Futebol-femininoSábado espera-nos um daqueles dias que promete ser inesquecível para todos os que o possam viver. Não será certamente o #DiaDeSporting do ano, porque esse está reservado para a inauguração do pavilhão mais esperado desta geração, mas um dos que marcam uma nova janela de vida no Sporting Clube de Portugal.

Inês Pereira, Patrícia Morais, Rita Fontemanha, Joana Marchão, Bruna Costa, Catarina Lopes, Tânia Rodrigues, Matilde Figueiras, Ana Rita Viegas, Tatiana Pinto, Fátima Pinto, Elsa Ventura, Nadine Cordeiro, Patrícia Gouveia, Sara Granja, Amélia Pereira, Ana Capeta, Bárbara Marques, Ana Borges, Filipa Mandeiro, Diana Silva, Solange Carvalhas e Constança Silva tornaram-se este Verão parte da história do nosso clube. Tudo porque, como tem sido hábito numa das instituições mais ecléticas do mundo, o projecto tão aguardado do futebol feminino tornou-se realidade.

Digo, sem sombra de dúvidas, que gostaria que os nossos velhos rivais se tivessem juntado nesta aposta. Porque teríamos mais paixão, melhores atletas, mais investimento e uma competitividade que ajudaria a catapultar a modalidade mais rapidamente. Tal não aconteceu, por quaisquer motivos que sejam os deles e são legítimos, mas temos na nossa companhia o SC Braga. O Braga não é rival, mas irrita o suficiente para dar piada à coisa e permitir-nos viver o jogo do título como se de um autêntico Clássico se tratasse. E até poderemos saltar orgulhosamente pelo facto de não sermos lampiões, algo que os pobres adeptos do Minho não poderão fazer.

São duas equipas de enorme valor, com muita qualidade, que têm sido um autêntico cilindro em todo e qualquer jogo e cuja valência aproximada se encontra bem patente na tabela classificativa e no jogo em que se defrontaram.

As meninas do Braga apresentam uns impressionantes 81 golos marcados em 17 jogos (envergonham o Mónaco de Leonardo Jardim) e apenas 2 golos sofridos. Já as nossas leoas têm 75 golos marcados e 9 sofridos, no mesmo número de jogos. Mas não se assustem já. As estatísticas podem indicar um ligeiro ascendente das bracarenses, mas nós temos a arma que nunca terão: um 12º jogador capaz de tudo, mesmo tudo, para ver campeão o símbolo do Sporting, seja qual for a modalidade.

Por isso é tão importante que Alvalade se encha de bandeiras e cachecóis, famílias e amigos, camisolas verdes e brancas, alegria, bifanas e cervejas, numa verdadeira celebração do futebol e na primeira vez que a nossa recém-equipa vai sentir o ambiente mais apaixonante deste país.

Não peço o recorde de Madrid, em que 15 mil pessoas estiveram presente no jogo da equipa feminina. Peço sim que superemos esse recorde. Porque somos o Sporting, os melhores adeptos do mundo, com uma Curva que faz inveja a qualquer uma, com uma vida tão activa mesmo depois de anos se seca, com juventude e veterania que passam de geração em geração.

Todos os que vivam em Lisboa, ou perto, todos os que tiveram a possibilidade (convém recordar que a entrada é gratuita) todos os que pensaram passar pelo Estoril no Sábado, por favor façam um desvio no vosso caminho, apenas por umas horas, para podermos todos juntos cantar, saltar, celebrar golos e embalar o campeonato de quem tanto tem honrado a nossa camisola.

E se o que vos motiva é a boa da adrenalina, o que melhor que o Sporting x Braga? Ok, talvez o Benfica ou o Porto, mas essa possibilidade não existe. Vejam isto um bocado como o futsal, sem concorrência à altura. E anotem: Liga Allianz – 18ª jornada – Sporting x SC Braga – Sábado pelas 14:45h – Estádio José Alvalade.

*às quintas, a Maria Ribeiro mostra que há petiscos que ficam mais apurados quando preparados por uma Leoa