É assim mesmo Fábio.

Diz lá áquelas maria amélias lá da frente que deixem de ser uns anjinhos e coninhas de sabão que os golos feios e a cheirar mal também contam.

Passei-me ontem com tanto cavalheirismo e displicência lá na frente. É impressionante como se perdem 2 pontos num jogo em que tivémos tudo para ganhar por vários golos de diferença.

Ainda a recuperar do murro no estômago…

a mesma paixão…
só um pouco mais de killer instinct.

o jogo estava ganho.
e estava ganho ao ponto de se falharem os golos que se falharam.

não é preciso partir tudo
ou achar que é sorte ou azar.

ganhar não depende disso.
é meter a bola lá dentro.

Vamos lá ganhar o próximo para discutir a final da taça da liga.

O Bas Dost mais uma vez tem uma oportunidade que devia ter rematado à baliza e preferiu fazer uma passe todo floreado para uma outro colega. Um matador como o holandês ali no coração do golo a ter atitudes destas.

Parece que estavam a jogar com fato, gravata e sapatinhos de verniz. Foda-se vistam o fato macaco caralho!

É este o espírito! Grande mensagem do Fábio Coentrão.

UM MURRO NO ESTÔMAGO

Não mata, mas dói.
Não nos faz desistir, mas unir!

Tenho que, nesta hora difícil, de destacar algumas pessoas:

Mathieu – não merecia estar no epicentro da jogada que deu o empate pela excelente época que está a fazer.

Jorge Jesus – não merecia a crueldade deste futebol – que já tinha sentido pior, no Dragão, – sobre os cruéis e inesperados momentos do jogo.

Fábio Veríssimo – com uma boa arbitragem a mostrar que é um dos grandes árbitros portugueses. Maturidade e sensibilidade com a calma necessária para conduzir o jogo.

Bruno de Carvalho – para muitos um adepto, para outros um presidente como se não fosse possível ser ambos. É alguém que respeito muito e a quem estarei sempre grato pelo que tem feito pelo Sporting. Ontem, mais uma vez, esteve bem. É hora de unir.

Fábio Coentrão – muito criticado por muitos, tem mostrado a raça de Leão, dentro e fora do campo. Chorou por si, pela equipa e por nós. E quanto isso doeu aos rivais…
É um dos nossos que ainda nos vai dar muitas alegrias!

Um murro no estômago foi este resultado!

Não mata, mas dói.
Não nos faz desistir, mas unir!
( Paulo Afonso in FB )

Pronto estão contentes… já acabou a esperança do rabolhense não estar a 1 ponto apenas?

Quer queiram, quer não queiram, com ou sem comprimidos eles querem GANHAR!!! O resto é apenas inercia e soberba… do mestre da táctica, o transformador de agua em vinho !!!! O nosso Messias !!!!

A diferença entre os ditos “grandes” e todos os outros é cada vez maior. Isso faz com o vencedor da nossa Liga seja um competidor que cada vez perde menos pontos. E é nesta lógica e enquadramento que se torna grave perder ou empatar com os emblemas mais frágeis da competição.
O Sporting nesta época ainda não perdeu qualquer partida, mas…ainda não consegui vencer a nenhum dos 4 primeiros e empatou fora com dois dos emblemas menos poderosos da Liga, o Moreirense e o Setúbal.
Realisticamente estes são 4 pontos muito complicados de reaver, sobretudo porque nem Porto, nem Benfica irão repetir o nosso resultado. Teremos pois de ir conquistar pontos onde estes os perderem…o que para já parece depender sobretudo de uma deslocação ao Dragão e uma recepção ao Benfica vantajosas às nossas cores. Não é impossível, mas é bastante mais árduo “precisar” destes resultados do que chegar aos mesmos sentado do conforto da liderança. Esta é a posição do Porto atualmente. Mesmo sem os pontos de Estoril, comandam a tabela e de repente, com o nosso empate, a pressão para “necessitar” de virar um resultado em 45m daqui por um mês, deixou de ser essencial…para ser importante.

O principal que o Sporting perdeu ontem em Setúbal não foram 2 pontos. Perdeu a liderança e talvez grande parte da tranquilidade que vinha adquirindo nos últimos meses. A partir de ontem, a pressão está do nosso lado, pois se nada de estranho acontecer nas próximas jornadas, existe grande probabilidade de nos termos de deslocar ao Dragão com alguns pontos de desvantagem. Não é dramático e temos de facto todas as hipóteses de vencer qualquer partida, mas o caminho para ser melhor que os rivais não é sobreviver a consecutivos match points. É, nas alturas decisivas, ser melhor, mais focado e assertivo que os outros.

É nisso que este Sporting tem falhado esta época. Na concentração e coragem nos momentos mais difíceis. Simplesmente ficamos sempre a dever à sorte e ao que devíamos ter feito. Onde se meteu a superação? Para onde fugiu a nossa capacidade de nos impormos na hora dos “duros”? Onde estamos a esconder a “fibra de campeão”? Não sei responder a isto, mas sei uma coisa, só uma, a competição não vai esperar eternamente pelo talento das nossas estrelas, não se irá curvar pelo brilhantismo táctico do nosso treinador e muito menos se vai sensibilizar com a fidelidade dos nossos adeptos. Se nada na nossa atitude competitiva mudar, os mais raçudos e destemidos tenderão a roubar-nos a ilusão de um título há muito ansiado.

Não há que entrar em desesperos, em autoflagelação ou a queimar bruxas em autos de pouca fé. Nada está perdido e mesmo que estivesse não era agora o momento de “mudar o chip”. Não competimos só numa prova e embora seja a que define o sucesso da época, não podemos deitar-nos sequer um segundo a carpir os traumas e os erros próprios. Não há qualquer espaço para “penas próprias” e outras penas por ajustar. Só nos resta uma coisa: aproveitar o tombo para definitivamente passar a dar o melhor que somos capazes, passar a querer mais dos jogos, a dar o tudo que temos lá dentro, sem reservas e muito menos poupanças.
Esta é a hora de quem quer mesmo fazer diferente para não se deixar arrastar para ciclos depressivos e de desconfiança, a hora de dizer aos que contam com o nosso longo passado de baixar os ombros ao primeiro sinal de dificuldade ou desalento. Esta é a hora de mudar o que significa vestir a nossa camisola em campo ou colocar o cachecol para ir apoiar a equipa. A imagem da frustração de Coentrão ontem no final da partida diz-nos o que precisamos de fazer, todos e em conjunto: colocar a raiva pelo que fazemos mal ao serviço do que faltou fazer e esta sim, é mesmo a hora de deixarmos de ser vítimas para passarmos a ser os causadores de amarguras aos nossos rivais.

Tudo pode mudar na próxima partida na meia-final da Taça da Liga frente ao Porto. É essa a hora de esquecer a importância menor da prova e mostrar à nação leonina que temos tudo que precisamos para ser felizes. Temos jogadores, temos treinador e temos adeptos para nos superiorizarmos a qualquer obstáculo, a qualquer adversidade. Sem medo de sofrer, mas sim coragem para ser melhor a cada minuto que o adversário. É a nossa resiliência que está em jogo e a cada partida teremos todo o tempo e oportunidade para fazer aparecer o talento, competência e sobretudo crença que somos tão fortes como aquilo que nos atrevermos a ser.

Isto são apenas palavras, deixo aos que fazem os actos a responsabilidade de as entender. A ti também colega de bancada, pois todas as nossas palavras podem definir a hora em que estamos. Por mim e face aos que os adeptos rivais me venham dizer, responderei sempre “Sporting até morrer…e façam-me um pequeno favor: vão-se foder!”
#ZeroSeis