Esta poderia ser a crónica da vitória do Sporting, ontem, no Estoril, falando de uma primeira parte chata, de uma segunda parte em que finalmente o Sporting foi em busca da vitória, dos recordes, da festa que estava à espera de continuar. A música estava escolhida, tem “Sunset” no título, mas a dita crónica vai ficar para o final da época, onde, conforme prometido, vais poder reler o que já leste e ler as crónicas que ficaram por publicar.

E porquê?, perguntas tu com apropósito.

Porque ontem, ali colado ao relvado a Amoreira, vi uma vergonhosa caça ao homem, com total conivência do árbitro, que ainda teve o descaramento de aconselhar calma ao visado, ameaçando-o com um cartão amarelo.

Falo, obviamente, da perseguição feita a Gyokeres desde o primeiro minuto de jogo. Não houve uma, repito, uma disputa de bola em que os defesas do Estoril não agarrassem, empurrassem, batessem, provocassem. 90 minutos desta vergonha, por parte de uma equipa que até entrou em campo já sem precisar de pontuar para se manter na primeira Liga.

O que move esta caça ao homem? Estupidez pura? Sentimento de inferioridade? Uns milhares de euros para tirá-lo da final do Jamor?

Eu, se decidisse alguma coisa em Alvalade, faria um backstage inteiramente dedicado a esta caça ao homem, onde não faltariam momentos como o que vos deixo a seguir, e que não só resume o que escrevi acima, como deixa claro que o nosso Viktor deve ser um gajo com uma enorme força mental e capacidade de se controlar.