O Sporting precisa de avançados. Pelo menos dois avançados. O Sporting vai apresentar brevemente reforços. Precisamos ali no meio-campo. Como já referi, gosto de contratar jogadores que venham resolver problemas. Comprar por comprar, não. Têm é de vir jogadores com potencial e categoria para jogar no Sporting.

As declarações são de Sousa Cintra logo após a vitória na primeira jornada, em Moreira de Cónegos, e ganham nova importância a quinze dias do fecho do mercado de transferências. Quase uma semana se passou e pouco mais que rumores infundados têm preenchido as notícias em torno do clube, sem nenhum reforço confirmado oficialmente para nenhuma das posições carenciadas.

Neste momento, parece claro, os rivais acertam apenas algumas pontas soltas no seu plantel, o Sporting ainda procura titulares para posições chave ou pelo menos alternativas mais sérias para que Peseiro possa gerir o banco.
Sabíamos que a falta de dinheiro, o fraco posicionamento no mercado e própria imagem do clube nos últimos meses iria sempre dificultar um ataque às transferências como aquele que se verificou, por exemplo, nas duas últimas temporadas. O que não sabíamos é que algumas alternativas que já tínhamos nos nossos quadros seriam dispensadas, emprestadas ou afastadas pelo próprio treinador (que continuarei a defender deve ser o principal responsável pela composição dos elementos de um plantel).

Pelo meio, e enquanto se negoceia Gudelj (uma alternativa muito séria) e se confirma o estranho negócio de Sturaro, dois meninos receberam o prémio e a oportunidade das suas carreiras. Miguel Luís, um médio cheio de qualidade que cumpriu os principais escalões de formação como titular do Sporting, foi oficialmente integrado na equipa principal apesar de ainda fazer treino condicionado. Um jogador que está claramente pronto para as exigências do futebol profissional, com uma maturidade muito a cima da média e um diamante em bruto que terá, forçosamente, de jogar para além de treinar. Miguel Luís foi um dos nomes mais citados nas habituais crónicas da formação, é um dos jogadores mais promissores de Alcochete para aquela zona do terreno (a par de Daniel Bragança) e a sua integração é um alívio para quem já imaginava o total desprezo por muito daquilo que ainda de bom se produz nos escalões jovens.

Já Thierry treina junto à equipa principal sem certezas ainda em torno do seu futuro. O facto de poder fazer as duas laterais com competência pode vir a ser chave numa altura em que nenhum dos laterais esquerdos oferece garantias absolutas, mas na direita os caminhos parecem absolutamente tapados com a presença dos energéticos Bruno Gaspar e Ristovsky.

Vão chegar dois avançados, que tipo e quem não sabemos bem. Vai chegar pelo menos mais um médio, se o mercado o permitir. E pelo meio o Sporting prepara a segunda jornada a vésperas de se deslocar à Luz para enfrentar o eterno rival.

O que temos dará para ser competitivo no campeonato nacional, mas o modelo que está implementado está longe de ser o ideal para o plantel que Peseiro já tem em mãos e muito longe de nos dar garantias da luta pelo título. Faltam apenas duas semanas, nunca foi tão urgente fechar um plantel. Pelo momento que atravessa o clube, pela descrença de que sofrem alguns destes jogadores e este treinador, porque o adeptos precisam de mais dados antes de voltarem a acreditar que o jejum poderá ter fim esta temporada.

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*às quintas, a Maria Ribeiro mostra que há petiscos que ficam mais apurados quando preparados por uma Leoa