um team para não esquecer fui a todos os jogos em Alvalade que, na altura, eram de borla para possuidores de cartão de estudante, na superior norte que então se “chamava” Sector da Juventude (só eram excepção os “dias do Clube”, jogos contra o Fê Quê Pê e o Ass-Hole-B … aí lá se iam as poupanças das semanadas). GRANDE ANO!
O Fraguito. O Maejnho. O Dinis. O Lourenço e o F Peres antes. Mais tarde o MF… todos tiveram o
Azar de ser do Sporting… a seleção era vermelha no equipamento e não só…e ainda não deixou de ser completamente
A trabalheira que deu, e o trabalhao q ainda vai dar…!! Há gente nova que se vai apercebendo disto aos poucochinhos e comeca, finalmente, a prezar a liberdade. Sim, 25 de Abril sempre!!
Nada contra o 25 de Abril, em si, mas é bom não esquecer que se não fosse o 25 de Novembro, se tinha substituído uma ditadura – que de fascismo tinha pouco – por outra, comunista! E é uma pena o país – as suas instituições e o seu povo – esquecerem isso!
É verdade que hoje temos a liberdade de dizer o que queremos mas continuamos com um país sem Justiça, pobre – e endividado, que alguém vai ter de pagar – e muito atrasado em relação à Europa e aos países mais evoluídos deste planeta. E a liberdade está longe, muito longe, de ser total, como se viu na pandemia, como se irá ver com o Tratado Pandémico que nos condicionará muito, e, pior ainda, se essa treta do dinheiro digital for para a frente…
Portanto, sim, aproveitem e celebrem o 25 de Abril…
PS – maravilhosa foto que partilhas, Grilo, dessa fantástica equipa do nosso Clube, que tem muito aí de eu hoje ser sportinguista!
Acrescentar, já que está aqui um post de liberdade política, que as declarações do Marcelo ontem são uma vergonha e é uma pena não haver na Constituição algo que pudesse tirar este anormal do cargo que ocupa! O mandato deste merdas, principalmente o 2º, tem sido horrível, cheio de casos, cheio de decisões questionáveis e isso faz dele, de longe, o pior presidente pós 25 de Abril.
Enfim, é só mais um prego no caixão do que tem sido a generalidade dos nossos governantes!
Por duas razões, primeiro era de longe o gajo mais sério que concorreu, segundo se os politicos andam a gozar com a minha cara há décadas porque é que eu não posso gozar com a deles de volta?
O marselfie é mais sério? Ou os outros? Gajos coniventes com os sucessivos roubos, sim que não têm outro nome, dos sucessivos governos ao cidadão comum? Seja para os amigos da banca/indústria ou para sustentar ideologias da treta?
Ainda não me esqueci dos “resgates” ao mesmo tempo que se lixam os reformados, os professores, os médicos, os enfermeiros…
Ainda não me esqueci do “excelente” trabalho que o PCP fez na Lisnave e Setnave, na CUF….
Qual era mesmo a critica á seriedade do Tino de Rans?
Mas achas que o Tino e as suas candidaturas à presidência da República são sinónimos de seriedade?… come on man, não basta recolher 7500 ou 9000 assinaturas… à República, apesar de já ter nascido com uma mama de fora…, tal como à mulher de César…
Linda esta fotografia.
Das equipas mais gloriosas do nosso clube.
E eu ainda tive a felicidade de os ver jogar, de ver esta equipa jogar.
Normalmente saltam mais à vista, aqueles que marcam os golos, toda esta equipa foi maravilhosa, mas tinha um jogador genial, que nós sportinguistas, pouco falamos nele, muito injustamente.
O nome dele Fraguito, metia, se fosse preciso a bola no bolso com os pés, tecnicamente dos mais apurados que o Sporting teve, era um “monstro” a mexer na bolsa.
Mas toda a equipa era fabulosa.
Sim é verdade, é verdade sim senhor.
Era a substituição de uma ditadura por outro ditadura, também penso assim.
Quando falamos no 25 de Abril, o nosso subconsciente está virado, para o fim do estado novo.
25 de Abril e 25 de Novembro, digamos que foi uma altura de transformações e de passagem para uma liberdade mais estável e sem extremismos, as duas, não se dissuam uma da outra.
Quando falo no 25 de Abril, refiro-me sempre a um periodo de 2,3 anos dessa altura, que serviu, para a estabilização do país pós estado novo.
Hoje é 25 de Abril, não é 25 de Novembro. Não haveria 25 de Novembro sem 25 de Abril. Tudo o que se passou após o 25 de Abril são processos normais de instabilidade depois de uma ditadura cair.
Conversa da treta. Sem o 25 de Novembro tinhas saído duma ditadura para entrar noutra. Vistas bem as coisas, acaba por ser o 25 de Novembro a dar valor ao 25 de Abril, quando impediu que se entrasse novamente numa ditadura.
De qualquer maneira, meu caro, nada do que eu disse no comentário inicial vai contra o 25 de Abril… Podes meter esse odiozinho na peida e ir dar lições de democracia para o Terreiro do Paço que anda lá muita gente como tu – e é veres o triste episódio com a Joana Amaral Dias, para se perceber que andar de cravo na mão não faz uma pessoa, nem democrata, nem amante da liberdade!
Sim os americanos não permitiriam que um pais da NATO ficasse nas mãos dos sovieticos.
No entanto se calhar ter nos ia feito bem ter mos passado meia duzia de anos debaixo desse regime. Hoje seriamos mais democráticos, mais livres e mais independentes do estado. E com isso hoje já mais desenvolvidos do que o que somos hoje.
Miguel, nada contra comemorar o 25 Novembro, foi muito importante, eu também o faria (já agora, também o 28 Setembro e o 11 Março). Mas, o 25 Abril e o 25 Abril, é a fonte da nossa vida colectiva de hoje.
Acredito que não seja o teu caso (embora discorde muito de ti, penso que tu és honesto, no sentido que dizes o que pensas), mas muitos que se recusam a comemorar o 25A sem referir o 25N, na verdade, não gostam nada do 25A, mas não ousam dizê-lo. E já agora, qual é o 25N que tu comemoras? O que derrotou os extremismos de esquerda? Ou o que na noite seguinte travou o revanchismo da extrema direita, que queria ilegalizar o PCP e os partidos de esquerda? Não sei que idade tens, mas lembraste do que o Melo Antunes foi dizer claramente à TV nessa noite? O 25N também significou a derrota dessa extrema direita…
Quanto a termos caído numa ditadura soviética… penso que é exagerado. Isso era impossível e nem o PCP, nem Moscovo o procuravam. O PCP não alinhou no golpe esquerdista. Cunhal garantiu ao PR Costa Gomes que não o PCP não apoiaria os golpistas e assim foi. Não acredito que eles alguma vez pensassem implantar uma democracia popular em Portugal, sabiam que era impossível. A NATO não deixaria, eMoscovo sabia que não podia ser. Eles não apoiaram os comunistas italianos e gregos no momento decisivo e iriam fazê-lo em Portugal? Criar agitação, instabilidade, isso sim, mas sabiam que tomar o poder seria impossível. Porque isso seria romper a ordem de Yalta, o que nenhuma das duas superpotências l Tal como os ocidentais apoiaram os húngaros em 56 e os checos em 67, mas sem se molharem, quando os tanques soviéticos intervieram, assobiaram para o lado.
O verdadeiro interesse de Moscovo, na minha perspectiva, era que os comunistas portugueses aguentassem a situação revolucionária até Angola ser independente com o MPLA no poder. E isso, conseguiram.
Por isso, embora o 25N seja importante, não é o 25A. Comemora-o à vontade, mas não mistures as coisas.
E sempre muito orgulho de ter sido o primeiro campeão (com dobradinha) da era da liberdade!
A única questão é que se Portugal estivesse à espera dos que fizeram o 25 de Novembro para fazerem o 25 de Abril, ainda hoje estava à espera. O 25 de Novembro é um espirro ao lado vendaval que foi o 25 de Abril. É essa tentativa de equivalência que não é intelectualmente honesta e é de tal forma politicamente motivada que tem de indignar quem tem memória. Uns lutaram 48 anos e outros meia dúzia de meses porque o inimigo, por mais que pintem a manta, não era igual. Nem por sombras.
Ora bem , muito.bem explicado.
25 de abril sempre.
Engraçado também é os da direita fazerem força para o 25 de novembro quando nem sequer fizeram nada para o acontecer, alguns do psd e pouco mais , de resto tens o 25 de novembro graças ao ps e esse nem está assim tão intressado em celebrar essa data.
O que verdadeiramente interessa a essa gente é tentar denegrir o 25 de abril por estar conectado aos comunistas, pois mas sem eles não existiria 25 de abril por muitas voltas que queiram dar.
Subscrevo muito.
Não sou daqueles que digo que a guerra era justa, não, não era.
Mas muitos portugueses lá morreram, obrigados.
E esta semana, com estas bacocas palavras do PR em relação a indemnizar esses países, foi de uma afronta brutal, para com países que têm petróleo, gaz natural e outras explorações naturais que nós não possuímos, e que neste campo temos muito menos que eles.
No mínimo, como recompensa à memória dos que lá morreram, e às milhares de famílias que ficaram sem os seus entes queridos, não tinha o PR proferido o que disse.
Porque na guerra, não foram só os países colonizados a sofrerem, nós, os portugueses também sofremos como eles, na mesma, os mortos, não foram só para um lado.
Desnecessário estas afirmações, muito desapropriadas.
E graças ao 25 de Abril, posso e podemos estar a escrever e a dizer o que pensamos, sobre isto, porque se não tivesse havido 25 de Abril, oh não as podia dizer, ou amanhã, eu e todos nós já estávamos no Tarrafal.
Se for ele marselfie, a família e amigos dele a pagar as indemnizações estou perfeitamente de acordo…
Agora a sério é só mais uma Americanice esta historia das indemnizações (cujos princípios foram determinados pela escola Ibérica,os espanhois chama-lhe a escola espanhola, claro, da paz)
Em primeiro lugar porque é que os filhos devem ser responsabilizados pelos erros dos pais? Ou quando um criminoso que é condenado a 20 anos morre ao fim de 10, o filho tem de ir cumprir o resto da pena?
Em segundo lugar tem que ver com o contexto histórico, era errado? Era sim, mas o Mundo funcionava assim na altura quem tinha mais poder militar fazia o que queria (não mudou assim tanto, a diferença é que agora é considerado unanimemente errado) a questão é, porque é que a historieta das indemnizações “acaba” na colonização e na escravatura Africana/Ocidente? Porque é que os Turcos não têm de pagar “indemnizações” aos povos que foram invadidos pelo Império Otomano que só pararam em Viena de Aústria? Ou os Japoneses aos Chineses e Coreanos? Ou já agora os Árabes aos Ibéricos? Ou os Zulus do Shaka a todas as tribos que derrotaram e invadiram? Pois é….
E outra coisa quem começou o tráfico de escravos Africanos foram os Árabes que ao longo dos séculos escravizaram mais Africanos que os Ocidentais, porque é que eles não aparecem na “lista” de nações que devem indemnizar os Africanos?
Os próprios africanos escravizavam-se uns ao outros e vendiam ao homem branco.
E o bom? Quem quantifica o bom que o “homem branco” deixou nas colónias? Os portugueses por norma construíam escolas e igrejas em todo o sítio que paravam, como é que ficamos nessa história? Vão devolver todo o dinheiro que circulou pelas igrejas? E a educação, como é que se quantifica a educação?
É um pensamento novo mas muito conveniente, que coloca tudo preto no branco, literalmente, mas que depois tenta omitir ao máximo tudo o que não favorece a intenção inicial que é tirar proveito da malta que se deixa ir nessa conversa e que sofre de “white guilt”.
E nem é só isso tudo. Muito disto, na minha opinião, é para desviar atenções do caso das gémeas brasileiras, onde o marreta está enterrado até ao pescoço!
Ora aí está, já renegou o pai, agora o filho, como diz o Judice ele só pensa nele. Engraçado foi ontem, o Relvas completamente cego e o Álvaro Beleza a desculpabilizar o homem….
Ou por exemplo o facto dos Portugueses terem introduzido a cultura do arroz na Guiné e.g. que literalmente salvou metade da população de morrer de fome…
Ainda faltam aí as indemnizações dos romanos, dos egípcios, dos gregos, dos fenícios, dos vikings, etc etc.
É para contabilizar até onde? Até à Sumeria?
Já agora pergunto também, os edifícios públicos, as infraestruturas como estradas, pontes, barragens, redes de electricidade, água ou esgotos, que usaram durante 50 anos é para descontar nas indemnizações a pagar?
Eu não me importo de pagar indemnização aos africanos, mas primeiro quero receber dos cartagineses, dos arabes, dos romanos, dos normandos, dos franceses e dos espanhóis, depois fazemos contas
Angola é provavelmente o país com maior riqueza em África. Tem tudo, ouro, diamante, mais de 30 outros tipos de metais preciosos, petróleo e gás natural, terra onde tudo que é plantado desenvolve, reservas subterrâneas de água para mais de 20 anos!
Para contrabalançar têm também os políticos dos mais corruptos do planeta…
O meu pai foi lá criado, é um dos retornados por isso tem um estimo inigualável ao Mário Soares e ao PS (nunca hei de perceber como é que alguém “aparentemente” tão corrupto é visto quase como um herói), e sempre diz que nunca viu nada como Angola. Entre a quantidade absurda de peixe e marisco, e a qualidade do solo que dava tudo o que se plantava e se plantava por engano (o cagar na mata tinha utilidade lá) era absurdo. Deviam de ser das economias mais fortes do Mundo, infelizmente apenas são o espelho do país que os deixou completamente sós, que lhes deu “liberdade” sem os preparar para a mesma, corruptos e pouco cultos.
Obrigado Cherba, por recuperares o meu comentário de 2019. Vivo fora do país desde 2013 e isso permite-me apreciar ainda mais a liberdade de que ainda dispomos e que foi restaurada nesse dia. Mais tarde ou mais o cedo o regime acabaria por cair, mas tiro o chapéu e curvo-me aos simples homens e mulheres, dos mais variados estratos sociais, que disseram basta e contribuíram para que algo de maravilhoso acontecesse ‘e depois do adeus’. E aconteceu mesmo.
Para quem quiser saber e para que não se incomodem muito – não tenho cor política (há mais de 20 anos) e estou bem assim. Vou votando branco, até aparecer uma proposta que me agrade. Ainda não perdi a esperança. Viva a liberdade! Vivó Sporting!
Isso das ex-colónias tem muito que se lhe diga, Cabo Verde e S. Tomé são “ex-colónias” porquê? Eram ilhas desertas no meio do Oceano e se no caso de Cabo Verde ainda tinham uns resquícios do PAIGC em S Tomé nem nunca houve movimento nenhum de “libertação” houve sim problemas patrões/empregados por assim dizer porque nas plantações os “angolares” ganhavam mais do que os autocnes…
Esses dois Países têm o mesmo fundamento dos Açores e da Madeira, a única diferença é a cor da pele das pessoas, e os politicos “democratas” do pós 25 de Abril, a começar pelo bandalho Soares, eram racistas encapotados, aquilo que fizeram a S.Tomé devia dar prisão, abandonamos um “País” que não é auto-suficiente nem de perto nem de longe, á sua sorte, um “País” que a única diferença para a Madeira e Açores (que foram apoiados e desenvolvidos com verbas do Estado) é a cor da pele das pessoas…
Portugal foi dos primeiros países a abolir a escravatura, se é que não foi mesmo o primeiro, e isso vale alguma coisa.
Se vais fazer acertos de conta aí, então e antes disso não fazes? Vais pedir indemnizações aos Espanhóis e aos Franceses? Vais meter os Romanos ao barulho?
Deixa de ser parvo… A História é o que é, o que foi, e o mundo vai evoluindo de acordo com as sociedades que se vão formando…
Se queres falar em cenas dessas, tens muito por onde pegar de 2020 para cá. com os direitos das pessoas a serem absolutamente atropelados e pessoas a serem afastadas do trabalho só porque sim… No mundo inteiro. E vai-te preparando que vem aí muito pior…
Exato.
A história está repleta destas histórias.
Só este Marcelo, é que se lembraría de vir agora com esta conversa.
E claro, houve logo menininho a querer recompensas, eu mandava-os levar nos entrefolhos.
Dos primeiros a abolir a escravatura e o último a abandonar o colonialismo e à força!… 😉 , fruto do “orgulhosamente sós”, que é como quem diz “olha para o que eu digo mas não olhes para o que eu faço “!
Depois, o processo de descolonização foi uma vergonha que resultou na ruina e desgraça de milhares de vidas, famílias inteiras, para promover meia dúzia de carreiras políticas.
Uma coisa não tem nada a ver com outra, os países colonizados ou não devem ter direito ä sua autodeterminação isso é irrefutável, acontece que isso nada tem a ver com a. Tomé e Cabo Verde….
Quanto ao “abandonarmos” á força (deduzo que seja militar) o colonialismo, tens de voltar aos “cadernos” e de preferência que não sejam de propaganda esquerdista do pós 25 de Abril, ou de propaganda direitista do ano estado novo…
Talvez investigares aquilo a que os académicos Americanos chamam “The fortress” e que ainda hoje é ensinado em West Point, curiosamente nunca replicado até agora….
Nem esquerda nem direita. Sempre na procura da verdade dos factos e da justiça!
Essa estória de “The fortress” que é ensinado em West Point, julgo estar relacionada com a guerra da independência americana, americanices…
Abandonámos as ex-colónias à força, num processo verdadeiramente vergonhoso que colocou na miséria milhares (cerca de meio milhão, é obra!) de portugueses vindos de Africa e que teve o seu epílogo na forma como esses “infelizes” foram recebidos e tratados no nosso pais, sobretudo por desconhecimento mas também por preconceito e tacanhez, devido à sua, errada, conotação com o Estado Novo.
Todos sabemos que a guerra do ultramar há muito que estava perdida, o inimigo era incomparavelmente superior. A junção da resiliência inerente à autodeterminação e vontade independência desses povos, com o inimigo “oculto”, The CIA, who else?!! Aquele que municiava com armamento, em muitos casos superior ao nosso, o combatente africano, conhecedor do terreno e instruído em promover uma guerra de guerrilha cada vez mais sangrenta!
A transição apressada sem olhar ás vidas destruídas de milhares de portugueses e AOS INTERESSES PORTUGUESES sobretudo em Angola e Moçambique deve-se essencialmente a dois senhores, Frank Carlucci e Márinho!
Logo após o 25 de abril e receando a criação de um regime comunista em Portugal, os “donos da democracia” estiveram prestes a fabricar um golpe de estado (há inclusivamente a estória de uma invasão espanhola…hehehe, pouco verossímil) que só foi evitado devido a uma negociação e garantias dadas por márinho ao agente da CIA em Portugal que desempenhava cumulativamente as funções de embaixador. Entre as quais a viragem da politica portuguesa para um regime democrático (socialista), processo que foi sempre acompanhado e até “orientado” de perto… e a entrega das colónias, essencialmente Angola, sem mais delongas! Pois claro…
A historia do “The Fortress” referia-se ao facto dos oficiais Portugueses de carreira, ou seja os “não-milicianos” serem altamente “incentivados” para não dizer “obrigados” pelo Estado Novo a levar as famílias para as comissões, o Salazar podia ser muita coisa mas burro, não era e ele sabia que muito poucas pessoas combatem por ideologia, as pessoas combatem pelo camarada que está ao lado, ou…pelas suas famílias…era assim nas legiões Romanas (o exercito mais profissional da antiguidade) continua a ser assim agora…
O que os Americanos diziam é que isso constituía uma Fortaleza móvel que “rodava” entre as colónias e que era deslocada para os sítios críticos, com sucesso, mas com custos, porque devido ao numero cada vez menor de candidatos á Academia, não conseguíamos substituir os que iam morrendo, daí “os milicianos” que foi uma invenção do Estado Novo…
E como é que eu sei isso, simples eu fui um desses miúdos que andaram a reboque do Pai, por essa Africa fora, a minha irmã nasceu em Bissau, por exemplo, nós não temos amigos de “infancia” estávamos 3 anos com uns, depois vinham outros, os meus amigos “mais antigos” são do pós 25 de Abril e aí eu já tinha 12/13 anos…
Quanto á guerra em si, na Guiné estava quase perdida sim, quem travou aquilo foi o Spínola, nomeadamente com a introdução do arroz, com os Paraquedistas e abandonando a guerra de quadricula de idiotas como o Schultz que aplicavam conceitos da I WW a uma guerra de guerrilha…
Em Angola estava controlado e a caminho de absorver alguns movimentos, o MPLA não incomodava muito ( e ficaram eles a mandar) a Unita estava cercada em Naduandongo (ou lá como se escreve) e o Savimbi estava a negociar qual o cargo que iria ocupar na administração colonial (ah pois é) a FNLA, do Holden Roberto que era sustentada pela CIA, não tinha ideologia, tinha dólares com uma zona de influencia no Nordeste e nem sequer conseguiam afectar a indústria e comercio de diamantes, a Diamangue que tinha um exercito privado (e esses por curiosidade, não tinham restrições na compra de armas…) em conjunto com o exercito Português não davam abébias a ninguém, a FNLA estava sediada do outro lado da fronteira e faziam alguns raides a aldeias africanas mas nunca conseguiram fazer mossa, nunca se estabeleceram e não tinham base de recrutamento em Angola e a partir da criação dos Comandos (ideia de um jornalista) os movimentos de independência perderam o fulgor…
Em Moçambique tinhas guerra no Norte, brava, contra os Makondes, os rapazes das escaras no rosto e dentes afiados (curiosamente quando fomos embora revoltaram-se contra a Frelimo e içavam a bandeira Portuguesa) mas o resto do País era tranquilo umas minas na estrada ( e só metes minas “ofensivas” se não controlas o território) tão tranquilo que até conseguiste construir uma monstruosidade como a barragem de Cabora Bassa, coisa que seria impossível de fazer, se de facto houvesse uma presença efectiva de guerrilha, além de que tinhas o maior exercito privado de África, na Beira pertencente ao Jardim (sim esse o pai das Cinhas todas) que criou os comandos Coloniais, era tão inseguro que duas das filhas dele tiraram o curso de Enfermeiras Paraquedistas, se calhar morreram mais tropas nossas em acidentes de bêbados a conduzir Unimogs do que o resto, com excepção do Norte…
Timor era tranquilo, Goa foi á vida logo ao principio e isto era a guerra do Ultramar…
Se fizeres uma projeção a médio, longo prazo claro que era insustentável, além de injusta, nós não tínhamos razão, os povos devem ter direito á autodeterminação, a guerra contra nós era subsidiada pelos dois blocos, com Americanos (só em Angola que as outras colónias não tinham Petroleo) e Russos em grande destaque, logo o fim estava traçado, mas militarmente quando se deu o 25 de Abril a guerra não estava perdida longe disso e é isso que ainda hoje é estudado em West Point nessa teoria do “The Fortress”
Lê “A geração do Fim” o livro do curso do meu pai, inclusive textos do Vitor Alves, Conselheiro Revolucionário e um dos organizadores do 25 de Abril, mas também de todos os outros que estiveram DE FACTO e combateram realmente na guerra “Colonial”
Quanto á forma como a descolonização foi feita, nota que é a forma e não o facto que foi inteiramente justo, é uma das maiores vergonhas da história deste País, conduzida e orientada pelos bandalhos que (se) governam este País, desde sempre, note-se!!!
Lê que te vais divertir, eu cresci a ouvir esses oficiais, conheço-os e há muito mais que não foi escrito (mas está nos apontamentos do meu pai) porque tudo que fosse publicado tinha de ser aprovado por todos, nomeadamente o “caveirinha” aka Vitor Alves que por razões politicas vetou algumas partes, porque nessas partes estavam lá histórias sobre alguns “heróis” da revolução que lhes iam tirar algum “brilho” nomeadamente uns que colaboraram com a PIDE (e não, não eram militares) mas depois brilhavam nas manifestações “anti-fascistas”
A história do nosso País deve ser das mais censuradas de sempre!!!
Era adolescente, na altura do 25 de Abril.
E houve coisas, que me marcaram prá vida toda.
Deixem-me SÓ desabafar, porque já ouvi tanta coisa, a este respeito, das compensações, não vou aqui, entrar em pormenores de justeza da guerra, porque as guerras, nunca são justas.
Mas vou contar, só aqui, algumas passagens testemunhadas por mim, porque o meu falecido pai, foi militar e acompanhei de muito perto e com já consciência do que se estava a passar.
Não vou aqui puxar a brasa á nossa sardinha de portugueses, ou vou tentar não puxar a brasa.
Li hoje umas afirmações do presidente de Angola, onde dizia, que os portugueses tinham cometido muitos crimes na guerra colonial. Pois bem numa guerra será muito difícil, qualquer das partes não cometer crimes, mas vou relatar o que na altura com 5,6 ou 8 anos anos presenciei.
Portugal ocupava, as ex-colónias ( mal ou bem não vem pró caso) quando de repente, em Angola e Moçambique começaram a haver a invasão dos combatentes pertencentes aos movimentos de libertação, MPLA, FRELIMO e UNITA . Foi quando Salazar, começou a enviar tropas para defender as colónias. Os primeiros ataques dos movimentos de libertação, ao invadirem, matavam tudo o que mexia, presenciei em livros com fotografias, que o meu pai escondia em casa, para que possívelmente eu não pudesse ver, porque eu era ainda adolescente e não deveria ver aquelas fotos horrendas, que um dia eu inadevertidamente, as fui descobrir. Com a idade que eu tinha, fiquei de olhos esbugalhados a olhar aquilo, e passo a descrever o que vi, porque jamais irei esquecer. Na invasão dos movimentos de libertação, estes movimentos, esquartejavam jovens brancas indefesas pela vagina filhas ou mulheres de colonos, bebés degolados, fotografias num livro, que já não sei onde pára, que me marcaram, até hoje e já tenho quase 68 anos. E com 5,6 ou 8 anos, pensei, mas a vida é isto ? Mas porquê isto ? tantas perguntas que fiz a mim próprio. Para não dizerem que só conto histórias de um lado, digo que presenciei, mas desta vez pessoalmente, numa prisão em Negage (Angola) um prisioneiro desses movimentos de libertação acorrentado, só com uma tanga e no chão tinha uma batata crua para comer, lembro-me, como criança que era, lhe ter dado um pontapé e ele de meter feito uns olhos, que quase me queria comer vivo, estava na presença do meu pai e da minha mãe, e fugi num ápice, o pontapé foi corolário das influências ao meu redor, porque eu era uma criança.
Isto a propósito, de hoje ter lido as declarações que os portugueses tinham cometido crimes na guerra colonial, certamente que cometeram, mas não foi só uma das partes. Numa guerra não há santos, nunca houve, nem vai haver.
Mas as coisas têm que ser ditas.
Infelizmente presenciei aquelas fotografias que me marcaram, oxalá nunca as tivesse visto.
O Brasil, com 500 anos de independência, vem dizer agora, AO FIM DE 500 ANOS, que quer que se passe das palavras aos atos ? Com 500 anos de independência ? Então os americanos não foram uma colónia dos ingleses, e por acaso já pediram aos ingleses alguma compensação ?
Meus amigos, passado foi e é história, o que os povos podem fazer, é pedirem desculpa e terem uma relação de boa convivência.
E pergunto.
Mesmo não concordando com qualquer compensação.
Alguém pode avaliar qual o valor necessário, para se compensar uma guerra ? É possível avaliar ou quantificar estas situações ? Ou um país fica eternamente em dívida para com o outro ? o que não pode acontecer também.
Dava pano para mangas esta conversa, mas fico–me por aqui. Digo e afirmo, é fora de tom, para ser educado, este tema inapropriado, e não concordo, em absoluto com compensações financeiras, não é o dinheiro que resolve este problema, com qual participámos e muito para o desenvolvimento em parte dessas provincías ultramarinas, que o digam, só um exemplo, a construção da barragem de Cabora Bassa na provincía de Tete em Moçambique, que na altura foi a maior barragem construída no sul de África.
Boa noite, e peço desculpa pelo tempo que vos ocupei.
Só para completar.
Perdi um tio, na guerra do Ultramar numa emboscada na Guiné, a sua mulher, minha tia, nunca mais se endireitou na vida, tive um pai, praticamente ausente na minha educação, a minha mãe fez de pai e mãe, a minha mãe ficou traumatizada com a ausência do meu pai durante 4 comissões de serviço no total, praticamente toda a guerra, porque era sargento vinculado ao exército.
E só Angola, Moçambique, Guiné, é que sofreram com a guerra ? Sofreu toda a gente, os de cá e os de lá. Não usem balanças para estas coisas.
«… A historia do “The Fortress” referia-se ao facto dos oficiais Portugueses de carreira, ou seja os “não-milicianos” serem altamente “incentivados” para não dizer “obrigados” pelo Estado Novo a levar as famílias para as comissões, …»
Caro T.O., o meu pai era oficial de carreira e eu cresci (desde 1964) nos Olivais Norte onde, só em 3 prédios dos Serv. Soc. das Forças Armadas, moravam 84 famílias de oficiais de carreira, incluindo oficiais superiores (de coronel para cima), em que mais de 90% fez uma ou mais comissões no “Ultramar” e nenhuma família os acompanhou!!
A teoria do “The Fortress” aplicava-se à filosofia de empenhamento exterior norte-americana (radicalmente diferente da portuguesa), o que começava por ser visível até na própria concepção arquitetónica dos quartéis/bases americanos assente no conceito de “cidade jardim” com bairros residenciais familiares “para as classes de oficiais e até de sargentos e de casernas para a classe de soldados; já os quartéis “tugas” não comportavam alojamento para “familiares”. Mesmo nas “possessões portuguesas” da Índia (até 1961, isto é, antes de deflagrar a guerra nas colónias lusas em África, os casais (e apenas de oficiais) eram “forçados” a habitar fora dos quartéis.
Então depois da queda abrupta de Goa, Damão e Diu e de algumas dezenas de oficiais portugueses prisioneiros, qualquer presença de familiares de militares nas colónias era completamente DESINCENTIVADA.
Um abraço e suadações leoninas
Caro Alvaro, eu sou de 62, o meu pai era Coronel fez 5 comissões, mais uma em Bruxelas na Nato e DUAS na Guiné, aonde a minha irmã nasceu…
Fico muito feliz que no teu prédio as famílias não seguissem os oficiais, mas olha que deve ter sido coincidência, porque tanto eu e a minha irmã, como o meu tio Tc Coronel Para, a minha tia e o meu primo, as famílias dos camaradas de curso do meu pai, a grande maioria seguiam com os pais e maridos, a rua aonde vivíamos em Bissau (ao lado do hospital) era toda ocupada ppor oficiais e as suas famílias e elementos da administração colonial e as suas famílias, aliás no QG de Bissau haviam festas Natal, Ano Novo etc com grupos como o Segundo Galarza que iam lá tocar para os casais dançarem, bem como o cinema ao ar livre em que todos iam e ou aqueles miúdos eram todos orfãos e as senhoras que lá estavam com os oficiais eram as amantes, ou peço-te imensa desculpa mas não sabes da missa a metade…
Quanto ao “The fortress” não tem nada a ver com fortalezas físicas, mas com aquilo que eu te disse, por isso é mencionado entre parentes e vem mencionado na nota introdutória do livro “A geração do fim” há inclusive um General Americano (não me lembro do nome mas está lá no livro) que fez tese sobre isso e acho muito pouco crível que mais de 20 oficiais que escreveram, corrigiram e editaram o livro estejam a mentir e descaradamente sobre o assunto…
Principalmente num que foi lançado, na antiga sede da mocidade Portuguesa no Rossio (agora tem outro nome, mas é aquele palacete rosa, em frente á tasca da ginginha) na presença do CEMFA e do CEME e entre outros o Otelo Saraiva de Carvalho…
Ás vezes quando um gajo não domina um assunto, não deveria dizer nada, antes de investigar pormenorizadamente….
PS Já agora a 1ª comissão do meu pai foi em Goa, o camarada que o substituiu é que levou com a anexação e o que o Estado Novo desincentivava, nomeadamente na India, eram os casamentos com as “nativas” tenho 3 amigos (irmãos) cujo pai era Coronel e a mãe Indiana e casaram em Goa…
Mais, as passagens para as famílias dos militares eram gratuitas (devia ser para o pessoal não ir) eu fui uma vez de barco e as outras de avião inclusive num “barriga de ginguba” da FA, portanto informa-te melhor…
A única coisa em que tinhas razão é que nos nossos quarteis não haviam alojamentos para as famílias, por isso é que vivi em messes, Luanda, Bissau, Lourenço Marques, ás vezes meses, enquanto a família do oficial que o meu pai ia substituir não vagasse a casa…
É verdade… mas “parece” que estão a ser substuidos por russos e chineses, daí que o Sarkozy ande tão nervoso e desesperado por um confronto directo entre a NATO e os Russos na Ucrânia… está-se a acabar a mama.
Eish, ca ganda buba, agora a rever isto é que me apercebi…. onde andará o Sarkozy a esta hora… é o Macron, lê petit roi, não tão petit quanto o Sarkozy, mas petit. O Macron!
Portanto para teres um País independente basta ter servido de entreposto de escravos? Curioso e aplica-se a todos os “entrepostos” ou só é válido para esses dois?
Mas desde quando é que o povo ordena ou ordenou seja o que for, em nenhuma sociedade, nem nenhuma época isso aconteceu.
Contemporâneamente o povo ordena apenas com o voto, o que já não é nada mau, se olhares para tantos países no mundo onde nem isso acontece.
O povo ordenava na URSS? O povo ordena na China?, em Cuba? O povo ordena na actual Rússia?
Tantos se queixam do mundo onde vivem e esquecem como era há 50 anos, há 100 anos, há 500 anos.
Concordo que há uma clara tendência para a restrição das liberdades, especialmente com esta cultura idiota do wookismo e do revisionismo histórico, como se pudéssemos agora condenar os portugueses, os espanhóis, ou os ingleses pelo que faziam no séc XVI.
Acho que o mundo está cada vez mais idiota.
E quando por qualquer imponderável acontece um erro de casting (acontece cada vez menos pois a malha vai sempre apertando mais…) mata-se o gajo, tipo, o presidente, e muda-se todo o paradigma politico, à vista de toda a gente! So what!?
Toda a gente (ou quase) está completamente a favor do 25 de Abril o que algumas pessoas não concordam foi com o que nós os cidadãos, deixamos que fizessem a seguir….
Com os cravos vieram também os espinhos e nós os cidadãos não estávamos preparados para lidar com isso… quem acabou por ficar incumbido dessa tarefa também não soube fazê-lo (ou não quis…) da melhor maneira, infelizmente!
O que mais invejo em quem o viveu é uma sensação que eu nunca vou viver. A libertação total. A quebra total das barreiras gigantes que existiam.
Na verdade, creio que nos dias seguintes ao 25 de Abril terá existido uma liberdade que também não voltou a existir. É essa sensação de liberdade que eu mais invejo.
Eu tenho a certeza que a democracia também tem os dias contados. Eu tenho a certeza que, se eu viver o tempo natural de vida, viverei em ditadura. Não na ditadura de Salazar e Marcelo, mas uma ditadura noutros moldes…onde as pessoas se sentem livres sem o serem. Infelizmente os sinais estão todos aí e isto está mais perto do que parece. Basta aparecer o homem ou mulher “certos” para isto acontecer e para o povo o seguir. Felizmente neste momento os que tentam são um conjunto de grunhos liderados por um xico esperto que sabe bem levar os grunhos e não mais do que isso. Mas se aparece um verdadeiramente inteligente, ideologicamente muito sagaz, líder e que tenha uma convicção maior do que apenas liderar grunhos…estamos lá sem dar por ela. Ninguém vai ficar sem unhas por falar, não vai ser proibido falar ou cantar mas vai ver a sua vida destruída pela turba se não entrar no carreirinho…não sei bem em que moldes vai ser, não vejo o suficiente para isso…mas tenho essa certeza.
Pois eu vivi o 25 de Abril e lembro-me perfeitamente como se tivesse sido ontem…
Da minha experiência, e da parte familiar, não tive essa sensação de liberdade que falas…
Eu morava a pouca distância do quartel da Ajuda e ouvi tiros em casa, quando estava com o meu pai nessa manhã, que tentava perceber o que se passava através das “ondas curtas”! Não houve escola nesse dia, mas também não houve futebolada à tarde.
O meu pai era critico do estado do país, mas nunca foi perseguido antes desse dia. Trabalhava no Porto de Lisboa e foi perseguido durante meses depois disso – ele e outros – mas, felizmente, não lhe aconteceu nada. Vi-o muito mais preocupado nos meses que se seguiram, com a instabilidade que se instalou no trabalho, do que o tinha visto antes quando dizia mal de certas coisas…
A escola, depois do dia 25, passou a ser uma maravilha… o que para um pré-adolescente foi engraçado. Também se desorganizou tudo – acredito que alguns professores passaram tempos maus, porque passaram a estar sempre de “mau humor” – e passou tudo nesse ano – não que isso fosse um problema para mim que era bom aluno e iria passar na mesma, ao contrário de outros que beneficiaram com isso.
O que me lembro de ter sido positivo, para um pré-adolescente, é que passou a haver coisas no país que antes só havia quando se ia a Espanha e se trazia – como Coca Cola.
A coisa esteve meio confusa talvez uns 2 anos e só começou a estabilizar lá para 76…
Acredito que os adultos, ou pelo menos uma parte, tenham sentido esse “boom” de liberdade – até pelo que se passou a ver na TV, coisas que antes não se via, como ocupar casas e terras, o crescer das cooperativas de tudo e mais alguma coisa, que muitas obrigavam as pessoas a dar o que tinham às cooperativas, para o uso de todos… Enfim, passou-se a ver coisas que antes não se viam, o que para uns era liberdade e para outros não! De ver isso na TV, lembro-me perfeitamente, e de questionar o meu pai sobre essas coisas – que muitas vezes me obrigava a ver as noticias e programas de debates e história.
Para um miúdo, muita coisa era estranha e confusa, mas eu não notei uma melhoria fantástica – nem tinha idade para isso! O que melhorou foi realmente passar a haver Coca Cola, Lewi’s e outras coisas que não havia antes…
E lembro-me perfeitamente do Magdburg-Sporting, na noite anterior, e da frustração que foi não irmos à final, porque éramos muito mais equipa do que eles!
Quanto ao resto, sim, o mundo caminha para cada vez menos Liberdade… Não por causa de A ou B, mas por razões globais, como o Forum Económico Mundial, a Agenda 2030, a ONU, a OMS e outras organizações globalistas que dominam o mundo e a retórica. Cada vez menos os países mandam em si – isso é até óbvio na UE e só um cego não vê – e cada vez menos “o povo é quem mais ordena”!
Nesse aspecto, estás certo que haverá menos liberdade, mas absolutamente errado no modo como acontecerá, na minha opinião! Hoje, acho eu, é praticamente impossível um povo deixar-se cair numa ditadura interna, mas é super fácil os países caírem nesta ditadura globalista – e o Tratado Pandémico que a ONU quer implementar é já o grande primeiro passo para isso. E outros se seguirão!
25 Abril, 2024 at 10:00
O caro amigo estava na Rua das Amoreiras e eu estava na Rua Artilharia 1 , era mais velho,tinha 15 anos. O meu pai tinha um café ao lado do colégio Maristas e chamava-se Aires. Conheces ? Um abraço
25 Abril, 2024 at 13:45
Claro que conheço o Aires, ia lá comer uns bolos de vez em quando, prai com uns 15/16 anos. Guardava o dinheiro do autocarro para ir à escola e comia uns belos palmiers. Nessa altura já nos tínhamos mudado para as Picoas.
Abraço Chico!
25 Abril, 2024 at 23:34
Na nossa zona havia muitos sportinguistas, ao Domingo dia dos jogos arranja vamos 9 , 10 carros para ir a Alvalade. Outros tempos
25 Abril, 2024 at 10:22
Bom dia, pelo menos acabou a censura. Há por aí saudosos da vida faustosa em Moçambique.
25 Abril, 2024 at 11:04
25 de Abril, sempre! Fascismo, autoritarismo, censura, bufos, nunca mais!
25 Abril, 2024 at 11:07
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25 Abril, 2024 at 11:10
maravilha
25 Abril, 2024 at 11:12
1973/74
– Campeão Nacional;
– Vencedor Taça de Portugal;
– Yazalde conquista a Bota de Ouro com 46 golos.
25 Abril, 2024 at 11:14
Acrescentar que chegámos à meia-final da Taça das Taças nessa mesma época.
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27 Abril, 2024 at 7:36
Maravilhosa foto. Certamente uma das equipas que mais recordações me deixou. Aquele jogo no Barreiro, onde estive, a peregrinação a Coimbra, semanas antes…e ser o primeiro campeão, com dobradinha, da era da liberdade…
Tive a sorte de ter 17 anos à época. De ver abrir-se um mundo novo, em que tudo se tornou possível, não ir bater com os costados no mato em África…
O 25 apagou também as mágoas da noite de 24 e daquele lance malfadado do Tomé.
25 Abril, 2024 at 11:50
Foi a nossa equipa que mais gostei de ver jogar, eram muito bons. A seguir vem a atual. O ambiente no estádio agora é do outro mundo. A verdade é que o sal e a pimenta são os golos e estás equipas faziam muitos. Naquela altura estava em voga as cornetas e bandeiras, agora os cascois e os cânticos. Vamos a ver se está equipa leva a carta a Garcia e finaliza a época ficando na história como a de 74 ficou
25 Abril, 2024 at 15:37
Então? Já estás a descambar….
25 Abril, 2024 at 16:14
Não posso falar do passado e dizer que está equipa tem sido surpreendente? Não disse que ficou na história, porque não vai ficar a começar pelo jogo do Dragão. Tudo se está a encaminhar para perder a começar pelo seu treinador. Vemos o caso do Klopp que disse que ia sair do Liverpool e a equipa nunca mais se endireitou, lembramo-nos mais atrás de Scolari que em pleno Europeu disse que ia para o Chelsea e ali acabou a participação da seleção portuguesa. Agora chegou a nossa vez e ficamos finitos
25 Abril, 2024 at 16:42
Ah bom….
25 Abril, 2024 at 17:10
🙂 distraiu-se…
25 Abril, 2024 at 14:02
Linda esta fotografia.
Das equipas mais gloriosas do nosso clube.
E eu ainda tive a felicidade de os ver jogar, de ver esta equipa jogar.
Normalmente saltam mais à vista, aqueles que marcam os golos, toda esta equipa foi maravilhosa, mas tinha um jogador genial, que nós sportinguistas, pouco falamos nele, muito injustamente.
O nome dele Fraguito, metia, se fosse preciso a bola no bolso com os pés, tecnicamente dos mais apurados que o Sporting teve, era um “monstro” a mexer na bolsa.
Mas toda a equipa era fabulosa.
25 Abril, 2024 at 15:39
Já para não falarmos do golo que marcou ao fcporko quase do meio campo no SCP 5 fcporko 1 (embora o fcporko tivesse um dos melhores estrangeiros que vi em PT um Sr gajo chamado Cubillas)
25 Abril, 2024 at 17:08
Fraguito é um dos meus jogadores favoritos de sempre!
Que craque!
Era uma delicia ver aquele bigode andar em campo! 🙂
25 Abril, 2024 at 17:11
+1!
25 Abril, 2024 at 19:50
Samuel Fraguito sem dúvida grande jpgador!
25 Abril, 2024 at 20:48
Era máquina
26 Abril, 2024 at 10:42
O Fraguito era, de facto, um fora de série.
Apesar disso (e de ter sido bicampeão pelo Sporting … ou talvez por isso !?) só foi internacional 5 vezes (com 1 golo marcado).
SL
Mas aquela equipa de 74, além do Fraguito tinha mais 4 “monstros”: Damas, Alhinho, Dinis e Hector “Chirola” Yazalde; além destes,,ainda contava com o eficaz Nelson “bagaço” (um dos ponta de lança mais baixos do Futebol português e dos que marcava mais golos de cabeça), o triturador trator do meio-campo Baltazar, o pendular central Laranjeira, o brilhante distribuidor de jogo Wagner e os ráidos “pontas” Dé, Chico Faria e Marinho. Para compor o ramalhete Tinhamos ainda jogadores que, não sendo brilhante viriam a dar muito ao Sporting como Carlos Pereira o irmão do SENHOR Aurélio.
Foi de facto um team para não esquecer fui a todos os jogos em Alvalade que, na altura, eram de borla para possuidores de cartão de estudante, na superior norte que então se “chamava” Sector da Juventude (só eram excepção os “dias do Clube”, jogos contra o Fê Quê Pê e o Ass-Hole-B … aí lá se iam as poupanças das semanadas). GRANDE ANO!
27 Abril, 2024 at 13:03
O Fraguito. O Maejnho. O Dinis. O Lourenço e o F Peres antes. Mais tarde o MF… todos tiveram o
Azar de ser do Sporting… a seleção era vermelha no equipamento e não só…e ainda não deixou de ser completamente
25 Abril, 2024 at 11:11
Excelente comentário, Kadechima.
25 Abril, 2024 at 11:16
Sempre!!!
Z
25 Abril, 2024 at 11:32
A trabalheira que deu, e o trabalhao q ainda vai dar…!! Há gente nova que se vai apercebendo disto aos poucochinhos e comeca, finalmente, a prezar a liberdade. Sim, 25 de Abril sempre!!
25 Abril, 2024 at 11:46
Nada contra o 25 de Abril, em si, mas é bom não esquecer que se não fosse o 25 de Novembro, se tinha substituído uma ditadura – que de fascismo tinha pouco – por outra, comunista! E é uma pena o país – as suas instituições e o seu povo – esquecerem isso!
É verdade que hoje temos a liberdade de dizer o que queremos mas continuamos com um país sem Justiça, pobre – e endividado, que alguém vai ter de pagar – e muito atrasado em relação à Europa e aos países mais evoluídos deste planeta. E a liberdade está longe, muito longe, de ser total, como se viu na pandemia, como se irá ver com o Tratado Pandémico que nos condicionará muito, e, pior ainda, se essa treta do dinheiro digital for para a frente…
Portanto, sim, aproveitem e celebrem o 25 de Abril…
PS – maravilhosa foto que partilhas, Grilo, dessa fantástica equipa do nosso Clube, que tem muito aí de eu hoje ser sportinguista!
25 Abril, 2024 at 11:59
Acrescentar, já que está aqui um post de liberdade política, que as declarações do Marcelo ontem são uma vergonha e é uma pena não haver na Constituição algo que pudesse tirar este anormal do cargo que ocupa! O mandato deste merdas, principalmente o 2º, tem sido horrível, cheio de casos, cheio de decisões questionáveis e isso faz dele, de longe, o pior presidente pós 25 de Abril.
Enfim, é só mais um prego no caixão do que tem sido a generalidade dos nossos governantes!
25 Abril, 2024 at 15:42
Daí eu ter votado duas vezes no Tino de Rans…
Por duas razões, primeiro era de longe o gajo mais sério que concorreu, segundo se os politicos andam a gozar com a minha cara há décadas porque é que eu não posso gozar com a deles de volta?
25 Abril, 2024 at 15:51
Num país de políticos profissionais, o melhor politico é aquele que não o é
25 Abril, 2024 at 16:05
Sério, seguramente… e é ainda adepto do carnide e contra os ciganos… só virtudes.
25 Abril, 2024 at 16:49
O marselfie é mais sério? Ou os outros? Gajos coniventes com os sucessivos roubos, sim que não têm outro nome, dos sucessivos governos ao cidadão comum? Seja para os amigos da banca/indústria ou para sustentar ideologias da treta?
Ainda não me esqueci dos “resgates” ao mesmo tempo que se lixam os reformados, os professores, os médicos, os enfermeiros…
Ainda não me esqueci do “excelente” trabalho que o PCP fez na Lisnave e Setnave, na CUF….
Qual era mesmo a critica á seriedade do Tino de Rans?
25 Abril, 2024 at 21:37
Estou contigo a 300% !!
Mas achas que o Tino e as suas candidaturas à presidência da República são sinónimos de seriedade?… come on man, não basta recolher 7500 ou 9000 assinaturas… à República, apesar de já ter nascido com uma mama de fora…, tal como à mulher de César…
Olha, tens aqui um novo brinquedo
https://www.publico.pt/2024/04/25/politica/noticia/tim-vieira-recolhe-assinaturas-candidatar-presidencia-republica-2088295?ref=politica&cx=page__content
25 Abril, 2024 at 14:05
Linda esta fotografia.
Das equipas mais gloriosas do nosso clube.
E eu ainda tive a felicidade de os ver jogar, de ver esta equipa jogar.
Normalmente saltam mais à vista, aqueles que marcam os golos, toda esta equipa foi maravilhosa, mas tinha um jogador genial, que nós sportinguistas, pouco falamos nele, muito injustamente.
O nome dele Fraguito, metia, se fosse preciso a bola no bolso com os pés, tecnicamente dos mais apurados que o Sporting teve, era um “monstro” a mexer na bolsa.
Mas toda a equipa era fabulosa.
25 Abril, 2024 at 14:12
Sim é verdade, é verdade sim senhor.
Era a substituição de uma ditadura por outro ditadura, também penso assim.
Quando falamos no 25 de Abril, o nosso subconsciente está virado, para o fim do estado novo.
25 de Abril e 25 de Novembro, digamos que foi uma altura de transformações e de passagem para uma liberdade mais estável e sem extremismos, as duas, não se dissuam uma da outra.
Quando falo no 25 de Abril, refiro-me sempre a um periodo de 2,3 anos dessa altura, que serviu, para a estabilização do país pós estado novo.
25 Abril, 2024 at 18:35
Hoje é 25 de Abril, não é 25 de Novembro. Não haveria 25 de Novembro sem 25 de Abril. Tudo o que se passou após o 25 de Abril são processos normais de instabilidade depois de uma ditadura cair.
25 Abril, 2024 at 19:15
Conversa da treta. Sem o 25 de Novembro tinhas saído duma ditadura para entrar noutra. Vistas bem as coisas, acaba por ser o 25 de Novembro a dar valor ao 25 de Abril, quando impediu que se entrasse novamente numa ditadura.
De qualquer maneira, meu caro, nada do que eu disse no comentário inicial vai contra o 25 de Abril… Podes meter esse odiozinho na peida e ir dar lições de democracia para o Terreiro do Paço que anda lá muita gente como tu – e é veres o triste episódio com a Joana Amaral Dias, para se perceber que andar de cravo na mão não faz uma pessoa, nem democrata, nem amante da liberdade!
25 Abril, 2024 at 20:50
Nunca serias a cuba da europa, podias era ter virado província espanhola, estavam 6 mil soldados mericanos de prontidão se fosse necessário intervir.
25 Abril, 2024 at 21:23
Sim os americanos não permitiriam que um pais da NATO ficasse nas mãos dos sovieticos.
No entanto se calhar ter nos ia feito bem ter mos passado meia duzia de anos debaixo desse regime. Hoje seriamos mais democráticos, mais livres e mais independentes do estado. E com isso hoje já mais desenvolvidos do que o que somos hoje.
27 Abril, 2024 at 17:57
Miguel, nada contra comemorar o 25 Novembro, foi muito importante, eu também o faria (já agora, também o 28 Setembro e o 11 Março). Mas, o 25 Abril e o 25 Abril, é a fonte da nossa vida colectiva de hoje.
Acredito que não seja o teu caso (embora discorde muito de ti, penso que tu és honesto, no sentido que dizes o que pensas), mas muitos que se recusam a comemorar o 25A sem referir o 25N, na verdade, não gostam nada do 25A, mas não ousam dizê-lo. E já agora, qual é o 25N que tu comemoras? O que derrotou os extremismos de esquerda? Ou o que na noite seguinte travou o revanchismo da extrema direita, que queria ilegalizar o PCP e os partidos de esquerda? Não sei que idade tens, mas lembraste do que o Melo Antunes foi dizer claramente à TV nessa noite? O 25N também significou a derrota dessa extrema direita…
Quanto a termos caído numa ditadura soviética… penso que é exagerado. Isso era impossível e nem o PCP, nem Moscovo o procuravam. O PCP não alinhou no golpe esquerdista. Cunhal garantiu ao PR Costa Gomes que não o PCP não apoiaria os golpistas e assim foi. Não acredito que eles alguma vez pensassem implantar uma democracia popular em Portugal, sabiam que era impossível. A NATO não deixaria, eMoscovo sabia que não podia ser. Eles não apoiaram os comunistas italianos e gregos no momento decisivo e iriam fazê-lo em Portugal? Criar agitação, instabilidade, isso sim, mas sabiam que tomar o poder seria impossível. Porque isso seria romper a ordem de Yalta, o que nenhuma das duas superpotências l Tal como os ocidentais apoiaram os húngaros em 56 e os checos em 67, mas sem se molharem, quando os tanques soviéticos intervieram, assobiaram para o lado.
O verdadeiro interesse de Moscovo, na minha perspectiva, era que os comunistas portugueses aguentassem a situação revolucionária até Angola ser independente com o MPLA no poder. E isso, conseguiram.
Por isso, embora o 25N seja importante, não é o 25A. Comemora-o à vontade, mas não mistures as coisas.
E sempre muito orgulho de ter sido o primeiro campeão (com dobradinha) da era da liberdade!
Saudações democráticas e, obviamente, leoninas!
25 Abril, 2024 at 21:43
A única questão é que se Portugal estivesse à espera dos que fizeram o 25 de Novembro para fazerem o 25 de Abril, ainda hoje estava à espera. O 25 de Novembro é um espirro ao lado vendaval que foi o 25 de Abril. É essa tentativa de equivalência que não é intelectualmente honesta e é de tal forma politicamente motivada que tem de indignar quem tem memória. Uns lutaram 48 anos e outros meia dúzia de meses porque o inimigo, por mais que pintem a manta, não era igual. Nem por sombras.
25 Abril, 2024 at 21:48
Subscrevo!!
26 Abril, 2024 at 9:28
Ora bem , muito.bem explicado.
25 de abril sempre.
Engraçado também é os da direita fazerem força para o 25 de novembro quando nem sequer fizeram nada para o acontecer, alguns do psd e pouco mais , de resto tens o 25 de novembro graças ao ps e esse nem está assim tão intressado em celebrar essa data.
O que verdadeiramente interessa a essa gente é tentar denegrir o 25 de abril por estar conectado aos comunistas, pois mas sem eles não existiria 25 de abril por muitas voltas que queiram dar.
Viva o 25 de abril e os fachos que se fodam
25 Abril, 2024 at 12:56
Ki-ri-ki-ri-ki-ri
25 Abril, 2024 at 13:09
Aplauso! Viva o 25 de Abril!
25 Abril, 2024 at 13:15
Viva!
25 Abril, 2024 at 13:51
Subscrevo muito.
Não sou daqueles que digo que a guerra era justa, não, não era.
Mas muitos portugueses lá morreram, obrigados.
E esta semana, com estas bacocas palavras do PR em relação a indemnizar esses países, foi de uma afronta brutal, para com países que têm petróleo, gaz natural e outras explorações naturais que nós não possuímos, e que neste campo temos muito menos que eles.
No mínimo, como recompensa à memória dos que lá morreram, e às milhares de famílias que ficaram sem os seus entes queridos, não tinha o PR proferido o que disse.
Porque na guerra, não foram só os países colonizados a sofrerem, nós, os portugueses também sofremos como eles, na mesma, os mortos, não foram só para um lado.
Desnecessário estas afirmações, muito desapropriadas.
25 Abril, 2024 at 13:54
E graças ao 25 de Abril, posso e podemos estar a escrever e a dizer o que pensamos, sobre isto, porque se não tivesse havido 25 de Abril, oh não as podia dizer, ou amanhã, eu e todos nós já estávamos no Tarrafal.
Abril sempre.
25 Abril, 2024 at 16:07
Se for ele marselfie, a família e amigos dele a pagar as indemnizações estou perfeitamente de acordo…
Agora a sério é só mais uma Americanice esta historia das indemnizações (cujos princípios foram determinados pela escola Ibérica,os espanhois chama-lhe a escola espanhola, claro, da paz)
Em primeiro lugar porque é que os filhos devem ser responsabilizados pelos erros dos pais? Ou quando um criminoso que é condenado a 20 anos morre ao fim de 10, o filho tem de ir cumprir o resto da pena?
Em segundo lugar tem que ver com o contexto histórico, era errado? Era sim, mas o Mundo funcionava assim na altura quem tinha mais poder militar fazia o que queria (não mudou assim tanto, a diferença é que agora é considerado unanimemente errado) a questão é, porque é que a historieta das indemnizações “acaba” na colonização e na escravatura Africana/Ocidente? Porque é que os Turcos não têm de pagar “indemnizações” aos povos que foram invadidos pelo Império Otomano que só pararam em Viena de Aústria? Ou os Japoneses aos Chineses e Coreanos? Ou já agora os Árabes aos Ibéricos? Ou os Zulus do Shaka a todas as tribos que derrotaram e invadiram? Pois é….
25 Abril, 2024 at 16:34
E outra coisa quem começou o tráfico de escravos Africanos foram os Árabes que ao longo dos séculos escravizaram mais Africanos que os Ocidentais, porque é que eles não aparecem na “lista” de nações que devem indemnizar os Africanos?
25 Abril, 2024 at 19:06
Os próprios africanos escravizavam-se uns ao outros e vendiam ao homem branco.
E o bom? Quem quantifica o bom que o “homem branco” deixou nas colónias? Os portugueses por norma construíam escolas e igrejas em todo o sítio que paravam, como é que ficamos nessa história? Vão devolver todo o dinheiro que circulou pelas igrejas? E a educação, como é que se quantifica a educação?
É um pensamento novo mas muito conveniente, que coloca tudo preto no branco, literalmente, mas que depois tenta omitir ao máximo tudo o que não favorece a intenção inicial que é tirar proveito da malta que se deixa ir nessa conversa e que sofre de “white guilt”.
25 Abril, 2024 at 19:17
E nem é só isso tudo. Muito disto, na minha opinião, é para desviar atenções do caso das gémeas brasileiras, onde o marreta está enterrado até ao pescoço!
25 Abril, 2024 at 20:53
Ora aí está, já renegou o pai, agora o filho, como diz o Judice ele só pensa nele. Engraçado foi ontem, o Relvas completamente cego e o Álvaro Beleza a desculpabilizar o homem….
26 Abril, 2024 at 0:45
Ou por exemplo o facto dos Portugueses terem introduzido a cultura do arroz na Guiné e.g. que literalmente salvou metade da população de morrer de fome…
26 Abril, 2024 at 11:19
Ainda faltam aí as indemnizações dos romanos, dos egípcios, dos gregos, dos fenícios, dos vikings, etc etc.
É para contabilizar até onde? Até à Sumeria?
26 Abril, 2024 at 11:25
Já agora pergunto também, os edifícios públicos, as infraestruturas como estradas, pontes, barragens, redes de electricidade, água ou esgotos, que usaram durante 50 anos é para descontar nas indemnizações a pagar?
26 Abril, 2024 at 11:32
Voltamos a ser donos daquilo!…
26 Abril, 2024 at 11:44
Eu não me importo de pagar indemnização aos africanos, mas primeiro quero receber dos cartagineses, dos arabes, dos romanos, dos normandos, dos franceses e dos espanhóis, depois fazemos contas
26 Abril, 2024 at 13:57
Exactamente
26 Abril, 2024 at 14:32
Calma, só conta a partir de 1143 ou em ultima análise, de 1179.
26 Abril, 2024 at 11:43
Angola é provavelmente o país com maior riqueza em África. Tem tudo, ouro, diamante, mais de 30 outros tipos de metais preciosos, petróleo e gás natural, terra onde tudo que é plantado desenvolve, reservas subterrâneas de água para mais de 20 anos!
Para contrabalançar têm também os políticos dos mais corruptos do planeta…
26 Abril, 2024 at 14:44
O meu pai foi lá criado, é um dos retornados por isso tem um estimo inigualável ao Mário Soares e ao PS (nunca hei de perceber como é que alguém “aparentemente” tão corrupto é visto quase como um herói), e sempre diz que nunca viu nada como Angola. Entre a quantidade absurda de peixe e marisco, e a qualidade do solo que dava tudo o que se plantava e se plantava por engano (o cagar na mata tinha utilidade lá) era absurdo. Deviam de ser das economias mais fortes do Mundo, infelizmente apenas são o espelho do país que os deixou completamente sós, que lhes deu “liberdade” sem os preparar para a mesma, corruptos e pouco cultos.
25 Abril, 2024 at 13:59
Obrigado Cherba, por recuperares o meu comentário de 2019. Vivo fora do país desde 2013 e isso permite-me apreciar ainda mais a liberdade de que ainda dispomos e que foi restaurada nesse dia. Mais tarde ou mais o cedo o regime acabaria por cair, mas tiro o chapéu e curvo-me aos simples homens e mulheres, dos mais variados estratos sociais, que disseram basta e contribuíram para que algo de maravilhoso acontecesse ‘e depois do adeus’. E aconteceu mesmo.
Para quem quiser saber e para que não se incomodem muito – não tenho cor política (há mais de 20 anos) e estou bem assim. Vou votando branco, até aparecer uma proposta que me agrade. Ainda não perdi a esperança. Viva a liberdade! Vivó Sporting!
25 Abril, 2024 at 21:24
🙂
25 Abril, 2024 at 15:03
Espero que no espaço de uma a duas semanas, o Marquês se possa encher de novo.
Porque, também o Marquês, tem o símbolo do Leão.
25 Abril, 2024 at 15:10
25 de Abril, sempre!
25 Abril, 2024 at 16:07
Indemnizar as ex-colonias.
Para um país que quase nada deu aos militares que por lá andaram anos, que sofreram e continuam a sofrer no corpo e na mente, é de uma hipocrisia …
Podemos ter ganho muito na época, mas muito mais lá deixamos, em estruturas, desenvolvimento, crescimento.
Que pena os militares de Abril e os ex-militares da guerra colonial não terem tido poder para impedir esta política que se formou no país.
25 Abril, 2024 at 16:26
Isso das ex-colónias tem muito que se lhe diga, Cabo Verde e S. Tomé são “ex-colónias” porquê? Eram ilhas desertas no meio do Oceano e se no caso de Cabo Verde ainda tinham uns resquícios do PAIGC em S Tomé nem nunca houve movimento nenhum de “libertação” houve sim problemas patrões/empregados por assim dizer porque nas plantações os “angolares” ganhavam mais do que os autocnes…
Esses dois Países têm o mesmo fundamento dos Açores e da Madeira, a única diferença é a cor da pele das pessoas, e os politicos “democratas” do pós 25 de Abril, a começar pelo bandalho Soares, eram racistas encapotados, aquilo que fizeram a S.Tomé devia dar prisão, abandonamos um “País” que não é auto-suficiente nem de perto nem de longe, á sua sorte, um “País” que a única diferença para a Madeira e Açores (que foram apoiados e desenvolvidos com verbas do Estado) é a cor da pele das pessoas…
25 Abril, 2024 at 17:00
Subscrevo!
Que bom que alguém lembre um bocadinho da nossa história…
25 Abril, 2024 at 18:38
Não me lembro nas aulas de história da Madeira ou Açores terem sido utilizadas como entreposto de escravos.
25 Abril, 2024 at 19:24
Epá, na altura era o normal…
Portugal foi dos primeiros países a abolir a escravatura, se é que não foi mesmo o primeiro, e isso vale alguma coisa.
Se vais fazer acertos de conta aí, então e antes disso não fazes? Vais pedir indemnizações aos Espanhóis e aos Franceses? Vais meter os Romanos ao barulho?
Deixa de ser parvo… A História é o que é, o que foi, e o mundo vai evoluindo de acordo com as sociedades que se vão formando…
Se queres falar em cenas dessas, tens muito por onde pegar de 2020 para cá. com os direitos das pessoas a serem absolutamente atropelados e pessoas a serem afastadas do trabalho só porque sim… No mundo inteiro. E vai-te preparando que vem aí muito pior…
25 Abril, 2024 at 20:36
Exato.
A história está repleta destas histórias.
Só este Marcelo, é que se lembraría de vir agora com esta conversa.
E claro, houve logo menininho a querer recompensas, eu mandava-os levar nos entrefolhos.
E é como diz, e vem aí muito pior.
25 Abril, 2024 at 22:16
Dos primeiros a abolir a escravatura e o último a abandonar o colonialismo e à força!… 😉 , fruto do “orgulhosamente sós”, que é como quem diz “olha para o que eu digo mas não olhes para o que eu faço “!
Depois, o processo de descolonização foi uma vergonha que resultou na ruina e desgraça de milhares de vidas, famílias inteiras, para promover meia dúzia de carreiras políticas.
Obrigado marinho.
25 Abril, 2024 at 23:02
Uma coisa não tem nada a ver com outra, os países colonizados ou não devem ter direito ä sua autodeterminação isso é irrefutável, acontece que isso nada tem a ver com a. Tomé e Cabo Verde….
Quanto ao “abandonarmos” á força (deduzo que seja militar) o colonialismo, tens de voltar aos “cadernos” e de preferência que não sejam de propaganda esquerdista do pós 25 de Abril, ou de propaganda direitista do ano estado novo…
Talvez investigares aquilo a que os académicos Americanos chamam “The fortress” e que ainda hoje é ensinado em West Point, curiosamente nunca replicado até agora….
26 Abril, 2024 at 11:17
Nem esquerda nem direita. Sempre na procura da verdade dos factos e da justiça!
Essa estória de “The fortress” que é ensinado em West Point, julgo estar relacionada com a guerra da independência americana, americanices…
Abandonámos as ex-colónias à força, num processo verdadeiramente vergonhoso que colocou na miséria milhares (cerca de meio milhão, é obra!) de portugueses vindos de Africa e que teve o seu epílogo na forma como esses “infelizes” foram recebidos e tratados no nosso pais, sobretudo por desconhecimento mas também por preconceito e tacanhez, devido à sua, errada, conotação com o Estado Novo.
Todos sabemos que a guerra do ultramar há muito que estava perdida, o inimigo era incomparavelmente superior. A junção da resiliência inerente à autodeterminação e vontade independência desses povos, com o inimigo “oculto”, The CIA, who else?!! Aquele que municiava com armamento, em muitos casos superior ao nosso, o combatente africano, conhecedor do terreno e instruído em promover uma guerra de guerrilha cada vez mais sangrenta!
A transição apressada sem olhar ás vidas destruídas de milhares de portugueses e AOS INTERESSES PORTUGUESES sobretudo em Angola e Moçambique deve-se essencialmente a dois senhores, Frank Carlucci e Márinho!
Logo após o 25 de abril e receando a criação de um regime comunista em Portugal, os “donos da democracia” estiveram prestes a fabricar um golpe de estado (há inclusivamente a estória de uma invasão espanhola…hehehe, pouco verossímil) que só foi evitado devido a uma negociação e garantias dadas por márinho ao agente da CIA em Portugal que desempenhava cumulativamente as funções de embaixador. Entre as quais a viragem da politica portuguesa para um regime democrático (socialista), processo que foi sempre acompanhado e até “orientado” de perto… e a entrega das colónias, essencialmente Angola, sem mais delongas! Pois claro…
SL
26 Abril, 2024 at 15:20
A historia do “The Fortress” referia-se ao facto dos oficiais Portugueses de carreira, ou seja os “não-milicianos” serem altamente “incentivados” para não dizer “obrigados” pelo Estado Novo a levar as famílias para as comissões, o Salazar podia ser muita coisa mas burro, não era e ele sabia que muito poucas pessoas combatem por ideologia, as pessoas combatem pelo camarada que está ao lado, ou…pelas suas famílias…era assim nas legiões Romanas (o exercito mais profissional da antiguidade) continua a ser assim agora…
O que os Americanos diziam é que isso constituía uma Fortaleza móvel que “rodava” entre as colónias e que era deslocada para os sítios críticos, com sucesso, mas com custos, porque devido ao numero cada vez menor de candidatos á Academia, não conseguíamos substituir os que iam morrendo, daí “os milicianos” que foi uma invenção do Estado Novo…
E como é que eu sei isso, simples eu fui um desses miúdos que andaram a reboque do Pai, por essa Africa fora, a minha irmã nasceu em Bissau, por exemplo, nós não temos amigos de “infancia” estávamos 3 anos com uns, depois vinham outros, os meus amigos “mais antigos” são do pós 25 de Abril e aí eu já tinha 12/13 anos…
Quanto á guerra em si, na Guiné estava quase perdida sim, quem travou aquilo foi o Spínola, nomeadamente com a introdução do arroz, com os Paraquedistas e abandonando a guerra de quadricula de idiotas como o Schultz que aplicavam conceitos da I WW a uma guerra de guerrilha…
Em Angola estava controlado e a caminho de absorver alguns movimentos, o MPLA não incomodava muito ( e ficaram eles a mandar) a Unita estava cercada em Naduandongo (ou lá como se escreve) e o Savimbi estava a negociar qual o cargo que iria ocupar na administração colonial (ah pois é) a FNLA, do Holden Roberto que era sustentada pela CIA, não tinha ideologia, tinha dólares com uma zona de influencia no Nordeste e nem sequer conseguiam afectar a indústria e comercio de diamantes, a Diamangue que tinha um exercito privado (e esses por curiosidade, não tinham restrições na compra de armas…) em conjunto com o exercito Português não davam abébias a ninguém, a FNLA estava sediada do outro lado da fronteira e faziam alguns raides a aldeias africanas mas nunca conseguiram fazer mossa, nunca se estabeleceram e não tinham base de recrutamento em Angola e a partir da criação dos Comandos (ideia de um jornalista) os movimentos de independência perderam o fulgor…
Em Moçambique tinhas guerra no Norte, brava, contra os Makondes, os rapazes das escaras no rosto e dentes afiados (curiosamente quando fomos embora revoltaram-se contra a Frelimo e içavam a bandeira Portuguesa) mas o resto do País era tranquilo umas minas na estrada ( e só metes minas “ofensivas” se não controlas o território) tão tranquilo que até conseguiste construir uma monstruosidade como a barragem de Cabora Bassa, coisa que seria impossível de fazer, se de facto houvesse uma presença efectiva de guerrilha, além de que tinhas o maior exercito privado de África, na Beira pertencente ao Jardim (sim esse o pai das Cinhas todas) que criou os comandos Coloniais, era tão inseguro que duas das filhas dele tiraram o curso de Enfermeiras Paraquedistas, se calhar morreram mais tropas nossas em acidentes de bêbados a conduzir Unimogs do que o resto, com excepção do Norte…
Timor era tranquilo, Goa foi á vida logo ao principio e isto era a guerra do Ultramar…
Se fizeres uma projeção a médio, longo prazo claro que era insustentável, além de injusta, nós não tínhamos razão, os povos devem ter direito á autodeterminação, a guerra contra nós era subsidiada pelos dois blocos, com Americanos (só em Angola que as outras colónias não tinham Petroleo) e Russos em grande destaque, logo o fim estava traçado, mas militarmente quando se deu o 25 de Abril a guerra não estava perdida longe disso e é isso que ainda hoje é estudado em West Point nessa teoria do “The Fortress”
Lê “A geração do Fim” o livro do curso do meu pai, inclusive textos do Vitor Alves, Conselheiro Revolucionário e um dos organizadores do 25 de Abril, mas também de todos os outros que estiveram DE FACTO e combateram realmente na guerra “Colonial”
Quanto á forma como a descolonização foi feita, nota que é a forma e não o facto que foi inteiramente justo, é uma das maiores vergonhas da história deste País, conduzida e orientada pelos bandalhos que (se) governam este País, desde sempre, note-se!!!
SL
26 Abril, 2024 at 15:33
Muito interessante!
Assim que tiver oportunidade vou ler… obrigado pela partilha!
SL
26 Abril, 2024 at 18:43
Lê que te vais divertir, eu cresci a ouvir esses oficiais, conheço-os e há muito mais que não foi escrito (mas está nos apontamentos do meu pai) porque tudo que fosse publicado tinha de ser aprovado por todos, nomeadamente o “caveirinha” aka Vitor Alves que por razões politicas vetou algumas partes, porque nessas partes estavam lá histórias sobre alguns “heróis” da revolução que lhes iam tirar algum “brilho” nomeadamente uns que colaboraram com a PIDE (e não, não eram militares) mas depois brilhavam nas manifestações “anti-fascistas”
A história do nosso País deve ser das mais censuradas de sempre!!!
26 Abril, 2024 at 23:59
Era adolescente, na altura do 25 de Abril.
E houve coisas, que me marcaram prá vida toda.
Deixem-me SÓ desabafar, porque já ouvi tanta coisa, a este respeito, das compensações, não vou aqui, entrar em pormenores de justeza da guerra, porque as guerras, nunca são justas.
Mas vou contar, só aqui, algumas passagens testemunhadas por mim, porque o meu falecido pai, foi militar e acompanhei de muito perto e com já consciência do que se estava a passar.
Não vou aqui puxar a brasa á nossa sardinha de portugueses, ou vou tentar não puxar a brasa.
Li hoje umas afirmações do presidente de Angola, onde dizia, que os portugueses tinham cometido muitos crimes na guerra colonial. Pois bem numa guerra será muito difícil, qualquer das partes não cometer crimes, mas vou relatar o que na altura com 5,6 ou 8 anos anos presenciei.
Portugal ocupava, as ex-colónias ( mal ou bem não vem pró caso) quando de repente, em Angola e Moçambique começaram a haver a invasão dos combatentes pertencentes aos movimentos de libertação, MPLA, FRELIMO e UNITA . Foi quando Salazar, começou a enviar tropas para defender as colónias. Os primeiros ataques dos movimentos de libertação, ao invadirem, matavam tudo o que mexia, presenciei em livros com fotografias, que o meu pai escondia em casa, para que possívelmente eu não pudesse ver, porque eu era ainda adolescente e não deveria ver aquelas fotos horrendas, que um dia eu inadevertidamente, as fui descobrir. Com a idade que eu tinha, fiquei de olhos esbugalhados a olhar aquilo, e passo a descrever o que vi, porque jamais irei esquecer. Na invasão dos movimentos de libertação, estes movimentos, esquartejavam jovens brancas indefesas pela vagina filhas ou mulheres de colonos, bebés degolados, fotografias num livro, que já não sei onde pára, que me marcaram, até hoje e já tenho quase 68 anos. E com 5,6 ou 8 anos, pensei, mas a vida é isto ? Mas porquê isto ? tantas perguntas que fiz a mim próprio. Para não dizerem que só conto histórias de um lado, digo que presenciei, mas desta vez pessoalmente, numa prisão em Negage (Angola) um prisioneiro desses movimentos de libertação acorrentado, só com uma tanga e no chão tinha uma batata crua para comer, lembro-me, como criança que era, lhe ter dado um pontapé e ele de meter feito uns olhos, que quase me queria comer vivo, estava na presença do meu pai e da minha mãe, e fugi num ápice, o pontapé foi corolário das influências ao meu redor, porque eu era uma criança.
Isto a propósito, de hoje ter lido as declarações que os portugueses tinham cometido crimes na guerra colonial, certamente que cometeram, mas não foi só uma das partes. Numa guerra não há santos, nunca houve, nem vai haver.
Mas as coisas têm que ser ditas.
Infelizmente presenciei aquelas fotografias que me marcaram, oxalá nunca as tivesse visto.
O Brasil, com 500 anos de independência, vem dizer agora, AO FIM DE 500 ANOS, que quer que se passe das palavras aos atos ? Com 500 anos de independência ? Então os americanos não foram uma colónia dos ingleses, e por acaso já pediram aos ingleses alguma compensação ?
Meus amigos, passado foi e é história, o que os povos podem fazer, é pedirem desculpa e terem uma relação de boa convivência.
E pergunto.
Mesmo não concordando com qualquer compensação.
Alguém pode avaliar qual o valor necessário, para se compensar uma guerra ? É possível avaliar ou quantificar estas situações ? Ou um país fica eternamente em dívida para com o outro ? o que não pode acontecer também.
Dava pano para mangas esta conversa, mas fico–me por aqui. Digo e afirmo, é fora de tom, para ser educado, este tema inapropriado, e não concordo, em absoluto com compensações financeiras, não é o dinheiro que resolve este problema, com qual participámos e muito para o desenvolvimento em parte dessas provincías ultramarinas, que o digam, só um exemplo, a construção da barragem de Cabora Bassa na provincía de Tete em Moçambique, que na altura foi a maior barragem construída no sul de África.
Boa noite, e peço desculpa pelo tempo que vos ocupei.
27 Abril, 2024 at 0:28
Só para completar.
Perdi um tio, na guerra do Ultramar numa emboscada na Guiné, a sua mulher, minha tia, nunca mais se endireitou na vida, tive um pai, praticamente ausente na minha educação, a minha mãe fez de pai e mãe, a minha mãe ficou traumatizada com a ausência do meu pai durante 4 comissões de serviço no total, praticamente toda a guerra, porque era sargento vinculado ao exército.
E só Angola, Moçambique, Guiné, é que sofreram com a guerra ? Sofreu toda a gente, os de cá e os de lá. Não usem balanças para estas coisas.
27 Abril, 2024 at 0:31
Felizmente ainda há gente viva, para testemunhar esta história desta guerra injusta para TODOS OS POVOS ENVOLVIDOS NELA.
27 Abril, 2024 at 3:20
«… A historia do “The Fortress” referia-se ao facto dos oficiais Portugueses de carreira, ou seja os “não-milicianos” serem altamente “incentivados” para não dizer “obrigados” pelo Estado Novo a levar as famílias para as comissões, …»
Caro T.O., o meu pai era oficial de carreira e eu cresci (desde 1964) nos Olivais Norte onde, só em 3 prédios dos Serv. Soc. das Forças Armadas, moravam 84 famílias de oficiais de carreira, incluindo oficiais superiores (de coronel para cima), em que mais de 90% fez uma ou mais comissões no “Ultramar” e nenhuma família os acompanhou!!
A teoria do “The Fortress” aplicava-se à filosofia de empenhamento exterior norte-americana (radicalmente diferente da portuguesa), o que começava por ser visível até na própria concepção arquitetónica dos quartéis/bases americanos assente no conceito de “cidade jardim” com bairros residenciais familiares “para as classes de oficiais e até de sargentos e de casernas para a classe de soldados; já os quartéis “tugas” não comportavam alojamento para “familiares”. Mesmo nas “possessões portuguesas” da Índia (até 1961, isto é, antes de deflagrar a guerra nas colónias lusas em África, os casais (e apenas de oficiais) eram “forçados” a habitar fora dos quartéis.
Então depois da queda abrupta de Goa, Damão e Diu e de algumas dezenas de oficiais portugueses prisioneiros, qualquer presença de familiares de militares nas colónias era completamente DESINCENTIVADA.
Um abraço e suadações leoninas
27 Abril, 2024 at 4:54
Caro Alvaro, eu sou de 62, o meu pai era Coronel fez 5 comissões, mais uma em Bruxelas na Nato e DUAS na Guiné, aonde a minha irmã nasceu…
Fico muito feliz que no teu prédio as famílias não seguissem os oficiais, mas olha que deve ter sido coincidência, porque tanto eu e a minha irmã, como o meu tio Tc Coronel Para, a minha tia e o meu primo, as famílias dos camaradas de curso do meu pai, a grande maioria seguiam com os pais e maridos, a rua aonde vivíamos em Bissau (ao lado do hospital) era toda ocupada ppor oficiais e as suas famílias e elementos da administração colonial e as suas famílias, aliás no QG de Bissau haviam festas Natal, Ano Novo etc com grupos como o Segundo Galarza que iam lá tocar para os casais dançarem, bem como o cinema ao ar livre em que todos iam e ou aqueles miúdos eram todos orfãos e as senhoras que lá estavam com os oficiais eram as amantes, ou peço-te imensa desculpa mas não sabes da missa a metade…
Quanto ao “The fortress” não tem nada a ver com fortalezas físicas, mas com aquilo que eu te disse, por isso é mencionado entre parentes e vem mencionado na nota introdutória do livro “A geração do fim” há inclusive um General Americano (não me lembro do nome mas está lá no livro) que fez tese sobre isso e acho muito pouco crível que mais de 20 oficiais que escreveram, corrigiram e editaram o livro estejam a mentir e descaradamente sobre o assunto…
Principalmente num que foi lançado, na antiga sede da mocidade Portuguesa no Rossio (agora tem outro nome, mas é aquele palacete rosa, em frente á tasca da ginginha) na presença do CEMFA e do CEME e entre outros o Otelo Saraiva de Carvalho…
Ás vezes quando um gajo não domina um assunto, não deveria dizer nada, antes de investigar pormenorizadamente….
PS Já agora a 1ª comissão do meu pai foi em Goa, o camarada que o substituiu é que levou com a anexação e o que o Estado Novo desincentivava, nomeadamente na India, eram os casamentos com as “nativas” tenho 3 amigos (irmãos) cujo pai era Coronel e a mãe Indiana e casaram em Goa…
Mais, as passagens para as famílias dos militares eram gratuitas (devia ser para o pessoal não ir) eu fui uma vez de barco e as outras de avião inclusive num “barriga de ginguba” da FA, portanto informa-te melhor…
SL
27 Abril, 2024 at 4:58
A única coisa em que tinhas razão é que nos nossos quarteis não haviam alojamentos para as famílias, por isso é que vivi em messes, Luanda, Bissau, Lourenço Marques, ás vezes meses, enquanto a família do oficial que o meu pai ia substituir não vagasse a casa…
25 Abril, 2024 at 23:28
Tecnicamente a França ainda tem colonias.
26 Abril, 2024 at 0:38
E a Holanda
26 Abril, 2024 at 9:00
É verdade… mas “parece” que estão a ser substuidos por russos e chineses, daí que o Sarkozy ande tão nervoso e desesperado por um confronto directo entre a NATO e os Russos na Ucrânia… está-se a acabar a mama.
26 Abril, 2024 at 23:06
Eish, ca ganda buba, agora a rever isto é que me apercebi…. onde andará o Sarkozy a esta hora… é o Macron, lê petit roi, não tão petit quanto o Sarkozy, mas petit. O Macron!
25 Abril, 2024 at 23:29
Fazes confusão entre a estrada da Beira e a beira da estrada…
26 Abril, 2024 at 8:41
Tenta lá explicar isso…
25 Abril, 2024 at 22:41
Portanto para teres um País independente basta ter servido de entreposto de escravos? Curioso e aplica-se a todos os “entrepostos” ou só é válido para esses dois?
Só para saber….
25 Abril, 2024 at 18:44
Juntos e misturados.
25 Abril, 2024 at 23:21
Para terminar o dia 25 de Abril de 2024 em beleza!
Na Galiza:
https://x.com/liaferreira/status/1783616867912786199
NA GALIZA!!!
25 Abril, 2024 at 23:33
Infelizmente, bonitas palavras, mas não é o povo quem mais ordena… Esse é o problema que muita gente não quer ver!
26 Abril, 2024 at 14:02
Mas desde quando é que o povo ordena ou ordenou seja o que for, em nenhuma sociedade, nem nenhuma época isso aconteceu.
Contemporâneamente o povo ordena apenas com o voto, o que já não é nada mau, se olhares para tantos países no mundo onde nem isso acontece.
O povo ordenava na URSS? O povo ordena na China?, em Cuba? O povo ordena na actual Rússia?
Tantos se queixam do mundo onde vivem e esquecem como era há 50 anos, há 100 anos, há 500 anos.
Concordo que há uma clara tendência para a restrição das liberdades, especialmente com esta cultura idiota do wookismo e do revisionismo histórico, como se pudéssemos agora condenar os portugueses, os espanhóis, ou os ingleses pelo que faziam no séc XVI.
Acho que o mundo está cada vez mais idiota.
26 Abril, 2024 at 14:29
Tal & Qual!
E quando por qualquer imponderável acontece um erro de casting (acontece cada vez menos pois a malha vai sempre apertando mais…) mata-se o gajo, tipo, o presidente, e muda-se todo o paradigma politico, à vista de toda a gente! So what!?
26 Abril, 2024 at 14:33
“Acho que o mundo está cada vez mais idiota.”
Completamente!
Mas o mundo são as pessoas… 😉
26 Abril, 2024 at 0:36
Toda a gente (ou quase) está completamente a favor do 25 de Abril o que algumas pessoas não concordam foi com o que nós os cidadãos, deixamos que fizessem a seguir….
26 Abril, 2024 at 9:04
Com os cravos vieram também os espinhos e nós os cidadãos não estávamos preparados para lidar com isso… quem acabou por ficar incumbido dessa tarefa também não soube fazê-lo (ou não quis…) da melhor maneira, infelizmente!
26 Abril, 2024 at 17:31
Os espinhos não são das rosas?
26 Abril, 2024 at 17:52
São… era apenas simbólico 🙂
26 Abril, 2024 at 10:29
O 25 de Abril deve ter sido um dia espetacular.
O que mais invejo em quem o viveu é uma sensação que eu nunca vou viver. A libertação total. A quebra total das barreiras gigantes que existiam.
Na verdade, creio que nos dias seguintes ao 25 de Abril terá existido uma liberdade que também não voltou a existir. É essa sensação de liberdade que eu mais invejo.
Eu tenho a certeza que a democracia também tem os dias contados. Eu tenho a certeza que, se eu viver o tempo natural de vida, viverei em ditadura. Não na ditadura de Salazar e Marcelo, mas uma ditadura noutros moldes…onde as pessoas se sentem livres sem o serem. Infelizmente os sinais estão todos aí e isto está mais perto do que parece. Basta aparecer o homem ou mulher “certos” para isto acontecer e para o povo o seguir. Felizmente neste momento os que tentam são um conjunto de grunhos liderados por um xico esperto que sabe bem levar os grunhos e não mais do que isso. Mas se aparece um verdadeiramente inteligente, ideologicamente muito sagaz, líder e que tenha uma convicção maior do que apenas liderar grunhos…estamos lá sem dar por ela. Ninguém vai ficar sem unhas por falar, não vai ser proibido falar ou cantar mas vai ver a sua vida destruída pela turba se não entrar no carreirinho…não sei bem em que moldes vai ser, não vejo o suficiente para isso…mas tenho essa certeza.
26 Abril, 2024 at 11:43
Um comentário interessante…
Pois eu vivi o 25 de Abril e lembro-me perfeitamente como se tivesse sido ontem…
Da minha experiência, e da parte familiar, não tive essa sensação de liberdade que falas…
Eu morava a pouca distância do quartel da Ajuda e ouvi tiros em casa, quando estava com o meu pai nessa manhã, que tentava perceber o que se passava através das “ondas curtas”! Não houve escola nesse dia, mas também não houve futebolada à tarde.
O meu pai era critico do estado do país, mas nunca foi perseguido antes desse dia. Trabalhava no Porto de Lisboa e foi perseguido durante meses depois disso – ele e outros – mas, felizmente, não lhe aconteceu nada. Vi-o muito mais preocupado nos meses que se seguiram, com a instabilidade que se instalou no trabalho, do que o tinha visto antes quando dizia mal de certas coisas…
A escola, depois do dia 25, passou a ser uma maravilha… o que para um pré-adolescente foi engraçado. Também se desorganizou tudo – acredito que alguns professores passaram tempos maus, porque passaram a estar sempre de “mau humor” – e passou tudo nesse ano – não que isso fosse um problema para mim que era bom aluno e iria passar na mesma, ao contrário de outros que beneficiaram com isso.
O que me lembro de ter sido positivo, para um pré-adolescente, é que passou a haver coisas no país que antes só havia quando se ia a Espanha e se trazia – como Coca Cola.
A coisa esteve meio confusa talvez uns 2 anos e só começou a estabilizar lá para 76…
Acredito que os adultos, ou pelo menos uma parte, tenham sentido esse “boom” de liberdade – até pelo que se passou a ver na TV, coisas que antes não se via, como ocupar casas e terras, o crescer das cooperativas de tudo e mais alguma coisa, que muitas obrigavam as pessoas a dar o que tinham às cooperativas, para o uso de todos… Enfim, passou-se a ver coisas que antes não se viam, o que para uns era liberdade e para outros não! De ver isso na TV, lembro-me perfeitamente, e de questionar o meu pai sobre essas coisas – que muitas vezes me obrigava a ver as noticias e programas de debates e história.
Para um miúdo, muita coisa era estranha e confusa, mas eu não notei uma melhoria fantástica – nem tinha idade para isso! O que melhorou foi realmente passar a haver Coca Cola, Lewi’s e outras coisas que não havia antes…
E lembro-me perfeitamente do Magdburg-Sporting, na noite anterior, e da frustração que foi não irmos à final, porque éramos muito mais equipa do que eles!
Quanto ao resto, sim, o mundo caminha para cada vez menos Liberdade… Não por causa de A ou B, mas por razões globais, como o Forum Económico Mundial, a Agenda 2030, a ONU, a OMS e outras organizações globalistas que dominam o mundo e a retórica. Cada vez menos os países mandam em si – isso é até óbvio na UE e só um cego não vê – e cada vez menos “o povo é quem mais ordena”!
Nesse aspecto, estás certo que haverá menos liberdade, mas absolutamente errado no modo como acontecerá, na minha opinião! Hoje, acho eu, é praticamente impossível um povo deixar-se cair numa ditadura interna, mas é super fácil os países caírem nesta ditadura globalista – e o Tratado Pandémico que a ONU quer implementar é já o grande primeiro passo para isso. E outros se seguirão!
26 Abril, 2024 at 13:16
Diz que há um descendente de neadertal na Lapónia que vai pedir uma indemnização de 30 trilhões de euros ao mundo pela extinção dos seus congéneres.
26 Abril, 2024 at 15:40
Ah ah ah ah lindo e deve haver praí um australopiteco na Oceania ou assim que vai pedir outros trilhões…