Frederico Varandas está em destaque no jornal Expresso, com uma entrevista que acaba por saber a sobremesa light. Ficam algumas boas ideias no ar, ficam algumas perguntas meio respondidas, fica a ideia que muitas das respostas são politicamente correctas. Ou, se preferirem, esta é uma entrevista que acaba por surgir demasiado cedo, o que desde logo elimina a possibilidade de ser mais aprofundada e sumarenta e, sou-vos sincero, quase me parece que é uma entrevista dada para responder ao facto de muito boa gente se questionar se o presidente do Sporting Clube de Portugal está vivo. Aliás, há uma passagem interessante numa resposta, em que diz que “a própria comunicação social está numa espécie de ressaca face ao vazio mediático” causado pelo seu silêncio. «Se eu não falo durante semanas é estranho, mas já repararam nos outros clubes se os respectivos presidentes falam? Não.»

Mas já que Frederico Varandas resolveu falar, digo-vos o que creio merecer destaque:
– as explicações sobre os casos das rescisões, nomeadamente com o assumir definitivo de como foi o negócio Rui Patrício, deixando no ar que esse caso podia terminar em derrota no tribunal (ao contrário dos restantes);
– a noção de que se o e-Toupeira fosse no Sporting a direcção já tinha ido visitar o Boda;
– o tocar pela primeira vez, enquanto presidente, nos casos em que o benfica está envolvido;
– Varandas já contou na FPF e em várias outras instâncias o que sabe;
– quando a comissão de gestão saiu e ao contrário do que se disse e escreveu, não existiam ordenados em atraso, mas havia um prémio a pagar (os tais 10 mil euros a cada jogador?)
– «há buracos que nascem da incompetência e há buracos que nascem do dolo. São diferentes» (a respeito da auditoria de gestão)
– ninguém está satisfeito com a qualidade de jogo do Sporting
– «Quero os melhores jogadores e o melhor treinador e já contratei jogadores para 2019. Peseiro convive bem com isso»
– pusemos as fichas todas para ganhar um campeonato e correu mal (e quem se fodeu foi, nomeadamente, a formação)
– o nosso departamento médico, neste momento, deixa muito a desejar
– «as redes sociais são tão barulhentas que se confundem com a realidade»
– “Penso que o cashball não trará consequências. Confio plenamente na justiça portuguesa”

Força, pessoal, o Frederico é todo vosso!

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