Como fiel seguidor das modalidades, sei bem o que custou a todas as outras o regresso do basquetebol ao Sporting! Eu sou daqueles que achei que tínhamos encontrado uma relação óptima entre número vs qualidade relativamente às modalidades. Estávamos presentes nas modalidades mais praticadas no país, com equipas bastante competitivas para lutar pelos troféus nacionais e troféus europeus ou prestações condignas com o nosso nome, prestígio e grandeza na Europa.
No entanto, quis o destino que esta secção fosse reativada com a eleição da actual direcção. E já que cá está é fazer como diz a canção: “… não é só para te ver, não é só para te ver é para apoiar…”! À equipa de basquetebol, refiro-me à equipa…
A secção foi montada com cabeça, tronco e membros, pensada de forma séria e com um projecto bem estruturado em mente. A escolha do treinador, seus adjuntos e restante equipa técnica, do director e, finalmente, dos jogadores foi feita com um intuito – Ganhar! Já!
Na época passada, quando a época foi interrompida, estávamos na liderança do campeonato, apenas com uma derrota na Luz, com o melhor ataque (o melhor da última década na liga) e a melhor defesa do campeonato, com vitórias sobre o Benfica e a Oliveirense no João Rocha e sobre o Porto no Dragão Arena. Tínhamos acabado de eliminar a Oliveirense na Taça de Portugal, em Oliveira de Azeméis e, nas jornadas que se seguiriam, jogaríamos novamente, em Oliveira de Azeméis, frente à UD Oliveirense e, no João Rocha, frente ao FC Porto. É certo que fomos eliminados nas meias finais da Taça Hugo dos Santos pelos bicampeões Oliveirense no primeiro troféu que tivémos oportunidade de conquistar, mas todos estes dados indicam que seria uma inevitabilidade a conquista de troféus por parte desta equipa. Não digo que fôssemos ganhar tudo, mas algum troféu iríamos conquistar.
E esse troféu surgiu agora, com a conquista desta Taça de Portugal! Mas vamos aos jogos.
É sempre ingrato fazer um resumo passados vários dias após o jogo. Já todos viram o jogo ou resumo, já leram em “n” sítios o que se passou, portanto, vou tentar ser breve, focando os pontos essenciais.
A meia-final frente ao Vitória (vulgo Guimarães), mostrou um Sporting com um maior ritmo competitivo, a mandar no jogo desde cedo e a conseguir fazer funcionar, muito bem, a relação entre o jogo interior e exterior. Depois de um primeiro período, diria quase avassalador (23-12), seguiu-se um segundo, mais morno, mas igualmente bem jogado. Chegámos ao intervalo a vencer por uns esclarecedores 42-26!
Na segunda parte, o jogo muda. Mérito do Vitória, que é bem orientado por Carlos Fechas (treinador para outros vôos no futuro) e com jogadores interessantes, mas, também, por demérito nosso. Houve um natural relaxamento de quem tinha uma vantagem confortável e já estava a pensar na final do dia seguinte frente ao FC Porto. O Vitória surgiu mais forte defensivamente, equilibrou o jogo em várias vertentes e tornou-se dominador ou vencedor noutras. Aos 17 pontos conseguidos em contra-ataques (contra os nossos 4!), juntaram-lhe 35 ressaltos ganhos (contra 34 nossos), 5 roubos de bola (o mesmo que nós), 25 pontos vindos do banco (contra 18 nossos) e melhor percentagem de lançamento de 2 pontos (53% contra os nossos 51%).
Ganharam o 3º período por 20-25 e estiveram perigosamente a 3 pontos de distância, com 65-62 no marcador, a cerca de 6 minutos do final do jogo, mas 4 triplos consecutivos de Ellisor e Travante (2 cada um) mataram o jogo, a meu ver. No final, uma vitória para o Sporting por 85-71, justa, mas suada, como todos os confrontos que já realizámos com o Vitória.
Destaques individuais para Bailey Fields (MVP do jogo com uma eficiência de 35,5) com 24 pontos e 12 ressaltos, Shakir Smith com 11 pontos e 9 assistências e Travante Williams com 19 pontos e 5 triplos.
Na final, um jogo diferente.
Quem viu a meia-final com o Benfica e os jogos da época passada, percebeu facilmente a importância de Max Landis na equipa do FC Porto. A equipa técnica do Sporting também.
Ambas as equipas tinham as estratégias bem definidas para este jogo. O Sporting iria carregar no jogo interior e tentar tirar partido disso, através de Fields ou do espaço que se criava no jogo exterior para os seus lançadores (vão ler muitas vezes isto ao longo desta época), mas também do mismatch que é ter Max Landis a marcar individualmente James Ellisor. Já o FC Porto trabalhava bem o seu ataque, com bloqueios sucessivos, de forma a libertarem Landis. Quando o desequilíbrio na defesa estava criado, Landis atirava ou jogavam de forma a encontrarem o homem livre e o melhor lançamento.
Landis termina a primeira parte com 17 pontos marcados e era como uma ferida aberta na nossa defesa. Ofensivamente, não estivémos bem na primeira parte! Ataque muito atabalhoado e pouco organizado, mas fomos conseguindo manter-nos por perto no marcador.
Ao intervalo, ganhámos o jogo. A equipa técnica, liderada por Luís Magalhães, decide colocar Francisco Amiel e Diogo Araújo em campo e mudar a defesa de homem a homem para uma zona mista (algo que foi trabalhado para este jogo, porque não é muito habitual ser usado, sobretudo, no Sporting). E aqui começa a reviravolta no jogo.
O Sporting começa a funcionar defensivamente! Amiel marcava Landis homem a homem e os restante 4 jogadores defendiam numa zona 2-2, com Ellisor e Diogo à frente e os postes atrás. O Porto não estava à espera deste “box and 1” muito móvel e agressivo e não conseguia lidar com isso (porque atacar uma defesa mista requer treino e trabalho), nem libertar Landis como conseguiu na primeira parte. O americano perdeu ritmo de lançamento e terminou a segunda parte com apenas 4 pontos, metade dos quais da linha de lance livre!
O Sporting, que é uma equipa que se alimenta e vive do seu trabalho defensivo, começou a ganhar confiança e, no ataque, com maior critério, organização e jogo de 2×2 que Amiel trouxe do banco, começou a recuperar no marcador. Amiúde alternávamos para defesa a homem, mas, rapidamente na jogada seguinte, regressávamos ao box and 1 ou a uma zona 2-3, de forma a baralhar o ataque do Porto (algo que se faz habitualmente). A anti-vedeta Ellisor começa a surgir ainda mais no encontro. O Sporting, que tinha estado apenas 29 segundos na liderança na primeira parte, consegue agora uma almofada de 9/10 pontos que se foi mantendo quase sempre até ao 87-78 final!
Em termos individuais, Fields voltou a ser o MVP do jogo, com um eficiência de 33 e mais um duplo-duplo (18 pontos e 13 ressaltos), contámos com 24 pontos de um “vintage” Ellisor (foi um líder no 1º,3º e 4º períodos) e com todo um trabalho defensivo colectivo, onde Diogo Araújo e João Fernandes, mas, sobretudo, Francisco Amiel foram determinantes. Este último juntou ainda 10 pontitos, 2 triplos e muito critério no ataque. Há boas prestações que não se refletem na estatística e a do Amiel foi uma delas ou, como eu gosto de dizer, “há o MVP da estatística e, por vezes, há o MVP do jogo jogado!”.
Dominámos no jogo interior (38 pontos na área pintada contra 16 do Porto), fizémos 16 pontos resultantes de turnovers contra os 3 do Porto; cometemos apenas 8 turnovers no jogo (!) contra os 15(!) do Porto), tivemos o dobro dos roubos de bola (8 contra 4) e tivemos uma muito melhor percentagem de lançamento de 2 pontos (57% contra apenas 42% do nosso adversário). Estas são as estatísticas que ajudam a explicar, ainda mais, o que se passou no campo.
O Porto foi um justo vencido e será um dos fortes adversários no campeonato (que se inicia este fim-de-semana) e restantes taças internas, juntamente com Benfica e Oliveirense.
40 anos depois, o Sporting volta a ganhar uma Taça de Portugal no basquetebol. Um caneco anunciado!
*quando o nosso Basquetebol entra na quadra, o Tigas dispara um petisco a saber a cesto de vitória sobre a sineta
11 Outubro, 2020 at 18:40
Excelente resumo, parabéns.
Discordo da “teoria do eucalipto”, creio que se soube adaptar a novas realidades conseguindo manter-se uma competitividade evidente – e nao fomos apenas nós a fazer algum downsizing.
Espero titulos nas modalidades, sinceramente- e eapero que o andebol “cresça” está ali a faltar um clique…
SL
11 Outubro, 2020 at 20:08
“Discordo da “teoria do eucalipto”, creio que se soube adaptar a novas realidades conseguindo manter-se uma competitividade evidente.“
Por isso é que o ano passados ias na frente em todas as modalidades e na Europa te preparavas para discutir títulos.
Triste fado o deste clube.
11 Outubro, 2020 at 19:01
“Como fiel seguidor das modalidades, sei bem o que custou a todas as outras o regresso do basquetebol ao Sporting!”
Isto é muito discutível. Atenção, naturalmente que mexe com o resto, ainda por cima numa altura de cortes.
Inicialmente, nem do Covid se falava, não era líquido que influencia teria.
Estivemos pertíssimo do título, o futsal com uma supertaça e taça da liga seria para ver o que dava o playoff (apesar da fraquíssima prestação na europa), tudo em aberto no hóquei (tb com falha na europa) e andebol (porto mais forte), vólei era basicamente um projeto ano a ano e sem hipóteses frente aos lamps.
Ou seja, sem o basket, nada garantia que fosse diferente. Podia ser, com melhores atletas, mas não era garantido. Até porque há adversários que tb se reforçam.
Apesar de ser completamente contra esta direção, por todas as razões e mais alguma, gostei muito que viesse o basket, até porque apostou-se numa equipa muito competente com um enorme treinador. Era para ganhar e é isso que queremos.
Não houve título, na europa estivemos perto, mas houve taça.
Parabéns!
11 Outubro, 2020 at 20:14
Sou a favor de se criar/recuperar modalidades, mas estas têm que estar ao nível do clube.
A descida do número de sócios era real e expectável, mas como eles tudo sabiam, além de reduzirem o teto de todas as modalidades criaram o basquetebol, aproveitando-se das seções e das equipas de outras modalidades estarem oleadas para se manterem em grande.
Lembras-te quando tempo demoramos a recuperar o título de andebol? Veremos agora….
E a dívida do clube à Sad vai matar as modalidades.
12 Outubro, 2020 at 17:07
Continuo a não perceber muito bem essa divida do Clube à SAD… O Malcolm já aqui explicou mais ou menos mas eu não percebo como pode ser isso assim…
A ultima vez que tomei atenção às contas do Clube como deve ser foi no anos em que acabámos por ganhar tudo no Pavilhão – orçamento de 20/21M€ em 17/18.
Nessa altura segundo foi explicado, havia essa dinheiro todo no Clube.
cerca de 9M€ de quotas…
Inscrições modalidades cerca de 1,5M€….
Patrocinios cerca de 2M€…
Bilheteira e publicidade cerca de 0,5M€…
Aqui, gerado pelo clube directamente da sua actividade, são 13M€!
Outros rendimentos…
Rendas e Alugueres cerca de 5M€
TV cerca de 2M€
Outros (vários) cerca de 0,5M€
O grosso destes valores vinham, ao que me lembro, através da SAD ou contratos feitos com base na SAD, são 7,5M€.
Que fazem os tais, em contas redondas, 20,5M€.
Neste ano lembro que tivemos ainda um valor referente ao Ronaldo, que não coloco aqui por ser um caso pontual.
O que é que é diferente de 2017/18 que fez uma divida do Clube à SAD de 5M€ em 18/19 e outra de 12M€ em 19/20?
É isto que eu gostava que alguém , mais por dentro disto do que eu, me explicasse…
O que é que faltou, naqueles 20,5M€, que obrigou a SAD a meter 5M€ no Clube em 18/19 e 12M€ (mais de metade) em 19/20?
12 Outubro, 2020 at 17:54
Tentar explicar outra vez. Pegando nas contas de 2018 é importante lembrar que tiveram um lucro no final superior a 2M, quer isto dizer que as receitas foram superiores em 2M em relação às despesas ou sejam 18M.
Atentem que as receitas incluem “Rendas e Alugueres cerca de 5M€” este valor não gera entrada de dinheiro, este valor já foi recebido em 2004. Apenas entra no orçamento porque os procedimentos contabilísticos assim o exigem. Assim o valor real das receitas foi de 15M.
Por outro lado os 18M de gastos inclui 2M em amortizações, e estas amortizações não geram saída de dinheiro pois são isso mesmo amortização de investimento feito e pago em anos anteriores, por exemplo o estádio e PJR. Assim o valor exato dos gastos foi de 18-2 = 16M
Assim, 2018 foi já um ano com deficit de tesouraria 1M que para o resolver o pagar tinhas três hipóteses, ficar a dever aos fornecedores, encontrar financiamento bancário ou recorrer à SAD adiantando receitas futuras.
Em 2019, basicamente manténs o orçamento mas já não apresentas o lucro de 2M, ou seja aumentastes os gastos em 2M, passando dos 16 para os 18M logo tens um deficit de 3M e já sabes as hipóteses de o resolver. A opção tem sido recorrer a empréstimos da SAD que no fundo está a antecipar a “TV cerca de 2M€” que tanta falta vai fazer.
Próximos anos, os 20M de receita em termos de entrada de euros estão reduzidos a 13M (20-5-2), e os gastos mantem-se nos 20M com redução dos 2M das amortizações em termos de saída real de euros serão 18M pelo que tens um deficit de 5M, que já sabes quais as possibilidades para o resolver.
12 Outubro, 2020 at 18:13
Mas Malcolm, esses empréstimos da SAD não deveriam ser contrabalançados com os empréstimos “feitos” (“voluntariamente obrigados” como na tropa) pelo Clube à SAD através do surripianço por esta das receitas da Sporting TV no factoring do contacto da NOS?
De qualquer modo agradecia se pudesse ler e comentar o meu comentário das 18:06, neste post, pois prezo a sua opinião.
12 Outubro, 2020 at 19:28
Isso, sem duvida, há sempre uma violação estatutária e em parte foi assumida pelo Zenha quando diz que no balanco entre o grupo a diferença é só de 2M. Se é assim, não se percebe ou melhor percebe-se que há uma tentativa de camuflar os financiamentos do clube que não estão autorizados pelos sócios. Ele disse claramente que o Clube deve à SAD 17M e a SAD deve à Plataformas 21M e por sua vez a Plataformas deve ao clube 8 ou 9M. Resumindo estão a ser utilizadas receitas adiantadas da Sporting TV e como os sócios não autorizaram o melhor é camuflar toda a operação ….
12 Outubro, 2020 at 19:20
Com os números desde 2016 talvez seja mais fácil perceber o problema:
Primeiro os valores conforme ReC apresentados e de seguida os mesmo anos retirando das contas as Receitas e os Gastos que não fluxo de entrada ou saída de dinheiro.
Conf ReC:
2016:
Receitas: 19M
Gastos: 16M
Lucro 3M
2017:
Receitas 21M
Gastos 18.5M
Lucro:2.5M
2018:
Receitas: 24M
Gastos: 22M
Lucro: 2M
2019:
Receitas: 26M
Gastos: 26M
Lucro: 0
2020:
Receitas: 22M
Gastos: 22M
Lucro: 0
Agora a realidade:
2016
Receitas: 14M
Gastos: 14M
Lucro: 0
2017
Receitas: 16M
Gastos: 16.5M
Prejuizo: 0.5
2018:
Receitas: 19M
Gastos: 20M
Prejuizo 1M
2019
Receitas: 21M
Gastos: 22M
Prejuizo: 3M
2020
Receitas: 17M
Gastos: 20M
Prejuizo: 3M
Varias conclusões, desde logo as receitas a diminuir, atingiram o pico em 2019 de 21M e são em 2020 apenas 17M, de notar que foram as receitas “extraordinárias” dos direitos de formação de CR7 em 2019 e a campanha de renumeração em 2020 que salvaram o descalabro total.
Depois vemos que os prejuízo acumulado nos últimos 3 anos é de 7M e por isso a SAD “emprestou” adiantou os valores da Sporting TV que aliado aos 6M para abatimento da divida que já deveria estar reestruturada justificam o aumento da divida á SAD.
Assim e para o próximo ano, partindo do orçamento e admitindo que a SAD vai descontar na divida o valor que já adiantou da Sporting TV a estimativa que faço é esta:
2021:
Receitas: 13M
Gastos : 19M
Prejuizo 6M
E será este o quadro para os próximos anos e muito terá de ser feito.
12 Outubro, 2020 at 19:45
Não entendo como a decisão é caminhar para o abismo… 🙁
12 Outubro, 2020 at 19:52
Por isso não me canso de por aqui escrever que a situação no clube é pior que a da SAD, a raiva que sinto por perceber que cada vez serão mais reduzidas as possibilidades do clube inverter a situação. Não foi apenas o aumento provocado pelo Basket, são os restantes gastos que continuam a aumentar e as receitas cada ano que passa a serem menores.
12 Outubro, 2020 at 19:54
Tem um pequeno erro nas contas reais de 2019:
É assim
2019
Receitas: 21M
Gastos: 24M
Prejuizo: 3M
Assim é que está certo.
12 Outubro, 2020 at 19:26
Como é que é possível que uma coisa que deveria entrar em 2018 tenha sido gasta em 2004?
Não consigo perceber isto, nem concebo que isto seja possível de fazer, nem que tenha sido feito.
Cada vez fica mais evidente a anormalidade de Direcções que temos tido e quanto isso tem sido prejudicial ao Clube.
Portanto, vamos esquecer esses 5M€ das Rendas por quanto mais tempo?
Nas tuas contas redondas, os 17M€ que a SAD meteu no Clube justificam-se?
Se tu dizes que em 17/18 o saldo de tesouraria foi 1M€ negativo…
Se tu dizes que em 18/19 o saldo de tesouraria foi 3M€ negativo…
Aqui estão justificados 4M€ dos 5M€ emprestados em 18/19.
Onde foi preciso gastar 13M€ em 19/20 – 1M€ que sobrou mais os 12M€?
12 Outubro, 2020 at 19:34
Vais esquecer até 2063 que é quando termina o aluguer do estadio, mas das contas esse valor daqui por 7 anos desaparece também contabilisticamente. Ou seja a partir de 2028 os valores dos orçamentos já não vão incluir os 5M e passam a ser mais reais.
Em 19/20 tens mais 3M negativos que não estas a considerar nas contas e juntas os 6M que foram necessários para abater a divida bancaria e praticamente obténs o valor da divida á SAD.
12 Outubro, 2020 at 19:43
“Não consigo perceber isto, nem concebo que isto seja possível de fazer, nem que tenha sido feito.”
Miguel:
Em todos os orçamentos dos últimos podes encontrar isto escrito:
“As receitas de direitos de superfície referem-se a proveitos diferidos ao longo da vida útil do contrato resultante de adiantamentos já recebidos.”
No orçamento de 20/21 está na pagina 15.
É só ires ler pois isto não é e nunca foi escondido.
12 Outubro, 2020 at 19:44
* … dos últimos anos podes encontrar ….
Desde 2004, acrescento.
12 Outubro, 2020 at 19:53
A questão nem é a eventualidade de esconderem – que não o fizeram.
A questão é a estupidez, para mim, de fazerem isto.
Se contabilisticamente é para receber da SAD 5M€ por ano, é isso que tem de acontecer. Não receber 50M€ num ano e fazer de conta que nos 9 seguintes se recebem os 5M€… Isto para mim é ridículo.
A única cena que é contabilística e não real são as amortizações. E mesmo essas deviam ser mais realísticas.
Se pagas o jogador em 3 anos e o jogador faz um contrato de 5 anos, a amortização devia ser em 3 anos e não em 5.
Com estas falácias, eventualmente acabas a amortizar um jogador que já vendeste há 2 anos…
depois há este problema de teres umas contas que até parecem razoáveis mas na realidade estás com merda até ao pescoço.
12 Outubro, 2020 at 19:59
Isso que dizes chama-se contabilidade em regime de caixa, é parecido por exemplo, como são feitas as contas do estado.
Nas empresas e nas associações que sejam obrigadas a ter contabilizada organizada são obrigadas a reconhecer receitas e gastos no ano em que acontecem independentemente do ano em que são pagas ou recebidas.
O aluguer é um rendimento do ano o seu pagamento e por isso entra nas contas do ano mas já há muito foi recebido sob a forma de adiantamento.
12 Outubro, 2020 at 20:40
Alias, deixa acrescentar isto, é parecido com o que acontece na SAD com os adiantamentos da nós, O Zenha recentemente disse que estão adiantados mais 2 anos, até final do mandato e que não tenciona adiantar mais (não acredito, mas isso é outra historia).
Quer este quer próximo ano, nas Contas da SAD estão lá cerca de 35M de direitos de Tv e patrocínios valor que já entrou há muito nos cofres, mas no entanto aparece lá como sendo rendimento do ano.
Estão tão fodidos, já disse algumas vezes, o esforço que está a ser feito para os destituir é um favor para os incompetentes, eles vão acabar por cair por manifesta falta de fundos, só que nessa altura, então é que não haverá salvação possível.
Com a destituição, que acredito vá acontecer ou pelo menos vão demitir-se como o GL, vão acabar por armarem-se em vitimas quando na realidade queimaram tudo ou quase tudo que podia ser queimado.
11 Outubro, 2020 at 20:32
Grande crónica! Parabéns e obrigado!
11 Outubro, 2020 at 20:48
O Sporting merece ter basquete, veremos se o basquete merece ter o Sporting.
A equipa já o ano passado parecia bem lançada para vencer títulos, defesa bem oleada, e 2 gringos do melhor que há em Portugal. Relembrar que era uma equipa construída do nada, com portugas de ocasião, e um americano lesionado. Grande trabalho do Prof. Magalhães.
Este ano teremos um Porto mais forte, o Benfica renovou a americanada, a Oliveirense terá descido uns degraus.
11 Outubro, 2020 at 22:20
Como sou grande apreciador de basket (que cheguei a praticar nas camadas jovens de iniciados e juvenis) claro que sigo com paixão o percurso desta equipa.
Todavia, não posso discordar de quem defenda que o regresso da Modalidade (a mais cara de Pavilhão, para ser competitiva) não terá vindo na melhor altura. Porque ainda não tínhamos as condições estruturais para a sustentar sem cortar nas outras. Para que tais condições sucedessem, necessitávamos de continuar o aumento do número de sócios que sucedeu na anterior direcção em pelo menos mais 5.000 a 10.000 sócios pagantes e acrescer em pelo menos 25% a 35% os números globais da bilhética e gameboxes Modalidades no PJR. Ao invés disso, assistimos à diminuição do associativismo e, na melhor das hipóteses, ao impasse no crescimento das assistências no PJR, no primeiro ano de Varandas ainda assim mitigado pelas provas europeias do Futsal (main round com presença do Benfica no mesmo grupo) e do hóquei (final four).
Mas o Basket não tem “culpa” de nada disso. Apesar de prematuro, não deixa de ser um “rebento” desejado na família das modalidades de pavilhão leoninas. E é conveniente reconhecer e afirmar que o retorno se consumou através de um projecto bem pensado, bem desenhado e bem executado. Começou na acertadíssima escola do treinador principal e executor do projecto, o Professor Luís Magalhães, sem dúvida um dos melhores treinadores da História do Basket português (há o incontornável Professor Jorge Araújo, já retirado destas lides, e o Carlos Lisboa). As escolhas do Professor para constituir a equipa reflectem a sua filosofia de jogo: um basket muito agressivo a defender a todo o campo, sempre pressionante e com soluções atacantes muito diversas (bons bases para construir o ataque, jogadores rápidos para os turn overs, bons lançadores para os triplos, bons poste para disputar os jogo de tabelas); mas, sobretudo jogadores com atitude aguerrida e muito foco.
As escolhas de Travante, Ellisor, Toney, Nazione e Abu para compor a armada de estrangeiros cumpria com esses requisitos havendo ainda o plus de 4 deles já estarem familiarizados com o basket português e 2 até desfalcarem a ainda bi- campeã Oliveirense; a escolha do norte americano Demetric Austin não foi bem conseguida e a do moçambicano Jeremias Manjate (poste 2,03m então com 20 anos) está feita a pensar no futuro.
E, ao contrário do que deixa transparecer o Nuno o Agnóstico resignado, a escolha dos portugueses também foi muitíssimo assertiva e bem pensada: foi buscar Amiel B (base que constrói e defende muitíssimo bem com enorme foco e disciplina táctica e bom no um para um) e Cândido Sá (poste de 2,06m condição rara nos portugueses) ao basket universitário americano, ambos com uma riquíssima experiência embora ainda jovens; Catarino e Diogo Ventura são dois bases que além de serem muito assertivos na construção são bons lançadores de triplos (particularmente o Catarino); o extremo Diogo Araújo, “recrutado” ao plantel do Porto,foi mais uma boa aquisição e os outros extremos lusos, André Crus e Jorge Embaló foram (tal como o Manjate) aquisições a pensar no futuro (embora Embaló até tenha já tido algumas boas entradas em jogo na época passada; este ano acho que está a recuperar de lesão); Cláudio Fonseca e João Fernandes são os outros 2 postes lusos e também acho que foram escolhas muito acertadas (mesmo não sendo muito fã do Cláudio em termos de intensidade, pois acho-o um pouco irregular, parecendo, por vezes, pouco focado.
Os acertos deste ano foram mesmo só nos estrangeiros com a saída dos americanos Nazione e Austin e do nigeriano Abu e as entradas dos americanos Fields (um upgrade relativamente ao já muito bom nigeriano nos postes), o extremo Henry (um ainda mais claro upgrade relativamente a Austin nos extremos) e Shaqir Smith (que ainda não sei se melhora relativamente a Toney como base; ambos parecem um pouco individualistas de mais para bases – a quem compete construir e definir o jogo de equipa; o Smith do último quarto do jogo de hoje já me pareceu mais comprometido com o colectivo a defender e a construir – e a equipe melhorou muito com isso).
Resumindo, embora ache possa ter sido um regresso prematuro, pelo menos foi um regresso bem idealizado e apto a orgulhar os sportinguistas.
Um abraço e saudações leoninas
11 Outubro, 2020 at 22:46
O Nuno não transparece nada, limita-se a notar o facto de que a maioria dos portugueses estava vedada ao Sporting, algo que o próprio Magalhães afirmou publicamente mais que uma vez. Arranjou-se um plantel entre os disponíveis. Por exemplo o Pedroso (cuja análise técnica é optimista, no mínimo) não era dos mais usados no s l b, caso contrário seria fechado como o Fábio Lima ou o Betinho.
O Austin já tinha saído o ano passado.
11 Outubro, 2020 at 23:08
Por que raio a maioria dos portugueses haveria de estar vedada e os norte americanos (decisivos nos títulos) não?
O Amiel e o Cândido não são portugueses? Vieram do competitivo basket universitário americano com uma riquíssima experiência.
O Pedro Catarino e o Diogo Ventura não são internacionais?
O Diogo Araújo não fez 50 jogos no FC Porto na época anterior?
O Pedroso não era dos mais usados no Benfica? Tinha o mesmo uso que tem no Sporting: em 2017/18 foi utilizado em 52 jogos e em 2018/19 foi utilizado em 39 jogos com uma média de 7,4 pontos/jogo. Não era mais utilizado porque tinha postes estrangeiros, tal como acontece no Sporting (este ano tem o Fields e o ano passado o Abu).
O João Fernandes não foi uma boa escolha? Quantos melhores postes portugueses encontra?
Mesmo o jovem Embaló, vem de 2 épocas no Angra Basket em que com 18 e 19 anos faz respectivamente 26 e 31 jogos, com médias de
11 Outubro, 2020 at 23:23
(Cont.) com médias de 14,3 e 17,2 pontos/jogo, o que é assinalável para um extremo numa equipa de segunda metade da tabela.
É necessário assinalar também que estamos a falar de 9 portugueses num plantel de 16 em que 7 são estrangeiros. É natural que os estrangeiros sejam mais utilizados. Em todos os clubes é assim. Por alguma razão os vão contratar: por constituírem mais- valia relativamente á maioria dos jogadores portugueses. Logo, também é natural que o Sporting, ao constituir uma equipa de raiz comece pelos estrangeiros (daí também os ter referido primeiro). Os portugueses terão de ser escolhas suficientemente assertivas para que pelo menos 6 deles possam dar contributo regular à equipa sem afectar negativamente o seu rendimento. E foi isso que foi feito. Nunca seria espectável que fôssemos contratar para 9 portugueses, os mais utilizados na selecção nacional. Mas sem dúvida que Diogo Araújo, Amiel, Pedro Catarino, Diogo Ventura, Cláudio Fonseca, João Fernandes e Cândido Sá, são óptimas escolhas para integrar o 5, seja inicialmente, seja para entrarem durante o jogo. Duvido qua haja outra equipa em Portugal que possua mais quantidade de escolhas de qualidade entre os seus portugueses (talvez a Oliveirense, o Porto e o Benfica estejam ao mesmo nível).
SL
12 Outubro, 2020 at 0:06
Porque há uma diferença entre jogadores com contrato e que podiam assinar.
Os outros clubes souberam que o Sporting ia participar e, se calhar, anteciparam-se e foram buscar os melhores jogadores.
A base nacional dos Porto e Benfica é individualmente superior, todos têm 7 não-americanos, apenas 5 estrangeiros não formados cá podem alinhar por jogo.
12 Outubro, 2020 at 19:31
Se a base nacional dos jogadores de Benfica e Porto é superior então porque ganhámos quase todos os confrontos contra eles? Nos estrangeiros não vejo que tenham sofrido grandes sangrias (o Porto até acho que está melhor).
Quem sofreu mais sangrias de estrangeiros de qualidade terá sido a Oliveirense, que em 2 anos perdeu para nós primeiro Travante Williams e James Essilor e este ano o John Fields. Sendo assim, como explicar que fôssemos à frente no Campeonato que tenhamos ganho a Taça de Portugal e que só tivéssemos sido eliminados o ano passado na Taça da Liga pela Oliveirense (precisamente a equipa que foi mais desfalcada de estrangeiros?
Por essa lógica até seria a Oliveirense a ter a melhor base de jogadores portugueses.
A verdade é que a chave do “portão da propriedades” das equipas portuguesas está na base de estrangeiros; a base de portugueses é a “chave da casa” … mas só lá chega se tiver usado a outra.
SL
12 Outubro, 2020 at 12:25
Concordo que deviam ter tido mais cuidado e ter tido outro tipo de postura no regresso da modalidade.
Na altura em que anunciaram que em 19/20 já teríamos basquetebol – e segundo me recordo isso foi feito ainda em 2018 – também achei que era precipitado e que estavam a introduzir uma despesa extra significativa sem terem ainda uma noção muito real de como poderiam fazer isso – foi esta a minha opinião na altura, que expressei aqui na Tasca.
Apesar de, como digo mais abaixo, e disse-o também na altura, eu achar que a introdução do Basquetebol se poderia fazer com base no orçamento 17/18 – que era cerca de 20M€ – se fossem mais racionais nos planteis das modalidades e se conseguissem patrocínios para todas elas – coisa que era rara na altura.
Pareceu-me que anunciar o basquetebol, inclusive com a apresentação do treinador, naquela altura pareceu-me de todo precipitado e, achei eu, algo que poderia comprometer as outras modalidades por uma óbvia falta de tempo para se inteirarem de todas e cada uma delas e, assim, poderem racionalmente, cortar custos desnecessários/excessivos de uma forma competente.
Já o tempo para arranjarem patrocínios, sendo competentes, era suficiente.
Felizmente, as minhas duvidas foram infundadas, na minha opinião, e lidaram bem com a situação, mantendo as equipas competitivas e trazendo não só o Basquetebol masculino mas também uma equipa de Hóquei em Patins feminina bastante interessante.
Há que criticar quando o trabalho realizado é mau ou fraco – e há tanto disso no futebol profissional, seja masculino, seja feminino. Mas também há que reconhecer quando o trabalho é feito com alguma competência, como tem acontecido com as modalidades e como foi o caso da introdução do Basquetebol. E, não era fácil fazê-lo. O risco era grande e não se saíram mal.
12 Outubro, 2020 at 16:55
Miguel, se leu o meu comentário anterior basicamente estamos de acordo; apenas não sou ainda tão optimista quanto à oportunidade do timing para avançar com o Basket, porque ainda não estamos a ver bem os reflexos (não só disso, mas também da diminuição em vez do necessário aumento de associados e da diminuição de receitas de bilhética e gameboxes devido á Covid) uma vez que não creio que estejam a reflectir devidamente nas Contas a realidade do Clube [vide endividamento (?) do Clube na SAD]. Espero que se verifique o seu optimismo que seria bom sinal para o Clube. Em termos exclusivamente desportivos, acho que estamos a trabalhar muito bem nas Modalidades de Pavilhão.
Um abraço e saudações leoninas
12 Outubro, 2020 at 17:13
Sim, percebi isso.
Só quis salientar que eu pensei que a coisa ia ser pior, que ia correr mal, e que afinal parece que nem por isso.
Quanto às contas, e à divida, continuo sem perceber.
Acabei de fazer um comentário sobre isso, um pouco mais acima.
Eu até percebia que tivessem perdido cerca de 1M€ de quotas… Tanta gente deixou de pagar… Mas sempre disseram que tinham melhorado o valor do patrocínio bastante – que talvez desse para cobrir a perda nas quotas.
E o resto?
O que se perdeu que fez precisar duma injecção de 17M€ em 2 anos?
12 Outubro, 2020 at 2:13
O Sporting Clube de Portugal existe para ganhar. Se tem a nossa camisola, é para ganhar, sempre!
Um post muito bom, por ser bastante descritivo. Obrigado, Tigas.
Não podemos dizer que o futuro do clube esteja em boas mãos, no presente. Mas também não é hora de azedume, nem o local apropriado.
12 Outubro, 2020 at 9:59
Eu falei aqui na Tasca, no orçamento do ano em que ganhámos as 4 modalidades de pavilhão que tínhamos na altura – cerca de 20M€ – que achava que uma melhor gestão do dinheiro nos planteis das principais modalidades podia libertar uma boa parte do dinheiro necessário para introduzir o Basquetebol e que arranjar patrocínio para todas as modalidades faria arranjar o resto.
Penso que hoje há mais critério no gasto nas modalidades – o que implica uma obrigação de ter maior acerto nas contratações – que, gastando menos, mantêm-se competitivas. Isso tem de ser valorizado. E penso que não é.
Como diz o texto, o Basquetebol foi muito bem montado no Sporting.
O facto de ter um grande treinador ajuda imenso.
Depois, o plantel é bom.
E isto faz termos o Sporting a lutar pelos canecos que há por cá.
Quanto ao jogo, houve ali uma altura na 1ª parte que vi a coisa mal parada, confesso. Mas a recuperação que tivemos até ao intervalo abrir perspectivas boas para a 2ª parte, que foi toda nossa e se traduziu numa vitória merecia.
Gostei imenso de ver os jogadores a vibrarem com certos lances e a darem tudo uns pelos outros.
Os sportinguistas devem estar orgulhosos desta equipa e de todas as outras das suas modalidade. Só o futebol destoa, infelizmente.
12 Outubro, 2020 at 18:06
Um Orçamento entre 22M€ a 25M€ seria o ponto de partida para começar a construir equipas “europeias” em diversas Modalidades e para ser dominador nacionalmente na maior parte delas (não só de Pavilhão).
Isso implicaria um aumento mínimo de número de Sócios para 220.00 a 250.000 que deveria resultar em montante anual de quotas a rondar, no mínimo, entre entre 11,5M€ a 14,5M€.
Esse aumento de associados deveria reflectir-se num aumento substancial das venda PJR (Gameboxes Modalidades e Bilhética) para uma taxa de ocupação média de 65% a 75% no conjunto das Modalidades no masculino e entre 40% a 60% nas Modalidades no feminino.
Outra receita a ter de melhorar IMENSO seria a de merchandising, usando frequentemente os/as Atletas em eventos no Pavilhão e em espaços comerciais para a sua divulgação (até acho que poderiam diferenciar as Lojas Verdes do Estádio e do PJR para o Futebol Masculino e Feminino e para as Modalidades de Pavilhão no Masculino e no Feminino respectivamente); isso iria dar a conhecer mais os Atletas e as Modalidades do(s) público(s) leonino(s) e ajudaria a vender melhor os produtos.
Com estas 3 fontes de receitas a funcionar nestes moldes (e com os Orçamentos a melhorarem ESTRUTURALMENTE podendo criar equipas mais competitivas e vencedoras, nacional e internacionalmente) é lógico que teríamos MUITO MAIS CONDIÇÕES para atrair investidores para Sponsoring e Publicidade. Com os números acima mencionados, poderemos sempre afirmar que somos o maior Clube em Portugal, pois mesmo que no outro lado da 2ª Circular apregoem os 6M adeptos, o que conta para as Empresas e Investidores é quantos podem ser seus bons clientes; e 250.000 sócios, assistências no pavilhão regularmente bem acima dos 2.000, equipas com grande visibilidade mediática são o melhor “garante” de um nicho de mercado atractivo e com bom poder aquisitivo.
Depois é saber trabalhar com objectivos que visem sempre melhorar esses números. Acresce que, crescentemente as Modalidades vão proporcionando receitas extraordinárias gradualmente apetecíveis por via das prestações em competições internacionais. Por isso, se trabalharmos as nossas equipas para poderem ter bom nível de sucesso nas competições europeias, estaremos a poder compensar o investimento extra com receitas extra.
O que mais me irrita, é que estes são pressupostos que não parecem DE TODO estar ao alcance destes dirigentes, quando temos equipas e até estruturas nas Modalidades que “reclamam/merecem” este tipo de trabalho e de competências.
Um abraço e saudações leoninas
12 Outubro, 2020 at 19:14
Concordo com tudo.
O caminho é esse mas precisamos de uma direcção competente. Isso não existe neste momento. Existem algumas pessoas competentes, o que é outra coisa.
12 Outubro, 2020 at 19:42
Até te digo mais, Álvaro!
O Sporting Clube tem de ser dono da Academia, tem de ter a posse do Estádio… Tudo o que são instalações, são do Clube. E a SAD paga para as utilizar.
Isso dará dinheiro ao Clube para as modalidades funcionarem todas bem.
12M€ por ano de instalações…
9M€ por ano de quotas…
2,5M€ por ano de TV…
2M€ de patrocínio das equipas…
1,5M€ de inscrições mas modalidades…
1M€ por ano de bilheteira e publicidade…
Estamos a falar de uma receita do Clube de 28M€ por anos.
Pode-se apontar para um gasto de 24M€ e ter um lucro regular de 4M€ que serviria para pagar divida.
E na SAD tem de se fazer algo do género…
Começar por comprar as VMOCs e ficar com 90% da SAD.
Isso dá domínio total ao Clube para fazer o que quiser.
Quanto é preciso para comprar as VMOCs? 40M€?
É vender um jogador por, pelo menos, esse valor – um pouco acima para ter os 40M€ líquidos – e resolver o problema das VMOCs.
Depois é passar a Academia para o Clube e acabar com o acordo que deu à SAD o Estádio por não sei quantos anos.
Se for preciso, vende-se bem um puto para ter 100% da SAD que assim já se pode reformular as coisas com mais facilidade.
E partimos daqui, já mais limpos de problemas. Tendo então 100% da SAD pode-se alienar uns 15% ou 20% facilmente para ter capital para investir na equipa.
Agora, é preciso gente séria e competente a fazer isto. Não esta bandalha de gente incompetente que tem delapidado o Clube e a SAD regularmente!
12 Outubro, 2020 at 20:48
A tal estabilidade do clube que é muito falada, mas um gajo que assumisse essas ideias acredito que seria trucidado. O BdC não parecia ter isto em vista e arreliou muita gente só por pensar que o Clube devia de ser dono do seu destino, e olha…
O Sporting com a massa associativa (e adepta) que tem, tem mais que potencial para alcançar isso, o problema será o restante que não quer um Sporting independente.
12 Outubro, 2020 at 22:04
Fix não tenhas duvidas que era precisamente isso que BdC tinha em mente, não esqueças que uma das primeiras medidas foi retirar os 25% das quotas da SAD e que a luta, inclusive em 2018 era que a divida do clube não ficasse de fora da reestruturação e tantos engulhos isso provocou.
Não foi o restante, foram mesmo os adeptos conduzidos por aqueles que ficaram afetados pela perda de privilégios sofrida ao longo dos tempos e que culminou com a extinção do Conselho leonino em 2018, uma afronta dessas mais cedo ou mais tarde seria cobrada, infelizmente foi cedo de mais ….
PS: Ainda recordo as palavras de fernandos mendes por exemplo, a falar da caixa de sapatos com convites e que isso tinha acabado ou do costinha a falar nos canalhas ressabiados e no cancro que BdC estava a tentar erradicar, com o Beto a dizer que sim … só visto.
https://www.youtube.com/watch?v=NuSrvcSYq7M
https://www.youtube.com/watch?v=hTjttK1_SKE
12 Outubro, 2020 at 21:55
Como é prova os 20M realmente gastos em 2018 sem basket, com basket, sim seriam necessário os 22M e para isso 10 a 15 mil novos sócios pagantes.
O problema é que desde essa data, além de acrescentar o Basket as receitas tem vindo a diminuir e já estamos a uma longa distancia desse objetivo.
E sim muito poderia ser feito no sentido de captar receitas sobretudo quando falamos em equipas vencedoras interna e externamente, agora teremos um penoso caminho pela frente e era tão fácil …..
12 Outubro, 2020 at 22:10
Para voltar a ser “fácil” temos de voltar a trilhar as vias da popularização do Clube.
SL
12 Outubro, 2020 at 22:16
Isso 🙂