Um dos problemas que vem de longe no Sporting, chama-se fosso!
Sim, o fosso do nosso estádio é uma “arma” que joga sempre contra nós, é como ter um adversário constantemente em casa, que nos tira força todos os jogos.
Quando o estádio José Alvalade XXI foi pensado e depois edificado, contemplava um fosso que tería como finalidade, facilitar entrada e saída de viaturas quer de socorro, quer de material para espectáculos, mas foi esquecido o essencial…o apoio á equipa e a pressão que esse apoio pode provocar nos adversários e árbitros.
Esse factor já nos tem tirado pontos, já tem permitido que as mais variadas atrocidades sejam feitas por equipas de arbitragem sem escrúpulos.
Além disso, já gerou alguns acidentes com espectadores mais efusivos a caírem de uma altura de cerca de 3/4 metros sem que haja alguma protecção para nestes casos amparar a queda.
Acima de tudo é um espaço vazio que acaba por tirar algum poder ao “vulcão de Alvalade”, vendo as coisas de forma mais cerebral, acaba por ser um aliado dos adversários que não sentem o público mais perto e quase em cima do relvado e também para as equipas de arbitragem, em que principalmente os fiscais de linha não se sentem pressionados por ter uma bancada com adeptos a escassos 2/3 metros, e isto, quer queiram quer não, dá pontos!
Soluções á primeira vista, existem duas:
– Rebaixamento do relvado e avanço de filas com cadeiras, que, além de ser uma obra dispendiosa, penso que não sería a melhor opção, até porque seríam lugares só procurados em último caso e em jogos de enchente, até por causa do ângulo de visão, como porventura da chuva na parte da temporada de Inverno.
– Cobrir o fosso com placa de betão, sería a melhor opção e a mais barata, pois além de o fosso passar a ser um túnel que podería albergar alguns ginásios e salas para as mais variadas necessidades, e em cima havería espaço para publicidade estática, zona para adeptos com deficiência motora, ou até mesmo locais de treino para salto em comprimento, salto á vara, pista de treino de velocidade, por exemplo.
Por tudo isto, o fosso é um descontentamento que deverá ser reavaliado com brevidade, qual a tua opinião sobre o assunto?
Texto escrito por Mário Schmeichel, in Mística Leonina
* “outros rugidos” é a forma da Tasca destacar o que de bom se vai escrevendo na blogosfera verde e branca
21 Março, 2015 at 16:56
Sim, gostava de estar mais em cima do relvado, pelo menos em alguns jogos, admitindo que se perde a visão global da coisa que a distância dá. Mas seguramente que havia de gostar de estar mais perto dos jogadores e treinadores de quando em vez.
Sim, acho que é muito prejudicial o fosso, na pressão sobre os adversários e equipas de arbitragem, que desta forma se perdem, bem como na motivação aos nossos atletas (não é só a questão dos árbitros).
Se dá para resolver, não sei. Gostava que houvesse dinheiro, e que fosse fazível, o aprofundamento do campo e a criação de mais uma filas de bancada. Também não sei se é “cost-effective” (e difícil de quantificar a vantagem que nos daria a tal “pressão”).
Não me parece boa a ideia de “cobrir com cimento”. Não vejo a vantagem, tirando o facto das raras quedas que se vão verificando.
Dito isto, acho que a bola está do lado do nosso Presidente e restante Direcção.
21 Março, 2015 at 16:57
O problema do fosso de Alvalade, que tenho visto aqui referir apenas na sua vertente de mau gosto, de falta de “suporte à honestidade” dos árbitros, etc. traz também uma questão que a mim me parece a mais grave, a da segurança.
De todos os problemas surgidos em estádios de futebol, a maior parte teve a ver com pânico na bancadas e fuga precipitada dos espectadores rumo à segurança do espaço aberto mais próximo, ou seja o relvado, ficando presos nas armadilhas montadas à volta dos mesmos, as antigas redes ou gradeamentos, que causaram mortos, na Bélgica, em Itália e em Inglaterra, para lembrar os casos mais mediáticos, o que levou à modificação dos estádios optando a maioria destes pela não utilização de qualquer barreira, o que não foi o caso de Alvalade, estádio moderno na construção mas caquético na conceção, não só neste problema como também no que diz respeito ao relvado, onde não foram respeitados os mínimos básicos para a vida das plantas (relva), a luz, principal fonte de alimentação das plantas através da fotossíntese e humidade/arejamento, principal fator do aparecimento de fitopatologias.
Se um dia este problema surgisse em Alvalade qual seria o custo em vidas humanas? Poderíamos ter estado muito próximo desse problema, quando do jogo com o benfica , com aquela chuva de Very-lights e depois?
Aqui há dias comentei no blog Mística Leonina, que para mim a solução para a cobertura do fosso poderia não ser assim tão dispendiosa, se fosse utilizada uma estrutura em aço em vez de betão. Baseado apenas na observação, pois tenho lugar na fila 7, parece-me haver cerca de 1,5 metros de desnível entre o muro da bancada e o muro do relvado, o que permitiria cerca de 5 filas de cadeiras com desnível entre elas de cerca de 30 cm o que seria suficiente desde que os bancos de suplentes fossem rebaixados ou integrados na própria bancada como nos estádios ingleses.
A questão da visibilidade parece-me não se pôr nesse caso, em relação à chuva, esse problema já existe nas filas de baixo inclusive naquela onde tenho o lugar, principalmente em dias de vento e quanto ao aumento da lotação em 4 ou 5 mil lugares isso é um problema, para um estádio de 50.000? Em grandes jogos estariam ocupados, nos outros, bem para os outros 30.000 seriam suficientes.
SL
21 Março, 2015 at 17:20
Não tenho a certeza.
Mas a ideia que tenho é que este estádio pertence a uma empresa holandesa.
Eles tem vários estádios constante a capacidade financeira de cada um.
Julgo que o Taveira ” teve que se preocupar “apenas” com os azulejos, cadeiras… E outras questões mais de cosmética.
Quanto ao relvado, julgo que o maior problema é falta lhe ventilação.( bem imagino o que isto queira dizer ao certo)
Mas com certeza que haverá alguem a quem se possa e deva acatar culpas.
A nao ser que haja algum documento assinado por um ex dirigente a dizer que está tudo bem com o relvado e que a haver alguma culpa, ela seja nossa.(???)
21 Março, 2015 at 18:53
Essa era a minha ideia…pedir uma indemnização ao Taveira…por má concepção do Estádio…!!
Ou então “negociar”…:faremos as alterações que quisermos, sem ter de pagar ao autor do projecto…!
SL
21 Março, 2015 at 17:22
Embora a minha profissão seja na área, tenho a consciência de estádios não percebo nada, sem estudar primeiro é de relvados ainda percebo menos…
Mas o que mais espécie faz no estádio, não é o fosso, não é a escolha cromática, é sim o relvado… Esse sim é a parte mais importante de um estádio.
A questão e duvida que coloco, não seria a supressão do fosso ou o aumento da capacidade de assistência, mas sim a diminuição dos lugares disponíveis de modo a aumentar a espessura de matéria vegetal de sorte do relvado, podendo deste modo o relvado “respirar”, visto que o rebaixamento do relvado é claramente a NÃO solução.
A seguir a termos um relvado em condições, vamos resolver o fosso…
Se não houver solução para o relvado, mais vale começar a pensar num estádio em condições e não em soluções paleativas para algo que nasceu torto, e quem nasce torto nunca se endireita!
21 Março, 2015 at 18:07
Repito aqui o comentário que deixei no Mística Leonina:
Ai está uma das questões que mais descontentamento me dá (rivaliza com o nosso relvado estilo carpete velha e gasta…).
Seja qual for a solução, será sempre um remendo e nunca ficará 100% bem.
Aumentar a lotação do estádio com cadeiras a tapar essa zona? Provavelmente pouco uso teriam e era mais uma zona a dar despesa de manutenção. Com a agravante de ficar destapada e exposta à chuva.
Cobrir aquilo com cimento? Seria interessante para poder ser potenciado com publicidade estática, mas visualmente não sei se não ficaria esquisito e não teria o tal efeito de aproximação das pessoas ao relvado.
Sei lá… nem sei o que diga! A porcaria está feita.
Mas acredito que a Direcção esteja a pensar nisso ate porque já todos sabemos que este é um assunto que desagrada à maioria dos sócios e adeptos.
E acima de tudo, mais do que a vontade, é preciso é dinheiro para resolver isto.
21 Março, 2015 at 18:33
estamos na final four em hoquei 🙂
GANDA SPORTING
ao fim de um ano
MUITA BOM CARALHO
21 Março, 2015 at 18:50
O Taveira deves er “uma besta redonda”…disseram-lhe que no relvado iriam estar 11 leões e que pensou ele…?
Eh pá com 11 leões no relvado, ou os espectadores estão em perigo…ou não vai ninguém ao estádio…com medo…
Vái daí…lembrou-se do fosso…para segurança dos espectadores…
Ninguém disse a esse “engraxadinho”…que os leões do Sporting não comem gente…
E dessa maneira…ficámos com aquela porcaria …!
SL
21 Março, 2015 at 21:27
Falando apenas sobre o apoio e pressão nos adversários dou o exemplo do Sporting da Covilhã:
Últimos 6-7 anos jogos eram no complexo desportivo, público a uns 10 metros do relvado (temos pista de atletismo), sempre em luta pela manutenção muitas vezes conseguida na ultima jornada.
Este ano começámos lá e embora melhor havia na mesma muitas derrotas, desde que passaram a jogar no antigo estádio (o Santos Pinto), houve apenas 1 derrota caseira e 6 pontos de distância para o primeiro lugar.
23 Março, 2015 at 20:11
Pois eu acho que se tocou na ferida. Qualquer solucao tem de aproximar os espetadores do relvado para que toda a “furia” das bancadas se projete nos arbitros e adversarios a nosso favor. Tapar a fossa é só dourar a redoma.