Há de facto todo um Mundo para o FF evoluir. Eu até vou espreitando alguns jogos e constato que falta muita componente física, tática e até componente técnica na equipa do Sporting (e demais equipas portuguesas, já agora). O que nós podemos e devemos questionar é:

– Existe ou não um modelo, um plano, uma estratégia no Sporting para essa evolução? Qual o orçamento, plano temporal e objetivos estabelecidos para essa evolução?

Tudo o resto virá da resposta à pergunta anterior, porque em caso negativo é assumir (ou não, para não gerar desinteresse) que o Sporting não pretende/não pode injetar mais dinheiro na modalidade, pelo que é isto que se pode esperar num futuro próximo: Tentar vencer (ou pelo menos disputar) títulos nacionais e de quando em vez, participar numa primeira fase de uma prova europeia.

P.S. muito interessante ver os números do tasqueiro Amaral, porque é de facto necessário ter uma maior base de jogadoras praticantes, para se poder afunilar até às melhores. Julgo que isto passa muito pela promoção e desenvolvimento nas escolas, num esforço conjunto nacional, se for mesmo essa a intenção (embora esta seja a Million dollar question: Há intenção?)

Gosto da Mariana Cabral. Parece-me uma pessoa metódica e 100% profissional, que põe ao serviço do Sporting todas as suas capacidades.
O trabalho que fez na formação valeu-lhe a merecida promoção e oportunidade de liderar a equipa principal.

O scouting tem conseguido encontrar jogadoras que têm sido mais valias para o plantel e talvez por isso temos a sensação que tem havido evolução quando provavelmente estamos é a dar mais qualidade à algumas posições sem que haja uma real evolução.
E digo isso porque do outro lado existe um rival com uma treinadora fraca mas que consegue sempre superar-nos, apesar da equipa perder qualidade de época para época. E não é apenas através das individualidades, é coletivamente.

Ontem tínhamos obrigação de ganhar à um Benfica mais fraco, afetado por saídas relevantes e lesões de jogadores importantes.
Mas o que vimos foi um Sporting débil fisicamente, em que algumas jogadoras pareciam não saber o que fazer à bola (seria das camisolas?), e que só após levar a segunda batata começaram a responder, e em desespero de causa.

O Benfica recuou e defendeu a vantagem com aparente tranquilidade, apesar das defesas da sua guardiã, como se não vissem no Sporting as ganas e a capacidade que em outras alturas levaram à superação e luta pelo resultado. Foi o que senti.

Isto para dizer que, apesar de gostar da Mariana, estou agora convencido que o próximo salto evolutivo do Futebol Feminino do Sporting não é com esta equipa técnica.
E Bem gostava que fosse de outra forma…