O jogo com o porto foi muito mal perdido. Golos consentidos que não lembram a ninguém, golos falhados de forma incrível, Gelson castigado e um penalty não assinalado. Confesso que quando vi a repetição achei que não era penalty, mas vistas as repetições com calma vi que foi. Também registei com curiosidade a pressa com que o árbitro acabou o jogo.

Este resultado deixa-nos fora da corrida ao título e com a Champions muito difícil, mas não por razões aritméticas. O VAR veio atrapalhar e muito a forma como as putas e os porcos se habituaram a controlar o rumo das coisas. Diminuiu e muito o número de golos mal anulados e mal validados, assim como o número de expulsões inventadas com vermelho directo. E por isso foi preciso arranjar alternativas. O jogo da mala e das facturas atrasadas foram as alternativas encontradas. Semana após semana nos jogos das putas e dos porcos vemos centrais lentificados, laterais inexplicavelmente mal posicionados, trincos que se esquecem de quem devem marcar e resignação pela derrota. Em sentido inverso, quando jogam contra o Sporting correm o mais que podem e se perdem ficam inconsoláveis.

Num campeonato normal, perder 8 pontos em 8 jogos seria perfeitamente possível. Nesta palhaçada a que chamamos campeonato português é impossível. Enquanto adepto de futebol confesso que tenho cada vez mais dificuldade em apreciar o desporto e em respeitar os seus intervenientes. Metem-me nojos os jogadores, os treinadores e os jornalistas. Metem-me nojo os blogs dos doutorzecos da bola (i.e. Lateral Esquerdo, Domínio Táctico, Posse de Bola) que analisam o jogo como se o que se passa nas quatro linhas fosse só resultado do treino e da táctica. Metem-me nojo os adeptos que festejam vitórias conseguidas desta forma e metem-me nojo as televisões que avalizam estes escândalos. E acima de tudo metem-me nojo os adeptos do Sporting que discutem se a culpa é do Bruno, do Jesus ou do Montero. Não discuto que poderiam ter feito melhor, mas, foda-se, o que é que isso vale no meio deste pântano?

Em 15/16 houve um cântico que chamava ao campeonato português o “campeonato da mentira”. Quando tento explicar estas coisas a pessoas que não seguem futebol ou a adeptos racionais das putas e dos porcos, ficam sempre a olhar para mim como se fosse um maluquinho das teorias da conspiração. Esta semana encontrei um texto que explica bem o que se passa no nosso campeonato e que transcrevo em baixo:

“(…) All this was inspired by the principle—which is quite true within itself—that in the big lie there is always a certain force of credibility; because the broad masses of a nation are always more easily corrupted in the deeper strata of their emotional nature than consciously or voluntarily; and thus in the primitive simplicity of their minds they more readily fall victims to the big lie than the small lie, since they themselves often tell small lies in little matters but would be ashamed to resort to large-scale falsehoods.

It would never come into their heads to fabricate colossal untruths, and they would not believe that others could have the impudence to distort the truth so infamously. Even though the facts which prove this to be so may be brought clearly to their minds, they will still doubt and waver and will continue to think that there may be some other explanation. For the grossly impudent lie always leaves traces behind it, even after it has been nailed down, a fact which is known to all expert liars in this world and to all who conspire together in the art of lying. (…)”

“Epah, isto está mesmo na mouche. Shark, quem é que escreveu?”. Procura (no google) e encontrarás.

ESTE POST É DA AUTORIA DE… Shark
*às quartas, a cozinha da Tasca abre-se a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]