Começando por onde terminei a última crónica, direi que parece estar ultrapassada a questão quanto ao tema a arranjar para as duas semanas… Passada que é esta com mais ou menos “palha”, a próxima afigura-se bem mais fácil, pois as nossas meninas jogam no domingo, dia, 28, com o FC Parada, a contar para a Taça de Portugal. Clube que milita na Série B do Campeonato de Promoção e encontra-se em 3º. lugar, mas bem distante dos dois primeiros.
Face à realização no mesmo fim de semana da Taça, do 6th International Turbine Hallencup! (27 e 28/01/2018), em Posdtam, Alemanha, em que o Sporting participa (já o havia feito no ano passado, obtendo um excelente segundo lugar) e colocada a questão ao Sporting Apoio, ainda não é conhecido o critério a usar pela nossa Secção quanto às equipas a apresentar nas duas provas. Obviamente que confiante na sua competência.
Grupo A
Turbine Potsdam (Clube Anfitrião)
Glasgow City FC
SKN St. Pölten
Gintra Universitetas
Grupo B:
Sporting Clube de Portugal
AC Sparta Prag
MTK Hungária FC
Gornik Leczna
Entretanto e falando de selecções, a nossa principal equipa (38º no ranking) defrontou e venceu por 1-0, a sua congénere da República da Irlanda (29º), em jogo particular de preparação, na passada quinta-feira, disputado em Ponta Delgada. Golo apontado pela bracarense Dolores Silva aos 60 minutos, de grande penalidade. Com o Sporting a ser representado por Patricia Morais, Carole Costa, Diana Silva. Ana Borges e Tatiana Pinto a titulares e ainda a Ana Capeta e a Fátima Pinto, entradas na 2ª parte. A Joana Marchão, inicialmente convocada, apresentou ligeira lesão, pelo que foi dispensada.
No site da FPF pôde ler-se (com algumas (necessárias) correcções minhas):
“Triunfo por 1-0 no primeiro de dois encontros de preparação com a Irlanda. A Selecção Nacional A Feminina abriu o ano de 2018, esta quinta-feira, com uma vitória por 1-0 frente à Irlanda, naquele que foi o primeiro de dois encontros de preparação entre as duas equipas, no Estádio de São Miguel, em Ponta Delgada. Portuguesas e irlandesas foram o intervalo empatadas sem golos. A equipa das quinas foi superior à adversária na primeira parte, mas não conseguiu concretizar duas boas ocasiões de golo.
As irlandesas, que até iniciaram bem a partida, chegando a testar os reflexos de Patrícia Morais uma vez, sentiram dificuldades para construir jogo, muito por conta da intensa pressão e maior posse de bola das lusas. Na segunda parte, a formação portuguesa manteve-se mais forte, mais objectiva sobre a bola e com o foco na baliza. Aos 60 minutos, depois de Andreia Norton ter sido travada em falta na área por Tyler Toland, a médio Dolores Silva deixou Portugal finalmente em vantagem, na transformação da grande penalidade respectiva. Nos instantes finais, o conjunto luso voltou a tentar o golo, mas sem êxito.
Já no domingo, o resultado foi bem diferente e as irlandesas venceram por 3-1. Conforme crónica do jogo, «as jogadoras lusas estiveram melhor na primeira parte com mais oportunidades de golo e mais posse de bola, tendo sofrido o primeiro golo aos 33 minutos por Katie McCabe e no seguimento de uma falha defensiva da equipa portuguesa. No inicio da segunda parte, as irlandesas estabeleceram o 2-0, através de Leanne Kiernan, uma das jogadoras que mais se destacou em campo e chegaram ao terceiro golo por Louise Quinn aos 66 minutos. Diana Silva salvou a ‘honra’ lusa com um golo aos 76 minutos.»
Como no primeiro jogo, a RTP, lamentavelmente, ignorou o evento, atitude que mereceu o meu protesto (já não é a primeira vez que escrevo para a RTP, mostrando o meu descontentamento pelos critérios usados):
“Exmo. Senhor,
Creio que terá conhecimento, conforme email agora recebido dos vossos serviços, do meu desencanto pela forma ostracizante como a RTP tratou agora a nossa selecção de futebol feminino.
Honestamente, não estou à espera de uma resposta por parte de V. Exa. que desmonte o que refiro. Antecipando-me, sendo eventualmente precipitado e injusto, irá remeter-me para impossibilidades incontornáveis. Na linha, eventualmente, da
desculpabilização usada para a polémica transmissão da final da Taça de Portugal 2016/17… Adianto que sou um fervoroso Sportinguista de 70 anos e atento à forma tendenciosa como a RTP tem tratado o meu clube. Se pretender dados sobre o que afirmo, estou perfeitamente receptivo para lhe enviar um extenso rol de lamentações mais que justificadas…
Reitero o meu desagrado pela desigualdade de tratamento, nada compatível com as responsabilidades de uma estação pública que tinha a obrigação de promover a divulgação do futebol feminino em Portugal, incentivando os clubes e as atletas, sobretudo estas, no caminho difícil que escolheram, considerando os preconceitos ainda existentes na nossa sociedade relativamente à igualdade de Género. Que, friso uma vez mais, a RTP não combate como seria suposto, usando estes critérios.
Os meus cumprimentos”
“Exmos. Senhores,
O meu lamento para o vosso total alheamento para com os compromissos particulares da selecção feminina de futebol com a Irlanda, nos Açores. Hoje esperava alguma informação no noticiário da manhã sobre o primeiro dos dois jogos, realizado ontem. Nada. Lamentável para uma estação pública. E assim a RTP vai promovendo a igualdade de Género…
Cumprimentos”
Entretanto no que diz respeito às nossas restantes equipas envolvidas nas várias competições, as Juniores só entrarão em acção no próximo dia 27, pelas 15 horas, defrontando na Academia, o segundo classificado, o Estoril Praia, a quem vencemos fora por 4-1.
A equipa Juvenil defrontou e venceu fora, por 5-0, o Ponte de Frielas, enquanto as nossas meninas sub-13 (Infantis) foram a Moscavide bater a equipa local por também expressivos 7-2, conseguindo a segunda vitória consecutiva, terceira na prova. Convido-vos, aliás, a espreitarem o que de bom estas pequenas Leoas vão fazendo frente a equipas masculinas, com vitórias que vão escrevendo uma história bonita (clica aqui)
A nossa equipa de Futsal venceu fora o Arneiros, último classificado, por 3-2, enquanto o slb foi vencer o Golpilheira, terceiro, por 4-3. Segundo lugar na fase zonal sul para a nossa formação. A norte, o Santa Luzia conseguiu o apuramento ao bater fora o Gondomar por 5-3.
Depois do “murro no estômago” de sexta, não sei como vos desejar boa semana…
* às segundas, o jmfs1947 assume a cozinha e oferece-nos um mais do que justo petisco temperado ao ritmo do nosso futebol feminino
22 Janeiro, 2018 at 13:45
a Mariana Cabral tweetou uma conversa deliciosa a respeito da vitória das miúdas sobre os rapazes:
«Como é que eles estão a perder com raparigas?
– elas jogam bué bem, mano»
22 Janeiro, 2018 at 14:14
Meninas / Mulheres: um orgulho para o SCP… e não só no futebol onde ainda estamos na alvorada… o que dizer dos títulos, por exemplo, no atletismo ?!?
IURI: apesar dos contornos do negócio me parecerem interessantes… tenho IMENSA PENA de o ver partir … se fosse um jogador MAIS INTENSO tinha tudo para ser efectivamente um caso sério no panorama do futebol europeu… o GELSON vai sê-lo e (ainda) não sabe rematar à baliza…
🙁
HÓQUEI SCP: grande jogo neste fim-de-semana… depois de uma exibição pálida na Europa…
SL
22 Janeiro, 2018 at 14:37
Saudações, caro jmfs1947! 🙂
Vou começar pela selecção para arrumar logo o assunto. Continuo a pensar que este seleccionador, saído não sei bem de onde, não tem competência para o cargo e é muito “poucochinho” para o bom grupo de jogadoras que temos!
Penso que iremos melhorar, muito à conta da qualidade das jogadoras, do trabalho dos clubes, e do facto de, normalmente, as fases finais irem tendo cada vez mais equipas, mas muito pouco será à conta da qualidade do homem. Ainda que grande parte dos louros, como se viu com o Euro2017 – fase de apuramento e fase final – sejam para ele.
Quanto aos jogos não serem transmitidos pela FPF, nem que fosse através do YouTube, não é de admirar. É a fraca qualidade de pessoas que temos na FPF, mais interessadas nas jogadas de bastidores que em realmente fazer um trabalho decente e competente.
Espero que o Sporting-Braga, em Alvalade, seja mais um momento para o Sporting demonstrar a esses merdas o que é o poder do clube e um trabalho em prol desta modalidade – como temos feito com muitas outras.
Acho estranho o Sporting ir disputar um jogo da Taça no mesmo fim de semana em que vai para a Alemanha disputar esse magnifico torneio – onde fomos à final o ano passado. Tinha mais sentido fazer o jogo da Taça a meio da semana, penso eu. Mas confio no que farão, de modo a garantir a vitória por cá e a ter uma boa prestação na Alemanha.
Já aqui disse, e repito, que acho fantástico o projecto das sub13. Obviamente tiveram um começo muito complicado mas com certeza terão os dividendos deste investimento. Imagino as equipas de rapazes que perdem com as miúdas! Também não deve ser fácil… 🙂
Mais que a satisfação e alegria que toda a Secção de Futebol Feminino me dá, pelo que têm feito, por as vez jogar, sublinho o prazer que tem sido ouvir qualquer pessoa, especialmente quando são jogadoras, a falarem do Sporting e dos seus sonhos futuros com a listada vestida. Tudo com uma pureza que pouco se vê no lado masculino!
Hoje, segunda feira, 3 dias depois, ainda estou com uma azia daquelas. E não acredito que passe tão depressa – a não ser que haja algum milagre – porque tenho para mim que hipotecámos a luta pelo campeonato nesses 2 pontos que deixámos em Setúbal e na demonstração, mais uma vez, que temos um treinador curto de ideias – quase me atreveria a dizer que não tem mãozinhas para o Aston Martin (https://s1.cdn.autoevolution.com/images/news/gallery/aston-martin-am-310-vanquish-on-adv1-wheels_1.jpg) que conduz! 😉
22 Janeiro, 2018 at 15:35
Olha para o retrovisor pá…. não te distraias!
22 Janeiro, 2018 at 17:47
Tens carta, tadeuzinho?
22 Janeiro, 2018 at 18:44
Re tro vi sor… cuidado!!!
22 Janeiro, 2018 at 19:35
Gajo retro que tu és… Caramba!
23 Janeiro, 2018 at 10:01
Miguel, sobre o seleccionador, este apontamento do Sportinguista Humberto Fernandes, já por mim aqui referido,
e colocado no Portal do Futebol Feminino, é bem capaz de dizer alguma coisa…
“O resumo dos golos da equipa da República da Irlanda, no 2º confronto nos Açores, que se encontra no ‘youtube’, no #IRLWNT e outros, mostra-nos a defesa da Selecção Nacional Feminina A de Portugal, ‘a andar aos papéis’, sem atinar como e a quem fazer marcação.
Temos um ‘problema’ de plantel e/ou convocatória, ou uma deficiente preparação da Selecção Feminina?
Que dê as devidas respostas, no treino e em campo, quem é suposto.
É forçoso estar à altura das circunstâncias, se se quer cumprir objectivos, e nestes, o enunciado pela FPF, de se atingir até 2020 o 25º lugar no ranking FIFA.
Entretanto, o que temos, desde a entrada do SN Francisco Neto, em FEV2014, é esta evolução no ranking FIFA, no que respeita a Portugal (Feminino):
2014.03.28 = 43ª
2014.06.20 = 41ª
2014.09.19 = 41ª
2014.12.19 = 42ª
2015.03.27 = 38ª
2015.07.10 = 38ª
2015.09.25 = 39ª
2015.12.18 = 40ª
2016.03.25 = 41ª
2016.06.24 = 40ª
2016.08.26 = 40ª
2016.12.23 = 38ª
2017.03.24 = 38ª
2017.06.23 = 38ª
2017.09.01 = 34ª
2017.12.15 = 38ª”
Concordo com o HF e contigo. Parece-me que o grupo de jogadoras de bom nível que Portugal já tem, exigiria outro tipo de liderança. Pessoalmente não simpatizo com o Francisco Neto, mas esta antipatia, para além de uma inexplicável (?) rejeição, vem da altura em que o sujeito coloca a nossa Ana Borges a lateral esquerda! Mesmo à direita, é um crime!
22 Janeiro, 2018 at 15:17
Um exemplo como se consegue chegar as finais e ganha las, portanto um exemplo a SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, futebol feminino enche nos de orgulho.
22 Janeiro, 2018 at 15:22
Antes de ler qualquer comentário, transcrevo a resposta que recebi há pouco do Provedor da RTP. Face à resposta, fui tentar saber na Net se teria sido a RTP a fazer a primeira transmissão de um jogo de futebol feminino, mas nada adiantei de concreto.
“Exmo Senhor,
Agradeço o seu contacto. Não sei se em relação à crítica que apresenta já terá recebido alguma resposta por parte da direção de informação.
Do meu ponto de vista considero a sua crítica pertinente, ainda que – e suponho que concordará comigo – devamos à RTP ter trazido o fenómeno do futebol feminino para o espaço público e para as transmissões desportivas, incluindo a transmissão da Taça de Portugal. Nem tudo está já adquirido, pelo que a atenção e crítica são bem-vindas.
m/ cumprimentos,
Jorge Wemans
Provedor do telespetador”
Como já devem saber, Portugal foi vencido pela República da Irlanda no jogo disputado ontem, por 1-3, tendo o golo da selecção sido obtido
pela nossa Diana Silva, com o resultado já em 0-3.
22 Janeiro, 2018 at 15:46
Acho muito estranho o jogo não ter sido transmitido. Será que pediram muito pelos direitos? A RTP Açores é das que mais transmite desporto. Seja masculino ou feminino estão sempre em cima dos acontecimentos.
22 Janeiro, 2018 at 16:48
É uma parvoíce.
E mesmo que não quisessem pagar aos privados, há canais públicos.
23 Janeiro, 2018 at 10:36
Na Tribuna Expresso e através da pena de Maria João Xavier,
ex-jogadora de futebol, eis o que encontrei na minha tentativa de confirmar (ou não) a posição do provedor da RTP, quanto ao pioneirismo desta estação no que toca a promover o futebol feminino. Que ainda não desisti de encontrar…
“No próximo sábado far-se-á história, ou pelo menos assim se apregoa, com a realização da 18ª jornada da Liga Futebol Feminino Allianz entre o Sporting Clube de Portugal e o Sporting Clube Braga, os dois líderes da prova, com os 47 pontos em 17 jogos (classificação completa AQUI).
No entanto, este Sporting Clube de Portugal-Sporting Clube Braga não será o primeiro jogo disputado entre dois clubes com equipas da Liga NOS na versão feminina (aliás, este será o segundo da época e, curiosamente, o primeiro não causou o mesmo impacto que este está a gerar). Nos longínquos anos 90, realizaram-se os primeiros confrontos entre equipas representadas no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, que deu lugar à atual Liga Allianz. Talvez quem viveu nessa época se lembre dos jogos entre Sporting Clube de Portugal e Boavista Futebol Clube. Ainda foram uns quantos, sempre rasgadinhos, como é comum dizer-se no mundo do futebol.
É natural que o destaque da altura não tenha sido o mesmo. É verdade, também, que nenhum desses confrontos teve a atenção mediática que este jogo está a provocar. É, ainda, verdade que nem sequer passava na ideia, à data, a transmissão televisiva destes jogos (mal tinha arrancado a televisão privada em Portugal). Não havia redes sociais, a internet estava a dar os primeiros passos rumo à globalização que agora se assiste, os telemóveis começavam a ganhar espaço na sociedade portuguesa. É verdade, passaram-se mais de 25 anos sobre esses primeiros jogos.
Também é verdade que nenhum desses duelos foi disputado nos estádios de honra dos respetivos clubes. Relembrando esses anos, muitos disputaram-se em campos pelados, marcados com serradura ou, pior ainda, com cal. Se chovia, o cenário era assustador, as marcações do campo tendiam a desvanecer, em caso de queda, as queimaduras demoravam a sarar… Outros tempos que felizmente ficaram no passado, mas que foram o motor de arranque para a realidade a que agora assistimos.
Tive o enorme privilégio de jogar na primeira versão da equipa feminina do Sporting Clube de Portugal, que foi retomada esta época, depois de 21 anos de interregno. Eu, como todas as minhas companheiras da altura, vivemos esses momentos e recordá-los é recuar aos primórdios do futebol feminino nacional, quando este começou a ter algum espaço e a ouvir-se falar, ainda com desconfiança.
A seleção nacional feminina não existia no inico dos anos 90 (depois de um breve período competitivo nos anos 80) e as condições que eram colocadas à disposição das atletas relativamente aos restantes clubes (a quem tiro o chapéu por nunca terem desistido) eram abissais. Uma das grandes diferenças eram os jogos como visitado serem disputados em relva natural, no campo nº 2 (onde agora assenta o novo estádio de Alvalade). Outra era a maior facilidade de acesso a cuidados médicos em caso de lesão – as odisseias que se passavam em caso de lesão nos anos 90 eram indiscritíveis… É verdade que os treinos eram no campo pelado, mesmo em frente à famosa porta 10A, com luz artificial praticamente inexistente e onde mal se via de uma ponta do campo à outra.
Se há algo que não sou é saudosista. O caminho para se chegar aos dias de hoje foi longo, provavelmente demorou anos a mais do que era desejável, mas está a ser feito. Por isso, fico muito satisfeita quando vejo todas as movimentações à volta do futebol feminino, seja a nível de clube (se bem que o destaque se centre apenas nos dois que se vão defrontar no sábado), seja a nível das várias seleções femininas.
Não fui das pessoas que defenderam que os clubes visados tivessem acesso direto à Liga Allianz por via de convite da Federação Portuguesa de Futebol. Acredito que a verdade desportiva foi subvertida e o próximo campeão nacional teve o caminho muito facilitado em detrimento de todos os outros clubes que sempre cá andaram. No entanto, sou favorável ao aparecimento destas equipas (e de outras que apareçam) e a toda a máquina que com elas vem associada. Tenho para mim que é preciso clubes com poder de negociação juntos das instituições que gerem o futebol nacional, para que exigências possam ser feitas com o objetivo do crescimento do futebol feminino. É verdade que na edição atual da Liga Allianz apenas dois clubes têm tempo de antena, o que é pena, dado que este balanço podia ser aproveitado para projetar todos os outros clubes, mas do que tenho tido oportunidade de ir lendo, destes fala-se quando defrontam um dos outros dois. É pouco, muito pouco. Bem sei, regras editoriais e público-alvo assim o exigem.
Regressando ao tema – já chega de desvios -, com a realização do jogo (diz-se que será do título e discordo. Mas isso sou eu…), entre o Sporting Clube de Portugal e o Sporting Clube Braga, em Alvalade. Não será um estádio cheio, pois ainda não estamos nesse nível (ainda mais com a equipa sénior masculina do Sporting a jogar no Estoril, às 18h15), mas quero acreditar que a moldura humana poderá ser uma boa surpresa. A transmissão está assegurada (ainda que limitada a subscritores de canais por cabo), a festa está prometida…
É verdade, não será o primeiro jogo disputado entre dois clubes com equipas da Liga NOS na versão feminina mas será, sem qualquer dúvida, aquele que mais mediatismo terá, desejando-se que seja o primeiro de muitos.
Boa sorte a ambas as equipas!
Que role a bola!”
Não posso deixar passar em claro mais uma “bicada” (sim, parece-me o termo certo…) à entrada do Sporting, Braga, Estoril e Belenenses na Liga Allianz. A autora do texto foi praticante da modalidade no Sporting, considerando tal “um enorme privilégio”. Não posso contestar esta afirmação, seria imprudente e provavelmente injusto fazê-lo. Mas, face ao historial do futebol feminino no país, não será injurioso perguntar se a Maria João Xavier escolheria o Sporting Clube de Portugal se outras equipas se fizessem representar no mesmo…
A não ser que o meu clubismo me tolde de todo a visão, o Sporting limitou-se a responder a um convite da FPF, no sentido de proporcionar aos clubes a possibilidade de participação na Liga Allianz. O Sporting aceitou o repto, no que foi seguido por mais 3 clubes da Liga NOS.
Outros, não se mostraram interessados…
Os outros clubes foram prejudicados, a verdade desportiva foi subvertida? Vamos transportar então essa tese para o futebol masculino onde os grandes vão buscar aos mais pequenos os jogadores mais apetecíveis?
Pelo que julgo saber as actuais regras permitem que somente 3 jogadoras sejam contratadas a cada clube…
É um tema que gostaria aqui de ver escalpelizado, embora com poucas esperanças que tal venha a acontecer…
23 Janeiro, 2018 at 10:39
* Obviamente que está a mais o “(classificação completa AQUI) do segundo parágrafo.
23 Janeiro, 2018 at 10:47
No entanto, é justo destacar, pese a minha discordância, a ver se justificada ou não, quanto à questão da entrada do Sporting e restantes equipas na Lig Allianz para o interessante texto da Maria João Xavier. Que, “apesar de não ser saudosista”, nos remete para uma época do futebol feminino comparável à do masculino no tempo das “balizas às costas”.
Obrigado por isso, Maria João.
23 Janeiro, 2018 at 10:54
Ouvi que o Estoril-Sporting tinha passado para sábado, dia 3 de Fevereiro (20h30). Alguém sabe alguma coisa?
A ser verdade já não há desculpa para não se ir a Alvalade ver as moças… 🙂
23 Janeiro, 2018 at 11:08
Sim, Miguel. É no dia 3 às 20:30.
Vem no site oficial da Liga NOS.
23 Janeiro, 2018 at 11:29
Fixe! 🙂
22 Janeiro, 2018 at 17:49
OFF
Benfica a tentar trazer o João Novais… 🙁
22 Janeiro, 2018 at 18:17
Bom jogador, tenho pena que não tivéssemos ido buscar.
22 Janeiro, 2018 at 19:36
Está a tentar!
Eu também já aqui disse que era o gajo do Rio Ave a trazer!
22 Janeiro, 2018 at 19:18
Obrigado pelo texto, jmfs. E pela militância.
Confesso que perdi há muito o interesse e o respeito pela televisão pública. Como muito do que é público em Portugal, começou com uma boa ideia e um propósito nobre, mas anos de negligência deixaram tudo aos mais perversos interesses. Actualmente é um sorvedor de dinheiro tão conspurcado que não vejo alternativa a fechá-la de vez.
Mas o texto é antecedido por uma enorme foto. Ilustra tão bem algo que “o Belmiro” dizia muitas vezes sobre derrubar portas em vez de as abrir. Vai ser sempre assim com as nossas Leoas e as nossas Leoazinhas, porque é também essa a única alternativa que as mulheres têm, em muitos quadrantes da sociedade. Uma rtp não fará mossa.
Curiosa a sobreposição de calendário. Não imaginava, mas a gestão tão ponderada que o Cristóvão tem feito do plantel deixa-me tranquilo. Contudo, o facto de ser um plantel curto pode ter repercussões.
A reportagem está excelente.
E não me lixem. Isto sim é o Sporting!
Abraço aos que comentam, e alentam, aqui as nossas Leoas.
23 Janeiro, 2018 at 10:53
Obrigado, Amigo Hadji.
Faço o que o meu Sportinguismo e enorme apreço pelas nossas meninas me sugerem, omito e revelo o que as minhas limitações me impõem.
SL