A juíza Margarida Gaspar decidiu tirar da prisão os seis membros da claque No Name Boys suspeitos de tentarem matar à facada, martelada e pancada um rival da claque sportinguista, Juventude Leonina, entre outros ataques e agressões a adeptos de clubes rivais e até de um clube brasileiro.

Os seis suspeitos estavam em prisão preventiva no estabelecimento Prisional de Lisboa desde que a PSP lançou a Operação Sem Rosto, a 26 de junho deste ano. O juiz João Bártolo, que estava de turno nesse dia, deixou em aberto a hipótese de os arguidos irem para casa com pulseira eletrónica desde que os serviços de reinserção social do Ministério da justiça dessem um parecer favorável.

Três semanas depois, e depois de visitas às casas dos suspeitos para verificarem se têm condições de salubridade, água e luz e um sistema capaz de suportar ao funcionamento das pulseiras eletrónicas, os serviços do Ministério da Justiça deram um parecer favorável à saída dos suspeitos da prisão. O Ministério Público também deu parecer favorável e por fim a juíza Margarida Gaspar decidiu-se pela prisão domiciliária. Os suspeitos devem sair ainda hoje.

De acordo com as suspeitas recolhidas pelo Ministério Público e pela PSP, este grupo de seis adeptos é responsável por vários ataques, tendo o mais grave quase custado a vida a João A., membro da Juventude Leonina. Este adepto foi emboscado quando regressava a casa, na zona de Cascais, e foi atacado por um grupo de vinte No Name Boys. Levou três facadas, várias marteladas na cabeça mas conseguiu sobreviver. Por sorte, um polícia passou pelo local do crime quando se deu o ataque.