Não me recordo da primeira vez que vi uma bola. Ou do primeiro chuto numa. Mas lembro-me, com pormenor, da forma como a bola era companheira inseparável da maioria dos putos da minha idade. Fosse na escola, na praceta ou no terraço onde cada bomba não defendida acabava a acertar num dos carros que passava lá em baixo, o que importava era jogar à bola. Se fosse de “catchú”, como um gajo dizia com a sapiência dos sete ou oito anos, fosse de borracha com o penteado duvidoso do He-Man a justificar o porquê de só se dever jogar com ela na praia em vez de rebentá-la contra um portão de garagem (e havia lá melhores balizas do que essas?!?), qualquer redonda justificava as joelheiras de napa a tapar buracos nas calças ou os joelhos com feridas sobre feridas ainda em tratamento. «Vizinha, o xxx pode vir para a rua?», berrava um gajo com a boca colada ao interlocutor das campainhas, fosse a que horas fosse. Não importava de que clube éramos, queríamos era jogar à bola! Sonhávamos era em repetir, com a camisola do nosso clube, aquilo que o Maradona tinha feito no México. Ser jogador de futebol era isso: festejar num relvado como fazíamos na rua. E, vá lá, ser conhecido na escola e, mesmo usando penteados manhosos para imitar os ídolos, sacar as miúdas mais giras.
Quando, hoje, me lembro disto e de outros pormenores, sinto uma epécie de aperto no estômago. Quando me lembro do meu ar, ao longo dos primeiros jogos em que fui a Alvalade e a outros estádios, ver o Sporting, a olhar incrédulo para quem chamava nomes ao árbitro… aquilo era futebol. Eu queria era ver os rapazes de verde e branco a marcar mais do que os outros. Eu queria era aprender fintas. Eu queria era ficar com ainda mais vontade de jogar à bola. A forma como tudo isto mudou, entristece-me. E moldou a minha personalidade futebolística, não sei se para bem ou se para mal. Sei que, hoje, eu não olho para um jornal como olhava há 25 ou 30 anos. E as saudades que eu já tenho de, em plenas férias de verão, dizer aos meus amigos lampiões que um qualquer dos nossos reforços tinha marcado meia dúzia de golos nos treinos e, depois, ficar a sonhar com o que ia acontecer quando a época começasse. Tantos barretes que levei e que levámos, mas isso pouco importava. Eu queria lá saber se, no dia em que o Sporting foi ao Barreiro, para a Taça, defrontar o Barreirense no velhinho Estádio D. Manuel de Melo (o que eu fiquei contente de, depois, me equipar nos mesmos balneários onde tinham estado o Bala, o Cherba, o Figo, o Valckx…), que a nossa arma secreta fosse um tal de Amaral. Eram todos bons! Eram todos do Sporting (até isso mudou, vendo-se a facilidade com que assobiamos quem veste a camisola Rampante)!
A última semana, então, tem-me obrigado a viver com demasiada intensidade este novo futebol que, constantemente, tenta sobrepor-se ao verdadeiro. Aquele último lance, na Alemanha, é o exemplo máximo daquilo em que o meu desporto preferido se tornou, com a agravante de ser um ex-jogador de futebol que faz parte da história dos craques, a promover o verdadeiro lodaçal de interesses e de segmentação de forças, de equipas e de países com base no poderio financeiro. Cá dentro, completa-se o ramalhete.
Veja-se a forma como a comunicação social, de forma transversal, empolou as palavras de Bruno de Carvalho, antes da visita ao dragão, para, no rescaldo, ignorar ostensivamente o facto dos quatro mil adeptos do Sporting terem sido encafuados numa zona onde cabem cerca de 2200 (situação que se repetiu com os adeptos do Bilbao, mas, neste caso, já alguns órgãos de comunicação acharam que valia a pena dizer algo).
Veja-se a forma, como essa mesma comunicação social utiliza qualquer erro de um central do Sporting para meia semana de manchetes ou chamadas, tentando descredibilizar os jogadores e quem os escolheu ou, bem vistas as coisas, para camuflar os milhões gastos pelos outros em centrais patéticos que acumulam mais erros do que “os nossos patinhos feios”.
Veja-se a forma como o chico esperto do Jorge Jesus, de forma a justificar a miserável saga europeia (não era ele que queria limpar a Champs?) que vai fazendo, termina o jogo no Mónaco, onde apresentou uma equipa totalmente descansada por ter folgado na visita à Covilhã, a contornar as suas responsabilidades falando do Sporting e de como os clubes portugueses são prejudicados. E, obviamente, foi isso que se tornou no mais importante.
Veja-se o joguinho de bastidores que pode conduzir Luís Duque à presidência da Liga. Já nem vou falar da falta de carácter do boneco da Michelin, que tão gordo e dobrando-se tanto acabará feito numa bola. Vou antes, sublinhar o que estava bem preparado: o Sporting era eliminado no dragão e, logo a seguir, saltava o Duque do meio das nádegas azul e vermelha. Sim, porque a verdade desportiva desta gente apregoa-se com apertos de mão e parcerias quando isso se torna conveniente.
Ora inconveniente, mesmo, é este Sporting. O Sporting que, há coisa de dois ou três anos, fazia falta ao futebol português. O Sporting que, agora, ameaça fazer abanar, em demasia, as estacas podres e bafientas em que esse mesmo futebol assenta. O Sporting que tem ideias e que as defende, que quer estar à margem dos compadrios, que coloca em risco as políticas despesistas dos outros dois clubes grandes (onde já se viu adeptos do fcp questionarem o relatório e contas apresentado pelo bufas?). O Sporting que promove o fazer mais com menos, deixando muito empresário e dirigente desportivo com os tomates enlatados. E, caraças, o Sporting que joga à bola! Espera, eu corrijo. O Sporting que joga à bola como nenhum outro grande joga, neste momento.
É isto que todos nós devíamos perceber: que o puto ou a catraia que ainda vive dentro de nós, deve continuar a ir ao estádio cheio de vontade de ir ver a bola, mas deve fazer-se acompanhar pelo adulto que percebeu que essa mesma bola rola num emaranhado de interesses. Pelo adulto que percebeu que é adepto e apaixonado por um clube que surge como empecilho no caminho desses interesses. Pelo adulto que, mesmo a contragosto, tem que assumir o seu papel de Leão de batalha numa defesa acérrima do seu Sporting. Afinal, isto já não é um jogo que se disputa, unicamente, sobre a relva dos estádios. E, também por isso, é tão importante que, amanhã, sejamos capazes de encher o nosso e agradecer aos nossos tudo o que vão fazendo para não perdermos aquele ar fascinado, quando olhamos para uma bola.
25 Outubro, 2014 at 9:24
Vale pena ler algo assim logo pela manhã e tantos momentos serem recordados.
Qq dia lanças o livro “Os Posts do Cherba”
25 Outubro, 2014 at 9:25
Spoooooooorting
Amanha lá estarei a apoiar o meu amor.
E hoje, em odivelas, também. Para derrotar os lampiões
25 Outubro, 2014 at 9:27
Hoje acordaste inspirado!
25 Outubro, 2014 at 9:29
Bravo Cherba mais uma bela posta…
Amanha tenho o prazer de levar um puto asiatico (filho de uma cliente) que desde quinta feira me obriga de hora a hora mostrar lhe os jogadores do Sporting e resumo de jogos.
Revejo tanto do que escreveste neste miúdo.
SL a todos e até amanhã 🙂
25 Outubro, 2014 at 9:38
EXCELENTE!!!
Muito bom mesmo.
Nao vejo a hora de voltar e poder responder aos desafios do Marco e dos outros que me convidam a estar no Estadio!
Tenho saudades de Alvalade! Nunca me esquecerei dos 5 a 3 ao carnide, depois de estarmos a perder 2-0 ao intervalo.
Como estamos a jogar agora, deve orgulhar-nos e unir-nos ainda mais em torno do nosso projecto.
Orgulhosamente sos!!! Nao, mas poderemos e deveremos ser, o exemplo que os outros vao ter de seguir!
Que orgulho tenho em ser do Sporting.
SL
25 Outubro, 2014 at 9:41
Que bela forma de começar o dia… Logo aqui com um petisco e dos bons!!!
Para nós o Sporting é uma vida… E nada me orgulha mais do q ver q está a crescer.
Que mostrar aos outros q estamos mais fortes, ganhamos mais jogos, e ja não somos uma “clubezinho” mas uma instituição de respeito!
“Ah o teu presidente é patético e fala demais”
Aí é… Então queres falar do caso Bruna … Não dizias q íamos perder… Pois bem não foi isso q aconteceu… E o iliri… Ah pois já te esqueceste… É normal… E o doyen… Pois…
“Somos os clube com mais jogadores nas seleções jovens”
Não me digas q também queres falar sobre isso!!! Ok tu lá sabes… E na seleção A?? Desde quando é q levar jogadores a seleções jovens é sinal q vão ser craques da bola? Pois o processo de formação é de longo prazo. É um processo longo de aprendizagem mas nós continuamos a fazer. Onde andam os teus craques ??? Basta tu convocares um jovem e é logo notícia, mais um diâmetro do Seixal!!! Lolol quando nos temos o melhor meio campo do campeonato com jogadores da academia… Só da academia! Quando olhamos para a equipa B e vemos q temos lá mais uns 5/6 jogadores para o futuro. Quando lançamos um Joao Mario e ele joga na seleção A… Explica-me com um suposto Arsenal de Londres já da 21 M por um talisca desta vida… E para outros não há interessados… “ta engrassade”
Quase como “tao engrassade” como serem roubados na Europa… Bolas têm mesmo azar… Então mais aí o jogos não são “limpinhos limponhos”??? Ou foi por alguma “bufa” disfarçada pelo cheio intenso de Cammel?
Enfim… Vocês sabem lá o que é do Sporting Clube de Portugal
Fight & Resist
25 Outubro, 2014 at 9:41
Obrigado Cherba ,amanhã em Amesterdão jantar da tasca
25 Outubro, 2014 at 9:41
Bela viagem até a infancia e aosJogos contra o pessoal do outro bairro. Obrigado.
SPOOOOOOOOOOOOOOOORTING
25 Outubro, 2014 at 10:03
E hoje há derby no futsal!!! Só é pena ficarmos sem ver o real vs barça….mas…SPORTING É O NOSSO GRANDE AMOR!!!!
25 Outubro, 2014 at 10:09
Foi o meu irmao que me fez ser do Sporting. Quando despertei para a vida, o meu melhor amigo na altura era benfiquista e eu quase fui influenciado a seguir o caminho errado;)
Eu era daqueles putos que levava, num saco de supermercado, uma bola comigo atrelada. Ia para a escola a dar toques com o joelho e, a cada intervalo, era meia turma a correr para o ringue (sim, era um ringue) de futebol para ir dar uns toques em 5, 10 ou 15 minutos. Quantos nao se lembram da exultacao que era o toque de feriado, o que nos dava uma hora para um roda-bota-fora?
A bola que eu tinha era muito boa: do melhor que havia. O meu pai tinha-ma trazido do aeroporto e nao se encontrava cá ; era uma Etrusco unico da Ardidas, a official do Italia 90 e continuo a achar que era a bola mais linda que alguma fez foi feita. As marcas, que continham um trio de cabecas de leao, era gravadas em relevo e tudo!
Uma vez, o beligerante da escola – mais velho -, insistiu em jogar com a minha turma o que eu aceitei com reservas porque ninguém gramava o gajo. Ao fim de alguns minutos, mandei-o dar uma curva quando ele comecou a dar sarrafada nos meus colegas. O gajo era um pobre coitado que nao jogava nada de jeito e nós dávamo-lhe baile. O cabrao chutou-me a bola para o mato e prendeu-me pelo pescoco.
Pouco depois encontrei o meu irmao; contei-lhe a história e ele nem disse mais nada: foi direto ao ringue, encontrou o tal gajo, berrou “Só fazes merda!” e aviou-lhe um paposseco nas fucas (ao bom estilo do Sá Pinto!) á frente de toda a gente!
Um gajo é puto e ve esta merda, adora o irmao até ao fim da vida!!
25 Outubro, 2014 at 11:04
Bela história,
Bela bola!
Mas não será valorizar demasiado um estalo?
Ainda bem que foste “desviado ” a tempo. Ou melhor, o desvio foi evitado a tempo!
Porque nasce-se Sportinguista
25 Outubro, 2014 at 13:49
Tantas tardes de sábado passei eu mais o meu primo a jogar baliza à baliza naquele ringue com aquela bola; só se podia dar dois toques na bola: um para defender e outro para chutar. E não se podia agarrar, por isso aprendíamos a metê-las em jeito rente à barra 🙂
25 Outubro, 2014 at 10:12
Pahahahah os super tripeiros fizeram um vídeo a chamarem à juve leo de copiões ahahahah até metia aqui o link mas não me apetece sujar a tasca
25 Outubro, 2014 at 10:40
Sublime texto! Vou ler outra vez 🙂
25 Outubro, 2014 at 10:50
Boa posta, levou-me a relembrar histórias comuns com as que escreves-te.
Amanhã lá estaremos.
25 Outubro, 2014 at 10:52
Já sou de uma geração diferente, em que para além de haver outras distrações, é perigoso jogar na rua. Ainda assim, revejo-me muito neste texto, que me fez andar para trás e rever as manhãs ou tardes (dependendo do horário) que passava a jogar à bola no jardim à frente de casa, sempre com os mais velhos, e nos recreios da primária, em que até pacotes de leite do lanche serviam para jogar. Obrigado Cherba!!!
25 Outubro, 2014 at 11:18
Bela Posta pela manhã.
Bom fds a todos e amanhã até os COMEMOS 😉
SL
25 Outubro, 2014 at 11:46
Cherba,
Também lá estive no mítico e velhinho D. Manuel de Mello a apoiar os rapazes de verde e branco.
http://www.youtube.com/watch?v=rl3p02b1xV8
Belas recordações.
– – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – –
Off topic de Hóquei
Vamos ter de levar com uma dupla de pintos vindos da cidade do Porto a arbitrar o jogo com os fruteiros…
“O clássico realiza-se no pavilhão do SC Livramento, em Mafra – a nova casa do Sporting –, amanhã, às 17 horas, e será arbitrado pela dupla Joaquim Pinto e José Pinto, do Porto”
Há cada coincidência…
25 Outubro, 2014 at 13:19
Não pude deixar de ver o vídeo…que saudades de muitos daqueles jogadores…!!
SL
25 Outubro, 2014 at 11:49
“qualquer redonda justificava as joelheiras de napa a tapar buracos nas calças ou os joelhos com feridas sobre feridas ainda em tratamento”
Li esta parte e entrou-me uma poeirada para os olhos Cherba. O eterno cavalo de batalha da minha mae. La chegava a casa da escola, todo envergonhado, com umas manchas de sangue no joelho. “Ó filho a mae nao é feita de dinheiro. Estragas as calcas todas!” É que nao duravam uma semana….
Mas tinha que ser. Os gajos da turma C tinham achavam que eram os maiores e eu nao era gajo para me ficar. Um deles tinha a mania que era um Joao Pinto (à data o grande artista ainda estava do outro lado da estrada) e vinha sempre com a camisola do carnide. Ora se ele era o Joao Pinto, pois eu tinha que ser o Oceano.
Tudo isto para dizer que ainda tenho momentos em que vejo futebol assim. Normalmente sao 90 minutos por semana (este ano até duas vezes por semana) e acontecem quando entra o verde e branco em campo. Aì, e até porque vejo quase sempre os jogos sozinho, viro crianca outra vez. A analise ao jogo, jogadores, arbitros, treinador e adversarios vem mais tarde. Mas durante aquela hora e meia, volto a ser crianca. So quero ver aqueles dribles à Nani. Procuro a cada toque ver um lamiré de Barbosa numa finta de corpo do Joao Mario. So isso importa….
Pena é que o adepto (ja nos trintas) em mim que depois acompanha o negocio/futebol durante a semana seja outro. Que ve todos os valores, honra e alegria com que nos apaixonamos por este desporto serem espezinhados e atropelados. Só me resta continuar na mesma, a viver para os 90 minutos semanais em que esqueco tudo e só o Sporting importa.
Spooooooooorting!
SL
25 Outubro, 2014 at 12:04
Spooooooooorting
25 Outubro, 2014 at 11:54
Grande post Cherba (como sempre), recordo-me perfeitamente desse jogo no velinho Manuel de Melo ou não fosse eu barreirense. Vi o jogo ao vivo e lembro-me de como anularam 3 golos ao Juskowiak na primeira parte e de como o Estádio estava à pinha. Vitória sofrida mesmo no fim e à saída tive a sorte de ter a minha bandeira e o fato treino do Sporting que levava vestido, ambos autografados por toda a equipa.
25 Outubro, 2014 at 12:07
Os meus links para a SportingTV foram jogados abaixo.
Alguém tem novos?
25 Outubro, 2014 at 12:15
http://www.camisola12.be/sporting-tv.html
Este funciona bem 😉
25 Outubro, 2014 at 12:16
Este site é teu grandeartista?
25 Outubro, 2014 at 14:31
Não Barbosa, mas é de um tasqueiro (julgo eu)
25 Outubro, 2014 at 14:34
Pois. Ja nao me recordo quem era. Preciso de ver se encontro um stream que nao seja em flash….
Obrigado de qq maneira.
🙂
25 Outubro, 2014 at 12:18
Este não falha …
http://www.camisola12.be/sporting-tv.html
25 Outubro, 2014 at 12:20
Obrigado!
SPOOOOORTING
25 Outubro, 2014 at 12:11
Não consigo dissociar a minha visão da de criança apaixonada pelo jogo que sempre tive. Para mim, é a única maneira que faz sentido
Ainda hoje sou bastante gozado por outros colegas, chamam-me de romântico e utopista, e que me deveria conformar.
Eu prefiro pensar que posso não mudar o mundo, mas se mudar o meu quintal, por certo já dou outro ar à minha rua.
PS – Cherba, viste o meu email a propósito das T-Shirts da Tasca?
SL
25 Outubro, 2014 at 12:14
Bom dia!
Desculpem o arroto, mas o petisco foi tão bom que fiquei de barriga cheia.
És grande, Cherba! Identifico-me a 100% com o que escreveste.
Os portões eram mesmo as melhores balizas…pelo menos devolviam-nos a bola, enquanto que duas pedras fariam com que após um golo tivesse de ir buscar a bola a ‘cascos de rolha’. Boas recordações desses tempos!
Amanhã lá estaremos, qual miúdos inconscientes à espera que a bola rebente com os portões do Marítimo.
Abraço e SL
25 Outubro, 2014 at 12:21
Era tramado jogar na estrada e ter de desviar as pedras para os carros passarem …
Mas era lindo em pleno 7º ano ler orgulhosamente o jornal Sporting no intervalo …
E foi ainda mais lindo gravar numa cassete o relato do Sporting 4 Tirol 0 e passar o dia todo a ouvir na escola …
Enfim … estaremos velhos? Eu vejo isso como no ramos automóvel.
Não estamos velhos … somos clássicos.
25 Outubro, 2014 at 12:47
Eu lembro-me de fazer os meus próprios relatos e os gravar num rádio de 1900 e troca o passo.
Sim, velhos não…clássicos parece-me bem 😉
25 Outubro, 2014 at 12:30
Eu vivia em frente à escola. Quando nao estavam os portoes abertos la tinhamos que saltar.
Depois so iamos para casa quando ja tava escuro e a minha Mae ia até á janela gritar “Bruuunooo, Joaaaaooo, para casa”
Velhos, e bons, tempos.
25 Outubro, 2014 at 12:37
lol
Andei numa escola que para lá jogar ao fim de semana, tínhamos de entrar por um buraco na rede e levar biscoitos para os cães (que lá ficavam pelos fins de semana).
Hoje (escola secundária do Laranjeiro), até sintético o campo tem … outros tempos 🙂
25 Outubro, 2014 at 16:06
cresceste no Laranjeiro?
25 Outubro, 2014 at 12:15
Acordar e ler um post deste logo pela manhã…priceless. Obrigado Cherba.
25 Outubro, 2014 at 12:16
Pessoal, preciso urgentemente de um vale de 24€ da Missão Pavilhão para amanhã. Quem me arranja?
Vá lá, prometi a um amigo e não lhe quero falhar.
25 Outubro, 2014 at 12:19
Só vou ter outro em Dezembro …
25 Outubro, 2014 at 13:00
Grande artista eu tenho, vais amanhã a Alvalade?
25 Outubro, 2014 at 15:39
Eu arranjo-te se quiseres… só que não estar lá amanhã.
25 Outubro, 2014 at 16:34
Eu tenho um!
Ainda não tenho bilhete (porra para o site e as compras online)
mas vou amanhã.
Vou tentar ir cedo, até porque vou ter de comprar bilhete. Se conseguir ainda viu à pizzas.
Vou estar atento aqui ao blogue. Se não, sei como contactamos (não me apetece deixar aqui o num telefone ! Estamos entre amigos mas, sei lá quem está à porta ! Mas se tiver de ser que seja!)
25 Outubro, 2014 at 12:25
Bernardou Sousa … 8 dos iniciados … algo me diz que vamos ouvir falar nele em breve.
Que qualidade para um puto esta idade …
25 Outubro, 2014 at 12:31
É sub 15, ainda vai demorar uns 2, 3 anos, mas muito bom na realidade. o miudo que marcou o golo do Casa Pia, seria de manter debaixo de olho. É franzino, mas a qualidade está lá só a precisaria de desenvolver no local certo.
25 Outubro, 2014 at 12:55
5 golos marcados e todos (sem excepção) com uma qualidade e um toque de bola que não enganam.
aquele “leftfoot” e a facilidade em rematar com ele, é qualquer coisa…
até o penalty foi marcado como não vejo os seniores a marcar (ao canto superior esquerdo, batendo forte e colocado ao mesmo tempo).
a seguir com muita atenção.
25 Outubro, 2014 at 14:21
Muito bom jogador sem dúvida.
O Diogo Brás também me parece ser de bom nível.
25 Outubro, 2014 at 12:28
Por muito respeito e satisfação da nossa parte que mereça o Ouro olimpico do Carlos Lopes, já chega. É que se formos a ver todas as modalidades e todos os jogos, já começa a parecer que o verde e branco é o alternativo. Quando não é obrigatório mudar se equiparmos de amarelo uma vês por outra ainda vá que não vá, agora parece que é por sistema. Casa Pia normalmente joga de preto em alternativa branco como está agora, por alma de quem é que temos de jogar de amarelo? Se as equipas séniores vão jogar todas de Sromp pelo que se diz, porque não jogam os outros de listado?
25 Outubro, 2014 at 12:30
Que viagem!!! Que saudades!!! Grandes tempos onde tudo no universo do futebol me apaixonava! Ver o jogos integralmente equipado e a tentar imitar o que via, fosse defesas, fintas, remates e cortes…sozinho no quarto contra a parede! Muito candeeiro se foi..,até 1 tv se finou num tiro contra a parede cujo ricochete foi mal medido! As lágrimas da derrota, a euforia da vitória como se fosse já campeão…
Eu continuo a adorar o futebol, continuo a amar o Sporting…mas hoje sou muito mais frio a viver um jogo, a analisar um jogador, a viver um momento de vitória ou derrota e especialmente tenho asco a todo o universo que rodeia o futebol! Fifas, uefas, árbitros, cs, apostas, grande parte dos dirigente…antes tudo fazia parte do encanto…
Ps: vi ontem (a conselho da bela … ;)!) o dias ferreira na burla tv na quinta! E fdx…está lá tudo! Sem tirar nem por! Para quem não percebe o que se passa no futebol…
25 Outubro, 2014 at 12:37
Tiago. Num programa de TV, no sócios ao vivo julgo eu, formularam uma tese que por exemplo o que aconteceu na Alemanha poderia ter a ver com apostas, que ha todo tipo de hipoteses e uma poderia ser um jogo com mais de 6 golos. será de todo descabido?
25 Outubro, 2014 at 13:08
Nada descabido…eu li agora um livro sobre as apostas ilegais e um dos mais activos grupos é a máfia russa! Ganham balurdios em apostas e jogos arranjados! Nada descabido mesmo! Acho que hoje todos sabemos que foi de propósito…resta sabes de foi a máfia UEFA ou a mafia russa…
25 Outubro, 2014 at 12:51
Cherba, arranjas-me um vale da missão pavilhão para juntar mais um novo membro à família Sportinguista?
25 Outubro, 2014 at 13:13
Mais logo vejo se consigo arranjar-te um
25 Outubro, 2014 at 13:13
cherba, respondi mais acima, eu tenho um disponivel
25 Outubro, 2014 at 14:31
Vou Tevez. Levas amanhã?
25 Outubro, 2014 at 12:51
Belo petisco Cherba.
Quando conto aos meus filhos o quanto era feliz só com uma bola e os meus amigos da rua a jogar futebol, não acreditam.
Sempre fui a única rapariga a jogar, detestava tudo o que era brincadeira de meninas, era o meu vício diário. Uma vez até pedi à minha avó para me fazer uma camisola verde e branca para os jogos, era um orgulho. Saudades…
25 Outubro, 2014 at 18:57
Maria-rapaz :p Hehehehe difícil imaginar-te de salto-alto 😀 tinhas um pé esquerdo prodigioso 🙂 consta-se 🙂
25 Outubro, 2014 at 13:15
também fui daqueles que jogavam no meio da rua com uma porta de garagem a fazer de baliza, até ao dia em que fizeram um campo de futebol de 5 (em alcatrão) ao cimo da rua onde morava (já devia ter uns 13 ou 14 anos).
para além da alegria de jogar numa rua onde praticamente não passavam carros, tinha a satisfação de haver quase só sportinguistas entre os miúdos com quem jogava.
mas o melhor mesmo era quando ao fim de semana entravamos à socapa na nossa escola secundária (por entre umas grades das traseiras da escola) e íamos para os campos que lá havia, com balizas e redes a sério.
nunca fui craque nem sonhava ser, porque não tinha jeito nenhum.
à conta disso, “especiauizei-me” à “bauiza” e atirava-me para o chão à maluca, mesmo não defendendo grande coisa e esfolando cotovelos e joelhos.
bela posta, Cherba, e obrigado por me teres feito ir buscar estas memórias.
sabe bem recordar as coisas boas da vida.
25 Outubro, 2014 at 13:20
e por falar em ir à “bauiza”, lembram-se de um GR iraniano de que se falou há umas semanas, que veio a jogar à experiência para Portugal.
parece que vai agora fazer uma experiência na nossa equipa B.
“Taha Zareei, guarda-redes iraniano da Naval 1.º de Maio, está a cumprir um período de testes na equipa comandada por João de Deus, noticia A BOLA.
Caberá ao treinador da equipa B dos leões avalizar ou não a contratação do guardião de 19 anos em janeiro, quando reabrir o mercado de transferências.”
25 Outubro, 2014 at 13:17
Só uma nota, pessoal: acabei de ir buscar as tshirts à gráfica (estão belíssimas) e está noite respondo a todos os emails que estão pendentes!
Até logo, se tudo correr bem com uma vitória no derby de futsal!