No final do ano passado, a Espírito Santo Liquidez, o fundo de investimento do Banco Espírito Santo (BES), aplicou 50 milhões de euros em obrigações da Benfica SAD, já em plena crise do grupo. De acordo com o semanário Sol, este investimento está a suscitar algumas dúvidas entre os auditores. Estes temem que a aplicação esteja sobrevalorizada, questionando a capacidade financeira da SAD benfiquista.

Recorde-se que o BES era acionista da Benfica SAD, assim como o construtor José Guilherme, que ofereceu um ‘presente’ de 14 milhões de euros a Ricardo Salgado, na altura à cabeça da entidade bancária. O investimento atinge a maturidade a 17 de dezembro deste ano e a Deloitte, auditora da Espírito Santo Liquidez, acredita que aplicação não está bem contabilizada, podendo estar a “sobrevalorizar o património de fundo”.  A esta contabilização acima do mercado, acresce a má situação económico-financeira da SAD do Benfica (falência técnica) e “as incertezas levantadas no relatório dos auditores quanto à sua continuidade”.