Merecia, mas não ficou. Se um gajo quiser ser pragmático, é isto. Mais um jogo em crescendo, mais minutos para os novos irem dando boas indicações, mas mais um jogo em que não se ganhou.

Mas se um gajo quiser ir além da dureza dos números, consegue perceber que, frente ao Villarreal e novamente sem o motor, este Sporting mostrou, por exemplo, uma defesa que conseguiu adaptar-se a essa ausência de peso no centro do terreno (e na baliza, já agora) e mostrou o porquê de ter sido tão pouco batida na época passada.
Também consegue ver que, depois de sacudido o peso da responsabilidade, Palhinha e Iuri (penalti ao ângulo, meu?!?) vão mostrando que a qualidade está lá, intacta e pronta a ser trabalhada por Jorge Jesus. Que o rapaz de nome esquisito até é capaz de se fazer guarda-redes a sério (quantas vezes Patrício foi criticado no arranque?). E que Alan Ruiz, depois de perder aquele cu de kizomba, é gajo para fazer muitos estragos com o pé esquerdo (gloria a Dios!). Até o bom pirata, Barcos de seu nome, nos vai dizendo, como quem não quer a coisa, que ao fim da primeira jornada ele encabeçará a lista dos melhores marcadores depois de tapar o olho e estender o punho por duas vezes, frente aos concubinos do Funchal (depois… veio o Slimani… e o Barcos teve que se esconder!)

Tudo isto num relvado medonho, com um calor tal que me fez lembrar o ar desesperado do Lineker e do Waddle durante os jogos do Itália 90, frente a um adversário poderoso e, volto a repetir, sem os quatro que chegam amanhã, mas que, segundo Jorge Jesus, até podem ser só três. O chiclas, que lê o Bloco de Notas e que por isso meteu o Bruno César no meio (já te tinha pedido isso contra o Lyon, pá) é um gajo tramado e às tantas acha que o Patrício já começou a época. Ou então, sabe que os voos das ilhas paradisíacas estão complicados. Mas eu nessas coisas não me meto, porque se o azeite não vier à tona é porque usaram a água certa. O que eu sei é que vamos fazer um campeonato do caraças. E que foi muito injusto o Leão ter ido a Badajoz e não ter vindo de lá com a boca a saber a caramelos.