Na semana passada bem disse que ia ser íamos ter dias intensos. Confirma-se, pois claro. Temos a equipa de voleibol masculino a preparar-se bem para atacar este final de época com os seus índices físicos elevados. A equipa feminina está a ser Sporting Clube de Portugal e vamos ver se não será traída por fantasmas. Escrevo sobre isto no final da rubrica. Vamos por partes.

Seniores Masculinos:

voleiboleles

Esta semana soubemos quem será o nosso adversário na final 4 da final da taça de Portugal. Defrontaremos a AA São Mamede no dia 21 de março. Não há nenhum motivo para não estarmos nesta final! Desde que o voleibol regressou, será a primeira vez que a disputaremos. Só isto, já serviria para uma motivação extra. Se nos lembrarmos que o adversário, quase certamente, será o SL Benfica, significará que teremos uma oportunidade de ouro para mostrar um Sporting que quer contrariar um favoritismo (evidente) do rival. Caso a final seja a que referi, será um jogo onde se disputará bem mais que uma taça.

Nas competições europeias também chegámos aos quartos de final. Houve algum “barulho” por termos baixado o ritmo no último jogo e, como consequência, termos perdido por 3-2. Entendo todos os argumentos relacionados com a nossa identidade de leão, tal como o respeito por todos os adeptos que foram ao PJR. Infelizmente também percebo a opção do Gersinho pela rotação da equipa. Os melhores têm uma idade que já não permite jogar sempre. Ando há meses a falar que a equipa foi mal construída, mas nunca foi valorizado porque todos acharam que viriam reforços. Não vieram e agora até o Gersinho já falou nisso. Temos, por isso, que encarar estas rotações da equipa como uma naturalidade face às evidências. Iremos agora lutar por uma posição nas meias finais com uma equipa húngara (na próxima semana falarei neles). Pelo pouco que vi estatisticamente será uma eliminatória exigente com grandes possibilidades de passagem.

Quanto ao campeonato é o passeio habitual. É um campeonato muito desigual que, nesta fase, deve servir para continuar a ter os índices físicos elevados. Importa recordar que, no nosso campeonato, podemos ir rodando a equipa, no entanto, se o senhor Maia não jogar, somos outra equipa diferente. É fácil de entender que a nossas aspirações finais passam muito pela sua capacidade de estar bem. Na verdade, é um quadrado mágico de qualidade: Maia, Dennis, Sens e Fidalgo. Oportunamente, voltaremos destes 4 craques.

Foco total nas competições europeias até ao início deste próximo mês de março. Está aí o ouro!

Seniores Femininos

voleibolelas

Se o mundo fosse justo, esta equipa tinha os holofotes do Sporting em cima delas. Não falo só a atenção da comunicação do clube, mas também dos adeptos. Nós estamos a assistir a uma das maiores evoluções desportivas dos últimos anos, numa equipa do Sporting. Esforço, Dedicação e Devoção são os valores à vista nas meninas. O seu percurso, principalmente desde o início de dezembro, está a ser soberbo.

Este fim de semana foi mais um exemplo de um atropelo que conseguiram. Depois de terem vencido, categoricamente, o todo poderoso AJM/FCPorto, foi a vez do Porto Volei a sofrer o mesmo. Por mérito próprio, ou melhor, POR MÉRITO LEONINO PRÓPRIO, conquistaram a oportunidade de lutar pela qualificação para apuramento de campeão.

As contas são fáceis de fazer! Ganhar e depois logo se vê. As simple as that. Falando mais a sério, claro que há contas que podemos fazer, mas não são pertinentes porque há muitos cenários possíveis porque os critérios de desempate são largos:

ARTIGO 7º – DESEMPATES
1 – Campeonatos: Se nas competições por pontos houver empates entre dois ou mais Clubes, a classificação será ordenada do seguinte modo:
Nos Escalões de Infantis, Iniciados, Cadetes, Juvenis, Juniores e Seniores:
a) O que tiver maior número de jogos ganhos;
b) O que tiver melhor quociente entre os sets ganhos e perdidos;
c) O que tiver melhor quociente entre pontos ganhos e perdidos;
d) Subsistindo o empate, a classificação é ordenada em função do que tiver maior pontuação classificativa no(s) jogo(s) disputado(s) entre si.

Eu acho que vamos ganhar os dois jogos, mas estou com medo de um fantasma. A AJM/FCPorto jogará com o Porto Volei. Se tudo correr como é normal, a AJM/FCPorto vencerá. Estranho será se não acontecer. No entanto, como já disse, não há o mínimo interesse num Sporting a disputar o lugar de campeão. Parece que no voleibol também incomodamos! E logo depois destes dois massacres a estas duas equipas, sente-se um odor a raiva aqui pela cidade do Porto. Outro dia saia de casa em direção aos Aliados e senti um odor esquisito e até pensei: “Que cheiro é este? Ah! Foi o Sporting que esmigalhou o Porto Volei!”

Já agora, um parágrafo sobre esse jogo. Mais um treinador que tentou tudo para quebrar a nossa recepção e não conseguiu. Estamos com a Dani, a Fernanda e a Bruninha numa forma estratosférica. Repara-se, também, em tanto treino no nosso jogo: (1) Dani a acelerar jogo com passe em suspensão em bola morta e a equipa pronta para essa aceleração, (2) Braços no ar para proteger o nosso serviço, (3) Uma Maria fortíssima a atacar em z4 e (3) e a Amanda atentíssima à função do passe quando a Ana Couto não o consegue fazer. Ah! Sobre a Ana Couto posso dizer que gostei tanto do segundo toque ao 15-7 no 2º set que perdoo aquela decisão de tesoura quase em zona 4 com a Fernanda.

E a todos aqueles que têm suspirados com “se” para esta equipa. Se não tivessem perdido aquele jogo, se não tivessem perdido aquele set. Se. Se. Se. Eu respondo com um ensinamento antigo de um amigo aqui do Porto: “Se a minha avó tivesse ******, era o meu avô” ou de uma forma mais polida, “se o meu avô tivesse cabelo não era careca”. Verdades de La Palice.

Tasqueiros, dois pedidos! Atentos ao jogo da AJM/FCPorto com o Porto Volei para o caso de… e deixem-se apaixonar por este dinamismo do voleibol!

*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo (ou, se preferires, é a crónica semanal sobre o nosso Voleibol) –