Para lá de todos os elogios que este grupo, depois de serem abandonados pelo líder, num choque anímico fortíssimo, depois de um mês de inferno técnico/tático com perda de uma vantagem folgada no campeonato, depois de uma onda de lesões consecutivas que deixou um plantel curto ainda mais curto e sem algumas das suas principais figuras, merece pelo cerrar de dentes nas últimas duas semanas, há algo que deve ser colocado em cima da mesa: perdemos três finais consecutivas no espaço de seis meses, mais coisa menos coisa.

É verdade que conseguimos algo que faz sentido para um Clube como o nosso: estar nessas finais. Taça de Portugal, Supertaça, Taça da Liga, sendo campeões antes dessas três finais.

No final, nenhuma delas nos sorriu, por motivos bem diferentes.
Na Taça de Portugal, entre a expulsão de St Juste, à meia hora de jogo, e estarmos sem guarda redes, tendo que lançar para a titularidade um puto impreparado para a fogueira, perdemos com um Porto que nos era inferior (1-2).
Na Supertaça, com um Porto ainda mais inferior (o actual), chegámos aos 25 minutos a ganhar 3-0, passando literalmente a ferro o adversário. Acabámos a perder 3-4, no prolongamento, num jogo que passámos do brilhante ao patético.
Ontem, na Taça da Liga, perdemos em penáltis (1-1 no tempo regulamentar), numa final onde chegámos após tudo aquilo que escrevi no parágrafo inicial.

Curiosamente, das três finais, e tendo em conta que o trabalho de Rui Borges leva cerca de 15 dias, esta última pareceu-me aquela em que a equipa foi mais consistente ao longo dos 90 minutos. Mas não ganhámos. Mas podemos ter ganho algo muito importante para o resto da época. Mas não ganhámos. Mas os indicadores são bons.

Copo meio cheio, copo meio vazio (ou o caminho certo que falta tornar efectivo).