Nuno Saraiva, jornalista, sócio do Sporting e antigo diretor de comunicação de Alvalade, escreveu para a Tribuna Expresso a propósito da decisão da Mesa da Assembleia Geral e da instabilidade crónica do Sporting
Quem me conhece sabe que, no último ano e meio, tenho vindo a refletir, de forma distanciada e tão desapaixonada quanto me é possível – o que é quase ficção –, sobre a realidade do Sporting Clube de Portugal. Se me perguntarem se me arrependo de algumas das coisas que fiz enquanto diretor de comunicação do meu Clube, a resposta é “obviamente que sim”. Mas isso não é novidade para ninguém. Também não é surpresa, para quem comigo partilha este amor clubístico, a angústia em que vivo pela situação que nos encontramos e pelos resultados desportivos a roçar a mediocridade com que temos que conviver, semana após semana, no que ao futebol diz respeito.
Já os outros, os que não me conhecem e que se dedicam exclusivamente a julgar caracteres que ignoram e a comentar a espuma dos dias, vão, muito provavelmente, ficar surpreendidos com esta reflexão. Ou porque preferiam que eu alinhasse com a turba que, diariamente, defenestra o Presidente do Sporting por todo o lado, ou, com a outra turba, que dirá qualquer coisa do género “Hum! A conversa deste gajo traz água no bico, só pode”.
Mas enfim, agora que o Dr. Rogério Alves já foi juiz em causa própria, um contrassenso abençoado pelos Estatutos, vamos lá falar de coisa séria e que, quero acreditar, nos apaixona a todos, que é o nosso Sporting Clube de Portugal.
Em primeiro lugar, devo dizer que me assusta a forma fácil e leviana como falamos de destituições, exclusivamente em função de estados de alma. O que está em cima da mesa, e no debate público, não é se o atual Presidente do Clube e restante Direção cometeram algum ato que seja violador dos Estatutos do Sporting ou se atentaram contra a legalidade lesando a Instituição, de modo a terem que ser afastados compulsivamente dos cargos que ocupam. Não, o que estamos a discutir é uma eventual destituição tendo por justa causa, exclusivamente, a incompetência para o exercício da função.
Avançar por este caminho é um precedente perigosíssimo, na medida em que, de futuro, qualquer Presidente que, por exemplo, não ganhe um campeonato, arrisca-se a ser destituído. Como é óbvio, a incompetência nunca pode ser justa causa para destituição. Se o aceitarmos, estamos a dizer que, na nossa história que caminha para os 114 anos, 80% das direções deviam ter sido destituídas por indecente e má figura desportiva no que ao futebol profissional diz respeito.
A avaliação da competência é, numa Instituição como a nossa, naturalmente, política. E, em democracia, as avaliações políticas da competência fazem-se, desejavelmente, em eleições. Naturalmente que pode questionar-se, considerando o atual contexto de profunda divisão e fratura e um certo ambiente de “guerra civil”, para citar palavras de Frederico Varandas na entrevista televisiva desta semana, se deveria ou não o atual Presidente atender ao descontentamento e procurar uma legitimação eleitoral. Mas isso é coisa diferente de destituir porque sim, porque é incompetente ou porque tem dificuldades óbvias em comunicar, só para dar alguns exemplos.
Esta questão conduz-me a uma reflexão mais profunda sobre os atuais Estatutos do Sporting Clube de Portugal e à jurisprudência, fixada em janeiro de 2013, após deliberação por um tribunal sobre a providência cautelar interposta por Godinho Lopes para tentar impedir uma Assembleia Geral com vista à sua destituição, e que entrega nas mãos dos Sócios o poder de deliberar, em Assembleia Geral, sobre a justa causa de uma destituição.
Desenganem-se os que, de forma superficial, desonesta ou ignorante, virão dizer que esta reflexão é uma defesa de Frederico Varandas. Nada disso! Este texto é, tão só, uma contribuição modesta para o que julgo ser a defesa institucional do Sporting Clube de Portugal.
Dito isto, julgo ser urgente uma revisão estatutária que nos garanta que nenhum Presidente do Clube esteja refém ou à mercê de mil votos, o que pode, por exemplo, significar que uma Assembleia Geral destitutiva possa ser convocada por “apenas” 100 Sócios, desde que cada um deles tenha a habilitação eleitoral de 10 votos.
Dir-me-ão alguns “é a democracia a funcionar”. Não é, digo eu. É até uma perversão se, como no passado ou no presente, a motivação maior for emocional ou condicionada por maus resultados desportivos. É por isso que não pode, de maneira nenhuma, a bem do Sporting Clube de Portugal, ser tão fácil desencadear o impeachment de um Presidente ou de uma Direção. Tal como não pode ser tão simples a propositura de um candidato à Presidência do Clube. Se não aumentarmos a exigência do número de votos para que o processo se formalize, continuaremos a ter candidatos que proliferam como cogumelos a cada ato eleitoral.
Por outro lado, a mesma revisão estatutária, deverá, na minha opinião, contemplar a tipificação das circunstâncias – necessariamente graves, lesivas da honra e do bom nome do Clube e que ponham em causa o regular funcionamento da Instituição, desde que devidamente comprovadas – em que a justa causa para a destituição se inscreve, como aliás consta de vários pareceres assinados por especialistas em direito administrativo e direito societário e acontece em instituições e associações que funcionam e se regem de forma idêntica ao Sporting Clube de Portugal
Ao mesmo tempo, a apreciação e validação dos pressupostos de realização de uma Assembleia Geral, com estas características ou motivações, deve ser feita por um órgão especialmente vocacionado para análise das questões de natureza disciplinar, e com independência face aos demais órgãos sociais respeitando assim o princípio sagrado da separação de poderes.
E, portanto, de duas, uma: ou reabilitamos um Conselho Leonino que atue, verdadeiramente, como “Parlamento” do Clube e órgão máximo entre AG’s, habilitado a tomar decisões e eleito pelo método D’Hondt, e não sirva apenas de poleiro para que os seus membros possam, de 15 em 15 dias, ir comer croquetes para a Tribuna e camarotes de Alvalade. Ou, o que sinceramente prefiro, regressamos ao modelo de um Conselho Fiscal e Disciplinar, eleito de forma proporcional e independente dos restantes órgãos sociais, que se pronuncie, de forma vinculativa, sobre estas matérias.
Este modelo impediria, inclusive, a aberração que é termos um Presidente da Mesa da Assembleia Geral a analisar e decidir sobre um pedido de destituição de si próprio e restante Mesa, como aconteceu por estes dias.
Em paralelo, deveria estar contemplada nos estatutos a possibilidade de recurso à ferramenta da moção de censura ou moção de desconfiança, a apresentar, discutir e votar em Assembleia Geral, dependendo a sua aprovação de uma maioria de dois terços dos Sócios credenciados para votar, isto é, do universo total dos Associados presentes até ao fecho das acreditações.
Por fim, nesta revisão dos Estatutos deveria ser inscrita a realização de uma segunda volta eleitoral, com possibilidade de recomposição das listas concorrentes, de modo a assegurar bases de apoio mais amplas e consensos mais alargados. Um Clube como o nosso não pode continuar a ter presidentes eleitos com pouco mais de 30% ou 40% dos votos, o que contamina a viabilidade de um mandato inteiro e fomenta, ainda mais, a divisão entre Sportinguistas.
Alguns perguntarão porque não opino sobre o que se passou em 2018 e que culminou na Assembleia Geral Extraordinária de 23 de junho. Como é evidente, como compreenderão e por imperativos éticos e dever de confidencialidade, jamais farei, a menos que tenha que defender a minha honra, quaisquer comentários públicos sobre esta ou outras matérias do foro interno do Clube e da SAD a que tenha tido acesso por via do cargo que exerci.
Em conclusão, e sem falsas modéstias, este parece-me ser um bom princípio de conversa para, de forma séria e racional, tratarmos do futuro e da governabilidade do Sporting Clube de Portugal.
*“outros rugidos” é a forma da Tasca destacar o que de bom ou de polémico se vai escrevendo na internet verde e branca
13 Fevereiro, 2020 at 18:09
Este texto labora num erro que me tem parecido muito comum…
Não bastam 1000 votos para destituir um presidente.
É preciso a maioria dos votos numa AG. Os 1000 votos e o dinheiro garantem apenas a convocatória de uma AG.
Depois quem julga se é ou não justo demitir uma direção é a maioria dos sócios.
Parece-me bem. Não vejo nada de mal em ser relativamente simples convocar uma AG e meter as coisas nas mãos dos sócios.
Nada do que vivemos nos últimos 2 anos é banal. Por isso nestes tempos falar em banalizar uma coisa parece-me mal.
Uma direção normal e não havia este problema…Isto só se torna um problema porque há a percepção de que mais de metade dos sócios querem tirar de lá o presidente. E se é assim… Faz sentido forçar a ficar lá?! Para mim não.
Eu não me parece que seja assim tão simples como parece convocar uma AG. E se fosse ela já tinha acontecido à muito…
13 Fevereiro, 2020 at 18:10
Em relação à segunda volta, tenho-o defendido desde a eleição do Godinho… Estou absolutamente de acordo…
13 Fevereiro, 2020 at 18:19
Bem lembrado!
13 Fevereiro, 2020 at 23:15
Dinheiro que começou por ser 30k e já vai em 200.
Espero que não estar a dizer nada errado, pois li no twitter.
13 Fevereiro, 2020 at 18:17
Os estatutos deveriam ser revertidos, no que diz respeito às listas únicas.
Não concordo com regresso do conselho Leonino.
Não concordo com o aumento do número de votos das assinaturas, porque em sede de AG, as decisões são tomadas, geralmente, por um número semelhante de votos.
Concordo com uma 2ª Volta, para definição de vencedor do vencedor do Conselho directivo, caso não obtenha mais de 50% na 1ª Volta.
Voto electrónico presencial, nos núcleos e casas do Sporting. Transmite seriedade ao processo e é um factor dinamizador.
13 Fevereiro, 2020 at 18:18
Contra a destituição.
Pela demissão.
13 Fevereiro, 2020 at 19:16
+1
Seria o mais sensato. Mas isso não vaia acontecer.
13 Fevereiro, 2020 at 23:17
Ainda tive esperança.
Depois das últimas entrevistas e do aproveitamento político em relação aos episódios que alguns otários teimam em repetir, já estou preparado para dois anos de Varandas.
A ver se o Sporting se aguenta.
13 Fevereiro, 2020 at 18:40
Isto é a chamada União. Sem diz que disse, sem polémicas.
Sentido de responsabilidade e Sportinguismo!!!
Obg cherba pela partilha.
A favor claramente da demissão SÓ!!
13 Fevereiro, 2020 at 18:53
O cherbinha afinal até é um gajos fixe
13 Fevereiro, 2020 at 19:13
The big Cherbowski
13 Fevereiro, 2020 at 19:36
😀
13 Fevereiro, 2020 at 22:22
Cherba o carteiro.
Vai ter de escrever muito até ter sucesso.
Dizem que bebe pouco, do resto não sei.
13 Fevereiro, 2020 at 22:23
mas o big era mais para o nevoeiro.
13 Fevereiro, 2020 at 22:27
porque o outro bebia whiskey como um príncipe
14 Fevereiro, 2020 at 0:36
Nobody fuck with the Jesus Vs Everybody fuck with the Varandas
13 Fevereiro, 2020 at 19:10
Duas ou tres ideias boas, mas que não são propriamente novidade. O resto é conversa da treta. Na linha do “Mulher que apanha porrada deve mais é aguentar o casamento porque senão anda sempre a trocar de marido”. Além de que a razão principal não são os maus resultados desportivos. Varandas foi eleito numa altura crítica com o caderno eleitoral de unir um Sporting dividido. É tudo o que tem feito é aprofundar as divisões. É um incumprimento eleitoral flagrante e lesivo, totalmente merecedor de ratificação assembleia geral destitutiva. No resto, bardamerda com os estatutos como se algum dia tivessem travado o interesse de fazer o que lhe apetece a quem manda.
14 Fevereiro, 2020 at 9:32
Nem mais!
13 Fevereiro, 2020 at 19:18
Eu também preferia a demissão, seria muito melhor para todas as partes. O Varandas só ganharia em assumir os erros e dar a palavra aos sócios, penso que a grande maioria está descontente com este presidente e não faz muito sentido prolongar esta situação.
Depois de este desastre que está a ser esta época, gostaria de perguntar ao presidente se ele já fez uma auto-avaliação para identificar o que está a fazer mal e como procura corrigir os problemas? A resposta até agora tem sido, herança pesada e claques, assim sendo não faz muito sentido prolongar esta situação.
13 Fevereiro, 2020 at 19:26
Image Lion73 Super-Moderador
Fevereiro 13
1- Princípio da Simplificação e do Inimigo Único.
Simplifique não diversifique, escolha um inimigo por vez. Ignore o que os outros fazem concentre-se em um até acabar com ele.
2- Princípio do Contágio.
Divulgue a capacidade de contágio que este inimigo tem. Colocar um antes perfeito e mostrar como o presente e o futuro estão sendo contaminados por este inimigo.
3- Princípio da Transposição.
Transpor todos os males sociais a este inimigo.
4- Princípio da Exageração e Desfiguração.
Exagerar as más notícias até desfigurá-las transformando um delito em mil delitos criando assim um clima de profunda insegurança e temor. “O que nos acontecerá?”
5- Princípio da Vulgarização.
Transforma tudo numa coisa torpe e de má índole. As acções do inimigo são vulgares, ordinárias, fáceis de descobrir.
6- Princípio da Orquestração.
Espalhar os boatos até que se transformem em notícias sendo estas replicadas pela “imprensa oficial”.
7- Princípio da Renovação.
Bombardear o inimigo escolhido com constantes e renovadas notícias para que o receptor não tenha tempo de pensar, pois por elas está sufocado.
8- Princípio do Verosímil.
Discutir a informação com diversas interpretações de especialistas, mas todas contra o inimigo escolhido. O objectivo deste debate é que o receptor, não perceba que o assunto interpretado não é verdadeiro.
9- Princípio do Silêncio.
Ocultar toda a informação que não seja conveniente.
10- Princípio da Transferência.
Potencializar um facto presente com um facto passado. Sempre que se noticia um facto se acresce com um facto que tenha acontecido antes.
11- Princípio de Unanimidade.
Procurar convergência em assuntos de interesse geral apoderando-se do sentimento produzido por estes e colocá-los em contra do inimigo escolhido.
Nestes 16 meses de Frederico Varandas, perante o comportamento, declarações, afirmações e acções do presidente do Sporting Clube de Portugal e de quem o acompanha e valida, se não se encontra um Modus Operandi assustadoramente parecido com os princípios acima enunciados, ou se anda desligado por completo da realidade do clube ou se é vítima do “método” ou se é conivente com o mesmo. Não há outra alternativa.
Já muito debatido foi o embuste do lema da campanha “Unir o Sporting”. Discordo por completo de quem diz que Varandas fracassou. Varandas não fracassou pois essa nunca foi sua preocupação ou intenção. O que de si já devia ser matéria suficiente para uma justa causa para uma AG de destituição, pelo engano intencional de muitos sportinguistas, por parte do actual presidente.
Mais que não cumprir com o lema da sua campanha e perante a evidência que a insatisfação de muitos sportinguistas não se esfumava pela simples posição de Varandas como presidente do Sporting Clube de Portugal, como se as feridas abertas se sanassem unicamente pela luz que irradiava de tal figura, Frederico Varandas encetou um cenário de processos purgatórios, revisionistas ( perdi a conta às mentiras, falácias e meias verdades com o fim de enlamear os antecessores e enaltecer o seu trabalho medíocre ) e divisionistas. De um lado ficariam os “seus”, do outro, quem o contestava, mais ou menos ruidosamente.
Tudo isto suportado por uma narrativa mediática que aglomerou linchamentos mediáticos, sujou a imagem de uns e limpou a de outros.
Um literal reescrever da história, imune ao contraditório e à apresentação de factos e aqui, para memória futura, não podem ser esquecidos os pseudo notáveis, ligados umbilicalmente à implosão do clube e que no último ano e meio nos inundam com a sua presença diária nos órgãos da comunicação social e retorcem a realidade a seu bel prazer, bem como vários fazedores da opinião da praça que dão abrigo ao Sporting de Varandas.
Mas, após bater-se no peito “pelo melhor ano desportivo de sempre” ( que não preparou ) e as atoardas calimeras da “herança pesada”, quando a incompetência própria era cada vez mais evidente e a capacidade competitiva do Sporting se ía deteriorando à medida que mais se mexia e face ao surgimento da contestação organizada ( como é aquela que vem de Grupos Organizados quando a fazem e a se juntaram muitos outros adeptos ao longo destes meses ), assistimos presentemente à mais vil comunicação que me lembro de uma direcção do Sporting ter com os seus sócios e adeptos.
Para os muitos distraídos, o protocolo rasgado por Varandas foi assinado por si e pelos GOA, um ano após Alcochete. A rescisão deste protocolo acontece APÓS meses de contestação. Esta “guerra contra a violência” ( e sendo eu da opinião que muita coisa há a mudar no mundo das claques ) é uma manobra de diversão para desviar as atenções da incapacidade desta direcção. E, como não podia deixar de ser para quem percebe minimamente de psicologia de massas, o potenciar de extremismos e de um clima de ainda maior crispação de consequências imprevisíveis.
Contestatários, insatisfeitos e descontente? Claques. Não são membros das claques? São por estas influenciados . Agressões, insultos e afins? Só podem ser vindos das claques. Exagerar acontecimentos ( um determinado delito menor é transformado em crime de Estado ) e transformá-los em mil delitos? Espalhar boatos, mentiras ou meias verdades pela “imprensa oficial”? Ocultar informação não conveniente, divulgar a conveniente e que ataque o “inimigo”? Procurar convergência com terceiros a quem que lhes interesse atacar o “inimigo comum”?
Estão aqui contidos, implicitamente, os 11 princípios de Goebbels, o ministro da propaganda nazi.
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13 Fevereiro, 2020 at 19:26
Já devem ter postado mas é um belo texto
13 Fevereiro, 2020 at 23:38
13 Fevereiro, 2020 at 20:50
Qualidade de golo.
Excelente.
13 Fevereiro, 2020 at 22:58
Muito bom.
13 Fevereiro, 2020 at 19:33
Toda a gente preferia a demissão. Só o tempo e o manchar de imagem que se poupava ao clube se estes gajos tivessem um bocado de vergonha na cara.
Quanto ao texto, muito esta gente gosta de repetir que uma destituição está dependente de 1000 votos, parece que nem sabem do que estão a falar.
O sr Saraiva também parece ter-se esquecido como ficou desempregado. Tivesse o processo de destituição do anti-Cristo sido sério e transparente hoje a conversa seria diferente.
Texto bonito, com algumas propostas interessantes, mas que passa um bocado ao lado de todo o problema que aflige o Sporting. Fosse o problema do Varandas só a incompetência não se falava em AG de destituição
13 Fevereiro, 2020 at 19:35
Por acaso o Saraiva apresenta aqui boas ideias, mas o timing é totalmente errado, e é traído por dizer que não faz a defesa de Varandas. Obviamente que faz. Começou precisamente por isso.
Um texto oportuno seria analisar a política de comunicação do clube, que até é a especialidade dele. E também podia falar das trapalhadas que são as intervenções do Varandas e da manipulação que descaradamente fazem.
Mas o mais importante seria falar da gestão neste momento criminosa desta direcção.
Reestruturação financeira para o lixo e subserviência ao Mendes.
E depois tudo o resto, as incontáveis mentiras (até me dói a cabeça ao ler a lista do M60…), a incompetência total ou melhor a morte assistida que este médico está a fazer.
Muito melhor se enquadra, ao nível da comunicação, o texto que acima partilhei
13 Fevereiro, 2020 at 19:41
Interessante (para mim, que levantei as mesmissimas duvidas sobre a facilidade com que se convoca uma AG e sobre a necessidade de uma causa “credivel” para a mesma) e que tambem defendo uma segunda volta, um minimo de 50%+1 de forma a legitimar um pedido de AG.
Muita gente acusou BdC, na altura, de estar a promover uma concentracao de poderes que poderiaser altamente nociva – tal confirmou-se.
Malta das leis (e malta de bom senso) que se sene e reflicta sobre estes assuntos, nao sei se os movimentos da “sociedade civil” versaram sobre os mesmos (gostava de ler algumas conclusoes). Como estamos, claramente, nao serve.
SL
13 Fevereiro, 2020 at 19:43
Percebo o Saraiva e concordo com muito do que escreveu.
Mas
Podes ser competente sem resultados desportivos o que foi a maioria do mandato de bdc por exemplo e ter os sócios com ele, a longo prazo poderá torna-se um problema porque um clube vive de resultados.
O Saraiva resume a incompetência unicamente no plano desportivo o que está errado.
Ser incompetente não é só no plano desportivo mas também financeiro e principalmente como lida com uma massa adepta e no nosso caso ainda por cima dividida , e se a insulta então meus amigos isso já ultrapassa a incompetência.
Mentir, dividir, insultar já não é só uma questão de incompetência, ultrapassa isso tudo sendo o maior representante do clube e da sua massa adepta.
E quem o faz não pode sobreviver a um mandato de 4 anos porque pode destruir um clube nesse mandato.
Pois é Saraiva , como resolver isso se não se denmitirem.
Fica aqui para uma nova reflexão da sua parte.
13 Fevereiro, 2020 at 23:19
“O Saraiva resume a incompetência unicamente no plano desportivo o que está errado.”
Claro.
Um gajo que foi um incompetente na função que desempenhou a falar de competência.
No entanto, toca em vários pontos com os quais concordo.
13 Fevereiro, 2020 at 20:05
Tudo errado:
Desde logo, a incomeptência é o mais comum dos casos que dá origem a justa causa de destituição. O menos comum é o crime.
Nas sociedades, nas associações, na democracia dos paises, em todo o lado, a soberania é dos associados, dos membros, do povo. Os associados, os membros, o povo dá o mandato e o povo o tira. E não, os governos não caem só quando há eleições: então OS USA não andaram a discutir um impeachment? Os parlamentos e o PR, ancorados na soberania popular que representm, não passam a vida a fazer cair governos? Estamos a dar palha a quem?
Acresce que:
Na história do Sporting, só o BdC foi destituido.
Os mil votos são necessários para requerer a AG. Na AG é necessária maioria. Ou seja, os requerentes podem perder a AG.
Os requerentes pagam a AG
Na história do Sporting só por 3 vezes foi requerida tal AG e só por uma vez se realizou.
Tudo tiros ao lado, portanto. Para isto, estavas bem no silêncio…
13 Fevereiro, 2020 at 20:36
Isto mesmo …
O Saraiva deve mesmo andar à procura de ‘tacho’ …
Tenho pena que se dedique a efectuar mais um ‘numero de circo’, sobretudo no actual contexto, do Bananas European Tour …
Um texto razoavelmente bem escrito, mas onde o conteúdo, ‘n’ vezes contraditório, se resume a … Manter o ‘status quo’ …
13 Fevereiro, 2020 at 20:43
E lá vem a merda da conversa do futebol… Sim, porque os senhores só estão a ser incompetentes no futebol, no resto está tudo uma maravilha…
Quanto mais leio estas opiniões mais me questiono porque raio quisemos destituir o GL, era deixá-lo lá a queimar outros 100 milhões, afinal de contas a incompetência não é argumento para destituir ninguém…
Isto, só lá vai no dia em que acordarem sem clube e aí, ups, pode ser tarde demais.
13 Fevereiro, 2020 at 21:08
A destituição da Direcção de BC efectuou-se porque a MAG de então se colocou contra a Direcção, se não se pusesse nunca se conseguia destituir a Direcção.
13 Fevereiro, 2020 at 21:34
Impeachment ao Varandas e acólitos!!!!
Assembleia Geral para “ontem”..!!
Não, não é apenas incompetência desportiva, é achincalhar os Sportinguistas e o próprio Sporting, é ter estado metido no golpe palaciano na destituição da anterior Comissão Directiva!!
RUA COM ESTES “BANDIDOS”!!!!!!!
SL
14 Fevereiro, 2020 at 0:22
queria dizer “Conselho Directivo”
13 Fevereiro, 2020 at 22:14
Um bom texto do Saraiva…
Os diferentes Órgãos Sociais do Clube devem ser eleitos em separado, como era antes da aberrante e idiota proposta do Profeta que os sócios engoliram sem mastigar!
Infelizmente, o povinho está-se a cagar para a justa causa. Quer é que a sua ideia siga avante…
13 Fevereiro, 2020 at 22:45
Tanto, mas tanto nos estatutos a necessitar de revisão… E há 2 anos, gastou-se energia em alterar a “moldura” disciplinar do clube… E acabar com a eleição da MAG por método hondt….
Essa AG…enfim…se bem me lembro, estávamos em primeiro no campeonato de futebol… apartir daí…. instabilidade.
13 Fevereiro, 2020 at 22:21
Ahahahahahahah!
Está boa Cherbinha. O Toucinho Cunha tanto estrebuchou como um porco e insultou a Tasca que fizeste-lhe a vontade. Resulta.
Afinal a “Tasca do Bruno” contaminada por viúvas até dá jeito.
Estou esclarecido. Depois avisa a que ponto preciso de te insultar e cagar na Tasca para pores em post o que Carlos Vieira escreveu esta semana.
Agradecido.
13 Fevereiro, 2020 at 23:24
🙂
14 Fevereiro, 2020 at 0:02
Sim , assistente no processo.
Não, desculpe, é impossivel compreender razões para destituições com justa causa.
Resultados ?…claro que sim, perceber que os sócios estão contra, também concordo.
Tudo fácil, até se chegar onde chegou e hoje falamos que não existe justa causa para uma destituição ? Agora somos contra ?….Dr. nada será confidencial.A Guerra não acaba assim.Ètica Dr.?— claro que sim, um verdadeiro apanagio á Deontologia, bom post, mesmo assim, no entanto a meu ver e pelo nosso clube, é simplesmente imoral, pelo que nos moldes actuais , falar em moralidade, não fica bem.
Melhor seria deves em quando um regresso ao passado, tipo um treino, até se começar a jogar melhor a bola e preceber o que é o Futebol.
14 Fevereiro, 2020 at 0:44
Excelente texto do Saraiva.
Concordo em tudo.
O que ele diz é absolutamente verdade. Nenhum presidente pode estar á mercê de 100 gajos para convocar uma assembleia destituiva.
Nem este monte de merda empilhada que por lá anda.
14 Fevereiro, 2020 at 0:52
Convocar e destituir são coisas bem diferentes. Se não houver razão para ser destituído, há AG e a destituição não ganha, é simples.
Há problemas bem maiores dentro dos Estatutos do Sporting do que fazer o requerimento de uma AG de destituição.
14 Fevereiro, 2020 at 9:39
O Saraiva meteu os pés pelas mãos.
Passo a explicar.
Primeiro, não é facil convocar uma AG. Isso é um mito.
Há que recolher assinaturas (1.000 votos no minimo) e depois entregar tudo ao PMAG, pagar e no final garantir que 750 desses votos estarão presentes na AG.
Parece facil, né?
Segundo, os sócios são donos do clube.
Sei que isso incomoda muita gente e o Saraiva deve ter passado ao lado desse facto.
Se uma pessoa cometeu um erro deve poder voltar atrás. Se se contrata um empregado incompetente ou que é negligente, tem de se poder despedir.
Uma AG é uma forma de emendar esse erro.
Imaginemos que contratamos uma pessoa, que faz merda e depois não se despede porque “os contratos são para ser levados até ao final”.
Terceiro, mesmo havendo uma AG, e já vimos que para certas pessoas isso não é um direito dos sócios mas uma mera vontade do PMAG, não é garantido que se vá demitir quem quer que seja.
É preciso ganhar a votacão, e isso é o resultado da discussão dentro da AG.
A roupa suja lava-se dentro de casa e não vejo mal nenhum em discutir os assuntos entre os sócios.
Mas democracia é uma mera palavra bonita para alguns, dado que o conceito passa completamente ao lado. Se está nos estatutos deverá ser cumprido. Se depois querem mudar os estatutos e tornar o clube numa ditadura podem levar isso a votacão….. numa AG.
Espera…. numa ditadura já estamos nós hoje em dia.