Sim, é verdade o Sporting está dividido. Às vezes pergunto-me se alguma esteve ou estará “unido”. Será uma utopia, ter uma instituição com milhões de interessados e ultra-interessados todos a “remar para o mesmo lado”? Será um comportamento déspota, tentá-lo?
Nestas duas perguntas resumem-se as minha dúvidas quanto a dois factos que mudaram os ciclos dos dois maiores clubes de Lisboa. Os dois maiores rivais desportivos de Portugal.
A saída de Marco Silva e a entrada de Jorge Jesus são cada um por si emblemáticos e juntos um case study de como mudar o curso de um clube de futebol (sim, eu sei, mas esta reflexão só é válida para o futebol). Vamos começar pela saída.
Marco Silva foi, é, talvez seja ainda por mais alguns tempos bastante apreciado no Sporting. Desprezar as razões da identificação dos adeptos leoninos para com este treinador é meio caminho para falhar muito mais vezes no futuro e ter de “remendar” atitudes com comunicados e…cheques avultados. As qualidades deste técnico podem até ser apenas, ou por agora, apenas vislumbres de aptidão. Mas o que é certo é que os Sportinguistas partilharam muito estes vislumbres. Um treinador jovem, promissor, qualificado, ponderado, metódico, de fala articulada e decididamente ambicioso, faz-vos lembrar algum estigma lusitano? Pois é, não fácil para um Sportinguista escapar ao enamoramento por um bom Sebastião, um facto singular que acerte no nosso tendencioso fado de precaução e esperança. Porque é de cautelas, muita esperança e muita paciência que temos vestido o nosso amor pelo clube. Marco Silva encaixou que nem uma luva neste “estado” e, parece-me a mim, também na estratégia coerente anunciada por BdC vezes sem conta de “Contenção com Ambição”.
Romper esta ligação umbilical, temos de dizer, criada pelos “comunicadores” oficiais do Sporting não é fácil…ninguém consegue andar a dizer que uma coisa faz sentido durante 1 ano e em dias desconstruir internamente ou externamente essa coerência. Ao “expulsar” Marco Silva a primeira coisa que BdC manda às couves, é a coerência. Eu juro que estou há muitos dias a forçar-me a entender a lista infindável da casuística contra Marco Silva, mas sinceramente o meu feeling volta sempre ao mesmo ponto de partida. O que quer que se tenha passado terá um enquadramento muito mais pessoal do que profissional. Simplesmente os santinhos do treinador e do presidente não cruzaram. Especialmente os santos presidenciais. Mas deviam. Apesar de parte de mim querer à força acreditar que o Marco Silva era uma espécie de mártir suicida de Carnide infiltrado no seio da nossa pura e imaculada “estrutura” leonina, já tenho idade suficiente para cheirar uma boa caçada às bruxas e, salvo revelações que sejam verdadeiramente objectivas quanto a esta desobediência institucional entre as partes (uma reserva que muitos prescindiram por meia-dúzia de explicações sumárias e não oficiais), continuarei a pensar que a principal explicação para a purga do nosso Sebastião, foi fruto de incompatibilidades que nunca deviam ter tido espaço para surgir ou evoluir.
Mas não sou dos que saltaram para a “trincheira” anti. O meu Sportinguismo nunca me permitiu confundir erros de pessoas com pessoas erradas. BdC não deixa de fazer sentido e tudo o que fez ou fará não deixa de contar com o meu apoio. BdC ficará nesta questão Marco Silva inocente até prova em contrário, sendo que existem provas muito contundentes que me levam (falo apenas por mim) a pensar (e desejar) que será salvo pelo capítulo seguinte da história.
Entrada. Sim o “bronco” do Jesus. Inacreditável. Sempre achei que estava como peixe na água no nosso vizinho da 2ª circular. São incontáveis as horas de “escárnio e maldizer” que o Jota me deu. Jorge Jesus é o verdadeiro “cromo da bola”, a coisa genuína, o produto tradicional sem adubo ou pesticida, é o copo na tasca mal lavado e a transbordar de “pomada”. Sempre se falou que um dia treinaria o Sporting, sempre se falou que é Sportinguista, sempre me narraram “histórias” do fervor leonino do Chiclas (lendas que aumentaram 400 vezes nos últimos dias) mas eu nunca imaginei referir-me ao JorJasus como o “meu” treinador.
Inegavelmente foi um “all in” de BdC. Um “all in” na sua competência de treinador. Um “all in” no impacto mediático, um “all in” num Sporting menos paciente e mais exigente. Espero que ele próprio tenha entendido que entrou numa espécie de jogo dentro do jogo nos próximos 3 anos. É bom que se esmere a dar a JJ tudo o que o clube pode racionalmente dar a um treinador, sendo que isso, na minha opinião passa e muito pelas palavras “confiança”, “espaço” e “ponderação” e menos por “euros” ou “jogadores”. A partir de agora o desafio do nosso presidente é duplo. Tem de vencer no campo e tem de vencer fora dele, mostrando aos Sportinguistas que os nossos rivais não têm razão quando apontam o fraco de BdC como as relações que desenvolve com os treinadores, passando sempre por cima destes, esmagando-os com um protagonismo desequilibrado, constante e sufocante. Jorge Jesus é uma espécie de “teste de fogo”, já que não conheço treinador que se incompatibilize tanto com esta descrição que é feita pelos críticos do nosso presidente.
Muito se jogará nesta época. Há muito Sporting “em cima da mesa” e por mais que todos imaginem as cartas como decisivas, eu cá vou achando que serão os egos a decidir a nossa sorte. Egos alinhados, venceremos e muito. Qualquer outra realidade e…bom, a verdade é que não existe outra hipótese. Só há mais uma bala no revólver do futebol e é bom que todos nos agarremos a ela sem sequer aproximar o dedo do gatilho….na verdade, esta tem mesmo o nosso nome escrito. Mais ou menos divididos, mais ou menos déspotas, vai ter de nascer um novo Sporting em mês e meio. Vamos ter de “perdoar” a BdC as estratégias/erros, vamos ter vestir o “inimigo” de 6 anos com a verde e branca e eu só conheço um clube capaz de montar esta operação milagrosa nesse tempo record: somos nós.
*às quartas, o Leão de Plástico passa-se da marmita e vira do avesso a cozinha da Tasca
11 Junho, 2015 at 10:20
peço-vos, não façam mais post sobre MS e os croquettes, por favor!
(ups, mais um…)
;(
S-E-C-A.
11 Junho, 2015 at 10:25
+1.
11 Junho, 2015 at 15:45
+1
11 Junho, 2015 at 10:20
Belo golo do “Gélse”!
11 Junho, 2015 at 10:22
Epá estive a ver o jogo quase todo de portugal. na primeira parte claramente Gelson foi o melhor, o mais dinamico, jogou e fez jogar. mas depois tive de bazar para trabalhar, quando a NZ sem saber ler e escrever, empata (cueca de Domingos , acontece). Ghego ao trabalho epelos vistos, GANDA GOLO DO GELSON!!! É O MAIOR!!
WHO THE FUCK IS MARCO SILVA!?!
11 Junho, 2015 at 10:33
Parece que já o estou a ver a mandar uma trivelada daquelas ao Júlio César!
11 Junho, 2015 at 10:37
Epá nao vi o golo , foi mesmo de craque?
11 Junho, 2015 at 10:55
Fora da área, praticamente em posição central, corta numa direcção, depois corta noutra e fica em posição de remate de pé esquerdo… ou trivela e toma lá dentro.
11 Junho, 2015 at 10:57
Aqui está ele:
http://itvideo.me/watch/?v=pXHMl1PUxdU
11 Junho, 2015 at 11:16
Que golaço!!!! É por termos jogadores como Gelson Martins que Jesus acredita no Sporting!!! Nunca mais começa a pré-época!!
11 Junho, 2015 at 10:23
Mental note:
“O meu Sportinguismo nunca me permitiu confundir erros de pessoas com pessoas erradas.”
11 Junho, 2015 at 10:25
OFF Topic
MdC põe a nu a estrutura de carnide
http://oartistadodia.blogspot.pt/2015/06/a-estrutura.html#comment-form
11 Junho, 2015 at 10:29
DE notar o papel de relevo que o Rui Costa “desempenha” na estrutura… Sempre discreto.
11 Junho, 2015 at 10:26
Gostava que este post correspondesse a um virar de página. Já chega de bater no Macaquito.
No more “spanking the monkey”, please.
11 Junho, 2015 at 10:30
https://www.youtube.com/watch?v=rv_Sy1sUmD0
11 Junho, 2015 at 10:31
+1
11 Junho, 2015 at 10:35
Or…”no more squirting the monkey”
11 Junho, 2015 at 10:39
Muita coisa para dizer sobre este post. Vamos lá então:
1) Sobre a divisão, nada de novo. Tudo isto tem a ver com uma coisa apenas: Confiança em quem nos dirige. Em qualquer outro clube isto seria uma operação perfeitamente normal e a normalidade seria elogiar mais um brilhante acto de gestão. Afinal, trocámos um treinador que em toda a carreira ganhou uma Taça por outro que é bicampeão nacional e que em 6 anos limpou 10 canecos. Esse problema não é de Bruno de Carvalho, é nosso. A outros, com uma conduta ética altamente questionável, com maior ou menor sucesso, é-lhes dado sempre o benefício da dúvida pelo menos até à primeira derrota. Só no Sporting é que um tipo que já fez tanto por nós é que continua a ser olhado sempre com desconfiança. Nunca vi outro clube em que os adeptos repetem até à exaustão a célebre frase: “Os treinadores, jogadores e presidentes passam, o Sporting fica” ou iniciarem conversas com a frase: “Eu não sou apoiante (ou crítico) de Bruno de Carvalho, o que me interessa é o Sporting” entre outras. Isto é patológico. Talvez sejam os anos em que nos delapidaram todo o património físico, desportivo, financeiro e de orgulho que nos deixaram assim. Ou talvez seja um estado de desconfiança crónica. Não sei. Mas na minha opinião, enquanto não dermos confiança ao nosso presidente dificilmente poderemos almejar alguma coisa. Isto nada tem de carneirismo ou acefalia. É apenas um negócio puro e duro onde as commodities são “Competência” e “Confiança”. Se a direcção me dá muito de uma, eu como sócio dou-lhe muito da outra. Se me der pouca competência também eu lhe dou pouca confiança. Só no Sporting é que um presidente que já deu mostras da sua competência dentro do clube continua a receber tão pouca confiança (ou tanta desconfiança). E, ao contrário do que muitos acham, essa não serve para dar apenas nas urnas mas também em todo o percurso (desde que a troca comercial se mantenha equilibrada).
2) Discordo totalmente da questão da identificação dos adeptos com Marco Silva. Foi exactamente por ela existir e por achar que havia mais prejuízos do que ganhos para o clube em despedi-lo em Dezembrl que Bruno de Carvalho decidiu mantê-lo até ao fim. E convém lembrar que o Bruno de Carvalho emotivo, egocêntrico e impulsivo que fez uma conferência de imprensa a ameaçar rebentar com a bomba contra os bancos na sua entrada no clube é o mesmo que decidiu engolir o seu orgulho, o seu ego e as suas razões permitindo que o clube mantivesse a estabilidade desportiva e de balneário até ao fim conquistando um troféu. Agora, nenhum líder (muito menos BdC) é refém de nenhum funcionário. E se ele entende que não existem condições para um bom funcionamento da relação treinador e presidente é livre de o despedir utilizando os mecanismos legais, repito, legais para o fazer. Foi para isso que o mandatámos. Mal estaria o Sporting se o seu presidente despedisse ou mantivesse treinadores ao sabor da vontade popular. Esse tempo acabou. Bruno de Carvalho olha exclusivamente para os interesses do clube em detrimento da sua popularidade ou ego, caso contrário Marco Silva ainda estaria no clube ou teria sido corrido em Dezembro. É egocêntrico? É. Gosta da popularidade? Adora! Mas quando se trata do clube, nada disso importa. A gestão deste caso é a prova disso. Claro que é muito fácil dizer que MS não saiu porque não havia dinheiro para lhe pagar em Dezembro. Para mim, dá exactamente o mesmo trabalho e perco exactamente o mesmo tempo em pensar que a sua manutenção foi uma decisão em prol do Sporting. Lá está a troca das commodities que referi no ponto anterior…
3) Sobre as construções e enamoramentos pelo facto de MS encaixar que nem uma luva no projecto, admito a dificuldade em desconstruir esse cenário. Mas só admito a quem andou enfeitiçado. Porque qualquer sportinguista responsável tinha a obrigação de ficar mais atento depois da bomba de JE. Claro que tinhamos de o mandar pó caralho (eu próprio o fiz), ele atacou publicamente um representante nosso! Mas o grande e indesculpável erro foi a onda de solidariedade para com o treinador em detrimento de cautela. Ter cautela e estar atento não é desconfiar de MS nem concordar com JE. É simplesmente tentar perceber se existe alguma possibilidade de haver alguma verdade naquilo que ele disse.
4) Paradoxalmente, não vão ser os tribunais que vão dar razão a MS. A razão jurídica até pode ser mas a relação trabalhador com entidade patronal é muito mais do que alíneas de contrato ou argumentos jurídicos, sobretudo no futebol. É lealdade e respeito pela hierarquia que se demonstra em qualquer acto público pelo clube. E essas MS não teve. BdC até pode ser o mais insuportável dos facínoras, mas se MS estava mal punha-se na alheta como qualquer homenzinho faz. Não o afrontava na imprensa minando por completo a sua autoridade. Portanto não. MS, aos meus olhos, não é inocente. Independentemente do resultado nos tribunais (se a coisa lá chegar)
5) Sobre e Jesus e BdC e a sua relação. O presidente vai-lhe dar tudo o que ele precisar. Não tenho dúvidas nenhumas. Porquê? Porque tem confiança. Precisamente aquilo que faltou com MS, sabemos hoje, logo na pré-época. Com Jesus, o presidente sabe que contratou um gajo que vai ser bem mais do que um treinador. Vai ser a cara do clube no que ao futebol diz respeito. Vai ser treinador, director desportivo, advogado, relações públicas, tudo o que for necessário para nos levar ao sucesso. É também por isso que custa aquilo que vai custar. Como disse, é tudo uma questão de confiança. Com Jardim existiu e, independentemente dos problemas que possam ter existido no relacionamento, as coisas acabaram com respeito e elevação. O mesmo com Jesualdo. Só com MS é que isso não aconteceu. Acho que isto diz muito mais de MS do que propriamente de BdC.
6) Concordo totalmente na parte dos egos. Obviamente que esta dupla tem tão de feroz como de volátil. Sabes o que vai fazer a diferença? O Sportinguismo. Cada um tem o que precisava neste momento. JJ terá o poder e o dinheiro que lhe tiraram na outra agremiação aliados a um desafio enorme de levar o seu clube a ser campeão. BdC terá as horas de sono que lhe estão a faltar sabendo que entregou o futebol do clube ao gajo mais competente e mais exigente que podia encontrar.
11 Junho, 2015 at 10:42
JE foi o Martim Moniz de Dezembro.
Entalou-se por um bem maior…
Poderia ter posto a boca no trombone (como tantos fazem) e não o fez.
11 Junho, 2015 at 11:03
Sá, esperemos que o Sportinguismo de BdC e JJ seja a chave de alinhamento dos seus egos. Confio também que o Sportinguismo de ambos fará toda a diferença.
SL
11 Junho, 2015 at 10:50
É muito isto, Sá!
Abraço
11 Junho, 2015 at 10:49
Que grande texto!!! Destaco esta frase que embora não resuma um conjunto e tantas verdades é a minha opinião sobre esta jogada de génio de BdC: “Egos alinhados, venceremos e muito”, fingers crossed!!!!
SL
11 Junho, 2015 at 10:52
Estava a ler e a pensar que havia aqui mais um excelente prosador a brotar.
Grande desilusão quando vi que, afinal, era o já conhecido (e reconhecido) LdP…. Paciência.
Não mexo numa vírgula.
E espero que BdC leia isto. Admitindo que ele possa não ter a consciência do que está em jogo desta vez.
O espernear actual de ex-dirigentes e alguns (poucos) adeptos anónimos é inofensivo.
BdC tem um enorme capital de confiança pelo excelente trabalho desenvolvido a vários níveis, mesmo perante os que não acreditaram nele desde o início.
A contestação pode por isso ser ruidosa, mas é residual, e BdC ganhava as eleições hoje com mais de 95% dos votos.
Mas….
Há esta questão dos treinadores. LJ foi, aparentemente, um caso independente da vontade de BdC. Mas saiu. Já MS foi assumidamente um choque de personalidades. JJ não pode, por isso, correr mal! Nem que BdC tenha que engolir elefantes, e durante 3 anos (ao invés dos simpáticos sapos que teve que gramar durante este que passou).
Vá lá que ele tem sabido desenrascar-se magistralmente na escolha dos sucessores, sabendo sair por cima destas situações delicadas, mas acho que chegamos ao ponto em que gostávamos de ter um treinador que durasse mais que uma singela época à frente da equipa.
Acho que é desta! Mas faz por isso, Presidente.
(Post *****)
11 Junho, 2015 at 10:58
Achas mesmo que isto foi choque de personalidades?
A mim parece-me mais é que houve muita falta de personalidade… e de carácter (muito, muito, deste!).
E não me refiro ao BdC, logo…
11 Junho, 2015 at 11:05
Foi um choque de interesses.. Isso sim. Ao BdC interessava o Sporting. Ao outro parece que não. Por isso foi tomada a única decisão possível. Tardia até no meu ponto de vista porque permitiu que minasse ainda mais a estrutura.
11 Junho, 2015 at 11:13
Decisão tardia não foi, e muito menos impulsiva.
O próprio MS dizia que o que interessava eram os adeptos e o Sporting, pois bem, só lhe restava ganhar o que dava para ganhar. Nesse momento, e de uma forma cínica, meteram-se as desavenças de lado e o Sporting conquistou a Taça.
Também se deve dizer, que em todo o caso MS abstraiu-se de algumas coisas e conquistou a Taça. Por outro lado, a situação não era contornável e a estrutura achou que não devia pagar o que o treinador quereria como indemnização.
Sobre os contornos da reunião sobre o despedimento, penso que só quem lá esteve é que sabe que tipo de proposta o Sporting ofereceu ao técnico. MS, como é público, não aceitou e o processo desenrolou-se.
11 Junho, 2015 at 11:27
Ah, choque de interesses… ai tudo bem!
11 Junho, 2015 at 17:02
Se acho?
Olha: não acho nada. E não sei nada (“classified informations” não é comigo…).
Conheço pessoas (ninguém “de dentro”) que “sabem” coisas completamente contraditórias. E conheço opiniões (ou “achares”) para todos os gostos.
Por isso, o que é relevante é: o Presidente tomou uma decisão que tem mais que legitimidade para tomar. Independentemente do que se possa achar ou “saber”.
E o “sumo” do texto que elogiei podia-se resumir em: “oxalá continue a correr tudo pelo melhor, para BdC e, logo, para o Sporting”.
Para já, ninguém tem legitimidade para ter razões de queixa. E muito menos alteranativas que inspirem maior confiança.
É simples. E não traz água no bico, nem informações classificadas, que não, não tenho.
11 Junho, 2015 at 11:18
Leão de Plástico & Cherba,
Qual o sentido de continuar esta temática quando já nem os belfodils falam no JJ ?
Masoquismo ?
Saudosismo ?
Divisionismo ?
Não entendo, sinceramente não entendo.
Fight & Resist, certamente não será.
Move forward please.
O futuro é verde o passado é belfodil.
United we will stand, divided we will fall.
Fight & Resist, de verdade.
SL
11 Junho, 2015 at 11:25
Também já não tenho muito mais a dizer, isto já é chover no molhado.
11 Junho, 2015 at 11:25
+1
11 Junho, 2015 at 12:27
+1
11 Junho, 2015 at 12:36
Pessoal,
se há malta que quer escalpelizar este tema, porque não deixar ?
Quem acha que é demasiado é só clickar em “Post Seguinte” !
Agora limitar as opiniões é que não me parece bem !
11 Junho, 2015 at 11:30
Este assunto já chateia, mas o relógio está a contar e só faltam 17 dias para sermos esclarecidos, até lá ,TIC TAC TIC TAC…
11 Junho, 2015 at 11:31
Este fim-de-semana há um TRI-Campeonato de Futsal para GANHAR e nem um post?
Bem sei que é um hábito a Conquista do Titulo, mas os nosso Leões merecem muito mais serem falados do que se andar aqui a chover no molhado (marco silva , rescisão… fala-barato…etc)
11 Junho, 2015 at 12:04
Qual é então a estratégia de Bruno de Carvalho? Se a coerência vai às malvas, não há estratégia que resista. Se a estratégia se desintegra passam a ser os acontecimentos a liderar e a conduzir a acção e o homem. A estratégia passa a constituir em Não haver qualquer estratégia. É o reino do oportunismo, um reino cheio de riscos e perigos em que o sucesso da navegação à vista depende em grande medida da velocidade de deslocação do barco. Se vai devagar, tem-se a oportunidade de evitar, com sucesso,rochas e obstáculos escondidos, baixios e armadilhas ameaçadoras.
Nesse caso, deveria ter-se coerentemente mantido a estratégia, por questões de simples segurança, numa navegação em águas conhecidas, com mudanças de rumo preparadas com cuidado, correndo menos riscos e passando menos sobressaltos.
Se a estratégia resiste, apesar de mudanças relevantes, não se verifica a tão falada incoerência mas, no Sporting, muito mudou com a mudança de treinador. Que muda então e que estratégia é essa, em que muito pode mudar, de repente, em resultado do aproveitamento da oportunidade inesperada?
Tudo depende dos conceitos em que se baseia a equação:
Objectivo-Estratégia-Táctica-Paradigma-Parâmetros Temporais de Execução-Programa de Execução-Plano de Acções- Parâmetros de Mudança de Paradigma- Flexibilidade do Programa de Execução- Revisão do Plano de Acções = Evolução da Taxa de Concretização do Objectivo dentro dos Parâmetros Temporais de Execução da Equação Inicial.
A distinção entre Estratégia e Táctica é essencial para permitir análises claras.
Vamos por partes que, tudo ao monte é uma tarefa impossível.
1. Objectivo – Colocar o Sporting no Topo da Tabela
2. Estratégia – Reequilibrar Financeiramente o Sporting e manter esse equilíbrio, melhorar as receitas e tornar a exploração económica rentável, ao nível das receitas correntes e extraordinárias, em cada exercício, reduzir substancialmente os custos de exploração, criar condições internas para aumentar drasticamente a competitividade, dos atletas, das equipes técnicas, envolver sócios emocional e financeiramente no Clube, gerar confiança externa em credores e accionistas, captar investimento, desenvolver Internacionalmente a marca Sporting, dar-lhe visibilidade e reconhecimento de qualidade ao nível da excelência, lutar pelo estabelecimento de condições de competitividade nas competições nacionais. Penso que sejam estes os vectores principais da Estratégia.
3. Parâmetros Temporais – a duração do primeiro mandato
4. Táctica – Reestruturação do passivo, consolidação de contas, Reestruturação da Dívida à banca transformando-a numa dívida de longo prazo, obtenção de financiamentos de médio prazo (Aumento de capital da SAD, Recurso a programas obrigacionistas, recrutamento de novos accionistas) para fazer face a outras dívidas e a algum investimento; Redução de custos com Pessoal, na SAD e no Clube, redução de custos com fornecimentos e serviços de terceiros, financiamento indirecto através do recurso a renegociação de prazo de pagamento a fornecedores de bens e serviços, participação na Liga dos Campeões como fonte adicional de financiamento, renegociação de patrocínios em resultado da obtenção de vitórias desportivas, criação de sinergias entre futebol e modalidades de modo a assegurar crescimento de resultados da bilhética e do merchandising e a fomentar o espírito competitivo e a mentalidade vencedora. Potenciar a Academia, de modo a assegurar proveitos financeiros e desportivos, na utilização de jogadores próprios nas equipes profissionais e posterior venda dos respectivos passes. Além de todos os outros aspectos das componentes externa e interna da estratégia que, não vale a pena, para aquilo que aqui nos interessa, estar a identificar tacticamente, senão num aspecto essencial à explicação daquilo que se está a passar mas, ao qual a táctica se deve subordinar e se necessário, pela mudança de paradigma operacional:
– Aproveitar oportunidades de aceleração de qualquer aspecto do plano, sem prejuízo das componentes Financeira e Económica, do equilíbrio e da rentabilidade do negócio e apenas na medida da capacidade de investimento de que a SAD ou o Clube disponham, sem interferir com a redução prevista do passivo no tempo e do cumprimento das obrigações contratuais.
Tendo sido tomada a decisão de contratação de Jorge Jesus, agarrando a oportunidade, não quer isto dizer que essa possível contratação não constituísse um objectivo de médio prazo. O perfil de Jorge Jesus estava certamente estudado, se mais não fosse , como perfil “padrão”, em determinados aspectos, tal como o reconhecimento que, dispôr dele significa, no panorama Nacional, uma invejável vantagem competitiva.
Analisando a situação, que realidades mudaram? Mudaram aspectos tácticos, aumentaram-se custos, aumentou o investimento, houve mudança de paradigma operacional, as tarefas que o Presidente se havia atribuído, designadamente no controle operacional do futebol e de intervenção na sua gestão operacional, foram substancialmente reduzidas, com vantagem para a Gestão. Há uma maior segregação de funções e libertação de tempo para a actividade do Presidente, designadamente, para o seguimento da construção do Pavilhão e para o desenvolvimento da actividade Internacional do Clube. Mudou também o plano de acções e o programa de execução, anteciparam-se etapas e acelerou-se todo o programa de crescimento de competitividade das equipes Profissionais, aceleração já iniciada com a contratação de João de Deus para a Equipe B e que culmina agora com a contratação do Treinador e Equipe Técnica para o Futebol Profissional. Augusto Inácio liberta-se para funções na ordem Internacional e começa a sua preparação para ocupar, futuramente, um lugar na Administração da SAD ou, eventualmente, até, na Presidência do Clube e das Modalidades, em substituição futura de Bruno de Carvalho e Vicente Moura. Brilhante. Sem condenar a estratégia, no respeito pela Estabilidade Financeira e pelo Desenvolvimento dos Resultados Económicos na exploração do negócio da SAD e do Clube, Bruno de Carvalho acelera todo o processo na medida das possibilidades.
Da mesma maneira que um General de excepção comanda tacticamente a Batalha, depois de estabilizada a estratégia adoptada, Bruno de Carvalho, acelera a obtenção do resultado pretendido, contribuindo para a consecução do Objectivo principal, introduzindo uma super munição de que mais ninguém dispõe, Jorge jesus e a consequente libertação do seu tempo para se poder dedicar a aspectos mais essenciais e menos urgentes da Gestão interna e externa.
Não mudando a estratégia, mantendo-se a coerência, o projecto adapta-se à nova realidade de um Novo Sporting. Que será que muda positivamente para a SAD, na ordem interna (esqueçamos a ordem externa que, já foi abordada em alguns aspectos importantes)?
– Aumenta a confiança dos accionistas e o seu índice de satisfação com os resultados do investimento (valorização das acções) e as perspectivas de uma curva ascendente dos resultados.
– A desnecessidade de recurso ao crédito para satisfazer oportunidade súbita de investimento
Isto significa que TUDO MUDOU no Sporting em 2,5 anos. Os inimigos estão em choque porque essa mudança assusta-os num momento a partir do qual lhes vai ser cada vez mais difícil manterem os índices de competitividade da última década.
Ainda cheguei a pensar que Vieira aparecesse com Carlo Ancelotti debaixo de um braço e Coentrão, debaixo do outro. Seria a única resposta cabal do Benfica à ida de JJ para o Sporting mas, não o fez e não fez, não porque não tivesse pensado nisso mas, porque não é capaz. A “Galinha Africana” dos ovos de ouros, está a pôr muito menos. O petróleo continua, apesar de tudo em baixa…e os Estados Unidos mantêm a afirmação de ter descoberto a fórmula mágica para a extracção rentável de petróleo dos gigantescos depósitos de xisto, rocha que por lá abunda (a bunda do mundo árabe está a descoberto). Eis que a alquimia voltou à alta roda das soluções.
Assim, nada temos a temer, tentando ler nas entrelinhas, podemos afirmar com segurança que os interesses superiores do Sporting Clube de Portugal são bem defendidos e bem desenvolvidos por Bruno de Carvalho.
Podemo-nos ainda regalar com a certeza de Bruno de Carvalho e o Sporting, que com ele ressuscitou dos mortos, aterrorizam a canalha. Por isso a canalha pensa, parafraseando uma anedota que mesmo na Tasca não devo contar, “se é assim na montra, que nos reserva ele no armazém”?
Podem ter a certeza de uma coisa é que Bruno de Carvalho é um “Fórmula UM” e portanto, aquilo que vos reserva é “na peida” (e como Bruno de Carvalho é um Fórmula UM) esse “na peida” é “até às rodas” e vai muito para lá de vos ter deixado de doer e ter passado a agradar-vos, será “na peida” enquanto ele puder e nós empurrarmos.
Sportinguistas, toca a empurrar, o Chefe orienta o cilindro. ‘Bora lá malta!
Viva o Sporting Clube de Portugal!Viva Bruno de Carvalho!
11 Junho, 2015 at 12:14
Bem o Sá ja disse praticamente tudo… so faltou uma coisa:
“BdC como as relações que desenvolve com os treinadores, passando sempre por cima destes, esmagando-os com um protagonismo desequilibrado, constante e sufocante”
Mas que merda é esta? Quantas vezes mais o Leonardo Jardim tem que vir a terreiro dizer que gostou bastante de trabalhar com o BdC, que este sempre lhe deu total liberdade para tomar as decisões que quis e nunca sequer tentou influenciá-las e que até construíram uma forte relação de amizade????
O unico problema foi com MS… e queriam o que? mais um ano de paz podre e mais 12 meses de capas de jornais a glorificar o MS como forma de ataque a BdC?
11 Junho, 2015 at 12:23
Isso e o Presidente não pode ficar refém dos treinadores pá.
Não se admirem se Jesus ficar 2 épocas no Sporting e depois siga a sua vida.
ACIMA DE TUDO A SOBREVIVÊNCIA DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL
11 Junho, 2015 at 12:40
Se realmente as coisas correrem bem como espero, acho que o Jesus ficará apenas um ano ! Pois dará um salto, para outro grande clube Europeu. Claro que isso custará a esse clube 15M
11 Junho, 2015 at 22:50
Acredito que se as coisas correrem bem o Jesus já não sairá do Sporting. Tem 60 anos e aos 60 e tal anos é que ia para o estrangeiro, não acredito que nessa altura é que fosse sair
11 Junho, 2015 at 12:25
Eu também costumava gozar com o Jorge. Ele chegou a ser o Dr. Frankenstein do Seixal Lab, ou o Jorge Pastilhas… enfim. Agora passou a ser o meu treinador! Penso que representa um upgrade. É sportinguista e reconheço-lhe valências para nos proporcionar muitas alegrias. É um investimento que poderá ter imenso retorno. Eu acredito! SPOOOOOOOOOOORTING!
11 Junho, 2015 at 13:50
Falando ainda de Marco Silva
E prometo ser a ultima vez. Defendi até ser anunciada a entrada de Jorge Jesus, a permanência do treinador para o próximo ano, por uma questão de continuidade de trabalho, estabilidade e acumulação de experiência, coisas que preso muito nas organizações, sejam clubes, sejam empresas. Para mim é um caso encerrado e sou um apoiante de Jorge Jesus como o meu treinador no Sporting.
MS, que de uma forma geral tem sido elevado a grande treinador pela comunicação social, tem também nos Sportinguistas muitos defensores, por isso era bom refletirmos sobre algumas questões:
– O agora ex-treinador do Sporting, não foi demitido por incompetência, como aconteceu a alguns comentadores que agora o defendem de forma digamos algo exaltada. Como diz o Leão de Plástico “…foi fruto de incompatibilidades que nunca deviam ter tido espaço para surgir ou evoluir.” Por essas ou outras razões, que com certeza estarão espelhadas no documento de 400 páginas que serviu de base ao procedimento de despedimento por justa causa instaurado ao treinador, este não poderia continuar no clube.
– Marco Silva entrou para o Sporting, com um contrato de quatro anos, com certeza que havia por parte Bruno de Carvalho, a intenção de criar a referida estabilidade, dando tempo ao treinador de ganhar a experiência que não possuía de clubes grandes, nem como treinador ou adjunto, nem como jogador. Para haver uma mudança tão grande e tão rápida por parte do presidente na sua perceção sobre MS, é porque algo de muito grave aconteceu.
– O problema de Rojo e por arrasto, com a Doyen, dá-se pouco depois da entrada do treinador no clube, o que pode explicar a mudança de comportamentos que houve a partir daí. O tempo é o melhor juiz nestas coisas e muita água ainda vai passar debaixo das pontes, ou seja muitas coisas que desconhecemos ainda virão a lume. A bem da estabilidade do clube, que como mínimo permitiu ganhar uma taça de Portugal, estou convencido que BC recuou, na sua pretensão de demitir o treinador logo em Dezembro
– Não sendo por incompetência, embora na minha opinião a falta de experiência em equipas grandes e aqui é bom lembrar que MS é apenas treinador à três anos, levou à perda de muitos pontos, principalmente em empates que permitiriam este ano lutar pelo título, tal como foi tido como objetivo pela direção no inicio do campeonato, o despedimento deu-se devido a desconfianças da direção sobre a lealdade do treinador, ora deslealdade e falta de respeito hierárquico para com a entidade patronal, devem levar ao despedimento por justa causa.
– Poderemos dizer que Bruno de Carvalho não tem razão ou o tribunal decidir dessa forma e nesse caso levar à indemnização ao treinador, não o podemos acusar é de incongruência com o seu pensamento. Ter em casa alguém que dorme com o inimigo não é para um presidente como Bruno de Carvalho.
SL
11 Junho, 2015 at 14:11
É impressão minha ou comparou-se MS com Mourinho? Agora sim já ouvi de tudo.
11 Junho, 2015 at 14:40
Sobre MS está tudo dito…Cada dia que passa e cada desculpa que ouço me leva sempre ao mesmo! BdC e MS odeiam-se mutuamente por erros cometidos de parte a parte! Ponto! Até agora não ouvi nada que me fizesse mudar de ideias! Simplesmente são 2 personalidades que não convivem juntas! A forma de despedimento a mim deixa-me triste mas isso não sei…se calhar foi fruto da necessidade (assinar rapidamente com o JJ e comunicar), se calhar foi fruto desse mesmo ódio mutuo…não sei! Por isso para mim o assunto MS está fechado e enterrado, a não se me mostrem e provem que as coisas se passaram de forma diferente!
Quanto ao JJ…já o disse antes! Acho um disparate dizerem que é um All In! Porque é que não foi um All In no ano passado para o Chelsea ir buscar o Mourinho?! Nós limitá-mo-nos a ir buscar o melhor treinador possível! Para mim isso é claro! Não ganhar este ano não significa (para mim) que correu mal ou que deva ir tudo abaixo! Se não ganharmos temos de dar novo passo rumo à melhoria que nos conduzirá inevitavelmente ao titulo…
De repente pegamos numa equipa, tiramos o Nani, ainda não entrou ninguém nem se sabe quem entrará e dizemos que o homem TEM de ser campeão?! Isso para mim é um disparate que anda a ser enraizado pela CS só para pressionar ainda mais o Sporting! O 3º Lugar do MS foi brilhante para eles…mas hoje, só por ir buscar o JJ é o risco total do vai ou racha?! Primeiro era financeiro, depois de se perceber que não era financeiro passou para ser desportivo e tal…acho que é cantiga de embalar como aquelas que cantam a total inocência ou total culpa do MS ou do BdC em todo o processo…
11 Junho, 2015 at 16:33
Boa tarde,
será que ainda ninguém percebeu a jogada de mestre do nosso Presidente?
Acham que ele não tem um departamento juridico por trás dele que lhe informou que não tinha a minima hipotese de não pagar a indeminização de 2M€ ao marco? É claro que ele sabe que vai ter de pagar.. mas é aí que entra o despedimento por justa causa e consequente processo disciplinar, é obvio que os argumentos utilizados no despedimento de justa causa nunca serão os suficientes para o despedir dessa forma, mas o facto de o fazer dessa forma, faz com que o “amarre” ao clube e que não possa ir para o benfica ou para o sevilha(esta é possívelmente uma verdade que nós nunca iremos saber). Agora muito sinceramente, alguém iria fazer isto à pessoa que nos fez regressar aos titulos após 7 anos? Algo de muito grave se passou para o nosso Presidente ter tomado uma atitude assim tão drástica.
Para finalizar, a contratação de JJ.. melhor era impossível!
Força Sporting e Força Bruno!