O Sporting confirmou, através de comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que Geovany Quenda e Dário Essugo sã os mais recentes reforços dos ingleses do Chelsea. Este duplo negócio com os londrinos vai render, ao todo, 74.408 milhões de euros aos cofres leoninos.

O extremo de 17 anos custará 52 136.541,32 milhões de euros aos blues. 50 777.700 milhões de euros dizem respeito a um valor fixo, com 1.358.841,32 milhões de euros que serão pagos após serem cumpridos objetivos desportivos. Quenda vai ficar em Alvalade por mais uma época, por empréstimo do Chelsea. A transferência acarreta um serviço de intermediação no valor de 3,55 milhões de euros.

Já Dário Essugo vai deixar 22.272.275,00 milhões de euros nos cofres do Sporting. O médio está cedido ao Las Palmas até final da temporada, mudando-se para Londres a partir do próximo verão. O custo de intermediação fica nos 999,687 euros.

 

Como não poderia deixar de ser, o negócio divide opiniões, e eu estou do lado dos que, penso que podemos dizer assim, não estão a achar lá muita piada ao momento. Passo a explicar porquê, em modo de resposta às justificações dadas por quem acha que é óptimo.

Tenho visto quem acha que é um óptimo negócio, dizer que Quenda ainda é um diamante por lapidar, que uma boa primeira época pode não ter continuidade, que conseguimos encaixar mais do que o orçamento de uma época e ainda ficar com o jogador mais um ano.

É tudo verdade. Mas não é menos verdade que Quenda é o diamante maior deste plantel. Não existe jogador com maior margem de progressão, não existe jogador com maior potencial futebolístico, não existe jogador como maior potencial de valorização ao nível do mercado. Não quero saber se raramente se vende um jogador desta idade por um valor destes (acho que é o segundo mais caro de sempre, a nível mundial), pois acho que 50M é curto por Quenda, sendo que dificilmente não voltaremos à Champions na próxima época, voltando a colocar na montra o extremo. Aceitaria, por exemplo, se a esse valor se acrescentassem pelo menos 20M em objectivos.

Já que falamos em Champions, não deixa de ser curioso que se faça um negócio destes com a época em curso, algo nada habitual, o que vem reforçar o que já ficou claro no mercado de inverno: não há dinheiro para mandar cantar um VAR, só não se percebe porque raio é que se enterraram 6 milhões no Biel… Outra nota curiosa: os valores do contrato com a NOS foram todos antecipados, o que significa que nos próximos dois anos há 70M que não entram na tesouraria. Coincidências.

Passamos para Essugo. Ah, e tal, o gajo nunca foi titular no Sporting. Pois não. Ah, e tal, 22M é mais do que bom. Ora, façamos uma conta simples: Essugo estreou-se em 2021, com 16 anos. De lá para cá, andou pelos escalões jovens, e, em 23/24, foi emprestado ao Chaves, onde, pelo menos para mim, fez mais do que suficiente para mostrar que era melhor do que Sotiris, Tanlongo ou Koba Koindredi.  Quanto custaram estes três jogadores? Para que foram contratados quando havia… Essugo? É isto a aposta na formação?

Resumindo e baralhando, estes 70 milhões, já descontando as comissões a pagar (vá lá, não são os 10% da praxe), deveria ser o valor a receber unicamente por Quenda. Essugo, esse, com as oportunidades devidas, faria hoje parte do nosso plantel e teria sido várias vezes utilizado esta época, até pelo rol de lesionados que tivemos. Aliás, quantas vezes se questionou o avançar para 24/25 unicamente com Hjulmand, Morita e Bragança, ainda para mais num ano onde a carga de jogos ia aumentar pelas mudanças na Champions.

Ficamos com os cofres recheados, pois ficamos. E para lá de se concordar ou não com o negócio, nada resta que não seja perceber de que vale este movimento financeiro, mas isso é algo que só se perceberá quando for preciso começar a construir o plantel de 25/26, e deixarmos, ou não, arrastar as negociações em torno dos jogadores que queiramos que sejam reforços.