Ao longo da época, foram várias as situações em que a nossa equipa B foi literalmente gozada pelos senhores do apito. Na memória de todos está, ainda, aquele número de circo de Miguel Libório, que decide anular um golo depois de tê-lo validado e permite, no seguimento da jogada, que toda a equipa seja apanhada a festejar e acabe por sofrer um golo.

 

Mas se se pensava que estes seminaristas começavam a trabalhar ao nível da segunda liga para chegarem a padres o mais rapidamente possível, o que se viu nos dois últimos fins de semana são motivo mais do que suficiente para deixar-nos alertar sobre até onde vão os tentáculos que minam o futebol português.

Recuando uma semana, os juniores recebiam o Belenenses no jogo de consagração como Campeões Nacionais. Depois de uma boa primeira parte que coincidiu com a vantagem de 1-0, o Sporting CP viu-se reduzido a nove jogadores no espaço de dois minutos (52’ e 54’). Primeiro foi o médio Pedro Ferreira a levar cartão vermelho directo após um lance fora das quatro linhas junto ao banco de suplentes da formação do Restelo e depois foi o lateral Thierry Correia a sofrer a mesma penalização após cometer uma falta ainda dentro do meio-campo defensivo dos visitantes. A nossa equipa aguentou a vantagem até aos 87′ e quando parecia que o empate iria ser o resultado final, o árbitro da partida voltou a estar em destaque assinalando, erradamente, uma grande penalidade de Abdu Conté sobre João Louro, expulsando o terceiro jogador leonino e oferecendo a vitória aos pastéis.

Nesse mesmo fim de semana, foram os juvenis a sentirem na pele os efeitos da arbitragem. Expulsão muito questionável de Diogo Brás, com o jogador leonino a ser rapidamente suspenso por três jogos, curiosamente os que faltavam até final de um campeonato disputado entre nós e o benfica.

Mesmo sem um dos seus mágicos, os jovens Leões não deixaram margem para dúvidas sobre a sua superioridade face ao fcp, no sábado. Uma primeira parte de luxo e um 2-0 ao intervalo, transformados numa incerteza no marcador por um tal de Paulo Raposo que, primeiro, ignorou um penalti claro contra o fcp e, depois, conseguiu inventar dois penaltis contra o Sporting e, ainda, expulsar Tiago Djaló sem que tivesse sido ele a cometer a pretensa falta que carimbou o 3-2 final (podes ver o filme do jogo aqui)

São demasiados erros para o mesmo lado e são demasiados sinais que a conquista deste bicampeonato de juvenis terá que ser contra tudo e contra todos. E, face a isto, a pergunta que fica é “qual a idade certa para entrar para o seminário?”